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[2017] A Prática do Novo Processo Civil. Jonas Ricardo Correia, Mario do Carmo Ricalde e Ney Alves Veras.pdf

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[2017] A Prática do Novo Processo Civil. Jonas Ricardo Correia, Mario do Carmo Ricalde e Ney Alves Veras.pdf
 
 
 
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Inovações do Novo Direito 
Processual Civil 
Novo CPC e o Processo Tributário: 
Impactos da nova lei processual 
 
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Comentários, Doutrina e Jurisprudência 
 
Os Prazos no Novo Código de 
Processo Civil 
 
 
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Sumário 
 
I. PROCURAÇÃO, DECLARAÇÃO, JUSTIÇA GRATUITA, INTIMAÇÃO DE 
TESTEMUNHA E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
1. Petição Inicial – Procedimento Comum do NCPC 
2. Emenda à Inicial 
3. Pedido de Reconsideração 
4. Especificação de Provas 
5. Arbitramento de Honorários Advocatícios 
6. Procuração com cláusula ad judicia et extra 
7. Contrato de Honorários Advocatícios 
8. Declaração de Hipossuficiência Econômica 
9. Intimação para Comparecimento em Audiência 
 
II. AÇÕES DE INDENIZAÇÃO, DANOS MORAIS, OBRIGAÇÃO DE FAZER E 
NÃO FAZER, REVISIONAL E ANULATÓRIAS 
 
10. Ação de Dano Moral - Inclusão Indevida no SERASA 
11. Ação de danos morais e danos materiais contra instituição bancária por 
indevida entrega de talão de cheques para terceiros 
12. Ação de Reparação de danos morais e materiais contra serviço de 
postagem 
13. Ação de danos morais e danos materiais por desconto de cheque fraudado 
14. Ação de Indenização e Obrigação de Fazer por Lançamentos Indevidos em 
Conta 
15. Ação de Indenização por Cheque Devolvido Indevidamente 
16. Ação de Indenização por Dano Material c/ Dano Moral - Saques Indevidos 
17. Ação de Indenização por Danos Morais - Transporte Aéreo 
18. Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais - Compra via Internet 
19. Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais - Extravio de Bagagem 
20. Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais - Negativa na Prestação 
de Serviços Médicos 
21. Ação de Indenização por Danos Morais e Materiais - Vício Oculto 
22. Ação de Indenização por Restrição ao Crédito 
23. Ação de Obrigação de Fazer 
24. Ação de Obrigação de Fazer - Plano de Saúde 
25. Ação de Obrigação de Fazer Acumulada com Perdas e Danos 
26. Ação de Obrigação de Fazer c/c Não Fazer, Danos Morais e Materiais 
contra Administradora de Cartão de Crédito 
27. Ação de Reparação de Danos Fundada em Vício do Produto 
28. Pedido de Substituição do Produto 
29. Ação de Reparação de Danos Morais e Materiais por Fato do Serviço 
30. Ação de Rescisão de Contrato Cumulada com Ação de Indenização - 
Publicidade Enganosa 
31. Ação de Restituição - Saque Indevido 
32. Ação de Restituição de Quantia Paga c/c Indenização por Danos Morais 
33. Ação Declaratória de Inexistência de Dívida Cumulada com Pedido de 
Reparação de Danos Morais 
34. Ação Declaratória de Quitação de Débito 
 
 
35. Ação Declaratória Negativa de Débito - Abertura de Conta Corrente com 
Documentos Furtados 
36. Ação de Revisão Contratual 
37. Impugnação à Contestação de Ação Revisional 
38. Impugnação à Contestação 
39. Ação Pauliana 
40. Ação Revisional de Cheque Especial 
41. Ação Revisional de Contrato de Financiamento de Veículo 
42. Ação Revisional de Contrato c/c Pedido de Tutela de Urgência 
43. Ação Revisional de Contratos Bancários Cumulada com Pedido de 
Repetição de Indébito 
44. Ação Revisional de Encargos Financeiros cumulada com Repetição de 
Indébito contra Administradora de Cartão de Crédito 
45. Ação Revisional de Contrato c/c Consignação Incidental com Pedido de 
Tutela de Urgência 
46. Ação Anulatória de Ato Jurídico 
47. Ação Anulatória de Desapropriação 
 
III. AÇÕES DE COBRANÇA 
 
48. Ação de Cobrança - Mensalidade 
49. Ação de Cobrança - Empréstimo sem Título 
50. Ação de Cobrança por Obrigação Assumida em Contrato Verbal 
51. Ação de cobrança DAMS (DPVAT) 
52. Ação de Cobrança de Diferença de Indenização Cumulada com Pedido de 
Ressarcimento de Danos Morais (DPVAT) 
53. Ação de Cobrança de Invalidez Permanente (DPVAT) 
54. Ação de Cobrança por Morte (DPVAT) 
55. Ação de Cobrança - Confissão de Dívida 
56. Ação de Cobrança - Parcelas Pagas à Consórcio 
57. Ação de Cobrança - Prestação de Serviço 
58. Ação de Cobrança de Recebimento de Saldo Devedor após a Venda do 
Bem Alienado 
59. Contestação de Ação de Cobrança 
 
IV. AÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
60. Ação de Usucapião Constitucional de Imóvel Urbano 
61. Ação de Usucapião Extraordinária de 10 Anos 
62. Ação de Usucapião Familiar 
63. Ação de Usucapião de Bens Móveis 
64. Modelo de ata notarial de usucapião extrajudicial 
65. Contestação à Ação de Usucapião Especial 
66. Ação de Reintegração de Posse 
67. Ação de Manutenção de Posse 
68. Ação de Manutenção de Posse com Pedido de Medida Liminar 
69. Ação de Interdito Proibitório 
70. Ação de Divisão Judicial c/c Restituição de Área 
71. Ação de Demarcação 
72. Ação de Nulidade de Escritura Pública 
73. Ação Discriminatória Judicial 
 
 
74. Ação de Despejo 
75. Ação Renovatória de Locação 
76. Ação de Despejo por Falta de Pagamento c/c Cobrança de Aluguéis e 
Acessórios da Locação 
77. Ação de Despejo Rural - Arrendamento 
78. Ação Reivindicatória 
79. Ação de Imissão na Posse 
80. Embargos de Retenção por benfeitorias 
81. Retificação de Registro Imobiliário 
82. Contrato de Arrendamento Rural 
83. Contrato de Comodato – Imóvel Rural 
84. Contrato de Empreitada 
 
V. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
 
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS, CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E 
DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE 
85. Ação de Consignação em Pagamento (Modelo 1) 
86. Ação de Consignação em Pagamento (Modelo 2) 
87. Ação de Exigir Contas com Pedido de Tutela de Urgência 
88. Ação de Dissolução Parcial de Sociedade 
89. Ação de Dissolução Total de Sociedade 
 
INVENTÁRIO E PARTILHA 
90. Ação de Arrolamento Sumário (Modelo 1) 
91. Ação de Arrolamento Sumário (Modelo 2) 
92. Inventário pelo Rito de Arrolamento com Cessão de Direitos Hereditários 
93. Inventário e Partilha - Anulação de Partilha 
94. Escritura Pública de Inventário 
95. Ação de Petição de Herança 
 
DIREITO DE FAMÍLIA 
96. Ação de Anulação de Casamento 
97. Ação de Investigação de Paternidade 
98. Ação Negatória de Paternidade 
99. Ação de Divórcio Consensual 
100. Conversão de Separação Judicial em Divórcio 
101. Escritura Pública de Divórcio em Conformidade com a EC/66 
102. Ação de Separação Judicial Cumulada com Pedido de Fixação Liminar de 
Alimentos 
103. Ação de Tutela 
104. Ação de Tutela em Favor de Menor Órfão 
105. Pedido de separação de corpos 
106. Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável 
107. Ação Declaratória de União Estável 
108. Guarda e Posse Provisória dos Filhos 
109. Pedido de Guarda (Modelo 1) 
110. Pedido de Guarda (Modelo 2) 
111. Ação de Modificação de Guarda 
112. Investigação de Paternidade com Negativa de Filiação, Fixação de 
Alimentos e Retificação de Registro de Menor 
 
 
113. Investigação de Paternidade Cumulada com Pedido de Alimentos 
114. Ação de Exoneração de Alimentos 
115. Ação de Adoção de Menor 
116. Adoção Plena 
 
