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1 
 
Principais agentes deterioradores da madeira e principais formas de preservação 
Adinael Éder da Silva SOARES1, Wesley Duarte da SILVA1 
1Estudante do Curso de Engenharia Florestal- UNIR – Universidade Federal de Rondônia; 
E-mail: adianel.e@hotmail.com, wesleyduarteds@gmail.com 
 
 Resumo: Em condições favoráveis, as espécies florestais são suscetíveis ao ataque de 
fungos xilófagos, ocasionando com isso a chamada biodeterioração da madeira. A 
presente revisão de literatura tem por objetivo abordar os principais agentes 
deterioradores da madeira e suas principais formas de controle e preservação da 
madeira, bem como os principais preservantes utilizados. Em termos gerais, os fungos 
são os principais agentes deterioradores da madeira e o grau de proteção obtido depende 
do preservante utilizado, da penetração, retenção e a distribuição apropriada do produto 
químico na madeira. Deve-se considerar a busca de produtos preservativos e processos 
de tratamento de menor impacto ao meio ambiente e higiene e segurança, a 
disponibilidade de produtos no mercado brasileiro, os aspectos estéticos, aceitação de 
acabamento e a necessidade de monitoramento contínuo. 
 
 Palavras-chave: Tratamento preservativo. Biodeterioradores. Deterioração da madeira. 
 
1. Introdução 
 
É notório que ambientes com alta umidade favorecem o aparecimento de 
organismos que deterioram diversos tipos de materiais lignocelulósicos, causando danos 
irreversíveis. São organismos capazes de se desenvolverem em condições extremas de 
temperatura e umidade e que apresentam difícil controle (Ribeiro, 2011). 
A madeira é considerada um valioso produto florestal e, sem dúvida, é um dos 
materiais orgânicos mais importantes e com diversas aplicações (Yilgor et al., 2013). 
Devido à complexidade anatômica e química pode sustentar uma rica comunidade de 
espécies de fungos e de outros microrganismos (Hanada et al., 2003). Os agentes 
degradadores da madeira podem ser bióticos ou abióticos, sendo os primeiros os mais 
relevantes, por serem mais efetivos no processo de degradação (Trevisan et al., 2008). 
Diversos organismos na natureza podem de uma forma direta ou indireta, utilizar 
estes componentes da madeira como fonte de energia, ocasionando com isso a chamada 
biodeterioração da madeira. Estes organismos são chamados "organismos xilófagos" 
(Florian, 2013). 
2 
 
Os organismos que deterioram a madeira são, principalmente, fungos 
apodrecedores, insetos de várias espécies de cupins, besouros, vespas e formigas e 
organismos marinhos representados por algumas espécies de crustáceos e moluscos. A 
madeira sofre degradação biológica porque os organismos reconhecem os polímeros 
naturais da parede celular como fonte de nutrição, e alguns deles possuem sistemas 
enzimáticos específicos capazes de metabolizá-los em unidades digeríveis (Oliveira et al., 
1986). 
Dentro deste pressuposto, a presente revisão de literatura tem por objetivo abordar 
os principais agentes deterioradores da madeira e suas principais formas de controle e 
preservação da madeira, bem como os principais preservantes utilizados. 
 
2. Desenvolvimento 
2.1 Agentes biodeterioradores da madeira 
2.1.1 Fungos 
Vários organismos estão envolvidos no processo de degradação, mas em termos 
gerais, os fungos são os principais agentes deterioradores da madeira (Chadeganipour et 
al., 2013), causando a diminuição da resistência mecânica (Terho et al., 2007; Nicolotti et 
al., 2009), caracterizada pelo surgimento de bolores superficiais, manchas ou 
apodrecimentos na madeira (Mesquita et al., 2006), e além disso, os fungos 
desempenham um papel fundamental na decomposição da matéria orgânica (Yang et al., 
2012). 
Madeiras atacadas por fungos geralmente apresentam mudanças da coloração em 
sua estrutura (Hanada et al., 2003). A resistência da madeira à deterioração é a 
capacidade intríseca à espécie de resistir à ação de agentes deterioradores, sejam 
biológicos, físicos ou químicos (Paes, 2002). 
A madeira sob ataque de fungos apresenta alterações na composição química, 
redução da resistência mecânica, diminuição de massa, modificação da cor natural, 
3 
 
