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As Características do Texto 
Profissional
Comunicação e Expressão | EAD
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 As Características do Texto Profissional - Aula 05
As Características do Texto Profissional
Olá! Que bom nos encontrarmos novamente para tratar de mais um assunto de 
Comunicação e Expressão! Já fizemos uma boa caminhada do início de nossa dis-
ciplina até agora. Espero que você esteja desenvolvendo suas práticas de leitura e 
escrita e que esteja sempre com a atenção voltada para como é importante conhe-
cer as características comunicacionais que nos auxiliam no dia a dia.
1. Estilo e Produção do Texto Profissional
Tudo que criamos, formal ou informalmente, apresenta as marcas de nossa indi-
vidualidade. Então, essa maneira pessoal de você e eu nos expressarmos, numa 
determinada época, seja através de textos verbais como poemas, seja através de 
textos não verbais como placas ou pinturas a óleo, seja através da música ou da 
literatura, é o que chamamos de estilo.
Nesta aula, você deve estar atento(a) ao estilo que tem como ferramenta funda-
mental a palavra. Se formos pensar em todas as formas de utilizar a palavra, en-
contraremos dois estilos principais: o literário e o não literário. Leia estes dois textos 
abaixo para conversarmos em seguida:
Outono (Djavan) Dicionário Web
Um olhar uma luz
ou um par de pérolas
mesmo sendo azuis
sou teu e te devo
por essa riqueza
uma boca que eu sei
não porque me fala lindo
e sim, beija bem
tudo é viável
pra quem faz com prazer
sedução, frenesi
sinto você assim
sensual, árvore
espécie escolhida
pra ser a mão do ouro
o outono traduzir
viver o esplendor em si
tua pele um Bourbon
me aquece como eu quero
sweet home
gostar é atual
além de ser
tão bom.
FONTE: http://www.djavan.com.br/site/cds/
coisa-de-acender
Face
s.f. 
Parte anterior da cabeça humana, com-
preendendo testa, olhos, nariz, maçãs do 
rosto, lábios e queixo.
Semblante.
Cara; rosto.
Cada uma das partes laterais da cara, desde 
os olhos à maxila inferior: um beijo na face.
Maçã do rosto.
Parte anterior de uma pedra aparelhada.
Parte anterior; frente.
Cada uma das superfícies planas de um 
sólido: a face do prédio.
Superfície: a face do mar.
Lado das medalhas ou moedas, em que está 
o busto.
Lado de um estofo, oposto ao avesso.
Situação ou estado de certos assuntos ou de 
certas ideias.
FONTE: http://www.dicionarioweb.com.br/face.
html
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Você deve ter percebido, claramente, que os dois textos apresentam estilos bem 
diferentes, não é? No primeiro texto, o compositor Djavan utiliza uma linguagem co-
notativa, repleta de figuras de linguagem, recriando diversos sentidos para descre-
ver a face de quem ama. Esse texto é denominado texto literário. No segundo texto, 
o Dicionário Web apresenta uma definição objetiva e direta do que é a face. Não há 
linguagem conotativa ou figuras de linguagem. O contexto nos mostra que o texto é 
não literário.
No estilo não literário há mais preocupação com a informação do que com a criativi-
dade, com o arranjo artístico da mensagem. Por isso é predominante a denotação, 
a objetividade, a formalidade, entre outras características que você acompanhará a 
seguir. O texto técnico, ou profissional, é notoriamente não literário.
2. O Texto Profissional
Existem diferentes estruturas para nos comunicarmos, mas nesta aula estaremos 
focados na Redação Profissional. É importante ressaltar que, com o advento das 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), cartas, memorandos, e-mails 
apresentam estruturas que devem respeitar um parâmetro de formalidade eficiente. 
Apesar de cada um de nós ter desenvolvido, ao longo de nossa formação, caracte-
rísticas próprias para nos expressarmos, existem modelos que devem ser seguidos 
no meio profissional. Os modelos e normas a seguirmos estão publicadas no Ma-
nual de Redação da Presidência da República, um documento que rege os textos 
oficiais. O link para baixá-lo está na nossa lista de sugestões. Não deixe de estudá-
-lo! Esse Manual é fundamental para você conhecer bem o texto profissional!
