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Prática 11 – Reação de Maillard Aluno: Gabriela Costa de Oliveira Matrícula: 41611EAL027 Nos alimentos que contêm carboidratos na sua formulação ocorrem duas reações que merecem destaque, pela sua frequência e pelos seus efeitos: a reação de Maillard e a caramelização. Em ambos os casos, ocorrem a degradação nos carboidratos. Nas duas transformações, os produtos de degradação formam compostos de coloração escura, que recebem o nome de maloidinas. Na reação de Maillard há também a formação de compostos voláteis responsáveis pelo cheiro característico do produto que, provem de uma parte do processo denominada degradação de Strecker. Esta reação, desencadeada pelas altas temperaturas, também é conhecida como ‘’ escurecimento não-enzimático’’, diferente daquele causado por enzimas comuns em plantas, as peroxidases, que atuam sobre os compostos fenólicos, originando os pigmentos escuros. Este fenômeno pode ser desejável, como no caso do pão, onde produz a cor e o sabor característicos do produto; ou prejudicial, quando estas características são alteradas ou ocorrem perdas de proteínas utilizáveis pelo homem. A reação de Maillard é uma reação caracterizada pela junção do grupo carbonila dos açucares redutores com o grupo amínico das proteínas, de peptídeos ou de aminoácidos. Ela se desenrola numa série de etapas onde ocorrem combinações, rearranjos, chamados de Armadori que são a isomerização da aldosilamina; a formação da base de Schiff; a degradação de Strecker e algumas reações intermediárias, onde de algumas delas surgem o hidroximetilfurfural, este é polimerizado, originando as melanoidinas. As alterações ocorridas durante a reação de Maillard reduzem a solubilidade e o valor nutritivo das proteínas. Na aula prática para observar a reação de Maillard foram utilizados os seguintes reagentes: valina, metionina, fenilalanina, monoglutamato de sódio 30%, bissulfito de sódio, hidróxido de sódio 1,0 M; sacarose, glicose e frutose 25%. Para observar a reação dos três açucares foram separados em três procedimentos (A,B,C). Cada procedimento foi divido em 4 grupos, onde cada um ficaria um determinado tempo em banho-maria (0, 15, 30 e 60 minutos). No procedimento A foi utilizado 12 tubos de ensaio contendo 2 mL da solução de monoglutamato de sódio, 5 mL de de água e 2 mL de glicose. Foram separados 4 grupos, cada grupo continha 3 tubos de ensaio, cada tubo de ensaio obtinha glicose e NaOH, glicose e bissulfito de sódio, glicose. Após preparar as soluções, as mesmas foram agitadas em um agitador automático e colocadas em banho-maria. Após atingirem o tempo ideal, foram resfriados e cada solução foi levada a um espectrofotômetro. No procedimento B foi utilizado 12 tubos de ensaio contendo 2 mL da solução de monoglutamato de sódio, 5 mL de de água e 2 mL de sacarose. Foram separados 4 grupos, cada grupo continha 3 tubos de ensaio, cada tubo de ensaio obtinha sacarose e NaOH, sacarose e bissulfito de sódio, sacarose. Após preparar as soluções, as mesmas foram agitadas em um agitador automático e colocadas em banho-maria. Após atingirem o tempo ideal, foram resfriados e cada solução foi levada a um espectrofotômetro. No procedimento C foi utilizado 12 tubos de ensaio contendo 2 mL da solução de monoglutamato de sódio, 5 mL de de água e 2 mL de frutose. Foram separados 4 grupos, cada grupo continha 3 tubos de ensaio, cada tubo de ensaio obtinha frutose e NaOH, frutose e bissulfito de sódio, frutose. Após preparar as soluções, as mesmas foram agitadas em um agitador automático e colocadas em banho-maria. Após atingirem o tempo ideal, foram resfriados e cada solução foi levada a um espectrofotômetro a 340 nm. Após obter os valores pelo espectrofotômetro, os dados foram tabelados. Segue abaixo: 15 minutos 30 minutos 60 minutos Glicose 0,029 0,045 0,214 Glicose+B 0,032 0,053 0,088 Glicose+NaOH 1,023 não obteve leitura não obteve leitura 15 minutos 30 minutos 60 minutos Sacarose 0,048 0,066 0,056 Sacarose+B 0,056 0,080 0,071 Sacarose+NaOH 0,062 0,067 0,066 15 minutos 30 minutos 60 minutos Frutose 1,245 1,671 não obteve leitura Frutose+B 0,677 0,955 1,365 Frutose+NaOH 1,003 não obteve leitura não obteve leitura Como foi observado, para obter o escurecimento é necessário um açúcar redutor e um grupo amina primário (um aminoácido livre ou grupo aminoácido da cadeia lateralmde uma molécula de proteína). Como foi observado a sacarose não teve mudança de cor, pois não possui carbono anomérico livre para interagir com os grupos aminas livres, assim não é um açúcar redutor. Já os outros tipos de açúcares obtiveram escurecimento, pois são açúcares redutores, podendo assim interagir com o grupamento amina livre. Referências: Damodaran, Srinivasan. Química de alimentos de Fennema / Srinivasan Damodaran, Kirk L. Parkin, Owen R. Fennema; tradução Adriano Brandelli. 4º ed. São Paulo: Artmed, 2010. Reação de Maillard. http://www.ufrgs.br/alimentus1/pao/fabricacao/fab_assamento_maillard02.htm. Acesso em: 27 de Junho de 2017.
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