aumento da permeabilidade, redução da capacidade acústica, aumento da 
inflamabilidade, diminuição do poder calorífico e maior propensão ao ataque de insetos, 
comprometendo, dessa forma, a sua qualidade e inviabilizando a sua utilização para fins 
tecnológicos (Santos, 1992). 
Para que o fungo possa instalar-se na madeira há necessidades de algumas 
condições, e uma vez instalado possa desenvolver-se e utilizar os seus constituintes. 
Essas condições são: fonte de alimento, teor de umidade da madeira, pH, temperatura 
favorável e oxigênio do ar, ainda que seja em pequena quantidade (Oliveira et al., 1986; 
Moreschi, 2005). 
 
2.1.2 Condições favoráveis para o desenvolvimento de fungos em 
madeiras 
Altos teores de umidade da madeira favorecem o aparecimento de fungos 
deterioradores. Os fungos apresentam uma considerável diferença nas suas 
necessidades de umidade, e são consideradas ideais as seguintes faixas de teor de 
umidade na madeira para os diferentes fungos conforme descrito abaixo (Moreschi, 
2005). 
Em condições favoráveis, as espécies florestais são suscetíveis ao ataque de 
fungos xilófagos (Hanada et al., 2003), sendo que fatores como local de abate da árvore e 
beneficiamento da madeira, temperatura e umidade elevadas da região Amazônica, 
favorecem ao ataque destes agentes (Sales-Campos et al., 2000). 
Hunt e Garrat (1962), Eaton e Hale (1993) afirmam que teores de umidades na 
madeira abaixo de 20% inibem por completo o ataque por fungos. Quanto ao 33 excesso 
de umidade, os fungos de podridão mole são os que resistem bem a essas condições. 
 
2.1.3 Insetos 
4 
 
De acordo com Florian (2011) os insetos são organismos da Classe Insecta, 
popularmente conhecidos como "Brocas de Madeiras", causam enormes danos às 
madeiras, sendo que seu ataque superado apenso pelos fungos. Os principais insetos 
que atacam as madeiras estão distribuídos dentro das cinco ordens abaixo relacionadas, 
dentre as 26 existentes: 
• Isoptera (Cupins) 
• Coleoptera (Besouros, Carunchos, Brocas) 
• Hymenoptera (Vespas, Abelhas, Formigas) 
• Diptera (Moscas e Mosquitos) 
• Lepidoptera (Borboletas e Mariposas) Contudo, as principais ordens que 
causam danos madeira são Isoptera e Coleoptera. 
Isoptera (Cupins) 
Segunda Silva et al. (2004) os cupins de madeira seca pertencem à família 
Kalotermitidae, que engloba várias espécies, entre elas Cryptotermes brevis, que vive 
exclusivamente dentro da madeira da qual se alimentam, formando colônias. Do ponto de 
vista econômico, tal espécie é a mais importante no Brasil. Lepage (1986) afirmou que os 
cupins desse grupo instalam suas colônias em peças de madeira, com baixos teores de umidade, 
variando de 10 a 12%, e não exigem contato com o solo. 
Cryptotermes brevi este cupim tem grande potencial de destruição, causando 
danos em madeiras das estruturas de edificações, em móveis, livros e demais produtos 
oriundos da celulose, trazendo como consequência inúmeros prejuízos em áreas urbanas 
em todo o mundo (HARRIS, 1971). 
Ela é considerada a principal praga das construções do sudeste brasileiro, apesar 
de ocorrer também nas regiões norte e sul do Brasil infestando, sobretudo, o 
madeiramento das edificações (Araujo, 1977; Fontes, 1996). 
Coleoptera (Besouros) Lyctus sp. 
As espécies de insetos que fazem galerias no interior das plantas são conhecidas 
como brocas, sendo a ordem Coleoptera uma das maiores em número de espécies com 
5 
 
