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HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO P2

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HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO (P2)
MÓDULO 3: ACIDENTES DO TRABALHO, INCIDENTES E DOENÇAS
Conceito legal: Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, de sua capacidade para o trabalho. 
Conceito prevencionista: Acidente de trabalho é toda ocorrência não programada, que interfere ou interrompe o andamento normal do processo de trabalho, que possa resultar em danos físicos e/ou funcionais ou a morte do trabalhador e/ou danos materiais e econômicos a empresa. 
Incidente: é todo e qualquer evento que ocorre, de forma não programada e que, sob circunstâncias um pouco diferentes, poderia resultar em danos físicos ou na morte do trabalhador e/ou em danos materiais ou econômicos à empresa. Estatisticamente, os incidentes ocorrem inúmeras vezes, antes de ocorrer o acidente do trabalho, então, as suas causas devem ser conhecidas, analisadas, investigadas e eliminadas, a partir da análise das prováveis falhas, para evitar que o acidente do trabalho ocorra.
Uma das técnicas mais valiosas, para evitar o incidente, chama-se FMEA – “Failure Mode and Effects Analysis”, ou seja, “Análise dos Modos de Falhas e Efeitos”.
MÓDULO 4: CAUSAS E CONSEQUENCIAS DOS ACIDENTES DO TRABALHO
A ocorrência do acidente do trabalho se deve à falta ou falha na identificação e atribuição de meios e medidas de controle, para as condições existentes nos processos e seus parâmetros, tanto sobre as propriedades dos materiais quanto no ambiente de trabalho. 
Os meios de controle são ações e projetos de engenharia, que devem ser estabelecidos na fonte, para eliminar ou reduzir a probabilidade de ocorrência do acidente ou da exposição do trabalhador a um cenário propicia ao acidente. 
Já a medida de controle é a atribuição de normas, procedimentos, treinamentos, sinalizações, instruções e a proteção individual (EPI), frente à administração dos riscos nos processos operacionais, para orientar trabalhador e protegê-lo, frente à probabilidade de ocorrência do evento e de sua exposição. 
O acidente do trabalho deve sempre ser analisado e investigado, quanto à sua origem, pois o principal objetivo é o de não permitir ou mesmo minimizar a probabilidade de uma ocorrência similar. Para isso, são utilizadas ferramentas da qualidade na busca da causa do evento ocorrido, elas podem ser:
Diagrama de Ishikawa
Analise de arvore de falhas – FTA
Análise dos modos de falhas e efeitos – FMEA
Hazard and Operability Studies – HAZOP
5W-2H, entre outros. 
As consequências de um acidente de trabalho devem ser analisadas, com o objetivo de evitar a repetição do dano causado com a integridade física das pessoas, a propriedade ou ao meio ambiente, essas consequências podem envolver fatores econômicos (empresa), sociais (comunidade), humanos (trabalhador) e profissionais (engenheiro).
Fatores econômicos (consequências à empresa): Paralisação da produção, atraso no cronograma, dano material, perda da produção, retrabalho, redução de produtividade, dano ambiental, custo de investigação, despesas legais, horas extras, danos a imagem. 
Fatores sociais (consequências à sociedade): Aumento dos dependentes da providencia, redução da força ativa do pais, aumento da utilização dos serviços comunitários, aumento de benefícios e serviços, redução no número de leitos hospitalares, aumento dos tributos, redução moral dos trabalhadores, aumento do custo de matéria prima, insumos e produtos.
Fatores humanos (consequências ao trabalhador): Danos físicos, danos psicológicos, perda financeira, aumento de despesas, redução de ganho, emprego limitado, replanejamento familiar. 
MÓDULO 5: INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
As atividades insalubres são todas aquelas que por natureza, condições ou métodos de trabalho exponham o empregado a agentes nocivos a saúde, acima dos limites de tolerância fixados, em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 
Os riscos da exposição a esse tipo de agentes nocivos podem ser:
Físicos: temperaturas extremas, ruídos, vibrações, radiação, umidade e pressão anormal e outros.
Químicos: Gases, vapores, poeiras, nevoas, neblinas, fumos etc.
Biológicos: Vírus, bactérias, fungos, bacilos, etc. 
Para que possa controlar a insalubridade é necessário monitorar no ambiente de trabalho os agentes de risco que afetam a integridade física do trabalhador. Se o monitoramento da exposição do trabalhador determinar intensidade ou concentração aos efeitos dos agentes de risco acima do nível de ação (NA) e abaixo do limite de tolerância (LT), dentro da jornada de trabalho (tempo de exposição) fará a empresa adotar minimamente, medidas de controle para administrar a exposição do trabalhador e, quando estiver acima do limite de tolerância (LT), fará a empresa a adotar obrigatoriamente ações de engenharia, para diminuir ou eliminar a intensidade ou concentração dos agentes de risco, nos ambientes de trabalho, e também, medidas de controle.
