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APOSTILA DAS AULAS 1 A 10 TÓPICOS EMERGENTES EM FINANÇAS

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TÓPICOS EMERGENTES EM FINANÇAS
Aula - Governança Corporativa: conceito e histórico
Ao final desta aula, você será capaz de:
1.Compreender os conceitos fundamentais e o histórico da governança corporativa.
A Governança Corporativa
As empresas de maior envergadura atingiram uma dimensão singular nesse início do século XXI. Viram aumentadas suas responsabilidades e passaram por estágios dos quais emergiu uma categoria de executivos. 
Essa nova categoria entende que a sustentabilidade das organizações passa por informações de qualidade disponíveis, formalizando conceitos adequados e úteis para a boa governança.
É função dos gestores no nível estratégico da empresa definir hoje os caminhos para alcançar o patamar de desempenho esperado pelos stakeholders, um dos principais desafios das organizações do século XXI.
A escolha de opções equivocadas no presente exigirá tempo e altos investimentos no futuro para que a instituição se recupere e possa retomar o rumo adequado.
No Brasil, a governança corporativa vem se desenvolvendo bastante, tanto no meio acadêmico como no profissional. 
Destacam-se diversas iniciativas, entre elas, a criação do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, a nova Lei das Sociedades por Ações, o Código do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e as Recomendações da Comissão de Valores Mobiliários.
O conselho de administração
Um conselho de administração composto por profissionais independentes e com grande conhecimento de mercado traz para qualquer empresa, independente de ser familiar ou não, privada ou pública, a necessidade de um conselho de administração que possa ser bem representativo.
 
Em experiências com várias empresas, é possível afirmar que a parte mais difícil é o acordo. Veja a seguir os principais motivos.
- Os conselheiros têm formações distintas e interesses diversos.
  
- Não são todos que têm a mesma missão da empresa em sua cabeça: para que servimos, qual é nossa razão de ser, ou a visão: onde queremos chegar como instituição.
 
- Também não refletem da mesma forma sobre os valores: quais são nossas premissas quanto às atitudes para alcançar nossa missão e visão.
- Nem sobre a estratégia: como faremos para alcançar nossa visão; e os desdobramentos da estratégia: as grandes ações que precisamos conduzir e que comporão a estratégia, isto é, os objetivos estratégicos.
- O presidente do conselho nem sempre tem voz ativa.
 
- A história da empresa prevalece sobre as trajetórias dela na tomada de decisão.
  
- O CEO não insiste o suficiente em seus pontos de vista, submetendo-se mais rapidamente do que devia para a tomada de decisão.
- Os princípios da governança (transparência) não são respeitados.
- A área financeira e contábil nem sempre auxilia com bons dados e informações para os conselheiros.
- Os negócios, independente das decisões que o conselho tomar, irão mal porque o cenário anda mal no setor ou no país.
 
- As decisões de lançamento de produtos, expansão, etc. não são adequadamente analisadas, deixando a um escalão mais baixo a tomada de decisão.
 
- A política de dividendos não é bem administrada.
 
- A política de premiação variável é mais do que bem administrada, ou seja, inclui o impossível a pagar pela empresa.
 
- Ao longo das aulas, várias outras experiências negativas e positivas serão relatadas.
A confusão com a formulação e etapas do plano estratégico
A sociedade mundial vem sofrendo um processo de mudanças que obviamente influência todo o planejamento de uma empresa. Neste cenário de mudanças, vemos a transformação da economia nacional para a chamada economia mundial. Isso vem aplicado ao conceito de ambiente das empresas, suas áreas de negócios, dimensões e extensões de mercado (sua fragmentação e sua visão de market-share e o equilíbrio de portfólio de produtos). 
Estudos revelam que o planejamento é característico das organizações mais bem sucedidas. Entretanto, ao analisar o planejamento estratégico, que é o desenvolvimento da estratégia, relação pretendida da organização com seu ambiente, à luz de governança, criamos uma matriz. Avance para conhecer.
1 - Análise do ambiente interno – quanto mais estável e complexo o ambiente, maior a necessidade do enfoque sistêmico e do planejamento estratégico. O conceito de ambiente e os fatores considerados em uma análise variam de organização para organização. Análise do ambiente interno significa que os minoritários que fazem parte da empresa têm direito a participar dessa análise e, conforme seus interesses, opinar contra ou a favor do diagnóstico a que se chegar.
Há uma tendência à internacionalização do processo produtivo e a projetos conjuntos de empresas de várias nacionalidade.
A ilação deste feito diz respeito ao planejamento estratégico de empresas de médio e grande porte, por analisar condicionantes que afetam cada vez mais o ambiente da empresa.
2 - Diagnóstico interno da organização – no diagnóstico organizacional, os administradores olham para dentro da própria administração a procura de pontos fortes e fracos. Realizam-se levantamentos de dados sobre vários aspectos da organização e de sua operação. Existem duas formas ou focos principais de diagnosticar a organização: a avaliação de desempenho e análise de pontos fortes e fracos.
3- Neste diagnóstico, as opiniões do topo são bem diferentes daquelas que a realidade da empresa apresenta em sua operação. Se os minoritários estiverem mais afeitos a áreas de distribuição, por exemplo, que impactam diretamente as decisões de marketing, suas opiniões devem ser valorizadas, se não a empresa perde como um todo. No desenvolvimento do planejamento estratégico, uma das tarefas mais importante e eventualmente redefinida é estudar a missão da organização.
4 - Esta tarefa não tem momento pré-determinado para acontecer, podendo ser concretizada no início do diagnóstico organizacional, quando se analisam os clientes/mercados e produtos/serviços ou em qualquer estágio do esboço da estratégia. A tarefa de estudar a missão da empresa, não pode ficar com poucos, aqueles do topo, mas deve emergir de baixo para cima, com audição das melhores ideias em processo de brainstorming desenvolvido através de um ciclo PDCA (plan, do, check, act), que seja revisado continuamente, com a participação de todos os envolvidos.
5 - O propósito ou as razões para a existência da organização, do ponto de vista de sua utilidade para os clientes, é determinado pela missão. Identificar ou definir a missão significa entender qual a necessidade do mercado a organização suprirá. Portanto, na especificação da missão, é preciso que os administradores façam um exercício de auto-análise e procurem dar respostas a diversas perguntas, como: O que a organização está fazendo agora? Respostas: a missão da organização.
Obs: Ao marcar sua posição como acionistas minoritários, os mesmos podem estar desejando não acelerar o desenvolvimento e manter a posição em que se achem confortáveis devido não ter que disponibilizar mais capital próprio (integralização). O respeito a essa postura demanda transparência dos propósitos, enfim do objetivo reitor da empresa que é a missão da organização.
Vamos conhecer o histórico da Governança corporativa?
Retomando o Histórico da Governança 
A necessidade de obter recursos de menor custo é um fator que está motivando as empresas brasileiras a adotarem procedimentos mais modernos de governança corporativa, principalmente nos aspectos de maior interesse dos investidores internacionais, dos acionistas minoritários que exigem maior transparência das informações ao mercado e a profissionalização dos Conselhos de Administração (ANDRADE; ROSSETI, 2006). 
Mas a nossa história inicia-se ainda na década de 1950, com a Lei da Usura, que limitava em 12% ao ano a taxa máxima de juros. Bem antes da década de 60, os brasileiros investiam principalmente em ativos reais (imóveis). 
Após abril de 1964 (Revolução Militar) novas leis foram editadas, como a Lei nº 4.537/64, que instituiu a correçãomonetária, através da criação das ORTN, a Lei nº 4.595/64, denominada lei da reforma bancária, que reformulou todo o sistema nacional de intermediação financeira e criou o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central e a Lei nº 4.728, de 14.04.65, primeira Lei de Mercado de Capitais. 
Hoje a CVM abarca as funções criadas para serem exercidas inicialmente por uma diretoria no Banco Central - Diretoria de Mercado de Capitais. Ao mesmo tempo, historicamente os Fundos 157 eram uma opção dada aos contribuintes para utilizar parte do imposto devido quando da Declaração do Imposto de Renda, em aquisição de quotas de fundos de ações. Isto fez com que o grande volume de recursos injetados criasse o boom da Bolsa do Rio de Janeiro quando, entre dezembro de 1970 e julho de 1971, houve uma forte onda especulativa e as cotações das ações não paravam de subir. 
 
