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Lei 3820 1960

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Lei nº3.820 de 11 de novembro de 1960
DOU de 21/11/1960
Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras Providências.
O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art.1 - Ficam criados os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia, dotados de personalidade
jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, destinados a zelar pela fiel
observância dos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem atividades profissionais
farmacêuticas no País.
CAPÍTULO I
Do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Farmácia
Art. 2 - O Conselho Federal de Farmácia é o órgão supremo dos Conselhos Regionais, com jurisdição
em todo o território nacional e sede no Distrito Federal.
Art. 3 - O Conselho Federal será constituído de tantos membros quantos forem os Conselhos
Regionais. (Obs.: Redação dada pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995)
§ 1 - Cada conselheiro federal será eleito, em seu Estado de origem, juntamente com um suplente.
(Obs.: Redação dada pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995)
§ 2 - Perderá o mandato o conselheiro federal que, sem prévia licença do Conselho, faltar a três
reuniões plenárias consecutivas, sendo sucedido pelo suplente. (Obs.: Redação dada pela Lei nº
9.120, de 26/10/1995)
§ 3 - A eleição para o Conselho Federal e para os Conselhos Regionais far-se-á através do voto
direto e secreto, por maioria simples, exigido o comparecimento da maioria absoluta dos inscritos.
(Obs.: Redação dada pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995)
Art. 4 - Revogado (Obs.: Revogado pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995)
Art. 5 - O mandato dos membros do Conselho Federal é privativo de farmacêuticos de nacionalidade
brasileira, será gratuito, meramente honorífico e terá a duração de quatro anos. (Obs.: Redação dada
pela Lei nº 9.120, de 26/10/1995)
Parágrafo único. O mandato da diretoria do Conselho Federal terá a duração de dois anos, sendo
seus membros eleitos através do voto direto e secreto, por maioria absoluta. (Obs.: Acrescido pela
Lei nº 9.120, de 26/10/1995)
Art. 6 - São atribuições do Conselho Federal:
a) organizar o seu regimento interno;
b) eleger, na primeira reunião ordinária de cada biênio, sua diretoria, composta de Presidente,
Vice-Presidente, Secretário-Geral e Tesoureiro; (Obs.: Redação dada pela Lei nº 9.120, de
26/10/1995)
c) aprovar os regimentos internos organizados pelos Conselhos Regionais, modificando o que se
tornar necessário, a fim de manter a unidade de ação;
d) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e dirimi-las;
e) julgar em última instância os recursos das deliberações dos Conselhos Regionais;
f) publicar o relatório anual dos seus trabalhos e, periodicamente, a relação de todos os profissionais
registrados;
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g) expedir as resoluções que se tornarem necessárias para a fiel interpretação e execução da
presente lei;
h) propor às autoridades competentes as modificações que se tornarem necessárias à
regulamentação do exercício profissional, assim como colaborar com elas na disciplina dasmatérias
de ciência e técnica farmacêutica, ou que de qualquer forma digam respeito à atividade profissional;
i) organizar o Código de Deontologia Farmacêutica;
j) deliberar sobre questões oriundas do exercício de atividades afins às do farmacêutico;
k) realizar reuniões gerais dos Conselhos Regionais de Farmácia para o estudo de questões
profissionais de interesse nacional;
l) ampliar o limite de competência do exercício profissional, conforme o currículo escolar ou mediante
curso ou prova de especialização realizado ou prestado em escola ou instituto oficial;
m) expedir resoluções, definindo ou modificando atribuições ou competência dos profissionais de
Farmácia, conforme as necessidades futuras;
n) regulamentar a maneira de se organizar e funcionarem as assembléias gerais, ordinárias ou
extraordinárias, do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais;
o) fixar a composição dos Conselhos Regionais, organizando-os à sua semelhança e promovendo a
instalação de tantos órgãos quantos forem julgados necessários, determinando suas sedes e zonas
de jurisdição.
p) zelar pela saúde pública, promovendo a assistência farmacêutica; (Obs.: Acrescida pela Lei
número 9.120, de 26/10/1995)
q) (VETADO); (Obs.: Acrescida pela Lei número 9.120, de 26/10/1995)
r) estabelecer as normas de processo eleitoral aplicáveis às instâncias Federal e Regional. (Obs.:
Acrescida pela Lei número 9.120, de 26/10/1995)
ParágrafoÚnico. As questões referentes às atividades afins com as outras profissões serão resolvidas
através de entendimentos com as entidades reguladoras dessas profissões.