No meio profissional e acadêmico, todo texto que você cria tem um propósito, não 
é? Mas, para atingi-lo, ele precisa ser construído de tal forma que provoque um re-
sultado positivo, um feedback positivo. É o que nós chamamos de eficácia. A eficá-
cia do seu texto estará presente se você tiver habilidade em produzi-lo de tal forma 
que consiga seu objetivo. Se ele não atinge o objetivo que você traçou, não é um 
bom texto. Por exemplo, se você convoca diversos funcionários para uma reunião 
e muitos deles não comparecem; ou se deseja que um comprador aumente o con-
sumo de um produto, mas isso não ocorre, pode ter certeza de que seu texto não 
foi bem produzido. Toda comunicação deve ter sempre como parâmetro o receptor. 
Muitos comunicadores falham em seus textos porque querem impor suas ideias de 
qualquer forma, e isso nem sempre atingirá da melhor forma o receptor. É neces-
sário adaptar a linguagem às condições do receptor. Conhecer as variedades lin-
guísticas e os níveis de linguagem é fundamental para ter opções e fazer a escolha 
certa. Se seu receptor for pouco letrado, um texto mais direto e sem complexidades 
será bem empregado. Mas se seu receptor for especialista no tema do seu texto, 
um texto mais elaborado provavelmente terá mais credibilidade diante dele. 
 SAIBA MAIS
Segundo a profes-
sora doutora Carmem 
Pimentel, “Os textos 
literários são aqueles 
que possuem função 
estética, destinam-se 
ao entretenimento, ao 
belo, à arte, à ficção. 
Já os não literários 
são os textos com 
função utilitária, pois 
servem para informar, 
convencer, explicar, 
ordenar.”
Para saber mais, 
acesse nossa 
sugestão de links.
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A redação profissional deve despertar o interesse do leitor para que ele prossiga na 
leitura até o final do texto; ser transparente nas informações e, consequentemente, 
conferir credibilidade ao que escreve. Para isso, é necessário que você escreva 
respeitando as características fundamentais a todo texto empresarial: a concisão, a 
objetividade, a clareza, a coerência e a correção gramatical.
3. Qualidades do Texto Profissional
3.1 Harmonia
Você leu a pouco que o texto profissional possui um estilo não literário, isto é, não 
ressalta a forma, a sonoridade do texto. Ele segue todas as características que 
favoreçam a atenção ao assunto, às informações. É por isso que devem ser evi-
tadas repetições de palavras e sons, comuns em alguns poemas, por exemplo. A 
repetição empobrece o texto. A impressão que se tem é de que o autor do texto 
tem um vocabulário limitado, que não sabe expressar suas ideias. Já a sonoridade 
acentuada em rimas diminui a percepção da informação e ressaltam a estrutura da 
mensagem.
Imagine se um funcionário lhe envia a seguinte mensagem:
A repetição do som de “v” chama mais atenção do que a própria importância da in-
formação. Esse recurso, chamado de aliteração, serve perfeitamente para o texto 
literário, mas não para o texto profissional.
3.2 Concisão
Ao escrever, pode ser que você utilize mais palavras do que o necessário, então, 
seu texto será prolixo. Se utilizar menos palavras do que o necessário, terá um tex-
to obscuro, sem clareza. Mas se escolher a quantidade certa de palavras para ex-
pressar com qualidade suas informações, você terá um texto conciso. Ser conciso 
é expressar o máximo de informações utilizando o mínimo de palavras. É informar 
sem subterfúgios e clichês, mas com todas as informações importantes.
O texto conciso é aquele em que todas as palavras e informações tenham uma fun-
ção significativa. Não podemos utilizar redundâncias, evite “encher linguiça” com 
expressõesdesnecessárias para aumentar o número de linhas do seu texto. Expo-
nha suas ideias com precisão.
Os visitantes vêm verificar a veracidade de que a captação das vozes vem 
sendo verdadeiramente convenientes para a veiculação das mensagens.
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TEXTO PROLIXO TEXTO CONCISO
A importância da Mata Atlântica é in-
questionável, precisamos dela para 
vivermos melhor, para respirarmos 
melhor, para nos alimentarmos melhor, 
afinal, ela é um dos pulmões da Terra 
e, portanto, é fundamental para nossa 
sobrevivência.
A Mata Atlântica é importante para 
vivermos melhor. Por causa dela 
respiramos com mais qualidade e nos 
alimentamos bem.
3.3 Objetividade
O texto objetivo é aquele que exclui as ideias supérfluas – desnecessárias --, privi-
legiando as informações relevantes, ou seja, as principais. De uma forma bastante 
informal, dizemos que o texto objetivo é aquele que vai direto ao ponto, sem “enro-
lar”.
