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Resumo O Que é Psicologia Social

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Desde o nascimento estamos envolvidos em um grupo e somos inseridos em um contexto histórico. A sociedade possui normas e regras, as quais todos os indivíduos pertencentes a essa sociedade devem seguir. Em cada grupo social encontramos regras que mantém as relações entre os indivíduos de um modo que não haja conflitos, algumas regras são mais maleáveis e outras mais rígidas. Cada grupo é caracterizado por normas que foram criadas para dizer como eles deveriam se relacionar.
Em toda relação existem expectativas de como o outro vai se portar diante de você em alguma situação e essas relações são definidas pela sociedade e quanto mais à relação social for fundamental para os grupos e para a sociedade, mais rígida e precisa são as normas que as definem.
Nos grupos sociais aprendemos a como viver em sociedade, neste livro, nos mostra que muitas vezes temos que nos privar de sermos livres e de sermos nós mesmos, podemos só fazer algo que queremos se isso não colocar em risco a ordem da sociedade.
A identidade social é o que caracteriza uma pessoa. Só vamos desenvolver nossa identidade social com o confronto de um individuo com o outro, nessa interação de diferenças e semelhanças que desenvolvemos nossa individualidade, é na diversidade que vamos nos descobrindo. Nossa identidade social é basicamente definida pelo papel que desempenhamos na sociedade.
Temos uma ideologia de que os papéis que desempenhamos são naturais e necessários e que a identidade social é consequências de opções livres que fazemos, quando, na verdade, são as condições sociais consequentes do capitalismo que determinam nossos papéis e identidade social.
Nós só iremos desenvolver a consciência de nós mesmos quando começarmos a nos questionar e refletir sobre as razões históricas da nossa sociedade que expliquem por que nos comportamos da maneira como nos comportamos hoje em dia, só assim podemos fazer mudanças sociais.
Temos que entender também alguns aspectos básicos do nosso comportamento, como a linguagem, para entendermos como nossos papéis na sociedade são formados. A linguagem interage com significados objetivos e gírias de cada geração e grupo social. A linguagem é instrumento e produto social e se vincula com significados objetivos, abstratos, metafóricos, além das gírias de cada época.
Quando a interação entre os indivíduos começam a ficar mais complexas, a linguagem assim se torna também. Existem vários tipos de linguagem, gestual, escrita, entre outros. Com toda essa complexidade da linguagem surgiu a divisão do trabalho, a manual e a intelectual. Nossa sociedade separa o fazer do falar, logo temos que sermos capazes de pensar, pois não existe pensamento sem palavras. A linguagem é fundamental para o desenvolvimento intelectual. Mas só pensar e falar não basta, além de termos isso, nós somos pessoas que fazem, tiramos do objeto pensado e o executamos, é impossível separar o agir, pensar e falar.
A palavra torna-se poderosa quando uma autoridade social coloca um significado único e inquestionável, que determina uma ação automática, como por exemplo, a hipnose, lavagem cerebral e comando militar. Mas todo esse poder cai por terra quando nos questionamos e pensamos sobre o que nos foi dito e não agimos simplesmente em resposta, sem pensarmos. Entre a palavra e a ação sempre deve ter o pensamento, para não sermos dominados por aqueles que possuem o poder da palavra.
É através da linguagem que explicamos, descrevemos e acreditamos na nossa realidade, no nosso conceito de mundo. O próximo da classe dominante é as pessoas que se caracteriza por falar bem, aqueles que dominam a linguagem bem articulada. São essas pessoas que junto com a classe dominante elaboram explicações sobre a realidade social, assim idealizando uma realidade falsa. Só quando confrontamos as nossas representações sociais é que somos capazes de perceber o que é ideológico ou não. E só assim poderemos ter ações diferenciadas, podendo assim conseguir uma mudança.
A escola e a família são fundamentais no processo de socialização e decisivas das especificidades próprias das classes sociais. A instituição familiar é regida por leis, normas e costumes que atribuem direitos e deveres a seus membros e, sendo assim, os papéis dos membros dessa família deverão reproduzir as relações de poder da sociedade em que vivem.
Esta estrutura familiar é consequência da necessidade histórica da preservação de propriedades e bens. É dentro dessa estrutura que também se atribuem os papéis ao homem e a mulher, consideradas necessárias para a reprodução da família e da sociedade.
Um recém-nascido depende de outras pessoas para sobreviver, a relação dela com essas pessoas é muito importante para o seu desenvolvimento e é através dessas pessoas que ela vai criando uma representação do mundo em que vive, o mundo dos adultos é o mundo da criança. Está visão única de mundo só será confrontada, repensada, no processo de socialização secundaria, através da instituição escolar e profissional, principalmente na adolescência por se questionar e se deparar com outras visões de mundo.
Com o papel dos pais como autoridade, a criança já vai aprendendo que o poder é um dever, é uma questão de sobrevivência. Os homens lutam pelo poder e para a manutenção de poder de alguns.