As conseqüências nefastas do grande volume de recursos injetados entre 1970/71 foram vários anos de mercado em baixa, pois algumas ofertas de ações geraram grandes prejuízos e acabaram com a reputação do mercado acionário. 
Em 1976, foram concebidas duas novas normas legais, ainda em vigor: a Lei nº 6.404/76, nova Lei das Sociedades Anônimas, até então reguladas por um antigo Decreto-Lei de 1940; e a Lei nº 6.385/76, segunda Lei do Mercado de Capitais que criou a CVM. 
A partir da década de 1990, além de algumas empresas brasileiras começarem a acessar o mercado externo, também, o fluxo crescente de investidores estrangeiros no Brasil, faz acontecer a aproximação das empresas brasileiras com acionistas mais exigentes, que não abriam mão dos seus direitos. O custo de capital dessas empresas era aumentado pela falta de transparência na gestão e a ausência de instrumentos adequados de supervisão das empresas. 
Surge a Lei nº 10.303/01 e a criação do Novo Mercado e dos Níveis 1 e 2 de governança corporativa pela Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA. No final dos anos 90 era evidente a crise de grandes proporções pela qual passava o mercado de ações no país. Além disso, muitas companhias fechavam o capital e poucas abriam. 
São criados estágios intermediários que estabelecem compromissos crescentes de adoção de práticas para a governança corporativa (níveis 1 e 2). É a ausência de regras adequadas de defesa dos interesses dos acionistas minoritários que acarreta uma desvalorização no valor de mercado das companhias. Assim, ações de empresas listadas em algum dos segmentos diferenciados de governança corporativa, apresentam prêmios por risco menores, quando comparados às empresas fora desse segmento. 
A partir de 2003 houve um reaquecimento do mercado, triplicando o volume médio diário de negócios registrados pela BOVESPA desde então. A necessidade de alterações da Lei Societária em vigor desde 1976 (Lei nº 6.404/76), com o objetivo de aperfeiçoar e incrementar os direitos e a proteção dos acionistas minoritários tornou-se uma necessidade e estímulo à maior participação dos investidores. Nas alterações realizadas foram introduzidas diversas regras de governança corporativa nascidas de princípios de disclousure (transparência), tratamento eqüitativo, compliance e accountability (Prestação de Contas). 
A respeito das dificuldades encontradas pelas empresas para realizar o acordo, marque a alternativa incorreta:
AULA 2 – GOVERNANÇA CORPORATIVA: CONFLITO DE AGÊNCIA
Ao final desta aula, você será capaz de:
Compreender os conflitos de agência da governança corporativa.
A maximização do lucro desconsidera não apenas o fluxo de caixa, mas também o risco. Considera-se o fato que, retorno e risco são determinantes--chaves do preço da ação, que representa a riqueza. Quando há risco envolvido, os acionistas esperam obter taxas de retorno mais baixas naqueles com riscos mais baixos.
Auxiliando seu Raciocínio
Espera-se que a empresa industrial possa ganhar
- do que com seus ativos circulantes
- mais com seus ativos permanentes
Obs>Os ativos permanentes representam os verdadeiros ativos rentáveis da empresa.
Decisões de Investimento
As decisões de investimento do administrador financeiro determinam a combinação e o tipo de ativos constantes do balanço patrimonial da empresa. Essa atividade diz respeito ao lado esquerdo do balanço. A combinação refere-se ao montante de recursos aplicados em ativos circulantes e em ativos permanentes. Estabelecidas essas proporções, o administrador financeiro deve fixar e tentar manter certos níveis ótimos para cada tipo de ativo circulante.
Deve também decidir quais são os melhores ativos permanentes a adquirir, e saber quando os ativos existentes precisam ser modificados, substituídos ou liquidados. Essas decisões são importantes porque afetam o sucesso da empresa na consecução de seus objetivos.
À medida que o índice AC/AT aumenta, tanto o retorno como risco decrescem. A lucratividade é reduzida porque os ativos circulantes são menos rentáveis que os permanentes. O risco de insolvência técnica diminui porque, supondo-se não haver alteração nos passivos circulantes, o aumento nos ativos circulantes elevará o CCL.
Decisões de Financiamento
Essa atividade relaciona-se com o lado direito patrimonial e envolve duas áreas principais. Primeiro, a combinação mais apropriada entre financiamentos a curto e a longo prazo deve ser estabelecida. Uma segunda preocupação, igualmente importante, é que fontes individuais de financiamento, a curto ou longo prazos, são as melhores, em um dado instante.
Muitas dessas decisões são ditadas pela necessidade, mas algumas requerem uma análise aprofundada das alternativas de financiamento disponíveis. De seus custos e suas implicações a longo prazo. Novamente, é o efeito dessas decisões na realização dos objetivos da empresa que realmente importa.
Aumento
À medida que o índice PC/AT aumenta, a lucratividade da empresa e o seu risco aumentam também. A lucratividade aumenta devido aos menores custos relacionados à utilização de mais financiamento a curto prazo e menos a longo prazo. Posto que o financiamento a curto prazo envolvendo duplicatas, títulos e despesas provisionadas a pagar é menos dispendioso que o financiamento a longo prazo, os custos da empresa se reduzem elevando os seus lucros. 
Supondo-se que seus ativos totais fiquem inalterados, o CCL baixará, ao passo que os ativos circulantes aumentarão. Uma redução no CCL significa um aumento no risco total.
A diminuição do índice de PC/AT diminuirá a lucratividade da empresa, uma vez que o montante maior do financiamento precisa ser obtido através de meios mais dispendiosos a longo prazo. 
Haverá uma queda correspondente no risco, devido à redução dos passivos circulantes que possuem maior risco, provocando, também, a elevação do CCL da empresa que confirma a redução do risco. As consequências de um decréscimo no índice PC/AT são exatamente o oposto de um aumento neste índice.
Antecipando o Problema
Verifica-se que esses questionamentos são devidos e devem ser feitos todo o tempo pelo administrador para que haja de fato a maximização da riqueza do acionista. Alguns agentes acreditam que o objetivo dos proprietários é sempre a maximização do lucro. Para atingir o objetivo de maximização do lucro, o gestor financeiro toma exclusivamente aquelas ações que se espera que irão dar maior reforço para a lucratividade total da empresa.
Do mesmo modo, dentre as escolhas analisadas, o gestor financeiro irá escolher as de maior retorno possível. Nas sociedades anônimas, os lucros são usualmente medidos em termos de lucro por ação (LPA).
Segundo muitos autores, o objetivo de todos os administradores e empregador é o de maximizar a riqueza dos proprietários. A riqueza dos proprietários de uma sociedade anônima é medida pelo preço da ação.
Como o preço da ação representa a riqueza do dono na empresa, a maximização do preço da ação é consistente com maximização da fortuna do proprietário. Observe que o retorno (fluxo de caixa) e o risco é o que importa para a decisão, no processo sustentável de aumentoda riqueza. Também é relevante reconhecer que o lucro por ação (LPA), por ser um importante componente do retorno da empresa (fluxos de caixa), afeta o preço da ação.
Aprofundando o Problema
Hendriksen e Breda (LOPES, 2004; O’REILLY III; MAIN, 2010). Hendriksen e Breda (1999) explicam que a situação de conflito de agência surge do comprometimento do agente em atender o principal versus a não observância do comportamento esperado por quem o contrata e paga seus salários.
Lopes e Martins - Lopes e Martins (2007) chegam a generalizar tal entendimento. Consideram-no como forçosamente diferente os interesses dos acionistas (donos) e os gestores. Inclusive, aguarda-se que não haja a mesma eficiência de gestão de recursos dos donos do capital, quando comparado aos agentes. (OLIVEIRA et al., 2008).
Shleifer e Vishny - Segundo Shleifer e Vishny apud Andrade e Rossetti, (2004, p. 23), a governança corporativa é o campo da administração que trata do conjunto de relações entre a direção das empresas, seus conselhos de administração, seus acionistas e outras partes interessadas. Assim, constitui as portas pelas quais os financiadores das empresas são garantidos do retorno de suas aquisições.
O foco atual das empresas inclui os interesses dos stakeholders, tanto quanto os dos acionistas. Estes são grupos tais como: empregados, fornecedores, credores, clientes, comunidades, governo, órgãos de sustentabilidade socioambiental e sociedade em geral. Uma empresa que sabe lidar com seus stakeholders impedirá conscientemente medidas que possam ser danosas a eles, ou seja, transferir sua riqueza, à empresa. O objetivo não é aprimorar a posição dos stakeholders, mas conservar.
Obs: Esse enfoque limita a atuação da empresa, no curto prazo e espera-se que proporcione benefícios máximos, a longo prazo, aos acionistas, ao manter um estreito relacionamento com os stakeholders. Naturalmente, a empresa poderá chegar ao seu objetivo de maximização da riqueza dos acionistas por meio da parceria com seus stakeholders.
A separação entre propriedade e controle aumenta a ocorrência de conflitos de interesse, que podem ser chamados "conflitos de agência" em que os "principais" ou proprietário (ou acionista) delega ao "agente" (gerente) poder de decisão sobre sua propriedade, mas este age em benefício próprio, em vez de tomar decisões em nome do principal.
A governança corporativa se insere nesse contexto para minimizar os problemas da agência.Tecnicamente, qualquer diretor detentor de menos de 100% da empresa é, em certa medida, um agente dos outros proprietários. Por gerenciar a informação, a ele é permitido controlar o tipo e profundidade do que está sendo relatado ou a demonstrar. Portanto, para minimizar os efeitos causados pela separação de interesses entre agente e principal, os acionistas devem conceder pacotes de remuneração dos executivos, de modo que eles tenham o desempenho desejado.
Na prática, porém, os gestores também estão preocupados com a riqueza pessoal, sua segurança no emprego, a vida e outras vantagens (escritório de luxo - tudo isso à custa da Companhia). Estas preocupações podem levar os gerentes a recusar ou não querer correr riscos elevados se perceberem um alto risco que poderia resultar na perda de trabalho e danos ao patrimônio pessoal. Esta abordagem é denominada de "moderação" e conduz a rendimentos mais baixos e perda potencial de riqueza para os proprietários.
Um contraponto a esse problema é que eles podem tomar decisões em um risco maior do que é aceitável pelos acionistas como vender ativos da empresa abaixo do preço de mercado, reduzir a escolha de um valor de investimento, incentivar o crescimento do negócio para além do ponto ideal de forma a que os minoritários não tenham chance de suportar uma maior chamada de capital a integralizar, deixando aos acionistas majoritários um maior poder na tomada de decisão etc. 
Uma das principais origens dos “conflitos de agência” está nas relações entre acionistas majoritários/ minoritários, devido a fatores como a permissão legal de emissão de ações sem direito a voto, que pode gerar a concentração da propriedade nas mãos dos majoritários, retirando poder dos minoritários na tomada de decisão. Segundo muitos autores, tal conflito entre gestores e acionistas é apenas uma forma de manifestação do conflito de agência.