AÇÃO MONITÓRIA, OPOSIÇÃO, HABILITAÇÃO, HOMOLOGAÇÃO DE 
PENHOR LEGAL E RESTAURAÇÃO DE AUTOS 
117. Ação de Oposição 
118. Habilitação 
119. Ação Monitória (Modelo 1) 
120. Ação Monitória (Modelo 2) 
121. Ação Monitória (Modelo 3) 
122. Ação de Homologação do Penhor Legal 
123. Ação de Restauração de Autos 
124. Retificação de Registro Civil 
125. Ação de Protesto Judicial 
 
VI. EXECUÇÃO 
126. Cumprimento de Sentença (Modelo 1) 
127. Cumprimento de Sentença (Modelo 2) 
128. Ação de Execução por Quantia Certa 
129. Ação de Execução de Taxas de Condomínio (Modelo 1) 
130. Ação de Execução de Taxas
de Condomínio (Modelo 2) 
131. Ação de Execução de Título Extrajudicial - Cheque 
132. Embargos à Execução (Modelo 1) 
133. Embargos à Execução (Modelo 2) 
134. Embargos à Execução (Modelo 3) 
135. Pedido de Parcelamento de Execução 
136. Embargos de Terceiro 
 
VII. AÇÃO RESCISÓRIA 
137. Ação Rescisória (Modelo 1) 
138. Ação Rescisória (Modelo 2) 
 
VIII. RECURSOS 
139. Recurso de Apelação (modelo 1) 
140. Recurso de Apelação (modelo 2) 
141. Contrarrazões de Apelação 
142. Agravo de Instrumento 
143. Agravo Interno 
144. Embargos de Declaração (modelo 1) 
145. Embargos de Declaração (modelo 2) 
146. Embargos de Declaração (modelo 3) 
147. Embargos de Declaração (modelo 4) 
148. Recurso Ordinário 
149. Recurso Especial 
150. Recurso Extraordinário 
151. Agravo em Recurso Especial 
152. Embargos de Divergência 
 
 
 
 
A Prática do Novo Código de Processo Civil – 1ª ed. Contemplar 2016. 
 
 
 
 
 
 
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio: eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem a devida autorização do Editor (Lei nº 9.610/98). 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. Procuração, Declaração, 
Justiça Gratuita, Intimação de 
Testemunha e Honorários 
Advocatícios 
 
 
 
 
 
 
A Prática do Novo Código de Processo Civil – 1ª ed. Contemplar 2016. 
 
 
 
 
 
 
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1. Petição Inicial – Procedimento Comum do NCPC 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO ____ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE _________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
_________ nome completo, estado civil ou existência de união estável, 
profissão, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro 
Nacional da Pessoa Jurídica, endereço eletrônico, residente e domiciliado na 
rua _____________, nº ___, bairro ________, cidade _____________, por 
intermédio de seu advogado que ao final subscreve (procuração em anexo), 
propor a presente 
AÇÃO DE __________________ 
Contra ____________ nome completo, estado civil ou existência de união 
estável, profissão, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, endereço eletrônico, residente e 
domiciliado na rua _____________, nº ___, bairro ________, cidade 
_____________, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
I - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
I.a) Gratuidade da justiça (art. 98 do CPC) 
I.b) Da opção na audiência de conciliação ou mediação (art. 319, VII do CPC) 
I.c) Prioridade do trâmite processual (art. 1.048 do CPC) 
 
II - DOS FATOS 
* Discorrer os fatos de maneira clara e objetiva, destacando elementos 
pontuais para a solução do litígio. 
 
III - DO PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA 
* Embasamento a partir do art. 292 do CPC, fazendo o panorama entre os fatos 
e a necessidade de concessão da tutela provisória quando houver elementos 
que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao 
 
 
 
 
A Prática do Novo Código de Processo Civil – 1ª ed. Contemplar 2016. 
 
 
 
 
 
 
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resultado útil do processo, a depender de cada caso. 
 
IV – DANO MORAL 
* Dependendo do caso, elencar os danos sofridos pela parte, com 
embasamento, dentre outros institutos, nos arts. 186, 187 e 927 do Código 
Civil. 
 
V – INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
* “Denota-se, da conjugação sistemática dos referidos dispositivos legais 
(artigo 373, § 1º e artigo 357 do NCPC), que a inversão do ônus da prova deve 
ocorrer na decisão de saneamento do feito, portanto, antes da realização das 
provas em audiência de instrução e julgamento, oportunizando, como 
consequência, que a parte agora incumbida do encargo probatório flexionado 
possa desobrigar-se deste ônus, produzindo a prova que lhe seja favorável, 
sob pena de perder a demanda em caso de não convencimento do julgador. O 
§ 1º do artigo 373, por conseguinte, passa a ser a base legal no regime jurídico 
processual brasileiro que autoriza a aplicação da teoria da inversão do ônus da 
prova em demandas não regulamentadas pelo Código de Defesa do 
Consumidor. 
Para sua incidência prática, entretanto, faz-se imprescindível a presença de 
certos requisitos legais, quais sejam: “impossibilidade ou excessiva dificuldade 
de cumprir o encargo nos termos estáticos ou maior facilidade de obtenção da 
prova do fato contrário”.1 
 
VI - DO PEDIDO 
Mediante a todo o exposto, requer: 
a) A Concessão da tutela provisória (urgência ou evidência), inaudita altera 
parte, requerendo a providência ________, a fim de (...); 
b) a procedência de todos os pedidos formulados nessa exordial para 
________ (...) (condenar, declarar, confirmar a tutela provisória); 
c) a citação do Réu nos termos do art. 246 do CPC para integrar a relação 
processual (art. 238 do CPC);2 
d) a concessão dos benefícios da justiça gratuita3; 
 
1
 RODRIGUES, Alessandro Carlo Meliso. in Novo CPC: Análise Doutrinária sobre o novo direito 
processual brasileiro. Coord. Alexandre Ávalo Santana & José de Andrade Neto. Vol. 2. 1ª ed. 
Campo Grande: Contemplar, 2016. 
2
 Embora o art. 319 do Novo CPC não tenha reproduzido o requisito expresso no art. 282, VII 
do CPC/73 que obrigava o autor a fazer requerimento de citação, entendemos perfeitamente 
possível requerê-la na forma prevista no art. 246 do CPC, ademais, o autor é o maior 
interessado na resolução efetiva da lide que tem como ato imprescindível a citação. 
 
 
 
 
A Prática do Novo Código de Processo Civil – 1ª ed. Contemplar 2016. 
 
 
 
 
 
 
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio: eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem a devida autorização do Editor (Lei nº 9.610/98). 
e) a opção ou não pela determinação designação de audiência de conciliação 
ou mediação de acordo com o art. 319, VII do CPC; 
f) a inversão do ônus da prova, levando em conta que (...)4; 
g) indenização do réu ao pagamento de danos morais, pois, o Autor está sendo 
________ (...) 
i) Condenar o Réu em custas processuais e honorários sucumbenciais; 
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos; 
Dá-se à causa o valor de R$ __________ (_________)5 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
3
 Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos 
para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à 
gratuidade da justiça, na forma da lei. 
4
 Como exposto, a matéria é tratada no parágrafo primeiro do artigo 373 do novo Código de 
Processo Civil. Consagra-se a inversão do ônus da prova subjetivo ao se admitir, diante das 
peculiaridades da causa, que o encargo da prova seja distribuído de modo diverso à regra 
estática prevista no caput. Assim, diante da presença dos requisitos legais, o ônus probatório 
dos fatos controvertidos será imputado caso a caso, flexibilizando-se a regra estática que 
determina a incumbência probatória do autor para os fatos constitutivos do
seu direito e ao réu 
para os fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. 
Para tanto, o artigo 357 do novo Código de Processo Civil determina que o juiz deverá, em 
decisão de saneamento e de organização do processo, entre outras coisas, definir a 
distribuição do ônus da prova, observado o artigo 373, e designar, se necessário, audiência de 
instrução e julgamento. RODRIGUES, Alessandro Carlo Meliso. in Novo CPC: Análise 
Doutrinária sobre o novo direito processual brasileiro. Coord. Alexandre Ávalo Santana & José 
de Andrade Neto. Vol. 2. 1ª ed. Campo Grande: Contemplar, 2016. 
5
 CPC. Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: I - na 
ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora 
vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; II - na ação 
que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a 
resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; III - na 
ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; IV - na ação 
de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto 
do pedido; V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; VI 
- na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de 
todos eles; VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; VIII - na ação 
em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. 
 
 
 
 
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2. Emenda à inicial 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE ______________________ 
 
 
 
 
 
 
Processo nº ________________________ 
 
 
 
__________________________________, já qualificado nos autos em 
epígrafe, através de seu procurador judicial, procuração anexo aos autos, vem 
à presença de Vossa Excelência, atendendo ao despacho de fls. 
_______________, apresentar EMENDA à inicial, em obediência ao despacho 
do D. Juízo de fls. ______ que determinou a emenda para que o autor 
especifique o pedido. 
 
