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Fisio rep femin

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Fisiologia animal II – Prof. Luis. - Data: 05/09/2017.
Sistema reprodutor feminino:
O início da função reprodutiva feminina começa no período pré-púbere, com o surgimento da puberdade, e, na vida adulta, se inicia os ciclos reprodutivos, como a foliculogênese, maturação folicular e ovulação. Hipóteses para o surgimento da puberdade são: o início da expressão do padrão gerador de GnRH, uma hipótese endócrino metabólica como o papel da adiposidade corporal (capacidade de armazenamento e dispêndio de TAG) e da leptina, além da descoberta da kisspeptina e suas implicações no surgimento da puberdade. 
O fator principal contribuinte nesse ciclo reprodutivo são os hormônios, pois eles possuem ampla influência e controle sobre essas funções reprodutivas. O gráfico abaixo mostra os hormônios envolvidos no processo de ovulação/ciclo reprodutivo feminino: 
O GnRH, ou estrógeno, é um decapeptídeo produzido predominantemente ao nível do núcleo arqueado e na área pré-óptica do hipotálamo, sendo posteriormente transportada até a eminência mediana e armazenada em grânulos de secreção. Ele causa liberação de LH e FSH, e essa onda de estrógeno é crítica/fundamental para contribuir com o feedback positivo para a hipófise. 
Pode-se observar uma fase folicular, em que há um pico de LH (hormônio luteinizante), chamado pico pré-ovulatório, e um pico de FSH (hormônio foliculo estimulante). O folículo que irá liberar o óvulo é chamado de folículo dominante, que acaba “pausando” o crescimento dos demais folículos pois produzem os chamados 7 fatores. 
A característica fundamental da secreção de LH na fêmea é a sua variação cíclica mensal. O ciclo menstrual resulta de uma complexa interação entre o eixo hipotálamo-hipofisário e as alterações sequenciais na secreção de esteróides pelo ovário. O LH é responsável pela formação do corpo lúteo, pelas células da teca interna e células da granulosa no folículo, e o corpo lúteo é responsável pela produção de progesterona. 
A produção de FSH é decorrente da produção de estrógeno, sendo eleses responsáveis por estimularem a síntese de FSH, porém, outros fatores também estão envolvidos nessa produção, como o fator olfatório, social, fotossensível, climático e etc (estímulos). 
A progesterona é produzida pelo corpo lúteo quando há gestação, isso para a manutenção gestacional e implantação do blastocisto no endométrio. Quando há mais progesterona, maior a produção de HCG (gonadotrofina coriônica humana). Se uma fêmea, nessa fase em que há produção de progesterona para a nidação do blastocisto, tiver a síndrome dos ovários policísticos em que eles produzam estrógeno, ou se esse estrógeno for injetado na fêmea, ele aumenta a densidade de receptores para a ocitocina, e há aumento da atividade tubária para que o zigoto possa se fixar ao endométrio, auxiliando nesse processo.
Quando não há formação do zigoto, ou seja, não houve fecundação, os níveis de progesterona caem, o estrógeno que está em níveis baixos efetuam um feedback negativo junto aos neurônios kisspeptinérgicos que atuam no GnRH, responsáveis por liberar mais estrógeno e recomeçar um novo ciclo. 
Na imagem abaixo é possível observar como ocorre a regulação dos hormônios e cada fase do ciclo:
*Ação dos contraceptivos: os contraceptivos orais são compostos por uma forma sintética de estrogénio combinada com um progestativo sintético. Os comprimidos são tomados diariamente, durante 3 semanas, após o último dia de um período menstrual. Há um aumento imediato e sustentado dos níveis plasmáticos dos esteróides ováricos, que exercem feedback negativo sobre a secreção de gonadotrofinas, impedindo a ovulação.
O ciclo reprodutivo nos chamados “primatas superiores” consiste em um ciclo menstrual, isto é, uma fase folicular estrogênica/proliferativa, e, uma fase luteínica, progestacional/secretora. Nos mamíferos “sub-primatas” é chamado ciclo estral, e consiste em proestro e estro, correspondente a fase folicular, metaestro, a fase luteínica, diestro, a fase de involução do corpo lúteo, e o anestro, que é o período acíclico. 
