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PROVA 1 – TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Conservação de alimentos: fatores intrínsecos e extrínsecos que afetam o crescimento microbiano. Conservação pelo calor/branqueamento (roteiro aula prática !!atenção!! CATALASE e PEROXIDASE). Análise sensorial: conceito, atributos sensoriais e sua relação com órgãos dos sentidos, condições para análise e métodos para análise sensorial. Conservação de alimentos: conservação pelo calor, conservação por fermentação. Leite e derivados: beneficiamento e industrialização. Conservação de alimentos: por secagem, desidratação e irradiação. Desenvolvimento de produto. Alimentos com altos teores de proteínas e/ou açúcares são favoráveis ao crescimento microbiano Potencial de oxi-redução MO de maior preocupação são os anaeróbios A maioria das bactérias patogênicas são mesófilas PH limitante = 4,5 (produtos devem estar abaixo) Tecnologia de barreiras/obstáculos CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS (1) Processos: Calor: Branqueamento Pasteurização EsterilizaçãoSão fatores que influem diretamente sobre os microrganismos. Defumação Radiação: Radurização Radiciação Radappertização Frio: Refrigeração Congelamento Liofilização Secagem: NaturalTratamentos que agem nas condições que influenciam a sobrevivência dos microrganismos Artificial Concentração Adição de alimentos: Aditivos Salga e cura Açúcar Fermentação: Acética Alcóolica Láctica Conservação pelo calor: Branqueamento (pré-tratamento escaldo processo térmico de curto tempo): Inativação enzimática principal objetivo do branqueamento Evita rápidas alterações de cor, sabor, odor e perda do valor nutritivo por deterioração química Peroxidase e catalase são encontradas nos tecidos vegetais, possuem alta resistência térmica Ideais para o teste de efetividade do processo, assumindo-se que quando elas são inativadas muitas outras de menor resistência já o foram Causam odor e sabor indesejáveis Desnaturação de proteínas: Alteração/desnaturação de proteínas Alteração do metabolismo de microrganismos controlados por enzimas Valor D ou tempo de redução decimal: na conservação por calor, o valor D indica o tempo necessário para reduzir 90% dos microrganismos Pasteurização: Tratamento térmico que destrói apenas parte das células vegetativas dos microrganismos presentes no alimento; Temperaturas abaixo de 100ºC; Utilizada em combinação com outros tratamentos: refrigeração, congelamento, conservantes, etc; Geralmente utilizado para alimentos com Ph < 4,5; Inativa enzimas; Altera características sensoriais. Pasteurização rápida (HTST → “high temperature short time” – alta temperatura e tempo rápido) → 72 a 85ºC por 15 a 20 segundos. Pasteurização lenta (LTLT → “low temperature long time” – baixa temperatura e tempo longo) ð 62 a 68ºC por 30 minutos; Esterilização comercial: destruição de todos os microrganismos e esporos, de modo que aqueles que sobrevivam sejam incapazes de se desenvolver nas condições previstas de manipulação, armazenagem e comercialização do alimento. Em banho maria: temperaturas em torno de 100ºC, para alimentos com ph < 4,5; Em autoclave: temperaturas acima de 100ºC, para alimentos com ph > 4,5. ANÁLISE SENSORIAL (2) Testes de análise sensorial podem ser objetivos ou subjetivos. Com o objetivo de: Avaliação/seleção matéria-prima Etapas de desenvolvimento de novo produto Controle do efeito de embalagens Estabilidade no armazenamento Testes de mercado de um novo produto ou produto reformulado Estudar a percepção humana em face dos atributos dos alimentos Procedimentos para os testes: Maior nº possível de informações; Horário; Água, pão ou biscoito para o branco entre amostras; Provas da esquerda para a direita; Rapidez no preparo das amostras e na degustação; Testes de odor e sabor, sempre começar com odor. CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS (3) Conservação de alimentos por fermentação Objetivo: preservação dos alimentos por meio da formação de metabólitos: ácido lático, ácido acético, ácido propiônico etanol em combinação com a redução da atividade de água # melhora no valor nutricional e palatabilidade. TIPOS DE FERMENTAÇÃO Bactérias do ácido lático FERMENTAÇÃO LÁCTICA Bactérias do ácido acético FERMENTAÇÃO ACÉTICA Alguns mofos e leveduras FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA LEITE E DERIVADOS (4) LEITE: “solução de lactose, sais orgânicos e inorgânicos, vitaminas e outras moléculas em água.” LACTOSE: é o principal carboidrato do leite, embora ainda contenha glicose e frutose. É também substrato para fermentação em produtos lácteos fermentados e está envolvida na Reação de Mailard (mudança de cor). Bebidas lácteas: iogurte e queijo: produzem beta-galactosidase, que aumenta a tolerância do indivíduo ao produto ingerido. Emulsificantes: membrana que envolve a gordura e reduz a tensão interfacial impedindo a separação em fases. estabilidade da emulsão