Células do sistema imune

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Células do sistema imune
Sistema Mielóide
As células do sistema mieloide derivam da medula óssea, sendo essas Plaquetas, Hemácias, Monócitos, Neutrófilo, Eosinófilo, Basófilo. Os granulócitos( possuem um citoplasma preenchido com grânulos) São classificados em três grupos de acordo com a reação dessas células com diferentes corantes; basófilos, eosinófilos e neutrófilos.
Neutrófilos 
Principal tipo celular do sistema mielóide. São formados na medula óssea, migram para a corrente sanguínea e cerca de 12 horas mais tarde se movem para o interior dos tecidos. Os neutrófilos maduros possuem um complexo de Golgi pequeno e algumas mitocôndrias, mas muito poucos ribossomos ou RER. Consequentemente não podem sintetizar grande quantidades de proteínas. 
A função dos neutrófilos é a captura e destruição de material estranho através da fagocitose. Embora seja um processo continuo a fagocitose pode ser dividida em quatro estágios discretos: quimiotaxia, aderência, ingestão e digestão.
Quimiotaxia;migração direcionada dos neutrófilos. São estimulados a deixar o sangue devido há um aumento da adesividade das células endoteliais, que emitem proteínas adesivas (selectina e integrinas). As moléculas quimiotáxicas se difedem a partir dos locais de dano tecidual e os neutrófilos detectam e rastejam em direção a essas moléculas.
Aderencia e Opsonização; uma vez que um neutrófilo encontra uma partícula deve se ligar a ela, A carga negativa da partícula deve ser neutralizada através de um revestimento com uma proteína positivamente carregada( ex; anticorpo, proteína C3b) e então os neutrófilos negativamente carregados podem se ligar a partícula.As moléculas que revestem a partícula estranha é chamada de opsoninas.
Ingestão; quando um neutrófilo encontra uma partícula estranha, seu pseudópodo flui por cima e ao redor dele e ocorre a ligação entre as opsoninas e os receptores do neutrófilo
Destruição; pode ser por explosão respiratória(Ação de super oxido) ou digestão( ação de enzimas lisossomais.
Eosinofilos 
 são formados na medula óssea em um estado imaturo e vão para o baço para alcançar a maturidade, passam por um curto período na corrente sanguínea e depois migram para o interior dos tecidos . assim como os neutrófilos sua função primaria é a destruição de material estranho principalmente parasitas invasores. São atraídos por peptídeos diferentes como histamina e metabólitos do acido araquidônico, Passam pelos mesmos estágios de fagocitose( quimiotaxia, aderência, ingestão e digestão).
Basófilos
Tipo celular menos numeroso do sistema mieloide, normalmente encontrados nos tecidos extravasculares, no entanto pode se infiltrar em tecidos sob influência dos linfócitos. Nos tecidos os basófilos provocam uma inflamação, já que seus grânulos contem aminas vasoativas, tais como a histamina e a serotonina. Funcionalmente relacionados com eosinófilos já que ambos provocam uma inflamação aguda.
Mastócito
 
O mastócito é uma célula que participa da reação inflamatória secretando para a matriz várias das moléculas acumuladas no seu citoplasma, como por exemplo a histamina.
Além disso, a superfície dos mastócitos contem receptores específicos para imunoglobulina E (IgE) produzida pelos plasmócitos. 
A maior parte das moléculas de IgE fixa-se na superfície dos mastócitos e dos granulócitos basófilos. A liberação de mediadores químicos armazenados nos mastócitos promove reações alérgicas denominadas “reações de sensibilidade imediata”, nas quais atrai os leucócitos até o local e causa também vasodilatação. 