Não apenas interesses financeiros causam conflitos de interesse. Podem também incluir os interesses subjetivos, tais como, autorizar parcerias econômicas causadas por relações pessoais.
Há uma Solução para o Problema de Agência?
Alguns autores consideram pagar os meios mais eficazes para sintonizar os interesses entre agente e gerente, considerando os benefícios que os acionistas tendem a conceder para motivar os executivos. No entanto, quando se considera a utilização de compensação para minimizar os efeitos de relação entre o contratante e o contratado, considerar, também, as relações interpessoais dos indivíduos. Ou seja, procurar determinar o comportamento desejável e métodos e recursos que devem ser implementados para a pessoa corresponder a essas expectativas.
Pelas suposições feitas no caso do contexto organizacional, torna-se importante aos acionistas conceder remuneração variável na forma de opções de ações. No entanto, essa atitude só deve ser tomada quando o desempenho esperado for iniciado. Assim, é necessário evitar oferecer uma escolha de opções, quando ainda não se atingiu o desempenho satisfatório para desencorajar os executivos a permanecerem com seus diversos interesses.
Obs: Remuneração por Desempenho É a forma como o contratante paga com a finalidade de, em princípio, aumentar a satisfação dos colaboradores, recrutar e reter sua lealdade.
A questão do conflito de interesses nas sociedades anônimas tem sido uma das principais preocupações da Governança Corporativa, as quais se encontram relacionadas às teorias que abordavam os chamados "conflitos de agência". O conflito entre gestores e acionistas é apenas uma forma de manifestação do conflito de agência.
Baseado nisso, responda:
 Qual é uma das principais origens desse conflito na opinião de diversos autores?
Uma das principais origens está nas relações entre acionistas majoritários/ minoritários, devido a fatores como a permissão legal de emissão de ações sem direito a voto, que pode gerar a concentração da propriedade nas mãos dos majoritários, retirando poder dos minoritários na tomada de decisão.
AULA 3 – GOVERNANÇA CORPORATIVA: O PROCESSO DE GOV. CORPORATIVA
Ao final desta aula, você será capaz de:
Compreender como é o processo de governança corporativa nas organizações.
Geral
Baseado em Belmiro et al., em Administração Estratégica uma visão harmônica - Fábrica de Livros Senai (2000), cria-se sistemas que podem ser vistos como sucessivos subsistemas, sistemas e supersistemas. Cada um deles traz um tipo de informação.
Se no citado livro tínhamos o ser humano no centro até que chegássemos à Administração Estratégica (vista como harmonia), nesse caso, do novo mapa conceitual aqui criado, quem fica no centro é a organização, no meio, a administração estratégica, e como supersistema a governança corporativa. Representando em um grande mapa conceitual esse processo, estaria assim definido:
Entendendo Melhor o Processo: Manual de Governança Corporativa
Na elaboração do manual, pode-se exemplificar uma situação que especifica as ações a tomar para um caso vivenciado por uma instituição, como: Avaliação de ativos – Conselho de Administração deverá ressaltar a GC corporativa.
Determinação do Valor Recuperável
Para tanto, se baseará no CPC 01 (R1) - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS:
1) O pronunciamento define valor recuperável como o maior valor entre o preço líquido de venda do ativo e o seu valor em uso. Caso um desses valores exceda o valor contábil do ativo, não haverá desvalorização nem necessidade de estimar o outro valor.
2) A melhor evidência do preço líquido de venda de ativos é obtida a partir de um contrato de venda formalizado.Caso não exista contrato formal, o preço poderá ser obtido a partir do valor de negociação em um mercado ativo, menos as despesas necessárias de venda. Se essas fontes também não estiverem disponíveis, o preço deve ser baseado na melhor informação disponível para refletir o valor que uma entidade possa obter, na data do balanço, para a alienação do ativo em negociação com parte conhecedora, interessada e independente, sem que corresponda a uma transação compulsória ou decorrente de um processo de liquidação, após deduzir as despesas da baixa. Ao determinar esse valor, a entidade pode considerar o resultado de transações recentes para ativos semelhantes, dentro do mesmo setor em que opera.
3) O valor em uso de ativos será estimado com base nos fluxos de caixa futuros derivados do uso contínuo dos ativos relacionados, utilizando-se uma taxa de desconto para trazer esses fluxos de caixa a valor presente.
4) Os fluxos de caixa futuros devem ser estimados para o ativo em sua condição atual. As estimativas de fluxos de caixa futuros não devem incluir:
(a) futuras entradas ou saídas de caixa previstas para uma futura reestruturação com a qual a entidade ainda não esteja formalmente compromissada ou melhoria ou aprimoramento do desempenho do ativo; e 
(b) entradas ou saídas de caixa provenientes de atividades financeiras ou os recebimentos ou pagamentos de impostos sobre a renda.
5) A estimativa de fluxos de caixa futuros deve ser baseada nas previsões e ou orçamentos aprovados pela administração da entidade, sendo recomendável adotar um período de cinco anos. Períodos mais longos devem ser evitados pelo grau de incerteza contido nas premissas, entretanto poderão ser aceitos desde que justificados.
6) A taxa de desconto deve ser uma taxa antes de impostos sobre a renda que reflita as avaliações atuais de mercado do valor da moeda no tempo e os riscos específicos do ativo. Essa taxa representa o retorno que os investidores exigiriam se eles houvessem de escolher um investimento que gerasse fluxos de caixa de valores, tempo e perfil de risco equivalente àqueles que a entidade espera extrair do ativo. Entretanto, a taxa de desconto não deve refletir a estrutura de capital da entidade, os riscos para os quais as futuras estimativas de fluxos de caixa foram ajustadas, nem a inflação projetada. Caso contrário, o efeito das premissas será levado em consideração em duplicidade.
7) Quando uma taxa não estiver diretamente disponível no mercado, a entidade deverá estimar a taxa de desconto considerando o valor temporal do dinheiro para os períodos até ao fim da vida útil do ativo e os riscos de os fluxos de caixa futuros diferirem em termos de valores e período das estimativas. Como ponto de partida, a entidade poderá considerar as seguintes taxas:
(a) o custo médio ponderado de capital da entidade determinado pelo uso de técnicas específicas, tal como o Capital Asset Pricing Model;
(b) a taxa de empréstimos obtidos pela entidade.
8) O valor recuperável de um ativo deve ser estimado para cada uma das unidades que geram caixa. Se não for possível estimar o valor recuperável de cada uma das unidades do ativo, a entidade deve determinar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence. Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo de ativos que inclui o ativo em uso e que gera entradas de caixa que são em grande parte independentes das entradas de caixa provenientes de outros ativos ou grupos de ativos.
9) Considera-se que o valor recuperável de um ativo, individualmente, não pode ser determinado se:
(a) o valor do ativo em uso, isoladamente, gera valores insignificantes de caixa, nitidamente desvinculados do que seria o valor de retorno do ativo no mercado; e
(b) o ativo não gera entradas de caixa que possam ser em grande parte independentes daquelas provenientes de outros ativos. Nesses casos, o valor em uso e, portanto, o valor recuperável deverá ser determinado para a unidade considerada a geradora.
Processo de Seleção dos Conselheiros, Processo de Orientação de Voto, Processo de Avaliação dos Conselheiros, Rating da Governança Corporativa, Modus Operandi Controle de Eventos Societários
A) Processo de seleção dos conselheiros
Objetivo: Procurar as melhores práticas de governança corporativa para maximizar investimentos por meio dos consultores (conselheiros). 
O processo de seleção do Conselho de Administração será anunciado no site da empresa. Os candidatos que participarem devem preencher o formulário de inscrição, disponível em um ambiente restrito, onde os dados e a necessidade estão disponíveis na página do Gabinete do Conselho de Administração, bem como instruções para a compilação correta. Este possui todas as informações necessárias a respeito do candidato. Serão preenchidas informações como dados pessoais, qualificações e cursos, área de interesse, etc.
OBS: Missão - Em geral, a finalidade deste processo está em selecionar os profissionais mais habilitados para aumentar a eficiência da empresa.
OBS: Requisitos - Os candidatos inscritos na prova devem atender aos seguintes requisitos mínimos para o exercício da função: experiência no mercado de finanças, contabilidade, administração, auditoria; diploma universitário, de preferência relacionado à economia/ contabilidade; ser responsável pelo processo administrativo da empresa, capacidade de compreender os relatórios financeiros e de gestão; inexistência de conflitos de interesse, esteja em linha com os valores; conhecimento das melhores práticas de governança corporativa; visão, motivação e estratégica.
B) Processo de orientação em votação
Este analista de investimentos é responsável por preparar o objeto de votação, dentro das diretrizes, visando apoiar medidas formais e estratégicas para atender à empresa contra os concorrentes.
Avaliação formal do desempenho e do indivíduo: examinar os principais aspectos necessários para garantir a qualidade do consultor. O objetivo deste processo é analisar o papel de um consultor de empresas e funcionamento da boa governança do investimento.
C) Rating de governança corporativa
Por esta ferramenta, pode-se medir o grau de participação e adaptação a práticas de governança corporativa. O resultado é avaliado a cada ano. Métodos para identificar os processos e práticas devem ser melhorados e / ou aprovados pela Companhia para proporcionar maior segurança, transparência e retorno sobre o investimento. A classificação aqui proposta não ocorre ou representa a credibilidade da avaliação financeira e econômica da própria empresa, mas sim os resultados das operações ou de negócios da empresa.
Os métodos de avaliação neste trabalho permitem o monitoramento e classificação das empresas na carteira de investimentos para a aplicação de práticas e os princípios de Governança Corporativa.
A avaliação deve se concentrar nos aspectos administrativos, que são: 
a) transparência e Disclousure
b) responsabilidade (accountability)
c) as leis (Compliance)
d) ética
Avaliação e monitoramento das práticas de gestão é uma tarefa complexa, tendo em vista a existência de muitos parâmetros difíceis de mensurar. Embora o desenvolvimento de avaliação e análise de risco utilize uma série de medidas objetivas, a pesquisa inclui um grau de conceitos subjetivos quanto ao analista, tais como: comprometimento, credibilidade, integridade, independência, transparência, qualidade e equidade. Procurou-se, em seguida, os dados relativos a cada uma das variáveis que compõem a análise para minimizar o caráter de subjetividade.
D) Princípios de avaliação identificados após o estudo dos conceitos e práticas de boa governança adotadas no Brasil e ao redor do mundo