As ações de controle devem atender à condição hierárquica, para atender às premissas de proteção da integridade física dos trabalhadores:
Controle na Fonte Geradora do Agente de Risco: Projetos que são dimensionados e especificados tecnicamente como sistemas operacionais, para atuar no agente. (i.e.: isolamento térmico; VLE; isolamento acústico;) 
Controle na Trajetória de Propagação do Agente do Risco: Projetos que são dimensionados e especificados tecnicamente como sistemas operacionais, eliminar ou minimizar a intensidade ou concentração do agente de risco nos ambientes e locais de trabalho, ou seja, Proteção Coletiva (i.e.: VLE; VGD,...)
Controla do Risco no Trabalhador: Proteção Individual 
As atividades periculosas por suas vez são todas aquelas que por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos, energia elétrica, radiação, etc. 
Trabalhadores sujeitos as periculosidades têm direito a um adicional de 30% no salário, para isso é necessário que as periculosidades obedeçam algumas condições: 
Utilização de equipamentos ou ambientes cujo contato físico ou exposição aos efeitos do agente, possam resultar em incapacitação, invalidez permanente ou morte.
Não neutralização ou eliminação do risco acentuado ou da situação de risco acentuado.
Caracterização da exposição permanente na área de risco acentuado, com agentes perigosos.
OBS: (1) Nas operações com eletricidade, o ingresso habitual e intermitente na área de risco, também gera direito ao adicional de periculosidade. (2) O ingresso ou a permanência eventual na área de risco, não gera direito ao adicional de periculosidade.
MÓDULO 6: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE ERGONOMIA
A Ergonomia visa adaptação do trabalho ao homem, mediante a aplicação do conhecimento das ciências humanas e da tecnologia, em ações como: 
Projeto de maquinas, equipamentos, postos e tarefas
Estudo da postura e movimentos corporais
Estudo dos fatores ambientais
Redução de erros operacionais
Uso coletivo de recursos materiais disponíveis
Fundamentos da Ergonomia:
Com relação ao corpo humano, as seguintes características devem ser analisadas e observadas:
Biomecânica: mecânica do corpo humano
Fisiologia:demanda do coração e pulmões
Antropometria: dimensões do corpo humano
Com relação à realização de um trabalho, atividade ou tarefa, as seguintes características do trabalhador devem ser analisadas:
Força Aplicada: para executar o trabalho;
Postura: a ser assumida, para executar o trabalho;
Movimento: necessário para executar o trabalho;
Com relação ao ambiente de trabalho, onde ocorre o trabalho, assim como, atividades e tarefas correlatas, deve-se levar em consideração, as condições de conforto e características do ambiente de trabalho:
Temperatura do ar ambiente
Velocidade do ar ambiente
Umidade relativa do ar ambiente
Nível de iluminaçãoIntensidade de ruído
Intensidade de vibração
Intensidade de calor ou de frio
A fadiga por esgotamento físico, começa a se fazer presente após serem dissipados pelo corpo humano um gasto calórico (metabólico) igual ou superior a 250 watts de energia. Tarefas pesadas (>250W) exigem períodos de descanso, com o qual poderá ser, uma interrupção da tarefa ou a substituição por uma tarefa mais leve. Sendo assim, o gasto energético não deve exceder 250W.
Como melhorar o controle ergonômico da empresa:
Restrinja o número de tarefas que exijam movimentação manual de carga;
Ensine técnicas e crie condições favoráveis para levantar de pesos;
Limite o levantamento manual de carga para 23 kg;
Projete o posto de trabalho adequadamente para o trabalho pesado;
Adote alças para os objetos a serem movimentados manualmente;
Conserve a carga próxima do corpo, ao erguê-la;
Use os EPI específicos para o tipo de transporte.
Consequências da falta de ergonomia: 
MÓDULO 7: PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO – PREVENÇÃO E COMBATE
MÓDULO 8: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis a ameaçar sua segurança e saúde no trabalho. Equipamento Conjugado de Proteção Individual é todo aquele composto de vários dispositivos que o fabricante tenha associado, contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
OBS: O EPI não evita acidentes, mas minimiza ou impede a ocorrência de lesão, nos trabalhadores que dele façam uso correto.
Obrigações do empregador:
Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
Exigir o seu uso;
Fornecer somente o EPI aprovado pelo governo;
Orientar e treinar o trabalhador sobre uso e guarda;
Substituí-lo quando danificado ou extraviado;
Responsabilizar-se pela higienização e manutenção;
Comunicar ao MTE, irregularidades observadas. 	
Obrigações do empregado:
Usar (o EPI), utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
Responsabilizar-se pela sua guarda e conservação;
Comunicar ao empregador, qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
Cumprir as determinações do empregador, sobre o uso adequado.

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