Macrófagos- Segunda população de células fagociticas
 Os Macrófagos se originam na medula óssea, imaturos encontrados no sangue são chamados de monócitos e formam cerca de 5% da população leucocitica sanguínea total. Os macrófagos maduros soa encontrados no tecido conjuntivo onde são conhecidos como histiócitos , no sinusóides hepáticos chamados de células de células de kupffer, os cerebrais são chamados de micróglia, nos alvéolos pulmonares chamados de macrófagos alveolares e os encontrados nos capilares pulmonares são chamados de macrófagos intravasculares pulmonares. O citoplasma contem mitocôndrias com grande numero de lisossomos, um pouco de RER e um complexo de Golgi,indicando uma capacidade de sintetizar e secretar proteínas.
Função: fagocitose pelos macrófagos é semelhante ao processo nos neutrófilos. São atraídos não somente pelos produtos bacterianos e pelos produtos da ativação do complemento, mas também pelas moléculas liberadas pelas células e tecidos danificados. Os neutrófilos em processo de morte liberam elastase e colagenase e assim geram fatores quimiotáxicos monociticos que consequentemente atraem os macrófagos para o local da invasão, eles destroem os microorganismos invasores tanto por meio de mecanismos oxidativos, ex: geração de ácido nítrico, como por não oxidativos.
Quando os monócitos se movem inicialmente no interior dos tecidos inflamados potencializam as atividades fagociticas, a expressão de receptores de proteases e enzimas lisossomais, essas células são chamadas de macrofagos inflamatórios, que podem ser adicionalmente estimulados para se tornarem macrogafos ativados como resultado de uma exposição a produtos bacterianos e proteínas chamadas de interferons. 
Um antígeno possui diversos epítopos que irão ser apresentados aos linfócitos. Esses epítopos da vesícula serão levados a membrana do macrófago e cada um se ligará lateralmente ao MHC-II para entrar em contato com o linfócitos T helper. Os LTh ativados sofrem a expansão clonal de LT específicos para cada tipo de epítopo. Irão formar também células T específicas de memória para guardar a informação do epítopo (para a resposta imune secundária). O macrófago ativado ou outra célula apresentadora de antígeno inicia a produção e a exocitose de interleucina 1 (IL-1).
Embora muitas células diferentes, tais como as células dendriticas, linfócitos, células endoteliais, fibroblastos e ceratinócitos, possam secretar a Interleucina 1, a principal origem da IL1 é o macrófago ativado. A IL1 ativa os linfócitos, e é necessária para um início de sucesso de algumas formas da resposta imune. Se conjuga a um receptor em determinados linfócitos T chamados de T auxiliadoras-2 e os induz a secretar uma mistura de proteínas, tais como a IL4, IL5 e IL10.
Linfócitos
São células responsáveis pelo reconhecimento de antígenos estranhos e pela montagem de respostas imunes. Existem vários tipos de resposta, como por exemplo: por anticorpos, por memória e mediadas por células. Existe um grande número de populações e subpopulações linfocíticas diferentes, cada uma com características e funções específicas.
Linfócitos T
São encontrados por todo o corpo mas a maioria é encontrada nos linfonodos, baço e medula óssea. Quando as células T saem do timo, elas se acumulam no paracórtex dos linfonodo, nas bainhas linfoides periarteriolares do baço e áreas interfoliculares das placas de Peyer. Células T constituem 80% dos linfócitos no sangue periférico. Muitas delas circulam continuadamente através dos órgãos linfoides e sangue. 
No timo, estes linfócitos se diferenciam em célulasT helper, T supressora e T citotóxica. Os T helper estimulam a transformação dos linfócitos B em plasmócitos. Os linfócitos T supressores inibem a resposta humoral e celular e apressam o término da resposta imunitária. Os linfócitos T citotóxicos agem diretamente sobre as células estranhas e infectadas por vírus, através de dois mecanismos: produção de perforinas (proteínas), que abrem orifícios nas membranas plasmáticas, provocando a lise das células; através da indução das células-alvo a entrarem em apoptose (morte programada).
Os linfócitos T protegem contra vírus, fungos e bactérias e são responsáveis por diferenciar as células do organismo de corpos estranhos; qualquer distúrbio na sua função de reconhecer o antígeno pode causar uma doença autoimune.