Art. 7 - O Conselho Federal deliberará com a presença mínima de metade mais um de seus membros.
Parágrafo Único. As resoluções referentes às alíneas g e r do Art.6 só serão válidas quando
aprovadas pela maioria dos membros do Conselho Federal. (Obs.: Redação dada pela Lei número
9.120, de 26/10/1995)
Art. 8 - Ao Presidente do Conselho Federal compete, além da direção geral do Conselho, a
suspensão de decisão que este tome e lhe pareça inconveniente.
Parágrafo Único. O ato de suspensão vigorará até novo julgamento do caso, para o qual o Presidente
convocará segunda reunião, no prazo de 30 (trinta) dias contados do seu ato. Se no segundo
julgamento o Conselho mantiver por maioria absoluta de seus membros a decisão suspensa, esta
entrará em vigor imediatamente. (Obs.: Redação dada pela Lei número 9.120, de 26/10/1995)
Art. 9 - O Presidente do Conselho Federal é o responsável administrativo pelo referido Conselho,
inclusive pela prestação de contas perante o órgão federal competente.
Art. 10 - As atribuições dos Conselhos Regionais são as seguintes:
a) registrar os profissionais de acordo com a presente lei e expedir a carteira profissional;
b) examinar reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das infrações
desta lei e decidir;
c) fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as infrações à lei, bem como enviando às
autoridades competentes relatórios documentados sobre os fatos que apurarem e cuja solução não
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seja de sua alçada;
d) organizar o seu regimento interno, submetendo-o à aprovação do Conselho Federal;
e) sugerir ao Conselho Federal as medidas necessárias à regularidade dos serviços e à fiscalização
do exercício profissional;
f) eleger seu representante e respectivo suplente para o Conselho Federal. (Obs.: Redação dada pela
Lei número 9.120, de 26/10/1995)
g) dirimir dúvidas relativas à competência e âmbito das atividades profissionais farmacêuticas, com
recurso suspensivo para o Conselho Federal.
Art. 11 - A responsabilidade administrativa de cada Conselho Regional cabe ao respectivo Presidente,
inclusive a prestação de contas perante o órgão federal competente.
Art. 12 - O mandato dos membros dos Conselhos Regionais é privativo de farmacêuticos de
nacionalidade brasileira, será gratuito, meramente honorífico e terá a duração de quatro anos. (Obs.:
Redação dada pela Lei número 9.120, de 26/10/1995)
Parágrafo Único. O mandato da diretoria dos Conselhos Regionais terá a duração de dois anos,
sendo seus membros eleitos através do voto direto e secreto, por maioria absoluta. (Obs.: Acrescida
pela Lei número 9.120, de 26/10/1995)
CAPÍTULO II
Dos Quadros e Inscrições
Art. 13 - Somente aos membros inscritos nos Conselhos Regionais de Farmácia será permitido o
exercício de atividades profissionais farmacêuticas no País.
Art. 14 - Em cada Conselho Regional serão inscritos os profissionais de Farmácia que tenham
exercício em seus territórios e que constituirãoo seu quadro de farmacêuticos.
Parágrafo Único. Serão inscritos, em quadros distintos, podendo representar-se nas discussões, em
assuntos concernentes às suas próprias categorias:
a) os profissionais que, embora não farmacêuticos, exerçam sua atividade (quando a lei o autorize)
como responsáveis ou auxiliares técnicos de laboratórios industriais farmacêuticos, laboratórios de
análises clínicas e laboratórios de controle e pesquisas relativas a alimentos, drogas, tóxicos e
medicamentos;
b) os práticos ou oficiais de farmácia licenciados.
Art. 15 - Para inscrição no quadro de farmacêuticos dos Conselhos Regionais é necessário, além dos
requisitos legais de capacidade civil:
1) ser diplomado ou graduado em Farmácia por Instituto de Ensino Oficial ou a este equiparado;
2) estar com o seu diploma registrado na repartição sanitária competente;
3) não ser nem estar proibido de exercer a profissão farmacêutica;
4) gozar de boa reputação por sua conduta pública, atestada por 3 (três) farmacêuticos inscritos.
