Aula 08

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Módulo AFT 
Direito do Trabalho 
Vólia Bonfim 
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DIREITO DO TRABALHO
CONTRATO POR PRAZO 
DETERMINADO
Prof. Vólia Bomfim
voliabomfim@gmail.com
voliabomfim.blogspot.com.br
www.vbca.com.br 
Tel. 21.2292.9252
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO
I – Regra geral – indeterminado.
.Exceção: contrato por prazo determinado –
princípio da continuidade da relação de
emprego.
II – Forma:
.1ª Corrente:
-Expresso (escrito ou oral*) – Magano,
Rodrigues Pinto, Alice, Godinho e Vólia - *salvo
quando a própria lei exigir seja escrito;
- Expresso (escrito) – Carrion e Amauri – art.
29 CLT;
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III – Hipóteses – art. 443, parágrafo 1º da CLT;
-.Termo certo, termo incerto e “certo”
acontecimento.
IV – Termo e condição:
-1ª Corrente – termo – Godinho, Délio*, Orlando,
Amauri e Sussekind;
-2ª Corrente – termo e condição – Magano,
Catharino, Carrion e Vólia.
 
 
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-Safra e obra certa – termo incerto –
Vólia e Délio;
-Contrato de experiência – termo certo –
Vólia ou condição resolutiva – Magano;
-Substituto do aposentado por invalidez
– condição – Délio* e Vólia (S. 160 TST) -
Não aplicar súmula 217 do STF.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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V – DURAÇÃO
a) Regra geral – 2 anos – art. 451 da
CLT (uma prorrogação);
-Contagem - parágrafo 3º do art. 132 do
CC - computado o 1º dia;
-Carrion e S. 195 do STF – 4 anos / art.
1229 CC/16 - Art. 451 da CLT alterado
pela Lei 229/67.
 
 
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b) Contratos, Regras e Prazos especiais:
-Temporário – art. 10 Lei 6.019/74 – 3 meses;
-Experiência – art. 443, parágrafo 2º, c, CLT –
90 dias;
-Técnico estrangeiro – Arts. 25, V do Dec
.86.715/80 c/c Dec.Lei 691/69 – 2 anos;
- Safra – art. 14 da Lei 5889/73 – 2 anos;
-Artista – art. 9º da Lei 6533/78 – 2 anos;
-Obra certa – Lei 2959/59 – 2 anos;
-Aprendizagem – art. 428, parágrafo 3º CLT – 2
anos;
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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-Treinador profissional de futebol – art.
6º, I Lei 8.650/93 – 2 anos;
-Estímulo a novos empregos – Lei
9601/98 c/c art. 3º do Dec.2.490/98 – dois
anos;
-Peão de rodeio –art. 2º, II Lei 10.220/01 –
dois anos;
-Trabalho no exterior – art. 16º Lei 7064/82
- alguns casos 3 anos;
 
 
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-Atleta profissional – art. 30, Lei
9.615/98 – 5 anos;
-Trabalho marítimo – viagem redonda –
ida e volta (art. 543 C Comercial) – duas
correntes: 1ª: tempo da viagem; 2 ª –
dois anos – art. 82, I do R. Trafego
Marítimo – Decreto 87.648/82;
-Substituto do aposentado por invalidez
– art. 475, parágrafo 2º da CLT – Duas
correntes: 1ª – até o aposentado voltar
(S. 160 TST); 2ª corrente – 5 anos –
Sussekind e S. 217 STF;
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VI – ESTIPULAÇÃO DE PRAZO
SUPERIOR AO LEGAL
-1ª Corrente -Délio – automática
substituição pela cláusula legal – válido =
2 anos;
-2ª Corrente - Rodrigues Pinto – nula
cláusula = contrato indeterminado;
-3ª Corrente – garantia de emprego –
estabilidade - Aparentemente Alice.
 
 
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VII – PRORROGAÇÃO
- Prorrogação, recondução ou
renovação – prosseguimento do mesmo
contrato, com novo prazo, nas mesmas
condições, respeitado o limite (art. 445
CLT);
- Continuação – prosseguimento como
indeterminado;
- Forma: Expressa – majoritária
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- Momento:
- 1ª Corrente: na admissão;
- 2ª Corrente: até o fim do primeiro prazo
(antes de sua ocorrência) - majoritária;
- 3ª Corrente: até o fim do segundo prazo.
- Uma prorrogação art. 451 da CLT, salvo:
Dec. Lei 659/69; Lei 9601/98 e art. 30 da Lei
9615/98;
 
