Buscar

O NOME DA ROSA - RESUMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Prof. Eduardo Porto Carreiro
Aluno Claudinei Amaral - 01243672
Turma de Direito Manhã 2017.2
FILOSOFIA GERAL E DO DIREITO
O Nome da Rosa (em alemão Der Name der Rose, italiano Il nome della rosa, francês Le nom de la rose) é um filme de 1986 dirigido por Jean-Jacques Annaud baseado no romance homónimo do crítico literário italiano Umberto Eco. 
“Um suspense dramático passado no o ano 1327, início do período renascentista, quando João XXII era o Papa. O cenário é um Mosteiro Beneditino italiano que continha, na época, o maior acervo Cristão do mundo, esse período vinha de encontro a Igreja exatamente porque o Renascimento pregava a valorização do homem e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural. “
O trabalho de ambientação de época, a exatidão da referência de fatos e personagens históricos no filme Nome da Rosa (The Name of the Rose, 1986), pode parecer que tudo neste suspense é ficção, uma vez que é baseado no romance homônimo do professor e escritor Umberto Eco (il Nome della Rosa, primeira edição italiana 1980). Assim é necessário um pouco de familiaridade com a história medieval com ênfase no Cristianismo, para não concluir que tudo é história. 
O Nome da Rosa é uma trama que combina história no levando a refletir sobre a obscuridade cultural daquela época, quando o conhecimento existente era preservado e estudado nos mosteiros.
Entre a ficção e a historicidade dos fatos e dos personagens do filme, a dupla de “monges-detetives”, o frade franciscano William de Baskerville, interpretado por Sean Connery, e seu assistente, o noviço Adso de Melk, interpretado por Christian Slater, encarregada de desvendar as causas da ocorrência de mortes misteriosas em um mosteiro medieval no norte da Itália, no ano de 1327 e.c., muito provavelmente Umberto Eco se inspirou na dupla Sherlock Holmes e seu companheiro Dr. Watson respectivamente, da obra de Arthur Conan Doyle, ambas duplas são fictícias. 
Na chegada ao mosteiro, William de Baskerville e o assistente Adso de Melk encontra o perseguido frade franciscano Ubertino de Casale, interpretado no filme por William Hickey, este último foi um personagem histórico, um líder dos Espirituais, os seguidores de uma rígida vertente da ordem franciscana, que pregava a pobreza extrema. 
“Em conflito com o papa Benedito XI, Ubertino de Casale (1259-1329 e.c.) foi banido para o convento Monte Alverna, na região da Toscana, região central da Itália, e não para um mosteiro no norte da Itália, tal como o filme reproduz.“
O personagem medieval mais importante mencionado no filme é, sem dúvida, o inquisidor Bernardo Gui, interpretado pelo ator F. Murray Abraham. Nascido na França como Bernard Guidoni, ele foi o mais importante inquisidor da sua época. Em gratidão por seus serviços como inquisidor, ele foi feito bispo de Tui, na Espanha, pelo papa João XXII, e depois bispo de Lodève. 
Bem, é chocante saber hoje que a crueldade com base na intolerância religiosa rendia promoção naquela época. 
“Bernado Gui faleceu em 30 de Dezembro de 1331, no castelo de Lauroux, na atual região de Hérault, sul da França, e não naquele mosteiro no norte da Itália, em razão do tombamento da sua carruagem, quando tentava fugir daquele local, tal como mostrado no final do filme. Este episódio da sua morte é ficção. 
A dupla Willian de Baskerville e Adson, foram encarregados de solucionar as morte em que todos atribuem a uma ordem sobrenatural antes que a notícia se espalhasse e a Santa Inquisição fizesse a sua “justiça”. 
Adelmo, monge tradutor de grego, era a vítima da “ação demoníaca”, e foi jogado de um penhasco pela “alma penada”. Ao explorar o lugar, Willian evidencia que o jovem cometera suicídio. Porém, quando todos acreditavam que o mistério havia sido solucionado, outro monge, que também era tradutor de grego, é encontrado morto, o que deixa todos em pânico achando que estão sob ataque sobrenatural. 
Desta vez a hipótese de suicídio é logo descartada, pois o monge morto apresentava os dedos e a língua escurecidos, evidências de envenenamento. Willian e seu discípulo continuam a investigação e encontram uma torre, onde todos os livros e relíquias eram escondidos e pouquíssimos tinham acesso à ela. 
Os dois conhecem Salvatore, um deficiente mental que junto de seu protetor, Remígio, tem um passado incrédulo, os investigadores suspeitam que os dois possam estar envolvidos no assassinato. Com o passar da trama essa suspeita se desfaz.
Ao passar da investigação, William faz uma relação entre os monges que estavam sendo mortos e um livro proibido, considerado espiritualmente perigoso. 
Assim deduz o mistério: 
Berengário era monge assistente da biblioteca e sentia atraído por belos jovens. O jovem monge resolveu ler um livro proibido e Berengário fez uma troca, deixar o jovem Adelmo ler o livro em troca de prazeres sexuais, após a troca bem-sucedida, Adelmo dominado pelo remorso se suicida, antes, porém deixa pistas do paradeiro do livro, essas pistas são descobertas pelo segundo monge, Venâncio que morre em seguida, sem saber que o livro fora propositalmente envenenado para que quem tivesse acesso ao livro morresse, e seu conteúdo fosse repassado. 