Art. 16 - Para inscrição nos quadros a que se refere o parágrafo único do Art.14, além de preencher
os requisitos legais de capacidade civil, o interessado deverá:
1) ter diploma, certificado, atestado ou documento comprobatório da atividade profissional, quando se
trate de responsáveis ou auxiliares não farmacêuticos, devidamente autorizados por lei;
2) ter licença, certificado ou título, passado por autoridade competente, quando se trate de práticos
ou oficiais de Farmácia licenciados;
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3) não ser nem estar proibido de exercer sua atividade profissional;
4) gozar de boa reputação por sua conduta pública, atestada por 3 (três) farmacêuticos devidamente
inscritos.
Art. 17 - A inscrição far-se-á mediante requerimento, escrito dirigido ao Presidente do Conselho
Regional, acompanhado dos documentos comprobatórios do preenchimento dos requisitos dos artigos
15 e 16, conforme o caso, constando obrigatoriamente: nome por extenso, filiação, lugar e data de
nascimento, currículo educacional e profissional, estabelecimento em que haja exercido atividade
profissional e respectivos endereços, residência e situação atual.
§ 1 - Qualquer membro do Conselho Regional, ou pessoa interessada, poderá representar
documentadamente ao Conselho contra o candidato proposto.
§ 2 - Em caso de recusar a inscrição, o Conselho dará ciência ao candidato dos motivos da recusa, e
conceder-lhe-á o prazo de 15 (quinze) dias para que os conteste documentadamente e peça
reconsideração.
Art. 18 - Aceita a inscrição, o candidato prestará, antes de lhe ser entregue a carteiraprofissional,
perante o Presidente do Conselho Regional, o compromisso de bem exercer a profissão, com
dignidade e zelo.
Art. 19 - Os Conselhos Regionais expedirão carteiras de identidade profissional aos inscritos em seus
quadros, aos quais habilitarão ao exercício da respectiva profissão em todo o País.
§ 1 - No caso em que o interessado tenha de exercer temporariamente a profissão em outra
jurisdição, apresentará sua carteira para ser visada pelo Presidente do respectivo Conselho Regional.
§ 2 - Se o exercício da profissão passar a ser feito, de modo permanente, em outra jurisdição, assim
se entendendo o exercício da profissão por mais de 90 (noventa) dias da nova jurisdição, ficará
obrigado a inscrever-se no respectivo Conselho Regional.
Art. 20 - A exibição da carteira profissional poderá, em qualquer oportunidade, ser exigida por
qualquer interessado, para fins de verificação, da habilitação profissional.
Art. 21 - No prontuário do profissional de Farmácia, o Conselho Regional fará toda e qualquer
anotação referente ao mesmo, inclusive elogios e penalidades.
Parágrafo único. No caso de expedição de nova carteira, serão transcritas todas as anotações
constantes dos livros do Conselho Regional sobre o profissional.
CAPÍTULO III
Das Anuidades e Taxas
Art. 22 - O profissional de Farmácia, para o exercício de sua profissão, é obrigado ao registro no
Conselho Regional de Farmácia a cuja jurisdição estiver sujeito, ficando obrigado ao pagamento de
uma anuidade ao respectivo Conselho Regional, até 31 de março de cada ano, acrescida de 20%
(vinte por cento) de mora, quando fora desse prazo.
Parágrafo Único. As empresas que exploram serviços para os quais são necessárias atividades
profissionais farmacêuticas, estão igualmente sujeitas ao pagamento de uma anuidade, incidindo na
mesma mora de 20% (vinte por cento), quando fora do prazo.
Art. 23 - Os Conselhos Federal e Regionais cobrarão taxas de expedição ou substituição de carteira
profissional.
Art. 24 - As empresas e estabelecimentos que exploram serviços para os quais são necessárias
atividades de profissional farmacêutico deverão provar, perante os Conselhos Federal e Regionais que
essas atividades são exercidas por profissionais habilitados e registrados.