 
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VIII – SUSPENSÃO, INTERRUPÇÃO E
ESTABILIDADE
a) Termo final – não prorroga.
- Estabilidade, suspensão e interrupção – S. 244
do TST, III c/c art. 472, p. 2º da CLT – Sérgio Pinto,
Délio e Vólia
Godinho: salvo acidente de trabalho. Há
jurisprudência.
Magano – suspensão – suspende a contagem do
prazo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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b) Estabilidade no curso – art. 1º, parágrafo
4º da Lei 9601/98 – Sérgio Pinto e Vólia
XIX – DIES AD QUEM DO CONTRATO A
TERMO
a) Véspera de domingo ou folga (feriado etc)
- art. 6º da Lei 605/49
- 1ª Corrente: não paga e não prorroga –
Vólia e jurisprudência;
-2ª Corrente: paga e não prorroga – Sérgio
Pinto;
-3ª Corrente: Paga e prorroga – Magano.
 
 
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X – SUCESSÃO DE CONTRATOS A
PRAZO – art. 452 da CLT
a) Exceções:
- Dec.-Lei 691/69 – técnico estrangeiro
(não fala do art. 452 da CLT – também não
se aplica – Vólia);
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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d) “Salvo certo acontecimento...”
Obra certa e safra – acontecimentos
diversos – Rodrigues Pinto. .
XI – REQUISITOS PARA VALIDADE –
art. 443, parágrafo 2º da CLT.
XII – CONTRATO DE EXPERIÊNCIA –
art. 443, parágrafo 2º, c da CLT.
 
 
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b) Admite prorrogação – S. 188 do TST;
indenização por rescisão antecipada – art. 479
e 480 da CLT;
c) Forma - expressa – oral ou escrita;
- expressa – escrita;
d) Sucessão de contratos de experiência;
e) Contrato de experiência e período de
experiência (art. 478, parágrafo 1º da CLT);
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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XIII – CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DE
RESCISÃO ANTECIPADA – art. 481 da CLT
– S. 163 TST. .
XIV – EXTINÇÃO E EFEITOS
a) Extinção quando do implemento do
termo ou condição – efeitos;
Salvo: Obra certa – Lei 2959/56 e art. 2º -
redução de 30%;
 
 
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1ª Corrente: redução de 30% sobre
a indenização adicional de 40%
(28%) – Carrion e Vólia;
2ª Corrente: Só FGTS – Sérgio Pinto;
3ª Corrente: Redução incide sobre o
FGTS e os 40% - (5,6% + 28%);
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO 
DE EMPREGO
 
 
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Natureza jurídica da relação 
de emprego – Resumo das 
teorias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1. Anticontratualista .
Nega a existência do contrato. Entre
outras, faz parte desta corrente a teoria da
relação de emprego e a teoria
institucionalista (França). Esta última
prega o interesse exclusivo da instituição
em detrimento dos interesses individuais
dos que nela ingressarem.
 
 
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- CLT: cinco membros - Rego Monteiro
(institucionalista); ArnaldoSüssekind
(contratua- lista), Dorval Lacerda
(institucionalista) e Segadas Vianna
(contratualista) e Oscar
Saraiva (contratualista).
.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Outro segmento da
teoria anticontratualista é a teoria da relação de
trabalho (Alemanha) ou de emprego, que
defende que o fato gerador da relação de
emprego é a inserção do empregado na
empresa, sua ocupação e engajamento.
 
 
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1.2. Acontratualista ou Paracontratualista
Não afirma nem nega a existênciado
contrato, pois não se preocupa com tal fato.
Defende que a simples aceitação pelo empregado
de ingresso na empresa basta para a existência da
relação de emprego. Uma nuance desta idéia
acontratualista é a teoria do ato-condição que
explica que o ingresso do empregado na empresa
é uma condição.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.3. Contratualista, Eclética ou Sincrética:
A existência do ajuste é fundamental .
Variações:
a) Contrato-realidade: relação jurídica de trabalho
somente se forma com a prestação efetiva do
serviço (Mario de La Cueva).
 
