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24/05/2011 1 Determinação de Fibra Bruta. Prof. Ana Paula Cecatto Mestranda em Agronomia Fibra bruta inclui, teoricamente, materiais que não são digeríveis pelos organismos humano e animal e são insolúveis em ácido e base diluídos em condições especificas. Entre esses materiais estão a celulose, a lignina e pentosanas, que são responsáveis pela estrutura celular das plantas. Pode ser classificada segundo suas funções como: Polissacarídeos estruturais: na parede celular: predominam celulose (polímero de glicose) e polissacarídeos não celulósicos como hemicelulose (uma versão mais curta da celulose) e algumas pectinas. Compostos estruturais que não são polissacarídeos: predominantemente lignina (polímero aromático). Polissacarídeos não estruturais: gomas e mucilagem (excretadas pelas células vegetais) e polissacarídeos do gênero carragena e agar (provenientes de algas). Conteúdo de fibra em alguns alimentos Frutas e produtos de frutas 0,1% - 6,8% Nozes 1,1% - 2,7% Chocolate 2,6% Massa de cacau 4,6% Vegetais 0,4% - 1,0% Leguminosas 2,0% - 4,0% Cereais e produtos de cereais 0% - 2,2% Importância da análise 24/05/2011 2 MÉTODO DE VAN SOEST Esquema analítico de Van Soest ALIMENTO Conteúdos Celulares Parede celular 24/05/2011 3 NIRS 24/05/2011 4 Digestibilidade in vitro Consiste em deixar amostras de forrageiras em contato com o conteúdo líquido de rúmen (inóculo) no interior de um tubo de ensaio, onde se tenta reproduzir as condições predominantes do rúmen-retículo (presença de microrganismos, anaerobiose, temperatura de 39°C, poder-tampão e pH de 6,9), visando repetir o que ocorre in vivo durante 24 a 48 horas de fermentação. A técnica da fermentação in vitro não se destina a considerar a composição química da forragem, mas, principalmente, a estimar sua digestibilidade. Os valore obtidos in vitro servem para classificar diferentes forragens, em ordem decrescente de suas digestibilidades. Há interesse em predizer o valor da digestibilidade aparente da matéria seca, matéria orgânica, energia ou da celulose a ser observada in vivo. Os valores in vitro, como são obtidos, constituem informação sobre a introdução, seleção e melhoramento de forrageiras. Além de serem utilizados para predizer a digestibilidade in vivo das forrageiras, seja para antecipar o provável desempenho dos animais quando alimentados com uma forragem, seja como base de formulação de necessidade de suplementação da forragem. 24/05/2011 5 A segunda digestão pela pepsina, desdobrando a proteína dos microrganismos que aí se desenvolvem através da fermentação do substrato, aproxima os valores in vitro dos in vivo, melhorando, portanto, a correlação e reduzindo o erro-padrão de estimativa (TILLEY et al., 1960). Melhores correlações in vitro x in vivo são obtidas com a técnica de duas fase, em que, após 48 horas de fermentação pelo líquido de rúmen, o substrato é ainda fermentado por outras 48 horas pela solução ácida de pepsina (TYLLEY et al., 1960; TILLEY e TERRY, 1963). Folha de mandioca Melaço Raspa da raiz de mandioca Sal Comum Sal Mineral Uréia Cal hidratado Fonte: Daiane Carla Kottwitz Fonte: Daiane Carla Kottwitz Fonte: Daiane Carla Kottwitz Fonte: Daiane Carla Kottwitz Fonte: Daiane Carla Kottwitz 24/05/2011 6 Fonte: Daiane Carla Kottwitz Fonte: Daiane Carla Kottwitz REFERÊNCIAS SILVA, D. J.; QUEIROZ, A. C. Análise de alimentos: métodos químicos e biológicos. 3ª Edição. Editora UFV, 2006. 235p. CECCHI, H. M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2.ed.rev. Campinas-SP: Editora da UNICAMP, 2003. 207p. OLIVEIRA, F.C. Bromatologia para o curso de Farmácia. Material didático. Porto Alegre: UFRGS, 2010.
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