 
*Especificar o pedido para atender ao respectivo juízo. 
Ex.: De acordo com o art. 319, VII do CPC, o Autor declara que não deseja a 
realização de audiência de conciliação/mediação, já que por inúmeras vezes 
houve tentativa de acordo que restaram infrutíferas. 
 
 
 
Diante do exposto requer a recepção desta emenda à inicial com vistas a 
atender o despacho de fls._______deste respectivo juízo e a renovação do 
pedido de citação do requerido para querendo, contestar a inicial, sob pena de 
revelia. 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
Local e data. 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio: eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem a devida autorização do Editor (Lei nº 9.610/98). 
3. Pedido de Reconsideração 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE ______________________ 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº ________________________ 
 
 
 
__________________, já qualificado nos autos em epígrafe, através de seu 
procurador judicial, procuração anexo aos autos, vem à presença de Vossa 
Excelência, inconformado com o despacho de fls. _____________, pedir 
RECONSIDERAÇÃO do mesmo, pelas seguintes razões: 
 
O despacho proferido aduz que .......(especificar as questões pertinentes e 
esclarecer os pontos que considera ilegais ou que fogem aos princípios 
consolidados no direito) 
 
 
Sendo assim, diante do exposto requer Reconsideração do mesmo, para que a 
parte não venha sofrer com as consequências geradas (...) 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
Local e data. 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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4. Especificação de Provas 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE ______________________ 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº ________________ 
 
 
 
_____________, já qualificado nos autos em epígrafe, em que _________, 
também devidamente qualificado, através de seu procurador judicial, 
procuração anexo aos autos, vem respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, em atendimento ao despacho proferido de fls. __/__, apresentar 
especificação de provas. 
 
a) depoimento pessoal da requerida; 
b) prova testemunhal conforme rol apresentado anteriormente, a fim de 
comprovar (...) 
c) provas documentais juntadas nos autos e as que porventura surgirem; 
d) prova pericial a fim de comprar a (...) 
 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado – OAB 
 
 
 
 
 
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5. Arbitramento de Honorários Advocatícios 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE_____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________, casado, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do 
Brasil, Seção de___________, sob o nº.________, portador do RG nº 
__________, CPF__________, e-mail, residente e domiciliado na rua 
_________, nº_____, bairro __________, cidade __________, onde receberá 
as intimações, em causa própria, vem, respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, propor AÇÃO DE ARBITRAMENTO DE HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS, em face de _______________, pessoa jurídica de direito 
privado, inscrita no CNPJ sob o nº____________, e-mail, com sede na 
rua____________, nº_____, cidade _________, pelos razões de fato e de 
direito a seguir expostas: 
 
 
I. DOS FATOS 
 
O Autor firmou com o Réu contrato de prestação de serviços advocatícios em 
15 de março do presente ano de _______, com o valor avençado de R$ _____ 
(_____________) a ser pago até o dia _____ de ______ de 
_____________________, no qual necessitou de prestação urgente por parte 
do causídico, sob pena de ter precluído seu direito conforme cópias anexas 
nessa exordial. 
 
Com o trabalho realizado no dia 23 de março, conforme protocolo apresentado, 
o Réu de maneira displicente deixou de efetuar o pagamento acordado, 
gerando prejuízos para o Autor, e, mesmo após, inúmeras ligações, o mesmo 
disse que estaria providenciando o mais rápido possível os pagamentos. 
 
 
 
 
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Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio: eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico,
sem a devida autorização do Editor (Lei nº 9.610/98). 
 
Diante disso, não restou outra alternativa para o Autor, a não ser a de propor a 
presente demanda. 
 
 
II. DO DIREITO 
 
O contrato estabelecido entre as partes tem validade e expressa a livre vontade 
de ser pactuado o negócio jurídico. 
 
Além disso, o trabalho realizado mediante procuração já demonstra a relação 
jurídica entre as partes, tendo caráter alimentício. 
 
Os valores entabulados pelas partes é justo e foi baseado na tabela estipulada 
pela OAB seccional, de acordo como Estatuto da Advocacia. 
 
A jurisprudência segue o mesmo entendimento: 
 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. EXAME DE DISPOSITIVOS 
CONSTITUCIONAIS. INVIABILIDADE. AÇÃO DE COBRANÇA. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. CONTRATO VERBAL. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
COMPROVADA. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 7/STJ. 
PRINCÍPIO DO NÃO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 
83 DO STJ. 1. Não cabe ao Superior Tribunal de Justiça examinar na via 
especial suposta violação a dispositivos constitucionais, sob pena de 
usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal. 2. A alteração das 
conclusões adotadas pela Corte de origem, no sentido de que restou 
comprovada a prestação de serviços ao Município, consideradas as 
peculiaridades do caso concreto, exigiria novo exame do acervo fático-
probatório constante dos autos, providência vedada em sede de recurso 
especial, ante o óbice da Súmula 7 desta Corte. 3. Nos termos da 
jurisprudência desta Corte, demonstrada a efetiva realização do objeto 
contratado, não pode a Administração se locupletar indevidamente, devendo 
indenizar o particular pelos serviços prestados. 4. Agravo regimental improvido. 
(STJ - AgRg no AREsp: 656215 MG 2015/0028152-0, Relator: Ministro 
SÉRGIO KUKINA, Data de Julgamento: 19/03/2015, T1 - PRIMEIRA TURMA, 
Data de Publicação: DJe 26/03/2015) 
 
Sendo assim, com todo o labor do patrono do Réu são devidos os honorários 
ao Autor, devendo ser pago prontamente pelo Réu. 
 
 
 
 
 
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III. DA OPÇÃO DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE 
CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO 
 
De acordo com o art. 319, VII do CPC, o Autor declara que não deseja a 
realização de audiência de conciliação/mediação, já que por inúmeras vezes 
houve tentativa de acordo que restaram infrutíferas. 
 
 
IV - DO PEDIDO 
 
Mediante os fatos mencionados, requer: 
 
a) sejam julgados procedentes os pedidos formulados nessa exordial, 
ratificando a relação contratual do trabalho advocatício, condenando o Réu a 
pagar o valor de R$ ________ (_______________) devidamente atualizados; 
 
b) sejam arbitrados os honorários advocatícios subsidiariamente em 
consonância ao trabalho profissional realizado; 
 
c) seja o réu condenado em custas e honorários advocatícios sucumbenciais, 
arbitrados em 20% sobre o valor da condenação. 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$ _____ (________) 
 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado-OAB 
 
 
 
 
 
 
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6. Procuração com cláusula ad judicia et extra 
 
PROCURAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outorgante: 
_______________, brasileiro, casado, profissão, portador do RG nº _________ 
SSP/___, CPF nº _____________, residente e domiciliado na rua 
____________, nº ____, bairro _________, cidade ________ 
 
 
 
Outorgados: 
_______________, advogado inscrito na OAB/___ sob o nº _______, com 
escritório profissional na rua ____________, nº ____, bairro _________, cidade 
________ 
 
 
 
Poderes: 
 
Pelo presente instrumento de procuração, nomeia e constitui seu bastante 
procurador suprarreferido, a quem confere amplos e ilimitados poderes, para o 
foro em geral, inclusive com a cláusula “ad judicia et extra”, a fim de que 
possam defender os interesses e direitos da outorgante, perante qualquer 
Juízo, Instância ou Tribunal, repartição pública, autarquia ou entidade 
paraestatal, instituição financeira pública ou privada, propondo ação 
competente em que a outorgante seja parte interessada, podendo requerer 
documentos, receber citação e intimações, fazer notificações judiciais e 
extrajudiciais, retirar documentos e prontuários médicos, reclamar, requerer 
justiça gratuita, conciliar, desistir, renunciar direitos, transigir, recorrer, levantar 
alvarás, dar quitação, firmar compromissos, prestar declarações, enfim, praticar 
todos os atos necessários para o bom e fiel desempenho deste mandato, 
especialmente para proceder ___________________ (...) 
 
Local e data. 
 
Ass. do Outorgante 
 
 
 
 
 
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7. Contrato de Honorários Advocatícios 
CONTRATO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
Contratante: _______________, brasileiro, casado, profissão, portador do RG 
nº _________ SSP/___, CPF nº _____________, residente e domiciliado na 
rua ____________, nº ____, bairro _________, cidade ________. 
 
Contratado: _______________, advogado inscrito na OAB/___ sob o nº 
_______, com escritório profissional na rua ____________, nº ____, bairro 
_________, cidade ________. 
 