 
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b) Institucionalismo impuro ou moderado.
Esta corrente, embora admita a necessidade do
ajuste de vontade para o ingresso do
empregado na instituição, preconiza que esta
relação está cada vez mais estatutária.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Histórico da teoria contratualista.
2.1. Teoria do Arrendamento ou Locação
Código de Hammurabi - arrendamento (Séc.
XIX a. C), Direito Romano: Locatio Operarum,
O Código de Napoleão (1804) – Código Civil
brasileiro.
2.2 Teoria da Compra e Venda
2.3. Teoria do Mandato
2.4. Teoria da Sociedade
 
 
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CONTRATO DE TRABALHO
I – Conceito – art. 442 da CLT
Orlando Gomes - “contrato de
trabalho, é a convenção pela qual
um ou vários empregados, mediante
certa remuneração e em caráter não
eventual, prestam trabalho pessoal
em proveito e sob direção de
empregador.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Délio Maranhão - contrato de trabalho é todo
aquele pelo qual uma pessoa se obriga a uma
prestação de trabalho em favor de outra. “É o
negócio jurídico de direito privado pelo qual uma
pessoa física (empregado) se obriga à prestação
pessoal, subordinada e não-eventual de serviço,
colocando sua força de trabalho à disposição de
outra pessoa, física ou jurídica, que assume os
riscos de um empreendimento econômico
(empregador) ou de quem é a este, legalmente,
equiparado, e que se obriga a uma
contraprestação (salário)”.
CONTRATO DE TRABALHO
I – Conceito – art. 442 da CLT
 
 
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II – Contrato de Equipe/contrato 
plúrimo
-1ª Corrente – sinônimo - Vólia, Délio e Godinho
(*)
Contrato de equipe ou plúrimo é aquele firmado
com um grupo de empregados, que se reúnem
espontaneamente para realização de um serviço
comum e afim, sendo que o trabalho só se realiza
mediante os esforços de todos os membros da
equipe. Cada contrato individual é autônomo e
independente.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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- 2ª Corrente – sinônimo, mas com
conceito diverso -Alice (contrato de
grupo).
- As “individualidades, se não
desaparecem, pelo menos aglutinam-se
em defesa do espírito de corpo.”
II – Contrato de Equipe/contrato 
plúrimo
 
 
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- 3ª Corrente – não é sinônimo -
Rodrigues Pinto
Contrato plúrimo como sendo aquele que
reúne uma pluralidade de sujeitos
(empregados), sem unidade de interesse
jurídico e, por isso, o vínculo de emprego
se forma com cada um autonomamente,
independente da vigência dos demais
membros do grupo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contrato de equipe como sendo:
Trata-se de um negócio jurídico
envolvendo, de um lado, um empregador e,
de outro, uma pluralidade de empregados,
estes, porém, enlaçados por uma unidade
de interesses. Em conseqüência, não se
formam tantas relações jurídicas quantos
sejam os participantes do grupo, e sim uma
relação única, tendo por sujeito o próprio
grupo.
 
 
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II – Contrato de Equipe/contrato 
plúrimo(...)
Por suas características, o contrato de
equipe evidencia as seguintes
distinções em relação a outros contratos,
a saber:
a) ao contrato individual-tipo: porque
envolve uma pluralidade de trabalhadores,
enquanto esse é celebrado por um único
sujeito-empregado;
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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II – Contrato de Equipe/contrato 
plúrimo
b) ao acordo coletivo de trabalho, com o
qual costuma ser bastante confundido, sob a
denominação de contrato coletivo de trabalho,
porque o acordo coletivo tem como sujeito a
representação sindical profissional e é de
natureza normativa, não gerando, por si
mesmo, relação individual de emprego;
 
 
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II – Contrato de Equipe/contrato 
plúrimo
c) ao contrato individual plúrimo que
reúne uma pluralidade de sujeitos-
empregados, sem unidade de interesse
jurídico, que permanece individual e
destacado para cada contratante.
(...)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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-4ª Corrente – Orlando – Sinônimo de
contrato coletivo.
III – Denominação:
Locação de serviços (Sec. VII e VI
aC); contrato de indústria, contrato
operário, contrato de salário e
contrato de trabalho.
 
 
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IV – Características
Martins Catharino:
-Bilateral (direitos e obrigações
recíprocos), consensual (nasce da
vontade e da concordância das
partes), oneroso (há contraprestação
pelo serviço prestado),
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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comutativo (cada parte sabe
previamente seu direito em relação à
outra, cujas obrigações são recíprocas e
equivalentes), intuitu personae (pessoal,
como conseqüência do caráter fiduciário
da relação de emprego) em relação ao
empregado e de trato sucessivo (o
contrato não se exaure com a prática de
um único ato, pois é de débito
permanente).
 
 
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- Orlando – acrescenta – não solene e real;
- Délio – acrescente – contrato principal,
contrato privado;
-Evaristo – Contrato de adesão.
V – Morfologia ou formação – art. 443 da CLT.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I - Empregado
Empregado Urbano = 
CLT
Rural = Lei 
5.889/73
Doméstico = Lei 5.859/72