hábito broqueador (Ferreira-Filho et al., 2002). A ordem Coleoptera é considerada a maisdiversa entre os insetos, com aproximadamente 300.000 espécies descritas. Esse grupo 
se sobressai, também, pela abundância nos mais diferentes ecossistemas e atua em 
vários níveis tróficos, o que pode classificá-los como pragas agrícolas e florestais, 
polinizadores, dispersores de sementes, predadores e decompositores (Triplehorn e 
Johnson, 2011). 
Várias são as famílias que possuem espécies de hábito broqueador, no entanto as 
mais importantes economicamente são Cerambycidae, Curculionidae (Scolytinae, 
Platypodinae), Bostrichidae, Lyctidae e Anobiidae. As espécies representantes destas 
famílias podem atacar a madeira, desde a árvore viva até seca em um gradiente 
cecrescente de umidade (OLIVEIRA et al., 1986). 
As brocas, como também outros organismos xilófagos, têm seus hábitos 
alimentares estreitamente relacionados com o teor de umidade da madeira. De modo 
geral, o ataque pode ocorrer sob as seguintes condições: madeira com teor de umidade 
abaixo de 30% é atacada por Anobiidae e Lyctidae; madeira em fase de secagem é 
atacada por Bostrichidae; árvores recémabatidas, ainda com alto teor de umidade e 
liberando substâncias químicas, atraem mais intensamente insetos das famílias 
Scolytidae e Platypodidae, embora ambas também sejam relatadas atacando árvores 
vivas; por fim, há uma faixa que compreende desde árvores vivas até troncos em 
adiantada decomposição, que normalmente sofre ataques de Cerambycidae. 
 
2.2 Principal Agente físico deteriorador da madeira 
2.2.1 Fogo 
A madeira, quando é submetida a uma situação de incêndio, irá queimar. Porém, 
tanto a madeira quanto o carvão oriundo da combustão da primeira são isolantes térmicos 
e retardam o fluxo de calor para o interior da seção, abrandando a velocidade da 
degradação térmica e retardando o avanço da frente de carbonização. Dessa forma, 
quando submetidos ao fogo, os elementos estruturais de madeira exibem em seus 
interiores, após a camada carbonizada, uma estreita camada aquecida, cujas 
propriedades mecânicas são afetadas pelo calor, e um núcleo inalterado (FIgueroa e 
Moraes, 2009). 
6 
 
Segundo White (2002), a resistência ao fogo de um elemento ou estrutura de 
madeira depende da existência de uma camada protetora ou espessura da camada 
carbonizada da madeira e das dimensões da seção residual, as quais dependem da taxa 
de carbonização da espécie de madeira usada. A resistência ao fogo de uma estrutura de 
madeira depende fortemente da sua superfície especifica. Estruturas com grandes 
secções transversais de madeira maciça ou lamelada-colada apresentam elevada 
resistência ao fogo, enquanto elementos com secção transversal diminuta apresentarão 
mau desempenho. 
 
2.3 Processos de preservação da madeira 
Vários métodos são aplicados para retardar a ação de organismos deterioradores. 
O método mais amplamente adotado é o da impregnação da madeira com substâncias 
tóxicas a esses organismos. Cavalcante (1982) descreve vários processos que consistem 
da impregnação da madeira com diferentes produtos, sendo que a escolha de cada 
processo e produto depende principalmente do ambiente onde a madeira vai ser utilizada. 
Graham (1973) comenta que a prática de proteção de madeiras já é aplicada desde 
as civilizações antigas da Birmânia, China, Egito, Grécia e Itália, que procuravam protegê-
las a madeira com óleos vegetais, animais e minerais. 
Conforme Mendes e Alves (1988), toda substância química capaz de provocar o 
envenenamento dos componentes celulares da madeira, tornando-os, consequentemente, 
resistentes ao ataque de fungos e insetos, é considerado um preservativo de madeira. 
Ainda de acordo com os autores, para ser considerado um bom preservante, este deve, 
teoricamente, apresentar boa toxidez, não ser volátil nem lixiviável, ter alta fixação na 
madeira, não corroer metais, não ser inflamável, não alterar propriedades físico-
mecânicas da madeira, e não ser tóxico ao homem nem aos animais. Dificilmente se 
encontrará um preservativo que reúna todas estas características, assim, dependendo do 
7 
 
tipo de material a ser tratado e de onde a madeira será exposta, somente algumas destas 
características serão necessárias. 
 