As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado o presente 
Contrato de Honorários Advocatícios, com fulcro no artigo 22 da Lei nº 
8.906/94, que se regerá pelas cláusulas seguintes e pelas condições descritas 
no presente. 
 
DO OBJETO CONTRATUAL 
O presente instrumento tem como objeto a prestação de serviços advocatícios, 
para ________________________________, devendo os Contratados 
cumprirem fielmente o mandato recebido ____________(...) 
 
Quanto às atividades inclusas na prestação de serviços objeto deste contrato 
estão 
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
DAS DESPESAS E COBRANÇA 
 
 
 
 
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A Contratante declara o recebimento de orientação jurídica prévia para a 
consecução dos serviços ___________________________ (...) 
A cobrança dos honorários se dará com a realização de 
_______________________________________________________________
______________________________(...) 
 
DOS HONORÁRIOS 
Os honorários advocatícios ficam estabelecidos entre as partes na totalização 
de R$ _________ (_____________), devendo ser pagos 
____________________. 
Havendo composição amigável, os honorários poderão ser reduzidos a ____% 
(____
por cento) sobre o valor recebido pela Contratante. 
Quanto aos honorários sucumbenciais, ficaram exclusivamente por conta da 
Contratada. 
 
Se houver morte ou incapacidade civil do Contratado, serão devidos os 
honorários na proporção trabalhada aos seus representantes legais e 
sucessores. 
 
DAS PENALIDADES 
As partes acordam que se houver atraso no pagamento dos honorários 
estipulados, serão cobrados juros de mora na proporção de 1% (um por cento) 
ao mês, multa e correção monetária, regido pelo ___________(...) 
 
DA RESCISÃO 
Constatando-se a ação dolosa ou culposa _________ restará facultado a esta 
a rescisão contratual ______________________________ (...) 
 
DO FORO 
Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em 
duas vias de igual teor (...) 
 
 
 
 
 
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Para dirimir dúvidas ou resolver quaisquer controvérsias decorrentes deste 
instrumento contratual, as partes elegem o foro da Comarca de 
_____________________. 
Local e data. 
 
Contratante Contratado 
___________________ ___________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Declaração de Hipossuficiência Econômica 
 
DECLARAÇÃO 
 
 
 
Eu, ________________________, brasileiro, estado civil, profissão, portador 
do RG nº _________ SSP/___, e CPF nº ______________, residente e 
domiciliada na rua __________________, nº ____, bairro _____________, 
cidade __________, CEP ______-____, DECLARO, para os devidos fins de 
direito, que não tenho condições de arcar com as custas, as despesas 
processuais e os honorários advocatícios, sem que isso represente prejuízo do 
sustento pessoal e familiar. 
 
Por ser a expressão da verdade, firmo a presente. 
 
Local e data. 
 
Assinatura 
 
 
 
 
 
 
 
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9. Intimação para Comparecimento em Audiência 
 
 
 
 
 
ESCRITÓRIA DE ADVOCACIA __________________________ 
 
 
INTIMAÇÃO PARA COMPARECIMENTO EM AUDIÊNCIA 
 
 
 
Processo nº___________________________ 
___ª Vara Cível da Comarca de ___________ 
Requerente:___________________________ 
Requerido: ____________________________ 
 
 
 
 
 
 
Ao Senhor, 
_________________ (nome completo) 
Rua __________, nº ___, complemento ____, bairro ________, 
CEP __________. Cidade - UF 
 
 
 
(Dr. _________, inscrito na OAB/UF sob o nº ____, na qualidade de 
procurador/patrono do Requerente ______________, no processo em epígrafe, 
que move contra ___________________, serve da presente para nos termos 
do art. 455, § 1º do Código de Processo Civil, INTIMAR V. Sa. a comparecer, 
na qualidade de testemunha, à audiência que será realizada no dia 
___/____/_____, às 15:00hs, na ___ª Vara Cível da Comarca de ___________, 
localizada rua __________________, nº ____, bairro _____________, cidade 
__________, CEP ______-____. 
 
Neste ato declara ciência que deve comparecer com 30 (trinta) 
minutos de antecedência na referida audiência, visando a não atrasar o 
andamento do processo. 
 
Mario
Caixa de texto
ESCRITÓRIO
 
 
 
 
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ADVERTÊNCIA: Cumpre informar nos termos do art. 455, § 5º do Código de 
Processo Civil que caso V. Sa. não compareça sem motivo justificado SERÁ 
CONDUZIDA E RESPONDERÁ PELAS DESPESAS DO ADIAMENTO. 
 
 
Local e data. 
 
Advogado-OAB 
 
_____________________ 
Ass. testemunha 
 
 
 
 
 
 
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II. Ações de Indenização, Danos 
Morais, Obrigação de Fazer e 
Não Fazer, Revisional e 
Anulatórias 
 
 
 
 
 
 
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10. Ação de Dano Moral – Inclusão Indevida no SERASA 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
DA COMARCA DE ____________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n. 00000, 
estabelecida na Avenida ___, nesta cidade e comarca, endereço eletrônico, por 
sua advogada, infra-assinada, com o devido respeito e acatamento, vem à 
presença de V.Exa. para, nos termos do art. 5º, V e X, da Constituição Federal 
c/c Lei nº 9.099/95 e art. 186 do Código Civil, propor a presente 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL, 
em desfavor do BANCO ____ S/A., agência 0000-0, estabelecida na Avenida 
____, nessa, na pessoa de seu representante legal, pelos motivos de fato e de 
direito a seguir expostos. 
 
1. DOS FATOS 
A empresa Requerente é cliente correntista dessa Instituição Bancária, ora 
empresa Requerida desde o ano de 2004 e sempre honrou com seus 
compromissos financeiros. 
Porém em data de 17/01/2006 foi surpreendido por uma Notificação do Cartório 
de 2º de Ofício dessa cidade (doc. em anexo), o qual intimava o representante 
legal da empresa Requerente a comparecer no prazo de 03 dias úteis para 
pagamento de duplicata mercantil de n. ______, no valor de R$ _______ 
(novecentos e dois reais e vinte e seis centavos), devidos à empresa 
____________. Tendo como apresentante da presente duplicata o Banco 
_____ S/A. 
O representante da empresa Requerente, Sr. ____, recebendo a presente 
notificação cartorária, procedeu busca em seus arquivos e CONSTATOU que 
havia pagado a referente Duplicata em ____________, ou seja, 04 dias antes 
do cartório notificar a Requerente. 
De posse da Duplicata devidamente quitada, ligou para a empresa cedente, 
estabelecida em São Paulo, para informar o dito pagamento. 
Conforme fax em anexo o representante da empresa Cedente providenciou o 
 
 
 
 
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envio de dados à empresa Requerente com dados informativos do pagamento 
da dita duplicata
na data de 123/01/2006. 
Assim o representante da Requerente apresentou tal doc. tanto ao Cartório 
quanto ao Banco _____, que afirmou que estava tudo certo e encerrado e que 
procederiam ao levantamento do protesto, bem como a retirada da negativação 
do nome da Requerente do cadastro do SERASA, tudo no prazo máximo de 24 
horas. 
O Requerente confiante na honestidade da atendente do Banco _____, Sra. 
____, acreditou que tudo estava solucionado, porém em data de 15/03/_____, 
foi surpreendido ao não conseguir retirar um financiamento (BB GIRO), no 
próprio Banco _____, por estar incluso no cadastro do SERASA. 
A mesma atendente da agência bancária, ora Requerida, Sra. ____ detectou 
que não haviam dado a baixa do nome da Requerente no Cadastro do 
SERASA, referente à supra citada Duplicata. 
Com isso a empresa Requerente permaneceu por mais de 60 (sessenta) dias 
negativada junto ao SERASA, indevidamente, pois nada devia ou deve. 
Desta forma, por NEGLIGÊNCIA, a Requerida prejudicou a empresa 
Requerente, deixando público à inadimplência dessa, sem haver 
verdadeiramente nenhum débito em desfavor da mesma. 
A Requerida CULPOSAMENTE não preservou o nome de seu próprio cliente; 
deixando por total desleixo e maus procedimentos internos ser injusta e ilegal a 
empresa Requerida punida com a inscrição de seu nome no rol dos “caloteiros” 
e “maus pagadores”. 
Em consequência de todas essas atribulações, a empresa Requerente sofreu e 
muito, posto que no período em que estava negativada junto ao SERASA teve 
diversos cadastros renegados em muitas empresas distribuidoras dos produtos 
automotivos que a mesma revende e não sabia o porquê. E ficou indignado 
com o menosprezo com que lhe tratou o banco Requerido. 
 