Linfócitos B
Há também uma segunda população linfocitica chamada de células B. Os linfócitos B se originamna medula óssea, mas amadurecem dentro das placas de Peyer ou na medula óssea antes de migrar para os órgãos linfoides secundários. São encontrados no córtex dos linfonodos, nos folículos dentro das placas de Peyer e do baço e na zona marginal da polpa branca esplênica. Encontrado em pequena quantidade no sangue, por isso recircula por um longo período de tempo. Os linfócitos B têm a função de produzir os anticorpos que atuam no reconhecimento e destruição do antígeno: estimulados e ‘convocados’ pelos linfócitos T, são responsáveis por desenvolver a chamada ‘memória imunológica’.
Células NK
Alguns linfócitos sanguíneos não demonstram propriedades nem de célula T e nem de B, formando uma terceira população, chamada de “Natural Killers” (NK). Essas células provavelmente se originam a partir das mesmas células precursoras que as células T, mas não sofrem o processo tímico. São encontradas em pequeno número no sangue e se distribuem largamente por todos os órgãos linfoides. Os linfócitos NK fazem parte da defesa imediata do corpo: são células grandes que atuam principalmente contra células cancerígenas e infecções virais.
A concentração de linfócitos no sangue depende da condição física do indivíduo: em casos de imunodeficiência, a concentração é baixa (linfopenia); já quando há infecções ou rejeição a transplantes, ela aumenta (linfocitose). A contagem de linfócitos é um exame muito utilizado para monitorar doenças e infecções como as provocadas pelo HIV.
Os Órgãos do Sistema Imune
No feto muito jovem, as células precursoras linfoides são inicialmente produzidas no omento primitivo, no fígado e no saco vitelino. Nos fetos mais velhos e nos adultos, a medula óssea é a principal fonte de linfócitos. Portanto é capaz de fornecer todas as células necessárias para restaurar as funções dos outros órgãos linfóides.
Orgãos Linfóides Primários
São os orgãos que regulam a produção e a diferenciação dos linfócitos se encaixando em duas populações principais: células T e células B.
Timo
Local de amadurecimento de células T. Seu peso relativo é maior no animal recém-nascido e após a puberdade, ele atrofia e o córtex é substituído por tecido adiposo. Tais fatos indicam a maior importância do timo no início da vida, o que é comprovado em animais de laboratório: quando é retirado de camundongos recém-natos, estes não sobrevivem; ao contrário, na ablação tímica de animais adultos há sobrevivência. A involução tímica no decorrer da vida tem relação com a observação de maior número de infecções virais e menor defesa antitumoral em idosos.
Acredita-se que, em adultos, grande parte da resposta mediada por linfócitos T seja proveniente dos linfócitos-memória, que apresentam meia-vida longa, além da possível continuidade de diferenciação de linfócitos no timo, mesmo que em escala muito menor. As principais funções do timo são a maturação ou diferenciação de linfócitos, alem da produção de hormônios, destacando-se a timosina, a timopoetina e os fatores tímicos humorais.
Pele
Tem a mesma origem embriológica que o timo, e também pode ser um local de maturação de células T, essas células interagem com os ceratinócitos e podem amadurecer dentro da epiderme. A pele funciona como uma barreira de captura antigênica efetiva e essas células T realizam a função de defesa local.
Bursa de Fabricius
É um órgão encontrado somente na aves, funciona como um local de maturação de e de diferenciação para as células do sistema formador de anticorpos. Essas células são chamadas de células B. Seus folículos contem mais de 90% de células B. Aves bursectomizadas produzem muito poucos anticorpos e os plasmócitos produtores de anticorpos desaparecem .