Parágrafo Único. Aos infratores deste artigo será aplicada pelo respectivo Conselho Regional a multa
de valor igual a 1 (um) salário-mínimo a 3 (três) salários-mínimos regionais, que serão elevados ao
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dobro no caso de reincidência.1 e 2
Art. 25 - As taxas e anuidades a que se referem os artigos 22 e 23 desta Lei e suas alterações
posteriores serão fixadas pelos Conselhos Regionais, com intervalos não inferiores a 3 (três) anos.
Art. 26 - Constitui renda do Conselho Federal o seguinte:
a) 1/4 da taxa de expedição de carteira profissional;
b) 1/4 das anuidades;
c) 1/4 das multas aplicadas de acordo com a presente lei;
d) doações ou legados;
e) subvenção dos governos, ou dos órgãos autárquicos ou dos paraestatais;
f) 1/4 da renda das certidões.
Art. 27 - A renda de cada Conselho Regional será constituída do seguinte:
a) 3/4 da taxa de expedição de carteira profissional;
b) 3/4 das anuidades;
c) 3/4 das multas aplicadas de acordo com a presente lei;
d) doações ou legados;
e) subvenções dos governos, ou dos órgãos autárquicos ou dos paraestatais;
f) 3/4 da renda das certidões;
g) qualquer renda eventual.
§ 1 - Cada Conselho Regional destinará 1/4 de sua renda líquida à formação de um fundo de
assistência a seus membros necessitados, quando inválidos ou enfermos.
§ 2 - Para os efeitos do disposto no parágrafo supra, considera-se líquida a renda total com a só
dedução das despesas de pessoal e expediente.
CAPÍTULO IV
Das Penalidades e sua Aplicação
Art. 28 - O poder de punir disciplinarmente compete, com exclusividade, ao Conselho Regional em que
o faltoso estiver inscrito ao tempo do fato punível em que incorreu.
Art. 29 - A jurisdição disciplinar, estabelecida no artigo anterior, não derroga a jurisdição comum,
quando o fato constituía crime punido em lei.
Art. 30 - As penalidades disciplinares serão as seguintes:
I) de advertência ou censura, aplicada sem publicidade, verbalmente ou por ofício do Presidente do
Conselho Regional, chamando a atenção do culpado para o fato brandamente no primeiro caso,
energicamente e com o emprego da palavra censura no segundo;
II) de multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo a 3 (três) salários-mínimos regionais, que serão
elevados ao dobro no caso de reincidência, que serão cabíveis no caso de terceira falta e outras
subseqüentes, a juízo do Conselho Regional a que pertencer o faltoso;1 e 2
III) de suspensão de 3 (três) meses a um ano, que será imposta por motivo de falta grave, de
pronúncia criminal ou de prisão em virtude de sentença, aplicável pelo Conselho Regional em que
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estiver inscrito o faltoso;
IV) de eliminação, que será imposta aos que porventura houverem perdido alguns dos requisitosdos
artigos 15 e 16 para fazer parte do Conselho Regional de Farmácia, inclusive aos que forem
convencidos perante o Conselho Federal de Farmácia ou em juízo, de incontinência pública e
escandalosa ou de embriaguez habitual; e aos que, por faltas graves, já tenham sido três vezes
condenados definitivamente a penas de suspensão, ainda que em Conselhos Regionais diversos.
§ 1 - À deliberação do Conselho procederá, sempre, audiência do acusado, sendo-lhe dado defensor,
se não for encontrado ou se deixar o processo à revelia.
§ 2 - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da
ciência, para o Conselho Federal, sem efeito suspensivo, salvo nos casos dos números III e IV deste
artigo, em que o efeito será suspensivo.
CAPÍTULO V
Da Prestação de Contas
Art. 31 - Os Presidentes do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Farmácia prestarão,
anualmente, suas contas perante o Tribunal de Contas da União.
§ 1 - A prestação de contas do Presidente do Conselho Federal será feita diretamente ao referido
Tribunal, após aprovação do Conselho.
§ 2 - A prestação de contas dos Presidentes dos Conselhos Regionais será feita ao referido Tribunal
por intermédio do Conselho Federal de Farmácia.
§ 3 - Cabe aos Presidentes de cada Conselho a responsabilidade pela prestação de contas.
CAPÍTULO VI
Das Disposições Gerais e Transitórias
Art. 32 - A inscrição dos profissionais e práticos já registrados nos órgãos de Saúde Pública, na data
desta lei, será feita, seja pela apresentação de títulos, diplomas, certificados, ou carteiras registradas
no Ministério da Educação e Cultura, ou Departamentos Estaduais, seja mediante prova de registro na
repartição competente.