No proestro, que é a fase de proliferação folicular decorrente da liberação basal de FSH, acontece um aumento progressivo da síntese de estrógenos pelos folículos em maturação. Isto determina alterações morfológicas, funcionais, motoras e secretoras da genitália feminina bem como comportamentais. Alterações morfológicas e funcionais tais quais a maturação folicular resultando da esteroidogênese folicular, proliferação vascular do endométrio, aumento do tamanho do útero, aumento da espessura do útero, aumento da espessura do endométrio, aumento da espessura do epitélio vaginal (pavimentoso estratificado) resultante da proliferação de células epiteliais, bem como edemaciação vulvar. As alterações motoras que podem ser observadas são o aumento da motilidade uterina e das tubas, da motilidade fimbrial e ciliar. As alterações secretoras são secreção mucosa com grande elasticidade, e alterações comportamentais que ocorre, por exemplo, o cio em algumas espécies e uma receptividade sexual. 
O estro, que é a fase regida pelo pico pré-ovulatório de FSH e LH induzido por elevados níveis de estrógenos, realiza feedback positivo. Intensificam-se as respostas morfológicas, motoras, secretoras e funcionais, como a maturação e esteroidogênese folicular (aumento da produção de estrógenos), aumento do tamanho uterino e abundante secreção de muco, motilidade (fimbrial e tubária), epitélio vaginal espesso e queratinizado, edemaciação vulvar, cio/receptividade sexual e ovulação (na metade do ciclo, período mais provável para a fertilização do ovócito). 
No metaestro, que é a fase regida pelas ações luteínizantes do LH humano da produção de progesterona, ocorre alterações morfológicas e funcionais como a formação do corpo lúteo e produção de progesterona, deixando o endométrio mais ingurgitado e com intensa glicogênese, alterações motoras com a redução geral da motilidade uterina, fimbrial e ciliar, alterações secretoras, como a diminuição do volume de secreção mucosa, com um muco mais viscoso e tamponante, e ainda alterações comportamentais, como a redução da receptividade sexual (rejeição). 
No diestro, que é a fase em que acontece a regressão do corpo lúteo/luteólise e o declínio da produção de progesterona e estrógeno, ocorre alterações morfológicas e funcionais devido a redução na síntese de estrógeno ocorre diminuição do tamanho uterino (involução) com descamação do endométrio, deixando o epitélio vaginal delgado e com intensa infiltração leucocitária. Alterações motoras, como a persistência a hipo-atividade motora uterina, alterações secretoras, como a diminuição generalizada da secreção mucosa, e, alterações comportamentais, como a receptividade sexual ainda diminuta. 
O anestro, que é a fase com baixos níveis de progesterona e estrógeno, chamado de dormência reprodutiva, pode ser um fenômeno sazonal (depende da fase do ano), lactacional (quando o animal ainda está amamentando e possui estímulos maternos fortes) ou ainda no pós-parto (quando a progesterona cai e começa um novo ciclo, porém que sofre influência dos fatores comportamentais da mãe). 
OBS.: Como folículos são recrutados para desenvolvimento até o estágio de De Graaf para
ovulação? O mecanismo de seleção do folículo ovulatório parece estar ligado ao período em 
que as células granulosas expressam o receptor para LH e a enzima 3-beta-hidroxi-esteróide desidrogenase (aumenta o turnover de pregnenolona precursor inicial para síntese de t estosterona e estradiol). Os fatores de crescimento produzidos localmente como os IGFs, membros da família do TGFβ, inibinas, ativinas, agem no folículo em conjunto com as gonadotrofinas. O papel dos IGFs no desenvolvimento e sobrevivência folicular é dependente do status secretório de gonadotrofinas bem como do status de diferenciação. Em síntese, a integração de sinais extra-ovarianos e fatores intra-foliculares determina se um folículo deve continuar a se desenvolver ou entrar em atresia, como é o
caso da maior parte dos folículos nas espécies mono-ovulatórias.

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