2. DO DIREITO 
Assim, pelo evidente dano moral que provocou o banco Requerido, é de impor-
se a devida e necessária condenação, com arbitramento de indenização ao 
Requerente, que experimentou o amargo sabor de ter o “nome sujo” sem 
causa, sem motivo, de forma injusta e ilegal. Trata-se de uma “lesão que atinge 
valores físicos e espirituais, a honra, nossas ideologias, a paz íntima, a vida 
nos seus múltiplos aspectos, a personalidade da pessoa, enfim, aquela que 
afeta de forma profunda não os bens patrimoniais, mas que causa fissuras no 
âmago do ser, perturbando-lhe a paz de que todos nós necessitamos para nos 
conduzir de forma equilibrada nos tortuosos caminhos da existência.”, como 
bem define CLAYTON REIS (Avaliação do Dano Moral, 1998, ed. Forense). 
E a obrigatoriedade de reparar o dano moral está consagrada na Constituição 
Federal, precisamente em seu art. 5º, onde a todo cidadão é “assegurado o 
direito de resposta, proporcionalmente ao agravo, além de indenização por 
dano material, moral ou à imagem” (inc. V) e também pelo seu inc. X, onde: 
são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
 
 
 
 
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assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação.” 
Tendo em vista que a inscrição indevida do nome da empresa Requerente no 
SERASA e SCPC caracteriza ato ilícito, também caberia o dever de reparar, 
agora com base no art. 186 do Código Civil. E essa reparação, consisti na 
fixação de um valor que fosse capaz de desencorajar o ofensor ao 
cometimento de novos atentados contra o patrimônio moral das pessoas. 
E o dano é patente! JOÃO ROBERTO PARIZATTO (Dano Moral, 1998, ed. 
Edipa, pg. 10 e sgts.), com relação ao protesto indevido, isto é sem causa, 
conclui que “ocorrerá um dano à pessoa física ou jurídica, afetando seu bom 
nome, sua reputação, sua moral, posto que com o protesto haja comunicação 
ao SERASA, ficando o protestado impedido de realizar transações de natureza 
comercial e bancária. Realizado o protesto, tal ato traz consequências 
negativas ao crédito e à idoneidade da pessoa que fica impedida de contrair 
empréstimos bancários, financiamentos habitacionais etc.”. 
A seu turno, YUSSEF SAID CAHALI, (Dano Moral, 2ª ed., 1998, ed. RT, pg. 
366 e sgts.), ao tratar do protesto indevido, é da seguinte opinião: “sobrevindo, 
em razão do ilícito ou indevido protesto de título, perturbação nas relações 
psíquicas, na tranquilidade, nos sentimentos e nos afetos de uma pessoa, 
configura-se o dano moral puro, passível de ser indenizado; o protesto indevido 
de título, quando já quitada a dívida, causa injusta agressão à honra, 
consubstanciada em descrédito na praça, cabendo indenização por dano 
moral, assegurada pelo art. 5º, X, da Constituição”, e que “o protesto indevido 
de título macula a honra da pessoa, sujeitando-a sérios constrangimentos e 
contratempos, inclusive para proceder ao cancelamento dos títulos 
protestados, o que representaria uma forma de sofrimento psíquico, causando-
lhe ainda uma ansiedade que lhe retira a tranquilidade; em síntese, com o 
protesto indevido ou ilícito do título de crédito, são molestados direitos 
inerentes à personalidade, atributos imateriais e ideais, expondo a pessoa à 
degradação de sua reputação, de sua credibilidade, de sua confiança, de seu 
conceito, de sua idoneidade, de sua pontualidade e de seriedade no trato de 
seus negócios privados.” 
Da mesma forma, o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) 
também prevê o dever de reparação, posto que ao enunciar os direitos do 
consumidor, em seu art. 6º, traz, dentre outros, o direito de “a efetiva 
prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e 
difusos” (inc. VI) e “o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com 
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos ou difusos, assegurada à proteção jurídica, administrativa e técnica 
aos necessitados” (inc. VII). 
Vê-se, desde logo, que a própria lei já prevê a possibilidade de reparação de 
danos morais decorrentes do sofrimento, do constrangimento, da situação 
vexatória, do desconforto em que se encontra a autora. 
“Na verdade, prevalece o entendimento de que o dano moral dispensa prova 
em concreto, tratando-se de presunção absoluta, não sendo, outrossim, 
necessária a prova do dano patrimonial” (CARLOS ALBERTO BITTAR, 
Reparação Civil por Danos Morais, ed. RT, 1993, pág. 204). 
 
 
 
 
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E na aferição do quantum indenizatório, CLAYTON REIS (Avaliação do Dano 
Moral, 1998, Forense), em suas conclusões, assevera que deve ser levado em 
conta o grau de compreensão das pessoas sobre os seus direitos e 
obrigações, pois “quanto maior, maior será a sua responsabilidade no 
cometimento de atos ilícitos e, por dedução lógica, maior será o grau de 
apenamento quando ele romper com o equilíbrio necessário na condução de 
sua vida social”. Continua, dizendo que “dentro do preceito do in dubio pro 
creditori consubstanciada na norma do art. 948 do Código Civil Brasileiro, o 
importante é que o lesado, a principal parte do processo indenizatório seja 
integralmente satisfeito, de forma que a compensação corresponda ao seu 
direito maculado pela ação lesiva.” 
Isso leva à conclusão de que diante da disparidade do poder econômico 
existente entre banco Requerido e a empresa Requerente, e tendo em vista o 
gravame produzido à honra da Requerente e considerado que esta sempre 
agiu honesta e diligentemente,
pagando suas dívidas e procurando evitar - a 
todo custo!!! - que seu nome fosse indevidamente levado a protesto, mister se 
faz que o quantum indenizatório corresponda a uma cifra cujo montante seja 
capaz de trazer o devido apenamento ao banco Requerente, e de persuadi-lo a 
nunca mais deixar que ocorram tamanhos desmandos contra as pessoas que, 
na qualidade de consumidores, investem seu dinheiro e se relacionam com o 
banco. 
E, ressalve-se, a importância da indenização vai além do caso concreto, posto 
que a sentença tem alcance muito elevada, na medida em que traz 
consequências ao direito e toda sociedade. Por isso, deve haver a 
correspondente e necessária exacerbação do quantum da indenização tendo 
em vista a gravidade da ofensa à honra da autora; os efeitos sancionadores da 
sentença só produzirão seus efeitos e alcançarão sua finalidade se esse 
quantum for suficientemente alto a ponto de apenar o banco-réu e assim coibir 
que outros casos semelhantes aconteçam. 
MARIA HELENA DINIZ (Curso de Direito Civil Brasileiro, 7º vol., 9ª ed., 
Saraiva), ao tratar do dano moral, ressalva que a REPARAÇÃO tem sua dupla 
função, a penal “constituindo uma sanção imposta ao ofensor, visando à 
diminuição de seu patrimônio, pela indenização paga ao ofendido, visto que o 
bem jurídico da pessoa (integridade física, moral e intelectual) não poderá ser 
violado impunemente”, e a função satisfatória ou compensatória, pois “como o 
dano moral constitui um menoscabo a interesses jurídicos extra patrimoniais, 
provocando sentimentos que não têm preço, a reparação pecuniária visa 
proporcionar ao prejudicado uma satisfação que atenue a ofensa causada.” 
Daí, a necessidade de observarem-se as condições e ambas as partes. 
O Ministro Oscar Correa, em acórdão do STF (RTJ 108/287), ao falar sobre 
dano moral, bem salientou que “não se trata de pecúnia doloris, ou pretium 
doloris, que se não pode avaliar e pagar; mas satisfação de ordem moral, que 
não ressarce prejuízo e danos e abalos e tribulações irreversíveis, mas 
representa a consagração e o reconhecimento pelo direito, do valor da 
importância desse bem, que é a consideração moral, que se deve proteger 
tanto quanto, senão mais do que os bens materiais e interesses que a lei 
protege.” Disso resulta que a toda injusta ofensa à moral deve existir a devida 
reparação. 
 