Placas de Peyer
Nos ruminantes funcionam como órgão linfoide primário, descrevem-se dois tipos de PP um tipo se encontra no jejuno e o outro no íleo e no ceco. As ileoscecais atingem seu tamanho e maturidade máximos antes do nascimento em um período no qual se encontram isolados dos antígenos isolados e desaparecem com cerca de 15 meses de idade e contém somente células B. As jejunais permanecem por toda a expectativa de vida do animal e contém até 30% de células T.
Medula Óssea 
A medula óssea como órgão hematopoietico da origem a linfócitos a partir da célula primordial linfoide. A maioria desses linfócitos migra para o timo, diferenciando-se em linfócito T, uma minoria permanece na medula óssea e agora irá atuar como órgão linfoide central, originando os linfócitos bursa-equivalente. No início da maturação a intensa proliferação da célula progenitora pró-linfócito B sintetizada pelo estroma da medula. Após sofrerem a maturação são denominados linfócitos B, bursa-equivalente ou timo-independentes que através da produção de anticorpos são responsáveis pela imunidade humoral.
A medula óssea se divide em dois compartimentos um hematopoiético e outro vascular. O compartimento hematopoietico contém precursores de todas células sanguíneas bem como dos macrófagos e dos linfócitos e encontra-se envolvido por uma camada de células adventícias. O compartimento vascular consiste de seios sanguíneos revestido por células endoteliais e atravessados por células reticulares e macrófagos.
Orgãos linfoides secundários
Contrariamente aos órgãos linfoides primários, os secundários surgem tardiamente na vida fetal e persistem por toda a vida adulta, a remoção desse órgão não reduz significativamente a capacidade imune.
Linfonodos
 
São linfonodos são estruturas ovais situadas ao longo do sistema linfático. Eles contêm linfócitos B na região cortical e linfócitos T na área paracortical. Apresentam vários vasos linfáticos aferentes por onde penetram os antígenos, vaso linfático eferente por onde saem linfócitos que já atuaram na resposta imunológica, artéria linfática que traz linfócitos para a defesa e veia linfática por onde saem linfócitos que não foram necessários na defesa imunológica.
 Não havendo antígenos nos linfonodos, os linfócitos penetram pela artéria linfática, passam por arteríolas, capilares, vênulas pós-capilares, saindo pela veia linfática e continuando sua recirculação.
Baço
É o órgão linfoide que contém a maior quantidade de linfócitos do organismo, è constituído de polpa branca e vermelha. Na polpa vermelha há destruição de células danificadas ou envelhecidas, em especial eritrócitos, enquanto a polpa branca coleta antígenos e retém linfócitos. Somente após o contato com antígenos é que se formam os centros germinativos, pela proliferação de linfócitos, que pode ser intensa.
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/31067/mastocitos
http://www.icb.usp.br/mol/4-16mastocito1.html
http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/linfocitos/
http://www.infoescola.com/citologia/linfocitos/
Introdução
Nosso ambiente está repleto de agentes infecciosos como vírus, bactérias, fungos, protozoários, etc. o sistema imunológico trabalha combatendo estes invasores. O organismo possui vários tipos de barreiras contra os invasores. O tipo de resposta imune do organismo vai depender do patógeno e do local da infecção.
Para produzir a defesa, o organismo precisa primeiramente reconhecer o patógeno ou qualquer que seja este invasor. Existem dois tipos de resposta imune: inata e adaptativa. A resposta imune adaptativa é muito mais eficiente, pois ela é mais específica.
Neste trabalho iremos abordar as células e órgãos do sistema imune, linhagem mieloide e linfoide e órgãos primários e secundários.
Conclusão
Foi possível analisar a morfologia e função das células do sistema imune, assim como a relação entre essas células, tanto da linhagem mieloide tanto da linhagem linfocitica, compreendendo portanto o conjunto de mecanismos necessários para a proteção realizada pelo sistema imune contra os antígenos, sobre os órgãos foi possível entender suas respectivas funções seja como órgão primário ou órgão secundário do sistema imune e sua relação entre esses órgãos e o restante do corpo.