A chave para alcançar pontuação indicou que algumas das práticas de gestão reconhecidas internacionalmente se tornam muito caras e às vezes inúteis para algumas empresas, considerado-se tamanho, natureza e maturidade do negócio e cobertura do mercado. Por conseguinte, estas análises variáveis foram divididas em categorias:há aquelas em que as práticas são muito necessárias e se aplicam a todas as empresas.
E) Avaliação da qualidade da governança corporativa adotada pela companhia 
Procedimentos:
Faça um mapa conceitual do que você considera o mais importante, interligando a administração estratégica ao processo de GC corporativa.
Pessoas e tecnologia, Processos Internos, Público-alvo, Fortalecimento institucional. Análise setorial de Recursos Humanos, Físicos, Organizacionais e Sustentáveis.   Comitê do Conselho de Administração – Finanças, Auditoria e RH, Relações com o Mercado e Prutividade/ Qualidade Total.
AULA 4 – GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL E NO MUNDO
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Conhecer as estratégias de governança corporativa no Brasil e no mundo.
McKinsey Company
Pesquisas em todo o mundo comprovam que quanto maior a governança corporativa, mais desenvolvido será o mercado de capitais do país, sendo mais fácil e mais barata a captação de recursos no mercado.
Outra constatação é que os países com maior proteção aos direitos dos minoritários possuem uma maior capitalização de mercado e, também, um maior número de IPOs por milhão de habitante. 
O principal desses estudos sobre o valor da governança corporativa foi conduzido pela McKinsey Company e publicado em junho de 2000 (MCKINSEY, 2000).
Auxiliando seu Raciocínio
Espera-se que o principal acionista (majoritário) tenha interesse em melhorar o valor das ações da empresa. Contudo, isso pode não acontecer, se este acionista, com direito de controle se sobrepondo ao direito a fluxos de caixa, estiver desapropriando dinheiro para seu próprio benefício ou para outras empresas (no caso público, tem-se o apoio da aprovação pela população e da maioria no Congresso para aprovar MP – Medidas Provisórias).
A diferença da avaliação torna-se maior quanto maior for a assimetria entre: 
Informações de majoritários e minoritários e entre propriedade e direitos de controle.
Decisões no Mundo
Comparando empresas de energia no mundo com empresas de energia no Brasil, sabe-se que o maior escândalo ocorreu no final de 2001, na companhia energética Enron, que através de uma série de mecanismos de fraude, escondeu um endividamento expressivo que acabou levando-a à falência.
A busca pelo aumento dos preços das ações esteve na origem da maioria dos casos. Os executivos recebiam uma parcela considerável de sua remuneração em opções de ações (stock options). Esse mecanismo permitia que seu detentor ganhasse com a alta das ações e não perdesse na baixa, pois este só exerceria sua opção quando achasse apropriado.
30 de janeiro, 2002 - Publicado às 22h22 GMT (site BBC BRASIL.com, acesso em 16/11/2012).
A companhia gigante americana de energia Enron, que já foi a companhia mais admirada do planeta, é agora mais conhecida por seu protagonismo na maior concordata da história corporativa nos Estados Unidos. Seu colapso provocou uma série de investigações, incluindo uma criminal. A seguir algumas respostas sobre a história da companhia e as acusações de que é alvo.
Algumas Respostas às Perguntas Chaves Feitas sobre a Enron:
Algumas dessas empresas, ainda, frequentam o Dow Jones Suntainability Index e estão entre as trinta titãs. Clique no Saiba Mais e veja a lista completa das empresas brasileiras com ADRs no mercado americano em 2012: AmBev; Aracruz Celulose; Banco Bradesco; Brasil Telecom; Brasil Telecom Participações; Braskem; Brasil Foods; Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobras; Comp. Paranaense de Energia - COPEL; Companhia Brasileira de Distribuição - CBD; Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG; Companhia Siderúrgica Nacional-CSN; CPFL Energia; Embraer; Gafisa; Gerdau; Gol Linhas Aéreas Inteligentes; Itaú Unibanco Holding; Net Serviços de Comunicação; Petróleo Brasileiro; SABESP; Sadia; TAM; Tele Norte Leste; Telecomunicações de São Paulo; TIM Participações; Ultrapar; Vale; Vivo (Telefônica Brasil); Votorantim Celulose e Papel.
Decisões no Brasil
Antecipando o Problema
No caso brasileiro, verifica-se que a MP 579 dá poderes a ANEEL de contabilizar como preço justo e que está proposto para as concessionárias de energia elétrica na renovação antecipada de seus contratos por mais 30 anos.
Através do Valor Novo de Reposição rasga de fato todos os manuais de contabilidade, em um momento delicado em que o Brasil, nação emergente, se insere em um mercado globalizado cada vez mais intenso na rivalidade por captação de investimentos diretos (capital de risco).
A pretensão afetará todas as relações com os minoritários, deixando enfraquecida a nossa posição frente aos princípios geralmente aceitos a nível mundial pelas economias do mundo ocidental.
Aprofundando o Problema
62. Quando o montante estimado da perda por desvalorização for maior do que o valor contábil do ativo ao qual se relaciona, a entidade deve reconhecer um passivo se, e somente se, isso for exigido por outro Pronunciamento Técnico.
63. Depois do reconhecimento da perda por desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual (se houver), em base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente.
64. Se a perda por desvalorização for reconhecida, quaisquer ativos ou passivos fiscais diferidos relacionados devem ser reconhecidos em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro, comparando-se o valor contábil revisado do ativo com sua base fiscal.
Ainda referente ao CPC01 tem-se que:
107. Se o valor recuperável de um ativo individual não puder ser determinado (ver item 67),
(a) a perda por desvalorização deve ser reconhecida para o ativo se o seu valor contábil for maior do que o mais alto dos seguintes valores: seu valor justo líquido de despesas de venda e os resultados dos procedimentos de alocação descritos nos itens 104 e 105; e
(b) nenhuma perda por desvalorização deve ser reconhecida para o ativo se a unidade geradora de caixa à qual está relacionado não sofrer perda por desvalorização. Isso se aplica mesmo se o valor justo líquido de despesas de venda do ativo for menor do que seu valor contábil.
Vamos a um Exemplo
Uma máquina teve um dano físico, mas ainda está operando, embora não tão bem quanto anteriormente ao dano físico. O valor justo líquido de despesas de venda da máquina é menor do que o seu valor contábil. A máquina não gera entradas de caixa independentes. O menor grupo de ativos identificável, que inclui a máquina e que gera entradas de caixa que são em grande parte independentes das entradas de caixa de outros ativos, é a linha de produção à qual a máquina pertence. O valor recuperável da linha de produção indica que a linha de produção tomada como um todo não sofreu desvalorização.
Diante deste problema, apresentamos duas premissas distintas:
Premissa 1:
Orçamentos ou previsões aprovados pela administração não demonstram a obrigação da administração de substituir a máquina. 
O valor recuperável da máquina sozinha não pode ser estimado, pois o valor em uso da máquina:
(a) pode ser diferente de seu valor justo líquido de despesas de venda; e
(b) pode ser determinado somente para a unidade geradora de caixa à qual a máquina pertence (a linha de produção).
A linha de produção não sofreu perda por desvalorização. Portanto, não há perda por desvalorização reconhecida para a máquina. Entretanto, a entidade pode necessitar reavaliar o período de depreciação ou o método de depreciação para a máquina. Talvez um período mais curto ou método mais rápido de depreciação seja exigido para refletir a vida útil remanescente da máquina ou as bases sobre as quais se esperam que os benefícios econômicos sejam usufruídos pela entidade.
Premissa 2:
Os orçamentos ou previsões aprovados pela administração demonstram o compromisso da administração de substituir a máquina e vendê-la em futuro próximo.
Os fluxos de caixa provenientesde uso contínuo da máquina até sua baixa são estimados como desprezíveis.
O valor em uso da máquina pode ser estimado como próximo de seu valor justo líquido de despesas de venda. Portanto, o valor recuperável da máquina pode ser determinado e nenhuma consideração deve ser dada à unidade geradora de caixa à qual a máquina pertence (a linha de produção). Em função de o valor justo líquido de despesas de venda da máquina ser menor do que seu valor contábil, a perda por desvalorização deve ser reconhecida para a máquina.
108. Depois de as exigências dos itens 104 e 105 terem sido observadas, um passivo deve ser reconhecido para qualquer valor remanescente de perda por desvalorização de uma unidade geradora de caixa se, e somente se, isso for exigido por outros pronunciamentos.
Decisões no Brasil
Já a questão do ágio (goodwill) está extensamente abordada em outro pronunciamento: No CPC27.
Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).
Alocação do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) a unidade geradora de caixa.
80. Para o propósito do teste de redução ao valor recuperável, o 
ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) adquirido em 
combinação de negócios deve, a partir da data da operação, ser alocado a 
cada uma das unidades geradoras de caixa do adquirente, ou a grupos de 
unidades geradoras de caixa, que devem se beneficiar das sinergias da 
operação, independentemente de os outros ativos ou passivos da entidade 
adquirida ser, ou não, atribuídos a essas unidades ou grupos de unidades. 
Cada unidade ou grupo de unidades ao qual o ágio (goodwill) é alocado, 
dessa forma, deve: 
(a) Representar o menor nível dentro da entidade no qual o ágio 
(goodwill) é monitorado para fins gerenciais internos; e 
(b) não ser maior do que um segmento operacional, conforme 
definido pelo item 5 do Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informações por 
Segmento, antes da agregação. 
81. O ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) 
reconhecido em uma combinação de negócios é um ativo que representa 
benefícios econômicos futuros advindos de outros ativos adquiridos na 
combinação de negócios que não são identificados individualmente e não 
são reconhecidos separadamente. O ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill) não gera fluxos de caixa independentemente de outros 
ativos ou grupos de ativos, e frequentemente contribui para os fluxos de 
caixa de múltiplas unidades geradoras de caixa. Às vezes, o ágio por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) não pode ser alocado em 
base não arbitrária a unidades geradoras de caixa individuais, mas apenas a 
grupos de unidades geradoras de caixa. Assim, o menor nível dentro da 
entidade, no qual o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) 
é monitorado para fins gerenciais internos, às vezes, inclui algumas 
unidades geradoras de caixa às quais o ágio se relaciona, mas às quais não 
pode ser alocado. As referências nos itens 83 a 99 a uma unidade geradora 
de caixa à qual o ágio deve ser alocado devem ser lidas também como 
referências a um grupo de unidades geradoras de caixa às quais o ágio deve 
ser alocado. 
 