 
 
 
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Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio: eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem a devida autorização do Editor (Lei nº 9.610/98). 
A jurisprudência dos Tribunais é dominante no sentido do dever de reparação 
por dano moral, em especial nos casos de protesto indevido, destacando-se 
dentre muitos, os seguintes: 
BANCO. Responsabilidade civil. Registro indevido do nome do correntista na 
central de restrições de órgão de proteção ao crédito. Ato ilícito absoluto. Dano 
Moral caracterizado. Indenização devida. INDENIZAÇÃO. Dano Moral. 
Arbitramento mediante estimativa prudencial que leva em conta a necessidade 
de satisfazer a dor da vítima e dissuadir de novo atentado o autor da ofensa. 
Responde, a título de ato ilícito absoluto, pelo dano moral consequente, o 
estabelecimento bancário que, por erro culposo, provoca registro indevido do 
nome de cliente em central de restrições de órgão de proteção ao crédito. 
(TJSP, unânime, Ap. 198.945-1/7, 2ª C., j. 21.12.93, rel. Juiz Cezar Peluso, RT 
706/67). No mesmo sentido: ApCiv 056.443-4/0, 3ª Câm. Direito Privado TJSP, 
unânime, j. 02.09.1997, rel. Des. Ênio Santarelli Zuliani, RT 747/267; Ap. 
710.728-0-SP, 9ª Câm. Extraordinária “A” 1º TACivSP, unânime, j. 18.11.1997, 
rel. Juiz Armindo Freire Marmora; Ap. 669.657-5-SP, 7ª Câm. Extraordinária 1º 
TACivSP, unânime, j. 23.06.1997, rel. Juiz Sebastião Alves Junqueira; Ap. 
719.878-1-SP, 2ª Câm. Extraordinária “B” 1º TACivSP, unânime, j. 17.06.1997, 
rel. Juiz Marcos Zanuzzi; Ap. 724.606-8-SP, 8ª Câm. Extraordinária “A” 1º 
TACivSP, unânime, j. 05.11.1997, rel. Juiz José Araldo da Costa Telles. 
RESPONSABILIDADE CIVIL - Perdas e danos morais - Apontamento indevido 
de débitos, pelo Banco, enviando o nome do acionante ao SPC e ao SERASA - 
Situação que provocou restrições indevidas ao autor, vulneradoras do seu 
direito de crédito, financiamento, reputação e honra-dignidade, frente à 
situação constrangedora criada por erro do banco - Dano moral configurado - 
Presunção absoluta, dispensando prova em contrário - Desnecessidade de 
prova de dano patrimonial - Ação procedente - Juros moratórios devidos, à taxa 
de 6% ao ano a partir da citação e elevação da verba honorária justificada, a 
15% sobre o valor da condenação corrigida - Recurso do autor parcialmente 
provido, restando improvido o interposto pelo réu. (Apelação n. 710.728-0 - São 
Paulo - 9ª Câmara Extraordinária “A” DO 1º TACivSP - unânime - j. 18/11/1997 
- Rel. Juiz Armindo Freire Mármora.). 
INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Dano moral - Protesto cambiário 
indevido - Desnecessidade de provar a existência de dano patrimonial - Verba 
devida - Artigo 5º, inciso X da Constituição da República - Recurso provido.” 
("RJTJESP”, Lex, 134/151, Rel. Des. Cezar Peluso, no qual é citado aresto do 
Colendo Supremo Tribunal Federal, na “RTJ” 115/1.383-1.386, do qual consta 
que: “não se trata de pecunia doloris ou pretium doloris, que se não pode 
avaliar e pagar, mas satisfação de ordem moral, que não ressarci prejuízos e 
danos e abalos e tribulações irressarcíveis, mas representa a consagração e o 
reconhecimento, pelo direito, do valor e importância desse bem, que se deve 
proteger tanto quanto, senão mais do que os bens materiais e interesses que a 
lei protege"). 
INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Estabelecimento bancário - Dano 
moral - Ocorrência - Cheque indevidamente devolvido - Desnecessidade de 
comprovação do reflexo material - Recusa, ademais, em fornecer carta de 
retratação - Verba devida - artigo 5º, inciso X, da Constituição da República - 
Recurso provido.” ("RJTJESP”, Lex, 123/159, Rel. Des. José Osório). 
 
 
 
 
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INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Dano moral - Banco - Devolução de 
cheques de correntista, objeto de furto, por falta de fundos, com inclusão de 
seu nome no cadastro do Banco Central - Negligência da instituição financeira 
evidenciada - Inexigibilidade para o ajuizamento da prova de qualquer prejuízo 
- artigo 5º, inciso X, da Constituição da República - Elevação da verba de dez 
para cem vezes os valores dos títulos, tal como pedido pelo autor - Recurso 
provido.” ("JTJ”, Lex, 168/98, Rel. Des. Carlos de Carvalho). 
INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Dano moral - Cadastramento do 
nome do autor no Serviço de Proteção ao Crédito - Pendência de ação por 
aquele ajuizada contra o réu - Indenização devida - artigo 5º, inciso X, da 
Constituição da República - Recurso provido para esse fim. A sensação de ser 
humilhado, de ser visto como ´mau pagador´, quando não se é, constitui 
violação do patrimônio ideal que é a imagem idônea, a dignidade do nome, a 
virtude de ser honesto. ("JTJ”, Lex, 176/77, Rel. Des. Ruy Camilo). 
Diante do exposto acima, a empresa Requerente requer a condenação do 
banco Requerido no dever de indenizar pelos danos morais que provocou com 
a inserção indevida do nome da empresa requerente nos sistemas SERASA e 
SCPC e ainda encaminhar tal título para o Cartório onde fica expostos a toda a 
sociedade. 
Com relação ao quantum indenizatório a autora
requer a apuração por 
arbitramento de V.Exa., observados a honestidade da empresa Requerente 
que mantém sua vida financeira em dia. Com isso causando grave dano moral 
com a inscrição indevida no SERASA e SCPC, visto que desde a data de 
18/01/2006 tanto a empresa Requerida quanto à empresa cedente informaram 
mais uma vez o pagamento de tal duplicata a Requerida que não providenciou 
as baixas necessárias. Sentiu-se o representante da Requerente em situação 
vexaminosa, constrangedora, que lhe tira a paz da alma e o sossego e que lhe 
mancha a honra de forma cruel. 
Outrossim, deve-se levar em conta, ainda, o poder econômico do banco 
Requerido e o fato de que a função sancionadora que a indenização por dano 
moral busca, só surtirá algum efeito se atingir sensivelmente o patrimônio do 
banco Requerido, de forma que o coíba a deixar que a desorganização 
prejudique toda a coletividade que com ele mantém relação de consumo. 
Isto esta presente na farta jurisprudência dos Tribunais, especialmente nas 
decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo, nos autos da apelação 142.932-
1/3, da 2º Câmara, julgado 21.05.1991, votação unânime, relator 
Desembargador Urbano Ruiz (RT 675/100) e na decisão do Tribunal de Justiça 
do Rio Grande do Sul, nos autos da apelação 596.210.849, da 5ª Câmara, 
julgado 21.11.1996, votação unânime, relator Desembargador Araken de Assis 
(RT 738/402). 
 
3. DO PEDIDO 
Ante a tudo o que foi exposto, requer: 
a. a citação do referido banco, na pessoa de seu representante legal para, 
querendo, apresentar resposta a presente ação no prazo legal. 
b. nos termos do art. 5º da Constituição Federal, a condenação do banco-réu 
 
 
 
 
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no pagamento de verba indenizatória por dano moral causado à autora; 
c. a condenação do banco-réu no pagamento de todas as despesas 
processuais e em honorários advocatícios na base de 20% (vinte por cento); 
d. ofício ao SERASA e SPC para que enviem a esse Juízo extrato a fim de se 
comprovar a quantidade de dias que o nome da Requerente ficou negativada 
bem como lá constará que foi o autor da negativação, sendo peça 
comprobatória farta; 
O Autor declara a opção de realização de audiência de conciliação/mediação, 
de acordo com o art. 319, VII do CPC. 
A Requerente pretende provar o alegado por todos os meios em direito 
permitidos, sem exclusão de nenhum, e em especial pela juntada de 
documentos e depoimento das partes e de testemunhas, caso necessário. 
Dá-se à causa o valor de R$ ___________ (___________). 
 
Termos em que, 
Pede e espera Deferimento. 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
 
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11. Ação de danos morais e danos materiais contra instituição bancária 
por indevida entrega de talão de cheques para terceiros 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE ________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autos nº.../... 
 