Parágrafo único. Os licenciados, práticos habilitados, passarão a denominar-se, em todo território
nacional, oficial de farmácia.
Art. 33 - Os práticos e oficiais de farmácia, já habilitados na forma da lei, poderão ser provisionados
para assumirem a responsabilidade técnico-profissional para farmácia de sua propriedade, desde que,
na data da vigência desta lei, os respectivos certificados de habilitação tenham sido expedidos há
mais de 6 (seis) anos pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina ou pelas repartições
sanitárias competentes dos Estados e Territórios, e sua condição de proprietários de farmácia date
de mais de 10 (dez) anos sendo-lhes, porém, vedado o exercício das demais atividades privativas da
profissão de farmacêutico.
§ 1 - Salvo exceção prevista neste artigo, são proibidos provisionamentos para quaisquer outras
finalidades.
§ 2 - Não gozará do benefício concedido neste artigo o prático ou oficial de farmácia estabelecido
com farmácia sem a satisfação de todas as exigências legais ou regulamentares vigentes na data da
publicação desta lei.
§ 3 - Poderão ser provisionados, nos termos deste artigo, as Irmãs de Caridade que forem
responsáveis técnicas de farmácia pertencentes ou administradas por Congregações Religiosas.
(Obs.: Redação dada pela Lei nº 4.817, de 29/10/1965)
Art. 34 - O pessoal a serviço dos Conselhos de Farmácia será inscrito, para efeito de previdência
social, no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), em conformidade
com o artigo 2º do Decreto-Lei número 3.347, de 12 de junho de 1941.
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Art. 35 - Os Conselhos Regionais poderão, por procuradores seus, promover perante o Juízo da
Fazenda Pública, e mediante processo de executivo fiscal, a cobrança das penalidades e anuidades
previstas para a execução da presente lei.
Art. 36 - A assembléia que se realizar para a escolha dos membros do primeiro Conselho Federal de
Farmácia será presidida pelo Consultor- Técnico do ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e se
constituirá dos delegados-eleitores dos sindicatos e associações de farmacêuticos, com mais de 1
(um) ano de existência legal no País, eleitos em assembléias das respectivas entidades por voto
secreto e segundo as formalidades estabelecidas para a escolha de suas diretorias ou órgãos
dirigentes.
§ 1 - Cada sindicato ou associação indicará um único delegado-eleitor, que deverá ser,
obrigatoriamente, farmacêutico e no pleno gozo de seus direitos.
§ 2 - Os sindicatos ou associações de farmacêuticos, para obterem seus direitos de representação na
assembléia a que se refere este artigo, deverão proceder, no prazo de 60 (sessenta) dias, ao seu
registro prévio perante a Federação das Associações de Farmacêuticos do Brasil, mediante a
apresentação de seus estatutos e demais documentos julgados necessários.
§ 3 - A Federação das Associações de Farmacêuticos do Brasil, de acordo com o Consultor Técnico
do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tomará as providências necessárias à realização da
assembléia de que cogita este artigo.
Art. 37 - O Conselho Federal de Farmácia procederá, em sua primeira reunião, ao sorteio dos
conselheiros federais que deverão exercer o mandato por um, dois ou três anos.
Art. 38 - O pagamento da primeira anuidade deverá ser feito por ocasião da inscrição no Conselho
Regional de Farmácia.
Art. 39 - Os casos omissos verificados nesta lei serão resolvidos pelo Conselho Federal de Farmácia.
Enquanto não for votado o Código de Deontologia Farmacêutica, prevalecerão em cada Conselho
Regional as praxes reconhecidas pelos mesmos.
Art. 40 - A presente lei entrará em vigor, em todo o território nacional, 120 (cento e vinte) dias depois
de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 11 de novembro de 1960; 139º da Independência e 72º da República.
Juscelino Kubitschek
S. Paes de Almeida
Clóvis Salgado
Allyrio Sales Coelho
Pedro Paulo Penido
 
1 e 2 - Redação dada pela Lei nº 5.724, de 26/10/1971 com atualizações promovidas pela Lei 8.383, de 30/12/91
 
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