82. A aplicação das exigências do item 80 faz com que o ágio por 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) seja testado para redução 
ao valor recuperável em nível que reflita a forma pela qual a entidade 
gerencia suas operações e com a qual o ágio estaria naturalmente 
associado. Portanto, o desenvolvimento de sistemas de reporte adicionais 
não é por via de consequência necessário. 
84. Se a alocação inicial do ágio por expectativa de rentabilidade 
futura (goodwill), adquirido em combinação de negócios, não puder ser 
completada antes do término do período anual em que a combinação de 
negócios ocorre, essa alocação inicial deve ser completada antes do 
término do primeiro período anual com início após a data da aquisição. 
86. Se o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) 
tiver sido alocado a uma unidade geradora de caixa e a entidade se desfizer 
de uma operação dentro dessa unidade, o ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill) associada à operação baixada deve ser: 
(a) Incluído no valor contábil da operação quando da 
determinação dos ganhos ou perdas na baixa; e 
(b) mensurado com base nos valores relativos da operação 
baixada e na parcela da unidade geradora de caixa mantida em operação 
(retida), a menos que a entidade consiga demonstrar que algum outro 
método reflita melhor o ágio por expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill) associado à operação baixada. 
 
Testando Unidade Geradora de Caixa Com Ágio por 
Expectativa de Rentabilidade Futura (Goodwill) para Redução 
ao Valor Recuperável 
 