A questão principal, quando se fala em objetividade, é saber definir quais são as 
informações relevantes que desejamos transmitir naquele momento. Por isso é tão 
importante ler o texto várias vezes até enviá-lo ao leitor. A Objetividade e a Conci-
são estão sempre juntas na produção de um bom texto.
3.4 Clareza
Outra característica imprescindível para o texto empresarial é a clareza. O conceito 
de clareza está diretamente ligado à nossa capacidade de organização mental. Não 
é porque a ideia já está clara na sua mente que o seu receptor entenderá “clara-
mente”. Quando for escrever, pense quais são os conhecimentos do receptor. Ele 
conseguirá entender as informações? Está claro para ele? Ser claro é ser facilmen-
te compreendido.
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Leia este texto, que foi fixado na entrada de um banheiro em um acampamento:
Fonte: www.fotocomedia.com.br
Você conseguiu entender? Claro que não! O texto não apresenta uma organização 
das ideias. Não há início, nem meio, nem fim de um raciocínio lógico. Não há clare-
za.
Por isso, faz-se necessário aprender a utilizar o idioma da melhor forma possível. 
Para escrevermos de maneira clara, é importante ter bastante cuidado com as fra-
ses de duplo sentido! São as frases que apresentam ambiguidade, que abordare-
mos na próxima aula junto com outros vícios de linguagem.
Outro aspecto que prejudica a clareza do texto é a crença de que escrever “difícil” é 
escrever bem e bonito. Grande engano! Escrever bem é estar atento às caracterís-
ticas do receptor do texto. Lembre-se: é a partir do receptor que o emissor selecio-
na o nível de linguagem, a variedade linguística que será compreendida pelo leitor 
do texto.
3.5 Coerência
Coerência, segundo o Dicionário Aurélio, é qualidade, estado ou atitude coerente. 
Ligação ou harmonia entre as situações, acontecimentos ou ideias; relação harmô-
nica; conexão, nexo, lógica.
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O conceito de coerência está diretamente ligado ao cuidado que devemos manter 
com a relação lógica das nossas ideias. Para escrever de forma coerente, é preciso 
ter harmonia com os nossos ideais no início, meio e fim de um texto. 
A aula anterior tratou de forma mais detalhada essa qualidade do texto profissional.
3.6 Correção Gramatical
Essa talvez seja a característica mais óbvia entre as que estamos apresentando 
nessa aula. A correção gramatical é o respeito total e absoluto às normas gramati-
cais vigentes em nossa língua mãe, no nosso caso, a Língua Portuguesa.
Não estamos aqui defendendo o preconceito linguístico, mas ressaltando que a re-
dação empresarial segue os moldes da formalidade, da norma culta, visto que ela 
confere maior prestígio ao profissional. Fugir da norma só é adequado em casos 
muito específicos, como no humor. A enquete “O Assalto”, criada e representada 
pelo grupo Os Melhores do Mundo, demonstra uma utilização eficiente da fuga da 
norma. Você pode assistir a essa apresentação através de uma de nossas suges-
tões de links.
Devemos ter o máximo de cuidado com a regência verbal, concordância verbal e 
nominal, acentuação, ortografia, tendo o devido cuidado com os procedimentos 
adotados pelo Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, enfim, devemos es-
crever observando e respeitando todas as normas gramaticais da Língua Portugue-
sa. Precisamos conhecer a norma culta para podermos escolher em que momentos 
devemos utilizar a linguagem informal ou a formal. E na Redação Profissional? Não 
se esqueça, use sempre a linguagem formal!
Esses assuntos serão abordados com detalhes nas aulas seguintes. Mas antes, re-
vise as aulas anteriores, levante dúvidas e esclareça cada uma delas com seu tutor 
ou com o professor executor.
Antes de nos despedirmos, é necessário que você cultive um hábito: a REVISÃO! 
Sempre que produzir um texto, releia várias vezes. Só a revisão permite que você 
identifique problemas, corrija falhas, acrescente ou esclareça informações para que 
o receptor entenda efetivamente suas redações.
Em nosso próximo encontro virtual deixaremos de lado as qualidades do texto em-
presarial e trataremos dos vícios, os erros que são cometidos e prejudicam tanto a 
comunicação profissional. Tem de saber para não errar!
Até a próxima aula.
REVEJA!
Estudamos os tipos 
de linguagem na 
Aula 2. É uma boa 
hora para revisá-los!