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A IMPORTÂNCIA DA TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA DE ROBERT ALEXY PARA O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

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A IMPORTÂNCIA DA TEORIA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA DE ROBERT ALEXY PARA O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
WISLEY LIMA DA SILVA¹
¹ Graduando em Bacharelado em Direito, UNINASSAU, Belém, estagiário da Defensoria Pública do Estado do Pará e Tribunal Regional Federal da 1º Região.
Introdução: O livro “Teoria da Argumentação Jurídica: a teoria do discurso racional como teoria da fundamentação jurídica” surgiu a partir da seguinte indagação: é possível uma fundamentação racional das decisões jurídicas? O objetivo do autor é demonstrar que é possível o desenvolvimento racional do discurso jurídico, no que tange aos juízos de dever e juízos de valor, mediante regras imprescindíveis para o alcance de qualquer consenso fundado. O objetivo deste trabalho é analisar a importância da teoria em tela e sua contribuição para o alcance na justiça no Estado Democrático de Direito. Análise do caso: Robert Alexy desenvolveu regras de argumentação, racional e prática, dentro da teoria por ele formulada, e entre as formas e discurso jurídico, elencou regras e esquemas lógicos, visando uma melhor compreensão destes, orientando o aplicador e intérprete da norma no momento de sua decisão. Defende o autor que a argumentação é a atividade de fornecer razões para a defesa de um ponto de vista e esta faz parte do mundo jurídico, que é feito de linguagem, racionalidade e convencimento. Todos os participantes do processo apresentam argumentos e a fundamentação é requisito essencial da decisão judicial. No entanto a interpretação jurídica lida com casos fáceis e com casos difíceis. Os casos fáceis podem ser decididos com base na lógica formal, dedutiva, aplicando-se a norma pertinente aos fatos, mediante subsunção. Nos casos difíceis, porém, a solução precisa ser construída tendo em conta elementos que não estão integralmente contidos nos enunciados normativos aplicáveis. Valorações morais e políticas precisarão integrar o itinerário lógico da produção da decisão. Segundo o autor, a necessidade da argumentação se potencializa com a substituição da lógica formal ou dedutiva pela razão prática, e tem por finalidade propiciar o controle da racionalidade das decisões judiciais. A legitimação da decisão virá de sua capacidade de convencimento, da demonstração lógica de que ela é a que mais adequadamente realiza a vontade constitucional in concreto. A Teoria da Argumentação jurídica tem por base o neoconstitucionalismo, movimento este que surgiu a partir da segunda metade do século XX, expandindo o poder de decisão do judiciário. O neoconstitucionalismo ou pós-positivismo é uma nova forma de se interpretar o Direito, que aproximado da Moral, passa a contemplar juízos de valor com a finalidade de preservar, garantir e promover os direitos fundamentais, que por estarem prescritos em regras ou princípios constitucionais faz com que o Direito Constitucional se posicione no centro do sistema jurídico irradiando sua força normativa. Nesse diapasão, a Teoria exposta é de fundamental relevância, uma que vez que a mesma fornece uma série de formas e regras que tem por finalidade o impedimento de decisões judiciais arbitrárias, a credibilidade nas decisões prolatadas pelo poder judiciário, o controle jurisdicional, assim como, segurança jurídica, fundamentados na concepção de Estado Democrático de Direito e nos princípios da motivação das decisões judiciais, art. 93, inc. IX e devido processo legal, art. 5º, inc. LIV, ambos da Constituição Federal de 1988. Conclusão: A argumentação jurídica é a grande ferramenta do neoconstitucionalismo tendo como objetivo a busca da justiça dos enunciados normativos no discurso jurídico, em face do Estado Democrático de Direito. A nova interpretação constitucional se inspira numa concepção pós-positivista do direito, conforme exposto, e tem por base e fundamento a qualificação de regras e distinção nas normas com relação aos princípios. Em síntese, a contribuição de maior relevância da teoria da argumentação para o Estado Democrático de Direito foi impedir decisões judiciais arbitrárias, impondo regras aos intérpretes e aplicadores da norma no momento de sua decisão, assim como a vinculação destes aos princípios constitucionais da motivação das decisões e devido processo legal, permitindo aos cidadãos o alcance de uma decisão mais justa, sem obscuridade, fornecendo desse modo maior segurança jurídica ao Estado. 
Palavras-chave: Teoria. Argumentação. Jurídica. Hermenêutica. Estado Democrático.
Referências Bibliográficas: ALEXY, Robert. “Teoria da Argumentação Jurídica”. Tradução Zilda Hutchinson Schikd Silva, Rio de Janeiro. Forense, 3ª edição, 2011.

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