88. Quando o ágio por expectativa de rentabilidade futura 
(goodwill) se relacionar com uma unidade geradora de caixa, mas não tiver 
sido alocado a ela, conforme descrito no item 81, essa unidade geradora de 
caixa deve ser testada para redução ao valor recuperável sempre que 
houver indicação de que a unidade possa estar desvalorizada, pela 
comparação do valor contábil da unidade, excluindo qualquer ágio por 
 
expectativa de rentabilidade futura (goodwill), com seu valor recuperável. 
Qualquer perda por desvalorização deve ser reconhecida de acordo com o 
item 104. 
89. Se a unidade geradora de caixa descrita no item 88 incluir 
em seu valor contábil um ativo intangível que tenha vida útil indefinida, ou 
que ainda não esteja disponível para uso, e esse ativo somente puder ser 
testado para redução ao valor recuperável apenas como parte da unidade 
geradora de caixa, o item 10 requer que a unidade também seja testada, 
anualmente, para redução ao valor recuperável. 
90. A unidade geradora de caixa à qual o ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill) tiver sido alocado deve ser testada 
anualmente para verificar a necessidade de redução ao valor recuperável e 
sempre que houver indicação de que a unidade possa estar desvalorizada, 
comparando-se seu valor contábil, incluindo o ágio por expectativa de 
rentabilidade futura (goodwill), com o valor recuperável da unidade. Se o 
valor recuperável da unidade ultrapassar seu valor contábil, a unidade e o 
ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) alocada àquela 
unidade devem ser considerados como não estando desvalorizados. Se o 
valor contábil da unidade ultrapassar seu valor recuperável, a entidade 
deve reconhecer a perda por desvalorização de acordo com o item 104.
Comparação Entre os Problemas: A Busca de uma Solução Possível
A governança corporativa se insere nesse contexto para minimizar os problemas da agência. De acordo com Alfried Plöger, coordenador de relações institucionais do Comitê de Pronunciamentos Contábeis:
"...o CPC representa a perspectiva de importantes avanços no caminho da atualização e da modernização de normas e preceitos contábeis."
Na perspectiva da história, ele é o resultado da abertura da economia brasileira para o exterior, que colocou nossas empresas em contato direto com economias mais avançadas, inclusive com títulos negociados nas bolsas de maior movimento do mundo, e ao alcance dos investidores sediados em outros países.
Como consequência, ficou muito claro que a diversidade de práticas contábeis entre as diversas economias representava um significativo custo extra e uma dificuldade a mais para a indispensável troca de informações e para a acomodação de posições.
Essa questão, aliás, não se apresentou apenas para nós: também as economias centrais, pelas mesmas razões, buscam uma maneira de compartilhar normas e procedimentos contábeis.
A necessidade, portanto, de harmonização das normas contábeis passou a fazer parte das preocupações dos principais organismos envolvidos com tais assuntos - como o Conselho Federal de Contabilidade, o IBRACON e a Comissão de Valores Mobiliários - dos quais resultou uma série de medidas jáem andamento.
A revisão da parte contábil da Lei das S.A., por exemplo, cabe nesse contexto e o PL 3741, tramitando no Congresso, é fruto de esforço inicial da CVM e da participação, em diversos estágios, de entidades do mercado de capitais, como a Abrasca, a Apimec e a Bovespa.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis é também parte importante desse esforço.
Justifica-se dessa forma a utilização dos CPCs na busca pela solução de problemas que existem nas empresas em um mundo cada vez mais globalizado, considerando, hoje, o Brasil integrante ativo e não mais episódico desse mercado, como ainda é visto por grande parte da população.
Já nos meios científicos, observa-se uma tendência que é a de aprofundar a discussão sobre o que se pode fazer para legalmente encontrar soluções desde fraudes até situações que são apresentadas nessa aula de Tópicos Emergentes em Finanças. Nesse caso, o mercado se contrapõe muitas vezes à lógica da saúde dos investimentos de capital. Para que tal não continue ocorrendo, vejamos o movimento que ocorre nas ruas onde emerge a maior parte dessa falta de conformidade na gestão de capital.
O movimento Occupy Wall Street tem demonstrado a tentativa da população mais informada para tornar o mundo mais sustentável. Isso equivale a dizer que sugere que haja maior eficiência nos critérios da auditoria financeira, cuja falta já gerou a crise de 2008/ 2009, somente comparável a de 1929, em que muitos foram afetados por conta de situações de falta de governança nas empresas financeiras.
Observe-se que apesar da SOX, o mundo financeiro continuou sem transparência. Entretanto, os governos têm que apostar também em um poder diáfano e menos hesitante.
A MP579 trata de uma situação de extrema importância para as contas públicas e o custo brasileiro, mas não passa pelo crivo da inteligência aportada, como citado por Alfried Plöger, para lidar com situações de internacionalização das normas contábeis que dão transparência aos processos de GC.
Quando relembramos o caso da Enron, de 2001, não podemos nos esquecer de que simplesmente não se solucionaram os problemas, ou ao menos se mitigaram os mesmos observando prêmios mais baixos (custos mais baixos, riscos mais baixos) no sistema financeiro internacional, visto que houve a recidiva da crise de 2008, das hipotecas.
Isso sinaliza que tanto a estrutura em pirâmide que torna controladores aqueles que nem sempre detêm o capital, ou seja, que aplicam quase sem risco (aportam pouco dinheiro e o desapropriam em benefício próprio ou de outras empresas, ou de outras intenções), como continuar ganhando com a simples existência das firmas sem avaliá-las corretamente, continua presente nas instituições.
Devem ser levados a sério os indicadores de sustentabilidade hoje implantados nas principais bolsas (BOVESPA, por exemplo) de maneira que os critérios se tornem não o capital somente, mas o valor agregado das instituições à sociedade.
Dessa forma, quando vemos intenções díspares dessa lógica, podemos afirmar que há uma séria distorção na maneira de encarar os problemas, descuidando da sua lógica contábil, tanto as empresas privadas, como o governo.
1 - O dilema dos acionistas minoritários tem a ver com controle e fluxo de caixa que são variáveis diferentes. Uma empresa através de uma intermediária pode controlar outra empresa (poder de decidir) embora tenha pequena participação no seu fluxo de caixa. Como tal pode acontecer?
O enfoque se dá, em geral, na propriedade, embora essa possa ser definida de duas maneiras: com direito a fluxo de caixa (dividendos) e através de direitos de controle que dão direito ao voto na companhia.  Considerando que as variáveis citadas não são necessariamente as mesmas, pode resultar de haver um acionista majoritário por meio de participações cruzadas, de uma estrutura em pirâmide, ou por acréscimo de participantes indiretos. E, finalmente, pode-se deparar com o dual class, ações com direito a voto e ações sem direito a voto.
Aula 5 – Finanças Internacionais – exposição internacional (exposição de transação, cambial) 
Ao final desta aula, você será capaz de:
Aprender estratégias de exposição de transação cambial das empresas.
Desde a década de 70, os governos e o mundo corporativo dos principais países do mundo têm adotado a relação de câmbio ao Dólar entre si, em oposição à relação fixa.
Essa relação entre duas moedas, ou seja, a flutuação das suas moedas, pode ser expressa como spot (taxa de câmbio à vista) ou forward (taxa em uma data específica no futuro).
O valor de uma moeda em relação à outra ou sua taxa de câmbio é expressa da seguinte forma:
As entidades que operam no exterior assumem riscos cambiais, tanto no caso de moedas flutuantes quanto fixas.
* Nota-se que as forças de oferta e procura internacional, assim como os elementos econômicos e políticos, tanto externo quanto internos, ajudam a formar ambas as taxas à vista e futura entre duas moedas.
* Como as corporações não podem controlar os riscos de elementos externos, a entidade que opera no exterior enfrenta potenciais alterações nas taxas de câmbio, na forma de depreciação ou apreciação. Tais mudanças podem afetar suas receitas, em forma de contas a receber, e seus custos, sob a forma de matérias-primas e lucros medidos em Dólares americanos.
* Os riscos oriundos de tais mudanças nas taxas de câmbio podem ser mais bem observados em análises horizontais de séries temporais, com a moeda local e com a mesma convertida ao Dólar.
Ampliando o Problema (Consolidação de Demonstrativos)
As normas norte-americanas exigem a consolidação das demonstrações contábeis das subsidiárias. Isso depende do grau de participação da matriz na composição acionária. 
Os regulamentos vão desde o relatório puro e simples de dividendos até a consolidação integral no balanço patrimonial e na DRE.
Assim, há diferenças no caso americano para a contabilidade multinacional da empresa doméstica.
Há fatores adicionais correlacionados a cada conta individual das demonstrações contábeis, como, por exemplo, deve-se verificar se o passivo exigível da filial está totalmente em moeda local ou em várias moedas, notadamente em Dólares. Também recomenda-se conhecer, sem dúvida, em quais moedas as receitas e despesas estão contabilizadas. 
Os riscos assim demonstrados referem-se à denominação de exposição contábil.
Desse modo, as flutuações de câmbio afetam cada conta nas demonstrações contábeis.
Um elemento de risco diverso e ainda mais relevante está relacionado à exposição econômica que é o possível impacto da flutuação das taxas de câmbio sobre o valor da entidade que opera no exterior. Considerando que todas as receitas futuras e, em decorrência delas, os lucros líquidos podem estar relacionados à mudança de câmbio. É pertinente saber que o valor presente dos lucros líquidos provenientes das operações no exterior terá uma parcela do seu risco total diversificável, referente à desvalorização (depreciação) ou à valorização (apreciação) das várias moedas em relação ao Dólar.
Aprofundando o problema (os CPCS)
Os princípios contábeis aqui aplicados são assinalados no pronunciamento denominado CPC02. Então, observemos:
No CPC02 os seguintes termos são usados neste Pronunciamento Técnico com os significados abaixo: 
Taxa de fechamento é a taxa de câmbio à vista vigente ao término do período de reporte.
Variação cambial é a diferença resultante da conversão de um número específico de unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas cambiais.
Taxa de câmbio é a relação de troca entre duas moedas.
Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
Moeda estrangeira é qualquer moeda diferente da moeda funcional da entidade.
Entidade no exterior é uma entidade que pode ser controlada, coligada, empreendimentocontrolado em conjunto ou filial, sucursal ou agência de uma entidade que reporta informação, por meio da qual são desenvolvidas atividades que estão baseadas ou são conduzidas em um país ou em moeda diferente daquelas da entidade que reporta a informação.
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera.
Taxa de câmbio à vista é a taxa de câmbio normalmente utilizada para liquidação imediata das operações de câmbio. No Brasil, a taxa a ser utilizada é a divulgada pelo Banco Central do Brasil.
Detalhamento das definições
Moeda funcional
 
A moeda funcional da entidade reflete as transações, os eventos e as condições subjacentes que são relevantes para ela. Assim, uma vez determinada, a moeda funcional não deve ser alterada a menos que tenha ocorrido mudança nas transações, nos eventos e nas condições subjacentes.
Se a moeda funcional é a moeda de economia hiperinflacionária, as demonstrações contábeis da entidade devem ser reelaboradas nos moldes do Pronunciamento Técnico CPC 42 – Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária (pelo método da correção integral enquanto não emitido esse Pronunciamento). A entidade não pode evitar a reapresentação nos moldes requeridos pelo Pronunciamento Técnico CPC 42 mediante, por exemplo, a eleição de outra moeda que não seja aquela determinada em consonância com este Pronunciamento Técnico como sua moeda funcional (tal como a moeda funcional de sua controladora).
A questão dos itens monetários a receber e a pagar é tratada abaixo
 
A entidade pode possuir item monetário caracterizado como recebível junto a uma entidade no exterior ou como contas a pagar a mesma. Um item para o qual sua liquidação não é provável de ocorrer, tampouco está planejado para um futuro previsível, é, substancialmente, parte do investimento líquido da entidade nessa entidade no exterior e deve receber o tratamento contábil previsto nos itens 32 e 33 deste Pronunciamento Técnico. Referidos itens monetários podem contemplar contas a receber de longo prazo e empréstimos de longo prazo. Eles não contemplam contas a receber e contas a pagar relacionados a operações comerciais normais.
A entidade que possui item monetário a receber de entidade no exterior ou item monetário a pagar para entidade no exterior, conforme descrito no item 15, pode ser qualquer controlada do grupo econômico. Por exemplo, uma entidade possui duas controladas: “A” e “B”. A controlada “B” é uma entidade no exterior. A controlada “A” concede um empréstimo à controlada “B”. O empréstimo que a controlada “A” tem a receber da controlada “B” será considerado parte do investimento líquido da controladora na controlada “B”, se a sua liquidação não for provável de ocorrer, tampouco estiver planejada para um futuro previsível.
Do mesmo modo, esse entendimento valeria se a controlada “A” fosse por completo uma entidade no exterior.
Item monetário
 
