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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- POLO UNIVERSITÁRIO DE CAMPO GRANDE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS-ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA-PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação centro de ciências e educação superior à distância no Estado do Rio de Janeiro Centro de educação superior à distância do Estado do Rio de Janeiro Curso: Administração Pública Nome: Marcos Antonio Cardoso Pedroso Matrícula: 16213110032 Polo: Campo Grande-RJ Disciplina: Teorias da Administração pública Atividade: AD 1 A implantação de um novo modelo de gestão pública e suas inovações trouxe diversos questionamentos a respeito do modelo burocrático e nesse cenário a administração pública vive um momento inédito, onde novos conceitos surgem para combater os antigos, e inovações são implementadas, ao mesmo tempo em que algumas conquistas do modelo burocrático vem sendo negligenciadas. ao analisarmos as reformas administrativas realizadas a partir da década de 80, os avanços realizados e as principais características deste processo, utilizando o exemplo da Inglaterra, na busca de um modelo pós-burocrático. vemos que o inimigo comum adotado por vários países é o modelo burocrático weberiano, mas cada nação adotou caminhos diferentes para “atacar este inimigo” e o resultado é que não se encontra um paradigma global a respeito. Origens da crise do modelo burocrático: a redefinição do papel do Estado. Na década de 70, com a crise do petróleo e a crise econômica mundial, o modelo de intervenção estatal entrou em xeque e tornou-se necessário redefinir o papel do Estado, que até então apresentava três dimensões interligadas: econômica (keynesiana – ativa intervenção estatal na economia), social (welfare state) e administrativa (funcionamento interno do estado. Quatro fatores socioeconômicos contribuíram para detonar a crise do Estado montado no pós-guerra: (i) crise econômica mundial; (ii) crise fiscal – governos não tinham mais como financiar seus déficits. O consenso social que sustentava o welfare state entrou em xeque; (iii) situação de ingovernabilidade – governos não conseguiam resolver seus problemas e atender aos interesses de vários grupos; (iv) globalização e inovações tecnológicas, que enfraqueceram os governos no que diz respeito ao controle de fluxos financeiros e comerciais, somado com o aumento de poder das multinacionais. Esta crise no Estado afetou diretamente a organização das burocracias públicas. Com menos recursos e mais déficit, a prioridade passou a ser o corte de custos, que significa na administração pública, redução de gastos com pessoal e necessidade de aumentar a eficiência governamental. O modelo weberiano, considerado lento e muito apegado a normas, precisava ser modificado. Propunha-se a construção de uma nova burocracia. A ascensão de teorias críticas às burocracias estatais (como a public choice) também abriram espaço para a crítica ao antigo modelo de organização. O senso comum contra a burocracia se expandiu rapidamente no final da dec. de 70 e começo de 80. O sentimento antiburocrático aliava-se a crença de que o setor privado possuía o modelo ideal de gestão. A vitória dos conservadores na Grã-Bretanha, em 1979, e dos republicanos nos USA, em 1980, representou a vitória dos que contestavam o welfare state e abriu caminho para as transformações. Do gerencialismo puro ao retorno do cidadão: as múltiplas faces do modelo pós-burocrático Burocracia weberiana: organização guiada por procedimentos rígidos, forte hierarquia e total separação entre o público e o privado. A burocracia deveria ser um corpo neutro e impessoal, mas com capacidade técnica. Como alternativa a acentuada crítica à burocracia, surgiram na dec. de 70 instrumentos de gestão orçamentária, vinculando as finanças públicas a objetivos.
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