______________, brasileiro, solteiro, profissão, portador da carteira de 
identidade RG nº ____________, inscrito no CPF nº ___________, e-mail, 
residente e domiciliado na rua _____________, nº ______, neste ato 
representado por seu procurador que ao final subscreve, vem, respeitosamente 
perante Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS 
contra o Banco _____________, pessoa jurídica de direito privado, agência 
____, central da Comarca de _________, situado na Av ___________, nº 
____, bairro _________, CEP ________, a ser citado por via postal, para o que 
vem aduzir e demonstrar o seguinte: 
1. A autora é cliente do réu, em conta conjunta com seu filho...., sob nº.... 
Em meados de.... de.... o réu entregou talonário de cheques da conta da autora 
para terceira pessoa, por puro engano, sem qualquer autorização dela ou de 
seu filho, também titular da mesma conta. 
Emitidos diversos cheques, alguns deles foram devolvidos por falta de fundos, 
sem qualquer restrição do banco sacado quanto à indevida entrega a terceira 
pessoa. 
Esses fatos causaram transtornos e preocupações à autora, que chegou a 
receber cobranças de tais cheques que não emitiu, eis que sempre foi, e é, 
pessoa que pautou sua vida dentro da maior lisura e, dada sua maneira de ver 
as coisas, chegou até a ficar doente com essa situação de incúria do réu. 
Feita reclamação verbal ao réu, recebeu a autora notícia de que as folhas 
restantes do talonário mal entregue seriam recolhidas de pronto, e sanados os 
problemas gerados com esse procedimento. 
 
 
 
 
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2. Como se isso não bastasse, em...., a autora foi retirar talonário de cheques 
no Banco...., onde também mantém conta, visto ser pensionista, viúva de 
professor do Estado, e informaram-lhe que sua conta corrente naquele 
estabelecimento havia sido encerrada, em razão de ter sido a autora incluída, 
pelo réu, no cadastro de contas encerradas. 
Por esse fato, nessa ocasião o.... negou-se a entregar o talonário de cheques à 
autora em face do obrigatório encerramento de sua conta em todos os bancos 
em que fosse cliente. 
Foi outra situação vexatória enfrentada pela autora, considerada como se fosse 
contumaz emitente de cheques sem fundos - o que constitui crime de 
estelionato - causando constrangimento facilmente imaginável nessas 
situações para uma pessoa honesta e sempre cumpridora de suas obrigações. 
3. Após várias reclamações verbais infrutíferas, no dia.... de.... de...., a autora 
dirigiu ao réu carta - cópia anexa - onde, resumindo os fatos narrados, concluiu: 
“Considerando que não tivemos qualquer participação nessa situação - senão 
sofrendo os transtornos que isso causa, com reflexos inclusive nos negócios de 
meu filho, que é comerciante, pedimos encarecidamente a V.S. que, de 
imediato, providencie tudo o que for necessário para que possamos livremente 
movimentar nossas contas bancárias em qualquer banco, inclusive retirar 
talões de cheques.” 
 
4. Após, em data de.... de.... de...., o banco réu emitiu carta levada à outra 
instituição financeira,...., dizendo que a autora “deu entrada no processo de 
Reabertura de Conta Corrente em nossa Agência”. 
Esse fato é agravante das anteriores atitudes do réu, eis que esse documento 
referiu-se à autora como se ela tivesse dado motivos ao encerramento de sua 
conta, ao noticiar que ela “deu entrada no processo de reabertura...”, ao invés 
de noticiar veridicamente os fatos, isto é, que a conta da autora fora reaberta 
em razão de erro cometido pelo réu quando do comando de fechamento da 
conta da autora. 
5. Todos esses acontecimentos feriram gravemente a própria dignidade da 
pessoa da autora, pessoa acostumada a honrar todos os seus compromissos, 
jamais tendo tido em toda sua vida qualquer problema de ordem creditícia, sem 
nunca ter sido protestada ou sofrido cobrança judicial. 
A dignidade e a honra de qualquer pessoa são
bens personalíssimos que 
merecem o máximo respeito por todos, pelo que a ofensa sofrida, ainda que 
por mera culpa, há de ser reparada com a devida indenização pelo dano 
provocado. 
 
O DIREITO À INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL 
Em dois momentos do art. 5º, da CF, há previsão expressa de possibilidade de 
indenização pelo dano moral: 
a) no inciso V, ao tratar do direito de resposta e direito à própria imagem; 
b) no inciso X, que cuida do direito à privacidade e à honra. 
 
 
 
 
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Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio: eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem a devida autorização do Editor (Lei nº 9.610/98). 
Em ambos os casos prevê-se a possibilidade de indenização decorrente de 
dano moral. 
Toda pessoa tem um patrimônio jurídico, constituído por seus bens materiais e 
morais. 
Estes, constituem-se de todos os atributos físicos ou imateriais inerentes à 
pessoa, aqui incluídos seus dotes artístico-culturais-intelectuais, sua honra, sua 
própria imagem, seu direito de ter paz e privacidade. 
E a ofensa a qualquer desses direitos constitui o que se convencionou chamar 
dano moral, hoje indenizável, em face dos preceitos constitucionais supra. 
Na fixação, hão de ser consideradas as condições especiais e pessoais do 
ofendido e do ofensor, eis que esse dano, em si, não é mensurável. A obra 
clássica de Wilson Melo da Silva, “Dano Moral e sua Reparação”, Forense, 3ª 
ed., 1983, p. 663: 
“A gravidade do dano moral proveniente da injúria, por exemplo, variaria de 
conformidade com o grupo social do ofendido e do ofensor.” 
 
E, exemplificando, na p. 666: 
“O magistrado, como tal, quando injustamente atacado em sua honra, sofreria, 
evidentemente, maior dano moral que o comum dos homens públicos ou 
políticos, acostumados às cotidianas ver rias dos adversários e às críticas, não 
raro injuriosas e acerbas, que lhes ocasionam as próprias atitudes dúbias, 
pouco lisas ou mesmo nada recomendáveis.” 
 
Sob outro aspecto, não é necessário o dolo para ensejar a reparação, como 
menciona Pontes de Miranda, em seu “Tratado de D. Privado”, tomo LIV, Ed. 
RT, 3ª Ed., 1972, § 5.536, p. 64: 
“O elemento de má-fé não é pressuposto essencial, pois à ilicitude basta a 
temeridade e a imprudência. O que se exige é culpa.” 
 
A legislação também fixa critérios: 
Do Código Civil, fixam o art. 1.547 e seu § 1º : 
“A indenização por injúria ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas 
resulte ao ofendido. 
§ 1º - Se este não puder provar o prejuízo material, pagar-lhe-á o ofensor o 
dobro da multa do grau máximo da pena criminal respectiva.” 
 
Vê-se, assim, que a legislação substantiva civil remete, para o cálculo dessa 
indenização, para a legislação criminal. 
A Lei nº 7.209, de 11.07.84, que alterou a parte geral do Código Penal, prevê: 
“Art. 49: A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da 
quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo 10 
(dez) e, no máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 
 
 
 
 
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Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio: eletrônico, mecânico, inclusive por processo xerográfico, sem a devida autorização do Editor (Lei nº 9.610/98). 
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz, não podendo ser inferior a um 
trigésimo do maior salário-mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem 
superior a 5 (cinco) vezes esse salário. 
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de 
correção monetária.” 
 
Vê-se, desde logo, pela legislação supra, que a condenação poderia atingir 
3.600 salários-mínimos (2 x 360 x 5). 
Mas não é o máximo possível. 
“Art. 60: Na fixação da pena de multa o Juiz deve atender, principalmente, a 
situação econômica do réu. 
§ 2º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o Juiz considerar que, em 
virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo.” 
Logo, é possível a fixação, pelo triplo, de até 10.800 salários-mínimos pela 
indenização. 
Neste caso, concretamente, não há que se discutir, para mensura do valor a 
indenizar, a capacidade econômica ou financeira do réu, o segundo maior 
banco privado do país. 
A pretensão da autora não atinge o máximo acima previsto, pretendendo o 
valor correspondente a...., ou mesmo o valor que Vossa Excelência entender 
cabível como reparação à autora, após a devida instrução do feito. 
 
JURISPRUDÊNCIA 
A nítida inclinação jurisprudencial pátria é no sentido da fixação da indenização 
decorrente de dano moral em número de salários-mínimos, os quais são 
devidos independentemente da existência ou não de danos materiais, porque 
direitos distintos. 
Assim: 
R.T. 690/149: 
“INDENIZAÇÃO - Dano moral - Cumulação com o dano material - 
Admissibilidade - Fixação que deve ter como referência o salário-mínimo.” 
(TAMG, Ap. 112.954-6, 3ª C. J. 6.8.91, rel. Juiz Ximenes Carneiro). 
 