A característica essencial de item monetário é o direito a receber (ou a obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de moeda. Alguns exemplos incluem: passivos de planos de pensão ou outros benefícios a empregados a serem pagos com caixa; provisões que devem ser liquidadas em caixa; e dividendos a serem distribuídos com caixa, que são reconhecidos como passivos. Da mesma forma, um contrato que preveja o direito a receber (ou a obrigação de entregar) um número variável de instrumentos patrimoniais da própria entidade ou uma quantidade variável de ativos, cujo valor justo a ser recebido (ou a ser entregue) iguala-se a um número fixo ou determinável de unidades de moeda é considerado item monetário.
Item não monetário
 
Por outro lado, a característica essencial de item não monetário é a ausência do direito a receber (ou da obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de moeda.
Alguns exemplos incluem: adiantamento a fornecedores de mercadorias, adiantamento a prestadores de serviços, aluguéis antecipados, goodwill, ativos intangíveis, estoques, imobilizado e provisões a serem liquidadas mediante a entrega de ativo não monetário.
Resumo da abordagem requerida por este Pronunciamento
 
Na elaboração das demonstrações contábeis, cada entidade seja ela uma entidade única, uma entidade com operações no exterior (como uma controladora) ou uma entidade no exterior (como uma controlada ou filial) deve determinar sua moeda funcional com base nos itens 9 a 14. A entidade deve converter os itens expressos em moeda estrangeira para sua moeda funcional e deve reportar os efeitos de tal conversão em consonância com os itens 20 a 37 e 50.
Apresentação de transação em moeda estrangeira na moeda funcional Reconhecimento inicial
 	
Uma transação em moeda estrangeira é a transação que é fixada ou requer sua liquidação em moeda estrangeira, incluindo transações que são originadas quando a entidade:
(a) compra ou vende bens ou serviços cujo preço é fixado em moeda estrangeira;
(b) obtém ou concede empréstimos, quando os valores a pagar ou a receber são fixados em moeda estrangeira; ou 
(c) de alguma outra forma, adquire ou desfaz-se de ativos ou assume ou liquida passivos fixados em moeda estrangeira.
Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante a aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira, na data da transação sobre o montante em moeda estrangeira.
A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica para fins de reconhecimento, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Por motivos práticos, a taxa de câmbio que se aproxima da taxa vigente na data da transação é usualmente adotada, como, por exemplo, a taxa de câmbio média semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as transações, em cada moeda estrangeira, ocorridas durante o período. Contudo, se as taxas de câmbio flutuarem significativamente, a adoção da taxa de câmbio média para o período não é apropriada.
Reconhecimento de Variação Cambial
Conforme ressaltado nos itens anteriores, o Pronunciamento Técnico CPC 38
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e a Orientação OCPC
Três Instrumentos Financeiros, Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação, devem ser aplicados à contabilidade de operações de hedge para itens em moeda estrangeira. Na aplicação da contabilidade de operações de hedge, a entidade é requerida a tratar contabilmente algumas variações cambiais diferentemente do tratamento previsto por este Pronunciamento Técnico para as variações cambiais.
Por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 38 Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração e a Orientação OCPC três Instrumentos Financeiros, Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação, requerem que as variações cambiais advindas de item monetário, qualificado como instrumento de hedge em operação de hedge de fluxo de caixa, sejam inicialmente reconhecidas em conta específica de outros resultados abrangentes (dentro do Patrimônio Líquido), na extensão da eficácia da operação de hedge.
As variações cambiais advindas da liquidação de itens monetários ou da conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram convertidos quando da mensuração inicial, durante o período ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas na demonstração do resultado no período em que surgirem, com exceção daquelas descritas no item 32.
Quando itens monetários são originados de transações em moeda estrangeira e há mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação, surge uma variação cambial. Quando a transação é liquidada dentro do mesmo período contábil em que foi originada, toda a variação cambial deve ser reconhecida nesse mesmo período. Entretanto, quando a transação é liquidada em período contábil subsequente, a variação cambial reconhecida em cada período, até a data de liquidação, deve ser determinada pela mudançanas taxas de câmbio ocorrida durante cada período.
Outros Pronunciamentos Técnicos do CPC requerem que alguns ganhos ou perdas sejam reconhecidos em conta específica de outros resultados abrangentes. Por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 27 (visto na Aula 4) Ativo Imobilizado requer que alguns ganhos e perdas advindos da reavaliação do imobilizado, quando tal procedimento for permitido por lei, sejam reconhecidos em conta específica de outros resultados abrangentes (diretamente no Patrimônio Líquido). Quando referido ativo reavaliado é mensurado em moeda estrangeira, o item 23(c) deste Pronunciamento Técnico requer que o montante reavaliado seja convertido, utilizando-se a taxa de câmbio vigente na data em que o valor reavaliado for determinado, originando uma variação cambial que também deve ser reconhecida em conta específica de outros resultados abrangentes.
Efeitos Fiscais de Todas as Variações Cambiais
Ganhos e perdas em transações com moedas estrangeiras e variações cambiais advindas da conversão do resultado e da posição financeira da entidade (incluindo a entidade no exterior) para moeda diferente podem produzir efeitos fiscais. O Pronunciamento Técnico CPC 32 Tributos sobre o lucro deve ser aplicado no tratamento desses efeitos fiscais.
CONCLUSÕES POSSÍVEIS
Da Consolidação de Demonstrativos
Em uma empresa doméstica, toda a consolidação é baseada em uma única moeda.
Já em uma entidade com operações no exterior, a existência de diferentes moedas e de regras específicas de conversão influencia a consolidação dos demonstrativos financeiros em uma única moeda.
No ambiente internacional, as entidades que operam no exterior enfrentam uma variedade de leis e restrições ao operarem em diferentes países. As complexidades legais e econômicas que existem nesses países são bastante diferentes daqueles de uma empresa doméstica. Unindo a entidade no exterior com a moeda diferente, pode-se produzir efeitos fiscais. O Pronunciamento Técnico CPC 32 Tributos sobre o lucro deve ser aplicado no tratamento desses efeitos fiscais.
Das Demonstrações Contábeis
Há fatores de risco relacionados às demonstrações contábeis, visto que os ativos e passivos podem estar em várias moedas ou em moedas locais.
Portanto, existe um elemento de risco inerente que é a possibilidade de impacto da flutuação das taxas de câmbio sobre o valor da entidade que opera no exterior. Além do mais, as receitas futuras e os lucros líquidos podem estar relacionados à mudança de câmbio.
O valor presente dos lucros líquidos provenientes das operações no exterior terá uma parcela do seu risco total diversificável, referente à apreciação ou à depreciação das várias moedas em relação ao Dólar.
Do Pronunciamento Contábil CPC02
 