Venâncio morre na biblioteca e para afastar os investigadores da biblioteca, Berengário, o ajudante de bibliotecário, foge e esconde o livro que é a chave para se resolver o mistério. Na busca pelo monge fugitivo Adson é surpreendido por uma jovem e bela camponesa que o seduz, a partir daí o jovem fica confuso e desorientado sobre suas convicções passa o resto do filme dividido entre ajudar seu mentor a solucionar os crimes e sua paixão pela camponesa, algo novo e amedrontador para o rapaz. 
Enquanto isso, Berengário se torna a terceira vítima do livro, nesse momento Willian descobre que o livro que procura tem as páginas envenenadas e que Berengário está envolvido na morte de Venâncio, na verdade ele transporta o corpo da biblioteca até um matadouro de animais e o joga em um barril de sangue. 
William descobre que a biblioteca do mosteiro é uma das maiores do meio cristão, que contem obras de Aristóteles e outros escritores considerados pagãos, a igreja que desejava manter o poder absoluto, controlando a liberdade das pessoas, e em nome da fé mantinha essa biblioteca lacrada, apenas poucos tinham acesso, para que não se corrompessem com os ensinos pagãos. 
O livro em questão é um clássico de Aristóteles “Comédia”. 
Com todos os fatos, William conta a história ao monge superior e exige seu livre acesso à biblioteca. O monge superior o nega e exige que terminem suas investigações, pois o inquisidor que logo chegaria solucionaria o caso. Bernardo Gui seria o inquisidor
William confidencia à Adson que já foi inquisidor e que a mando de Bernardo quase foi para a fogueira por inocentar um homem, cujo crime foi traduzir um livro escrito em grego que conflitava com as escrituras sagradas. Ele então teve que se retratar para se livrar da morte, mas o tradutor foi condenado e queimado. Com a chegada do inquisidor, há a punição de três inocentes, Salvatore, Remígio e a menina camponesa, que confessam os crimes sob tortura. William não concorda com a acusação das três pessoas e o inquisidor o coloca no topo de sua lista de diabolicamente influenciados, como assassino dos crimes no mosteiro. Com isso William e Adson não desistem, chegam à biblioteca escondidos e descobrem ali o verdadeiro assassino, Jorge, o mais antigo habitante da abadia, este condenava o riso acreditando que essa manifestação humana era fraqueza carnal, portanto pecado. 
Antes que o livro caia nas mãos de Willian e sua culpa nas mortes seja revelada, Jorge mesmo cego foge e com isso acaba acidentalmente incendiando a biblioteca, este incêndio faz com que todos voltem para tentar apagar o fogo, consequentemente acaba por salvar a vida da jovem camponesa que como Regídio e Salvatore foram condenados a morte pelo fogo da Santa Inquisição por crimes de bruxaria, estes dois últimos não tiveram a mesma sorte da moça. 
Sem a proteção dos soldados quevoltaram para apagar o fogo o inquisitor tenta escapar da fúria dos camponeses oprimidos, mas é jogado de um penhasco por aqueles que assistiam a essa inquisição. Willian consegue escapar do incêndio, e o jovem Adson apesar de sua paixão pela camponesa segue seu caminho junto de seu mentor. 
O filme apresenta uma proposta de discutir a infalibilidade da Igreja, que apesar da sua “boa intensão”, oprime as pessoas que ousam descrer ou apenas querer saber. 
Nesse tempo somente quem tinha o privilégio de saber era a Igreja e apenas o que fosse de seu interesse era passado ao povo. Muitos que desafiaram o “saber da igreja” foram mortos barbaramente, muitos dos conhecimentos já apresentados pelos povos mais antigos ficaram aprisionados em bibliotecas e demoraram outros séculos para serem novamente redescobertos pelos cientistas. 
Inocentes como os condenados no filme, foram torturados e mortos. Outros que buscam a verdade baseada na ciência analítica, como Willian, foram forçados a renegar suas crenças pelo temor de ser morto na inquisição. Outros ficam passivos diante de atrocidades contra o povo e os próprios colegas para manter seus privilégios, assim como o sacerdote do mosteiro. 
Comparando com os dias de hoje, a religião é e sempre será importante para o homem, traz paz e disciplina, mas não tem como negar que sua má interpretação por alguns traz prejuízo há milhares desde o seu início até os dias de hoje. 
Milhões pagaram com a própria vida por isso, obscurantismo e a negação das verdades científicas que só tardaram a chegar ao conhecimento do povo, mas foi inevitável, ainda hoje a religião tem esse lado escuro, seja por enganar e até matar pessoas. Embora essa questão de religião em oposição à ciência seja antiga acreditamos que ambas sejam necessárias a nossa vida, as duas tem explicações para as nossas dúvidas, basta saber usa-las.

Outros materiais