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Ato ilicito

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Análise dos artigos do CC – Ato ilícito.
Art. 186 CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
- “ação ou omissão voluntária”: Culpa lato sensu: (Dolo + culpa stricto sensu: imperícia, imprudência e negligência).
- “causar dano a outrem”: nem todo dano caracteriza o ato ilícito gerando reparação do dano (indenização), pois nem todo ato ilícito gera responsabilidade.
- “ato ilícito”: ato antijurídico uma vez que sua conduta é reprovável.
 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
- ao exercê-lo = entende-se ação ou omissão;
- manifestamente = abuso de direito é caracterizado de forma manifesta, ou seja, de forma verificável.
- pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes = o abuso de direito é multidisciplinar, ou seja, inclui a boa-fé, fins econômicos e sociais e bons costumes.
Art. 188 CC. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Artigo 188 - Não constituem atos ilícitos:
Inciso I: - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
- “legitima defesa”: vejam o parágrafo único do artigo 1210 do CC, onde o legislador permite a legitima defesa da posse. 
- “exercício regular de um direito” – desde que o agente não incorra em excesso desse exercício conforme disposto no artigo 187 do CC.
Artigo 188 - Não constituem atos ilícitos:
Inciso II: - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
- apesar do ato não ser considerado ilícito surge o dever de indenizar caso os lesados, pela deterioração, destruição ou lesão, assim o desejarem conforme possibilidade prevista no artigo 929 do CC: 
Art. 929 CC. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Parágrafo único do artigo 188: 
No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Esse “estado de necessidade” presente no parágrafo único do artigo 188 exclui a ilicitude, mas não exclui o dever de indenizar (artigos 929 e 930 CC).
Art. 930 CC. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Uma vez que o autor da deterioração, destruição ou lesão, descobrir o real causado do “perigo iminente” (inciso II) poderá, em ação regressiva, cobrar do causador do perigo o que pagou, a título de reparação, para a pessoa lesada.

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