A educação também é institucionalizada com princípios, objetivos, conteúdos, direitos e deveres que são definidos pelo governo com o propósito de transmitir a cultura produzida por gerações anteriores e garantindo novos conhecimentos importantes para a evolução do país. O que a escola valoriza é o individualismo e a competição, podemos ver ainda, dentro desta estrutura que as disciplinas mais intelectuais são mais decisivas para a aprovação do aluno, já separando o trabalho manual do intelectual. Os professores reproduzem a ideologia dominante como descrição correta do mundo. A criança que melhor vai aprender vai ser aquela que tenha a concepção de mundo mais parecida com a do professor. Assim vão se selecionando não os mais aptos, mas aqueles que tem a visão de mundo parecido com os padrões dominantes.
Mas também temos exceções, que são as pessoas que não tem a concepção de mundo parecido com os padrões dominantes mas conseguem chegar a fazer uma universidade e exercer uma profissão que não era esperada dessa pessoa. Isso estimula a competição. É através da escola crítica que propiciará, ao aluno, a formação de indivíduos conscientes de suas determinações sociais, tendo como consequência a reformulação de suas praticas sociais.
Outros grupos de convivência também reproduzem as relações sociais na atribuição de papéis. Qualquer grupo acha importante ter alguém que lidere os outros e ter características de liderança é muito valorizados por todos os indivíduos. Mas isso não quer dizer que existam pessoas que querem dominar as outras e sim que os dominados acham mais fácil acompanhar os que pensão do que assumir a responsabilidade das próprias decisões. A dominação só acontece se houver dominados que a entendam como necessária.
Uma análise sobre o que significa o trabalho para o individuo deverá ser baseada nas condições atuais da sociedade capitalista. É nesse processo de acumulação de bens que o capital se apodera dos meios de produção, fazendo os homens se tornarem mercadorias, pois nessa estrutura a mercadoria não é apenas o que é fabricado mas também a força de trabalho.
Desta forma temos a existência de duas classes sociais, a que detém o capital e os meios de produção e a que vende sua força de trabalho. É esta contradição fundamental da sociedade capitalista que a ideologia dominante tenta encobrir. Através do trabalho produtivo da sociedade se constituem classes sociais opostas, que determinam as relações sociais entre os indivíduos.
No nível individual do trabalho a atividade decorre de uma necessidade sentida e objetivada em coisas, sendo assim, qualquer atividade é objetivada. A sociedade capitalista está sempre criando novas necessidades de consumo e objetos que satisfaçam essas necessidades.
É atravésdo trabalho humano que nos objetivamos socialmente, e é através dele também que nos modificamos continuamente. A principal característica do trabalho na sociedade atual é que ele se realiza através de instrumentos, o que faz da atividade necessariamente social, já que o uso de instrumentos é para fins de cooperação e comunicação entre os indivíduos.
A separação entre trabalho manual e intelectual só acontece no nível ideológico porque qualquer atividade possui o pensar sobre aspectos da realidade e em ações concretas na realidade objetiva, que será pensada sob uma nova perspectiva que é resultado de uma transformação ocorrida no indivíduo e na sua realidade.
O operário que trabalha em uma fabrica se despersonaliza, se torna parte da máquina, ele vende sua força de trabalho e deixa de pensar sobre suas ações porque estas não interferem no seu trabalho e tem quem seja pago para pensar, porque existe uma máquina que oculta ações em termos de cooperações que podiam existir entre ele e seus colegas de trabalho. O operário tem como finalidade ir para o trabalho, gastar sua energia física e voltar para casa, para no fim do mês obter o seu salário que garante a sua sobrevivência.
Está situação é reforçada pela ideologia que por um lado afirma-se a igualdade dos homens e por outro diz que é o esforço que fazem de uns mais bem sucedidos do que outros, sem que o operário perceba que isso ocorre com seus companheiros. Nossa sociedade capitalista promove a dissociação do homem do produto de sua atividade. Hoje o homem continua transformando o mundo que o cerca, mas não cabe ao mesmo decidir sobre esta transformação, é a contradição essencial gerada pelo capitalismo que, quanto individualismo se forma na alienação.
Já para o intelectual acontece ao contrário, não cabe a ele o fazer e sim o pensar, produzir ideias, alguns poucos intelectuais são detentores do poder na sociedade, assim entendem a linguagem abstrata e farão uso desta produção de acordo com a perspectiva do grupo social a que pertencem. Isso ocorre para que os detentores do capital continuem explorando a força do trabalho de muitos e assim mantendo a predominância do poder para poucos.
Enquanto o indivíduo não recuperar sua atividade de pensamento e ação, ele continuará alienado de sua própria realidade objetiva, com uma falsa consciência social e uma falsa consciência de si.
A consciência de classe, consciência social e a consciência de si, são produtos de um único processo de pensamento e ação, que se concretizam através da cooperação entre os seres humanos na produção de suas vidas. É através da participação comunitária que os indivíduos desenvolvem consciência de classe social e do seu papel de produtores de riquezas, das quais não usufruem e como consequência acabam se organizando em grupos maiores e mais organizados visando uma ação transformadora da história da sua sociedade. Que foi o que aconteceu no ano passado, quando o povo se revoltou contra o governo que só investiu na copa enquanto o povo precisava mais de hospitais, escolas e etc. Mas como não foi bem organizado caiu por água abaixo. O sistema social a todo momento exerce pressões diretas e indiretas, assim promovendo a competição, valorizando status e prestígio de posso da propriedade.

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