Vê-se no corpo do aresto, p. 151: 
No STJ a matéria não traz hoje divergência: “O salário-mínimo pode 
perfeitamente servir de referência ao pagamento de pensão, como reparação 
de danos. Procedência do REsp. 1.999.” (REsp. 2.867-ES, relator o Min. Athos 
Gusmão, DJU 1.4.91, p. 3.423). 
R.T. 696/185. “INDENIZAÇÃO - Dano moral - Débito indevido lançado em 
conta corrente, originando saldo devedor, com a transferência para o crédito 
em liquidação - Conduta ilícita ofensiva ao direito subjetivo da pessoa - 
Desnecessidade de reflexo material.” (TJPB, Ap. 92.002713-8, 2ª C. J. 18.8.92, 
 
 
 
 
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rel. Des. Antonio Elias de Queiroga). 
Vê-se nesse aresto farta menção jurisprudencial, p. 186: 
O STF tem proclamado: 
“Cabimento de indenização, a título de dano moral, não sendo exigível a 
comprovação do prejuízo (RT 614/236). 
Ou mais recentemente: 
O dano causado por conduta ilícita é indenizável, como direito subjetivo da 
própria pessoa ofendida...” (RT 124/299). 
No mesmo sentido, o TJSP: 
“Responsabilidade Civil - Estabelecimento bancário - Dano moral - Ocorrência - 
Cheque indevidamente devolvido - Desnecessidade de reflexos materiais.” 
(RTJESP - LEX 123/159). 
“Indenização - Dano Moral - protesto indevido de título de crédito, já saldada a 
dívida respectiva - Fato que causou injusta lesão à honra do autor, 
consubstanciada em descrédito na praça.” (RT 650/63). 
“Tem-se dito que a moral, absorvida como dado ético pelo direito, que não 
pode se dissociar dessa postura ética, impõe sejam as ofensas causadas, por 
alguém a outrem, devidamente reparadas, ou civilmente ou penalmente. Ou 
seja, o autor da ofensa deve reparar sempre (...). Agora, pretender que esse 
arbitramento, apenas advenha se comprovado o reflexo material, é, com o 
maior respeito, propugnar pela irreparabilidade da afrontosa conduta culpável 
do causador do molestamento.” (RTJESP - LEX 83/143). 
“De ressaltar-se que não se cogita de estabelecer o pretium, visto que a dor 
não tem preço e nem pode ser avaliada em dinheiro, mas de se dar àquele que 
sofreu, uma compensação em contrapartida ao desgosto sofrido. Nesse 
sentido, confira-se RTJ 108/287/646/912/1.237; 109/150 e 107/354). (anexa 
cópia do Acórdão).
Em face do exposto, requer a citação do réu, por via postal para integrar a lide 
processual, sendo ao final condenado a pagar à autora indenização por dano 
moral, que requer seja fixada em valor igual a _____ salários-mínimos, ou valor 
que esse DD. Juízo houver por bem em fixar como reparação pelo dano moral 
sofrido, condenando, ainda, o réu nas custas e honorários, pedindo que estes 
sejam fixados em 20% sobre o total da condenação. 
Declara a opção de realização de audiência de conciliação/mediação, de 
acordo com o art. 319, VII do CPC. 
Declara a autora, sob as penas da lei, ser juridicamente pobre, não podendo 
arcar com os ônus e custas do processo sem prejuízo do próprio sustento, pelo 
que requer também a concessão dos benefícios da assistência judiciária. 
Prova o alegado pelos documentos anexos e requer depoimento pessoal do 
representante do réu e testemunhas a arrolar, protestando por outras provas. 
 
Dando à causa o valor de R$.... (....). 
 
 
 
 
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Pede e espera deferimento. 
 
Local e data. 
Assinatura do Advogado - OAB 
 
 
 
 
 
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12. Ação de Reparação de danos morais e materiais contra serviço de 
postagem 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____VARA 
FEDERAL DE_________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 
_____________, com sede na _____________, por seus procuradores 
devidamente constituídos (doc. 01), infra-assinados, com endereço na rua 
_____________, onde receberão intimações, vem, ante V. Exª, propor a 
presente: 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS 
em face da _____________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ sob o nº _____________, estabelecida no _____________, tendo 
estabelecida filial nesta comarca inscrita no CNPJ sob o nº _____________, 
situada à _____________, onde deverá ser citada, pelos fatos e fundamentos 
jurídicos adiante explicitados e comprovados, para finalmente requerer: 
 
I – DOS FATOS 
1. A empresa, ora autora, exerce atividade de prestação de serviços de 
instalação, manutenção preventiva e corretiva de sistemas de climatização de 
ambientes, conforme descrita em seu ato constitutivo (doc. 02). 
2. No decorrer do exercício de sua atividade, participou de diversas licitações, 
consagrando-se diversas vezes vencedora dos certames, sendo que hoje esta 
se constitui como sua principal fonte de renda. 
3. Com o objetivo de estabelecer relação contratual com a _____________, a 
Autora providenciou todos os documentos necessários à habilitação e elaborou 
proposta comercial de acordo com as exigências estabelecidas no instrumento 
Convocatório da Tomada de Preços nº _____________, conforme faz prova os 
documentos anexos (doc. 03). 
4. Para a participação no referido certame, as empresas interessadas deveriam 
entregar os documentos para habilitação, bem como a proposta comercial até 
às _____________ do dia _____________. 
 
 
 
 
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5. Neste contexto, a Autora procurou a empresa _____________, ora Ré, 
postando, na Agência de Correios _____________, situada à avenida 
_____________, no dia _____________, requerendo o serviço de 
_____________, acrescido do Aviso de Recebimento e do Cadastro Nacional, 
consoante o disposto no cupom fiscal em anexo (doc. 04). 
6. É evidente, que diversos foram os cuidados da Autora para que a Ré 
procedesse com o transporte e a entrega do envelope, contendo os 
documentos antes mencionados, na Gerência de Filial _____________, 
através do seu serviço denominado _____________, que deveria ser 
apresentado no local até o dia _____________, consoante prazo exposto na 
página virtual dos Correios (www.correios.com.br) (doc. 05). Repare Exa., que 
a Ré, como entidade de direito público especializada no serviço de transporte 
de cargas, teve um prazo adequado para efetuar o serviço. E, mais importante, 
se comprometeu, contratualmente, a entregar a encomenda até às 10h00min 
do dia _____________. Entretanto, tal promessa não foi cumprida. 
7. Fato é que, não obstante todos os anúncios e pesados investimentos em 
Publicidade e Propaganda dos serviços prestados pela Ré. O serviço de 
_____________, que deveria ser entregue no dia útil seguinte até as 10 horas 
da manhã, foi entregue 24h após o prazo contratual. Apenas às 09:40 do dia 
_____________, dia seguinte à data para a entrega das propostas e 
documentos de habilitação, a Ré entregou os envelopes, conforme pode ser 
observado no e-mail encaminhado pelo Presidente da Comissão de Licitações, 
Sr. _____________ (doc. 06), na anotação de recebimento, constante do 
próprio envelope de entrega (doc. 07) ou no Aviso de Recebimento emitido 
pela Ré (doc. 08). 
8. É indiscutível que o envelope foi entregue além da data-limite para a 
efetuação de seu depósito. As provas em anexo, além de muitas, são 
incontestáveis. Em especial, o Aviso de Recebimento apresenta a data de 
postagem (_____________), A data de Recebimento (_____________), assim 
como o nome do Recebedor (____) e o nome do Empregado da Ré (____). 
9. Ad argumentandum tantum, não há que se tentar discutir qualquer tipo de 
descaso da autora com a preciosidade dos documentos em questão. Sabendo 
de sua importância e da condição do _____________, que deve ser postado 
até às 15h00min do dia anterior à entrega, esta se precaveu: efetuou a 
postagem dois dias antes da entrega logo após às 15h00min (15h43min). 
10. Dessa forma, os envelopes foram como se fossem recebidos no dia 
_____________. Contudo, ressalte-se: a autora postou no primeiro horário 
possível para executar tal ação. É imprescindível deixar de destacar que não 
se trata de ação relapsa ou morosa, como se a entrega fosse realizada minutos 
antes do esgotamento do prazo, e, ainda assim, _____________ estaria 
obrigada a cumprir seu compromisso contratual. 
 
II – DO DIREITO 
II.1. Danos materiais decorrentes do vício na prestação do serviço. 
1. O artigo 1º do Código de Defesa do Consumidor declara que o referido 
diploma estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, 
 
 
 
 
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acrescentando serem tais normas de ordem pública e interesse social. Assim: 
“Tratando-se de relações de consumo, as normas de natureza privada e em 
leis esparsas deixam de ser aplicadas. O mencionado Código retira da 
legislação civil, bem como de outras áreas do direito, a regulamentação das 
atividades relacionadas com o consumo, criando uma série de princípios e 
regras em que se sobressai não mais a igualdade formal das partes, mas a 
vulnerabilidade do consumidor, que deve

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