de gordura do leite. lipase (lipoproteína) proteínas do soro: alfa e beta-lactoalbuminas, soroalbumina, imunoglobulinas. BENEFICIAMENTO DO LEITE Homogeneização: quebra mecânica da membrana que protege a gordura; a nova membrana que se forma não protege a gordura da mesma maneira. Lipases, de estrutura proteica, se aderem a essa membrana. A resistência ao calor diminui. Não ocorre separação de fases. O leite não é adequado para produção de queijos semiduros ou duros, pois o coágulo se torna mais macio e dificulta a dessoragem. Processamento térmico Leite pasteurizado HTST High Temperature Short Time: 72 – 78 ºC por ao menos 15 segundos LTH Low Temperature Holding: 62 – 65 ºC por 30 minutos menos utilizada, utilizada para volumes menores Leite longa vida (UHT Ultra High Temperature), por método direto (injeção de calor) ou indireto (trocadores de calor): 140 – 150 ºC por 2 a 4 segundos com destruição de esporos. Leite esterilizado: pré-aquecimento a 70 ºC, seguido de homogeneização da gordura. Leite então é acondicionado de 110 a 120 ºC por 20 a 10 minutos. com destruição de esporos. CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS (5) Secagem/desidratação: Objetivos: Aumentar tempo de conservação Reduzir volume e peso para facilitar o transporte Facilitar o uso e diversificar a oferta de produtos Métodos: Secagem natural: para frutas firmes com elevados teores de açúcar e acidez (ex: maçã, figo, damasco, uva, abacaxi), poucas hortaliças resistem à radiação solar. Secagem solar mecânica: método utilizado para secagem de plantas medicinais e condimentos. Desidratação artificial: envolve a passagem de ar aquecido, com umidade controlada, sobre o alimento a ser desidratado, que pode estar parado ou em movimento. Vantagens: Rapidez Controle das condições de desidratação Pequena área necessária Eliminação quase completa da umidade do alimento, atingindo de 3 – 5% no produto final Ex.: chás, especiarias e sopas desidratadas Desidratação: Grãos e hortaliças 37 – 93 ºC Evaporação da água da superfície do alimento Possibilidade de formação de crostas Reidratação lenta, incompleta Cor modificada Valor nutricional < Custos baixos Liofilização: Maioria dos alimentos T ºC < ponto de congelamento Sublimação da água Reidratação rápida e completa Cor normal Nutrientes retidos em grande proporção Custos altos PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ALIMENTOS DESIDRATADOS: Atividade enzimática residual Atividade microbiana Oxidação lipídica Aglomeração Reidratação DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO (6) Alimento fortificado/enriquecido: alimento ao qual for adicionado um ou mais nutrientes essenciais contidos naturalmente ou não no alimento, com o objetivo de reforçar o seu valor nutritivo e ou prevenir ou corrigir deficiência (s) demonstrada (s) em um ou mais nutrientes, na alimentação da população ou em grupos específicos da mesma. Ex: sal iodado, farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, leite fortificado/enriquecido com cálcio. Alimento restaurado ou com reposição de nutrientes essenciais: alimento ao qual for(em) adicionado(s) nutriente(s)com a finalidade de repor, quantitativamente, aquele(s) reduzido(s) durante o processamento e ou armazenamento do alimento. NUTRIENTES que podem ser adicionados: Minerais: na forma elementar, sal ou composto de comprovada biodisponibilidade. Vitaminas: na forma de sais derivados de comprovada biodisponibilidade. Aminoácidos: essenciais e não essenciais. Essa adição só poderá ser declarada na lista de ingredientes e/ou na Tabela de Informação Nutricional desde que o alimento forneça no mínimo 5 % da IDR por 100 g ou 100 mL do produto pronto para consumo A adição do nutriente deve considerar a probabilidade de ocorrência de interações negativas com nutrientes ou outros componentes presentes no alimento. Ex: vitamina C – bom para absorção do ferro, ruim para a do cálcio. ALIMENTOS “FONTE”, “ALTO TEOR” OU “RICOS” Fibras: Para ser fonte mínimo 3g em 100g de alimento sólido OU 1,5g em 100ml de líquido Alto teor ou rico mínimo 6g em 100g de sólido OU 3g em 100ml de líquido Vitaminas e minerais: Para ser fonte mínimo 15% IDR em 100g de alimentos sólidos OU 7,5% da IDR em 100ml de líquido Alto teor ou rico mínimo 30% IDR em 100g de sólido OU 15% da IDR em líquidos Em alimentos Enriquecidos ou Fortificados: 100mL do produto líquido pronto para consumo deve fornecer no mínimo 15% da IDR de referência (nutriente acrescentado) para ser considerado “rico” ou “alto teor”. 100g do produto sólido pronto para consumo deve fornecer no mínimo 30% da IDR de referência (nutriente acrescentado) para ser considerado “rico” ou “alto teor”. ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS Alimentos especialmente formulados ou processados, com modificações no conteúdo de nutrientes, a fim de torna-los adequados à utilização em dietas diferenciadas, atendendo às necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas. 3 tipos: alimentos para dietas com restrição de nutrientes, alimentos para ingestão controlada de nutrientes, alimentos para grupos populacionais específicos. DIET X LIGHT Diet: restrição de algum nutriente, podendo ser carboidrato (açúcar), gordura, proteína, sódio ou outro. Light: produto com redução de pelo menos 25% em determinado componente em comparação ao tradicional, podendo ser valor energético, sódio, gordura ou outro. Alimentos para dietas de ingestão controlada de açúcares: não devem ser adicionados açúcares, sendo permitida a presença dos açúcares naturalmente existentes nas matérias primas utilizadas. ALIMENTOS FUNCIONAIS Alimento ou ingrediente que, além de suas funções nutricionais básicas, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica. Propriedades nutricionais X propriedades funcionais: Propriedades nutricionais: possuem hidratos de carbono, proteínas, lipídios, fibras, vitamina e sais minerais que cobrem a percentagem das necessidades diárias de energia. Propriedades funcionais: favorecem uma função (ex: acelerar o metabolismo, estimular/auxiliar o trânsito intestinal), reduz o risco de doenças (ex: pode reduzir o risco de doença cardiovascular e câncer). Alimentos funcionais processados: Alimentos com modificações mediante métodos tecnológicos e biotecnológicos. Ex: probióticos, ricos em ômega, ricos em fito esteróis, ricos em fibras. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças: preferir “reduz o risco de” a “previne tal doença”. -----------------------------//////---------------------------------------------/////------------------------------- Cai na prova: Etapas de processamento do leite Recepção Padronização (quanto ao teor de gordura) Homogeneização (quebra de membrana protetora de gorduras, emulsão, dificulta separação em fases) Tratamento térmico (pasteurização, UHT, esterilização) Estocagem Comercialização/processamento 1 Etapas da produção de queijo 1.1 As variedades podem ser classificadas em três super-famílias com base no método utilizado para coagular o leite: Coalho Coagulação isoelétrica (ácida) Combinação de ácido e calor 1.2 Etapas de prétratamento do queijo: Ajuste da proporção entre as concentrações de gordura e caseína Adição de sais de cálcio Ajuste do pH Remoção de bactérias contaminantes 1.3 Etapas envolvidas na conversão do leite em queijo: Adição da cultura iniciadora Adição do coalho Sinerese Corte Moldagem Salga 1.4 Cultivo iniciador (Starter): Microorganismos fermentadores que contribuem para o desenvolvimento dos aspectos característicos de cada tipo de queijo 1.5 A importância da produção de ácido na fabricação de queijo: Controla ou evita o crescimento de bactérias patogênicas e deteriorantes Solubiliza o fosfato de cálcio Promove sinerese Influi a atividade das enzimas durante a maturação do queijo 1.6 Coagulação enzimática do leite Modificação das micelas de caseína através de proteólise por proteinases selecionadas, denominadas coalho (ex: quimosina), seguidas de agregação das micelas induzida por cálcio A κ-caseína é a única caseína hidrolisada durante a coagulação por coalho de leite e que é hidrolisada especificamente na ligação Phe105-Met106, produzindo para-κ-caseína e macroglicopeptídeos Quando ~ 85% do total de κ-caseína no leite foi hidrolisado, a estabilidade coloidal das micelas é reduzida a tal ponto que coagulam a temperaturas > ~ 20 °C 1.7 Coagulação ácida do leite Acidificação até pH 4,6 Ex: cottage e cream cheese 1.8 Coagulação por combinação de ácido e calor pH ~5.2 e 80–90 °C Ex: ricota 1.9 Sinerese Escoamento do soro do leite O corte da coalhada favorece a sinerese 1.10 Moldagem As coalhas são separadas do soro e colocadas em moldes de forma e tamanho tradicionais para drenagem e formação da massa 1.12 Salga Salga seca Imersão em solução salina 1.12.1 O sal desempenha uma série de papéis importantes no queijo: É o principal fator que afeta a atividade da água dos queijos jovens Tem um efeito importante no crescimento e sobrevivência das bactérias Influencia na atividade das enzimas no queijo Promove a sinerese Tem um efeito positivo sobre o flavour Níveis elevados têm conseqüências nutricionais indesejáveis, por exemplo, hipertensão e osteoporose 1.13 Maturação (Cura) O queijo devidamente elaborado é um ambiente bastante hostil para as bactérias 1.13.1 Durante a maturação, ocorrem três eventos bioquímicos primários: Metabolismo da lactose residual, do lactato e do citrato Lipólise e metabolismo de ácidos graxos Proteólise e catabolismo de aminoácidos 1.14 Queijos processados Mistura de queijo natural de variedades iguais ou diferentes e em diferentes graus de maturidade com sais emulsificantes e aquecimento da mistura sob vácuo com agitação constante até se obter uma massa homogênea 1.15 Análogos do queijo São produzidos a partir de caseína coalhada seca, gordura ou óleo (geralmente vegetais) e sais emulsionantes
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