2.4 Preservantes de madeira 
Na literatura encontra-se que, toda substância química capaz de provocar o 
envenenamento dos nutrientes celulares da madeira tornando-a, conseqüentemente, 
resistente ao ataque de fungos e insetos é denominado preservativo ou preservante de 
madeira. O grau de proteção obtido depende do preservante utilizado, da penetração, 
retenção e a distribuição apropriada do produto químico na madeira (Mendes; Alves, 
1988). 
2.4.1 Classificação dos preservantes 
De acordo com Santini (1988), os parâmetros usualmente empregados no 
julgamento da qualidade de um tratamento preservativo, do ponto de vista de sua 
aplicação na madeira, são a penetração no lenho e a retenção. Carvalho (1966) e Lepage 
(1986) afirmam que esses parâmetros fornecem o verdadeiro grau de proteção à madeira, 
sendo considerados de máxima importância no controle de qualidade do tratamento 
efetuado. 
Para avaliar a eficiência de um determinado preservante no combate à 
deterioração biológica pode-se lançar mão de alguns ensaios. Estes podem ser ensaios 
de laboratório ou de campo, conhecidos como apodrecimento acelerado e campo de 
apodrecimento, respectivamente (Lopez e Milano, 1986). 
De acordo com Hunt e Garrat (1962) os produtos preservantes podem ser 
classificados de acordo com suas características físicas e químicas, em dois grupos: a) 
preservantes oleosos e oleossolúves; b) preservantes hidrossolúveis. 
 Onde os preservantes hidrossolúveis são os que utilizam a água como solvente e 
normalmente são constituídos de sais metálicos, que incluem várias substâncias químicas 
8 
 
na sua formulação, como arsênio, cromo, cobre, boro, zinco e flúor. Geralmente, eles 
contêm mais de uma substância química na sua formulação, para várias finalidades. 
 
2.4.2 Principais tipos de preservantes 
Entre os produtos hidrossolúveis relacionados ao presente trabalho está o CCA e o 
CCB e são descritos a seguir: 
O arseniato de cobre cromatado (CCA), é constituído por compostos contendo os 
elementos arsênio, cobre e cromo, com uma tradição de uso que remonta há mais de 
setenta anos. O CCA é o preservante de maior utilização na atualidade (FREITAS, 2002). 
Strategis (2004) relata que o preservante é altamente eficaz, protegendo a madeira 
da podridão por fungos, cupins, agentes marinhos, da luz ultravioleta e também tem a 
possibilidade de adicionar repelente a água, para melhorar sua resistência à absorção de 
umidade 49 pela madeira. Após o tratamento não exala odores e nem vapor tóxico 
irritante ao homem, e também não aumenta a sua combustibilidade (Lepage, 1986). 
Barillari e Freitas (2002) ressaltam que mesmo sendo o CCA o preservante 
hidrossolúvel mais utilizado para tratamento de madeira, com inúmeros registros 
comprovando sua eficiência e a sua segurança, as restrições quanto ao uso da madeira 
tratada com este preservante têm aumentado. Essas restrições têm sido impostas 
principalmente na Comunidade Européia, tendo como base a perda dos componentes do 
CCA ao longo do tempo, por lixiviação ou volatilização, o que poderiam trazer riscos de 
contaminação do ser humano e do meio ambiente. 
O CCB (borato de cobre cromatado) ou sais de Wolman, é um composto que tem 
como ingredientes ativos o cobre, o cromo e o boro. O preservante hidrossolúvel CCB é o 
segundo mais utilizado no Brasil e recomendado onde se queira dar proteção fungicida, 
pois o boro não apresenta bom desempenho como inseticida (Oliveira, 1997). 
9 
 
Moreschi (2005) ressalta que o preservanteCCB é um produto alternativo ao CCA, 
tendo como diferença a utilização do elemento boro em substituição do arsênio. De 
acordo com o mesmo autor, o preservante CCB apresenta uma sensível perda na 
resistência da lixiviação e na eficiência da proteção da madeira a insetos, especialmente 
para madeira a ser instalada por longos prazos e em contato com o solo. 
 
3. Considerações finais 
Com relação ao tratamento preservativo da madeira, deve-se considerar a busca 
de produtos preservativos e processos de tratamento de menor impacto ao meio ambiente 
e higiene e segurança, a disponibilidade de produtos no mercado brasileiro, os aspectos 
estéticos (alteração de cor da madeira, por exemplo), aceitação de acabamento e a 
necessidade de monitoramento contínuo. Devem ser utilizados os produtos preservativos 
devidamente registrados e autorizados pelo Ministério do Meio Ambiente, através do 
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e pela 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
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