A exposição de transação e cambial se insere no contexto para que na elaboração das demonstrações contábeis cada entidade com operações no exterior- como uma controladora ou filial - determine sua moeda funcional.
A mesma não deve ser alterada, a menos que tenha ocorrido mudança nas transações, nos eventos e nas condições subjacentes. A entidade deve converter os itens expressos em moeda estrangeira para sua moeda funcional e deve reportar os efeitos de tal conversão para itens monetários e não monetários.
Quanto às variações cambiais advindas de investimento líquido previsto na entidade no exterior, estas devem ser reconhecidas no resultado nas demonstrações contábeis em separado da entidade que reporta a informação ou nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior, conforme apropriado. 
Se esse item está expresso na moeda funcional da entidade no exterior, aparece uma variação cambial nas demonstrações contábeis separadas e nas individuais da entidade que reporta a informação.
Nas demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informação, tais variações cambiais devem ser reconhecidas, inicialmente, em outros resultados abrangentes em conta específica do patrimônio líquido e devem ser transferidas do patrimônio líquido para a demonstração do resultado quando da baixa do investimento líquido.
Quando ativo imobilizado reavaliado é mensurado em moeda estrangeira, o Pronunciamento Contábil requer que o montante reavaliado seja convertido, utilizando-se a taxa de câmbio vigente na data em que o valor reavaliado for determinado, originando uma variação cambial que também deve ser reconhecida em conta específica de outros resultados abrangentes.
Ganhos e perdas em transações com moedas estrangeiras e variações cambiais advindas da conversão do resultado e da posição financeira da entidade (incluindo a entidade no exterior) para moeda diferente podem produzir efeitos fiscais.
Atividade Proposta
1- O que significa a expressão spot?
Taxa de câmbio à vista.
2- O que é taxa de câmbio?
É a relação de troca entre duas moedas.
Aula 6 – Finanças Internacionais – exposição internacional (exposição de operacional e de taxas de juros) 
Ao final desta aula, você será capaz de:
Compreender as estratégias de exposição operacional e de taxas de juros.
Apesar de apresentar uma acentuada tendência de queda nos últimos anos, ainda assim a taxa primária de juros (SELIC – taxa de juros paga pelo governo em recursos captados por seus títulos da dívida pública) ainda opera com uma diferença de alguns pontos percentuais em comparação com a taxa internacional.
Geral
A comparação com a LIBOR (London Interbank Offered Rate – taxa em que operam os bancos londrinos em empréstimos que realizam entre si) e os Federal Funds demonstra tal diferença.
A tendência de queda de diferença entre as taxas se aprofunda de 2005 para cá:
SELIC
LIBOR
Auxiliando seu Raciocínio
Guilherme Butemberg Hilbert, em seu estudo Principais fatores que levam as empresas importadoras do ramo têxtil de Jaraguá do Sul a financiar suas importações em moeda estrangeira, de 2007, afirma:
"As taxas de juros de operação de FINIMP* foram percebidas como atrativas se comparadas com as praticadas no mercado internacional, mas como um dos entrevistados indicou, há uma tendência de equiparação entre elas. Pode-se afirmar que os entrevistados demonstraram que no processo de decisão foram considerados, mesmo em nível supra ou infraconsciente, fatores humanos e emocionais, algo normal para o cotidiano de uma organização já que o processo de tomada de decisão em relação a investimentos em uma empresa pode ser influenciado por atitudes não racionais."
"Como afirmado por Kimura e Basso, o excesso de confiança na economia nacional e a super autoavaliação podem levar a erros de cognição, levando empresas a tomar empréstimos em moeda estrangeira sem uma relação com avaliação do risco x benefício apresentados pela linha de crédito de FINIMP (WESLEY e ROCHA).
*FINIMP – Financiamento à Importação."
Antecipando o Problema
As multinacionais podem usar estratégias de hedging para mudar estruturas de seus ativos/passivos de longo prazo.
Podem usar os swaps de taxas de juros para obter um fluxo desejado de pagamentos de juros (ex.: taxa fixa) em troca de outro (ex.: taxas flutuantes), e swaps cambiais para trocar um ativo/ passivo denominado de uma moeda por outra. Dessa forma, as multinacionais podem ter acesso a um amplo espectro de mercados e moedas, o que gera economia de custos significante.
Para uma subsidiária de uma multinacional, melhores fontes de curto prazo podem dizer respeito ao seu mercado econômico local, além de poderem contar com o potencial apoio da entidade que opera no exterior (matriz).
Uma restrição, no entanto, é que o mercado local é sujeito à regulamentação das autoridades locais.
Ao contrário do mercado doméstico, as atividades de financiamento de outros mercados podem trazer taxas nominais e taxas efetivas bastante diversas. Isso se deve à valorização e a desvalorização frente ao dólar americano, por exemplo. Um exemplo ilustrará as afirmativas acima.
Visualizando o Problema (Consolidação de Taxas de Juros)
Adaptadode Gitman, J.: uma empresa multinacional com base nos Estados Unidos opera com Euro (na subsidiária da França) e com Real (na subsidiária do Brasil). Com base, na previsão de operação de cada subsidiária, as necessidades de curto prazo equivalentes em dólar são as seguintes:
França: US$ 80 milhões para investir de excedente de caixa.
Brasil: US$ 60 milhões de fundos a levantar (tomar emprestado).
Aprofundando o Problema (Os CPCs)
Objetivo
1. Custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Outros custos de empréstimos devem ser reconhecidos como despesa. 
Alcance
2. A entidade deve aplicar este Pronunciamento na contabilização dos custos de empréstimos.
3. O Pronunciamento não trata do custo real ou imputado a títulos patrimoniais (custo do capital próprio), incluindo ações preferenciais classificadas no patrimônio líquido. 
4. A entidade não é requerida a aplicar este Pronunciamento aos custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de:
(a) Ativo qualificável mensurado por valor justo, como por exemplo, ativos biológicos; ou
(b) estoques que são manufaturados ou de outro modo produzidos, em larga escala e em bases repetitivas.
Definições
Este Pronunciamento utiliza os seguintes termos com os significados especificados:
Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos.
Custos de empréstimos incluem:
A) -Encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva de juros como descrito nos Pronunciamentos Técnicos CPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários e CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;
B) - encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis financeiros reconhecidos de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil; e
C) - variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como ajuste, a mais ou para menos, do custo dos juros.
Custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo qualificável devem ser capitalizados como parte do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com confiabilidade.
Quando a entidade aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 42 – Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária (ou a sistemática de Correção Monetária Integral, enquanto não aprovado esse Pronunciamento Técnico), deve reconhecer como parte dos custos de empréstimos atribuíveis aos ativos qualificáveis apenas a parcela excedente à inflação.
Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos.
Pode ser difícil identificar uma relação direta entre empréstimos específicos e um ativo qualificável e determinar os empréstimos que poderiam ter sido evitados. Tal dificuldade ocorre, por exemplo, quando a atividade de financiamento da entidade é coordenada de forma centralizada num conjunto de empresas sob controle comum. Dificuldades também surgem quando a entidade utiliza uma gama variada de instrumentos de dívida para obter recursos com taxas de juros variadas e empresta tais recursos para outras entidades do mesmo grupo econômico em diversas bases.
Outras complicações surgem por meio do uso de empréstimos denominados ou relacionados a moedas estrangeiras, quando o grupo econômico opera em economias altamente inflacionárias e quando há flutuações nas taxas de câmbio. Como resultado, pode ser difícil a determinação do montante dos custos de empréstimos que devam ser diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável, sendo requerido o exercício de julgamento nessas circunstâncias.
Em algumas circunstâncias, pode ser apropriado incluir todos os empréstimos da controladora e de suas subsidiárias quando do cálculo da média ponderada dos custos dos empréstimos; em outras circunstâncias, é apropriado para cada subsidiária utilizar a média ponderada dos custos dos empréstimos aplicável aos seus próprios empréstimos.
Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 08 (R1)
Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários
Contabilização da Captação de Recursos de Terceiros
Como o registro inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no passivo exigível, também deve evidenciar os valores líquidos recebidos disponíveis para utilização, os custos incrementais incorridos na sua captação serão registrados não a débito do resultado, mas como ajuste da conta do passivo exigível. O mesmo ocorrerá com eventuais prêmios recebidos na emissão de títulos de dívida.
TEXTO COMPLEMENTAR...
Dos Pronunciamentos Contábeis 
 
Retiramos para análise dos Pronunciamentos Contábeis, de 4 (b) que há que 
considerar o fato de não ser requerida a aplicação deste Pronunciamento aos 
custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou 
produção de estoques que são manufaturados ou de outro modo produzidos, 
em larga escala e em bases repetitivas. 
 
Nesse caso, explica-se a transferência para países da periferia (dos mais 
desenvolvidos) de indústrias que produzam em larga escala com fatores de 
produção (capital e trabalho) ainda pouco regulamentados. 
 
...11. Pode ser difícil identificar uma relação direta entre empréstimos 
específicos e um ativo qualificável e determinar os empréstimos que poderiam 
ter sido evitados. Tal dificuldade ocorre, por exemplo, quando a atividade de 
financiamento da entidade é coordenada de forma centralizada num conjunto 
de empresas sob um controle comum... 
 
Pretende-se dessa maneira identificar, como as subsidiárias estão tomando 
empréstimos evitando equívocos através de atividades coordenadas e 
aperfeiçoando controles incluídas auditorias frequentes. 
 
...Outras complicações surgem por meio do uso de empréstimos denominados 
ou relacionados a moedas estrangeiras, quando o grupo econômico opera em 
economias altamente inflacionárias e quando há flutuações nas taxas de 
câmbio. Como resultado, pode ser difícil a determinação do montante dos 
custos de empréstimos que devam ser diretamente atribuíveis à aquisição, 
construção ou produção de um ativo qualificável, sendo requerido o exercício 
de julgamento nessas circunstâncias. 
 
Esse caso já ocorreu no Brasil, nas décadas de 1980 e de 1990, até o 
surgimento do Plano Real, e transformou de maneira crítica as relações com os 
grupos econômicos, mesmo adotando nos orçamentos a conversão ao dólar 
americano. 
 
 
... Todos os encargos financeiros como os juros, as variações monetárias e 
cambiais e esses gastos incrementais de captação mencionados no item 
anterior, líquidos de eventuais prêmios recebidos, devem ser apropriados ao 
resultado em função da fluência do prazo da operação pelo método do custo 
amortizado, com base no conceito da taxa interna de retorno (pelo método que 
caracteriza os juros compostos). Assim, a taxa interna de retorno considerará 
todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido a todos os pagamentos 
feitos ou a serem efetuados. 
 
Historicamente no Brasil da hiperinflação e da correção monetária, tais ajustes 
quando não levados em conta, mascarava financeiramente as operações da 
empresa. 
Conclusões Possíveis Da Consolidação das Taxas de Juros
As decisões de financiamento e de investimento, do ponto de vista da multinacional, devem tomar por base a taxa efetiva de juros, que leva em conta a previsão de mudança percentual de cada moeda (apreciação ou depreciação) com relação ao dólar americano.
Esses, portanto, são os itens principais a serem considerados em tais decisões de empréstimo.
Contabilização da Captação de

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