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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho contempla o tema Pessoas Jurídicas, de forma delimitada abordam-se os aspectos gerais e jurídicos que envolvem o assunto.
O tema comtemplado no Título II do Código Civil, vai do art 40 ao 69. A pessoa jurídica consiste em entidades que podem receber direitos e contrair deveres. Tal como as pessoas naturais, a pessoa jurídica tem um nascimento, um registro e a morte. No que refere a sua natureza jurídica, há uma discordância entre as doutrinas, visto que parte delas entende a pessoa jurídica como mera criação do direito em contraponto com a as correntes que defendem a sua realidade de forma incontestável. 
Sendo assim, o objetivo geral do trabalho é fazer uma abordagem ampla ficando dispostas as informações mais relevantes. Especificamente, pretende-se explanar desde o conceito à extinção da pessoa jurídica. 
A importância do tema se justifica na personalidade jurídica visto que assim, fica possibilitada regularização de milhares de empresas que passam a receber proteção legal. 
Como técnica de pesquisa, utilizou-se documentação indireta, valendo-se pesquisa bibliográfica com a finalidade de proporcionar melhores e mais precisas informações sobre o tema. O texto está dividido em várias informações, além desta introdução. O capítulo dois descreve sobre o conceito e elementos caracterizadores da pessoa jurídica e respectivamente os capítulos consistem em características natureza jurídica, classificação, começo da existência legal, grupos despersonalizados, domicilio, responsabilidade, desconsideração e extinção da pessoa jurídica. Finalmente, as conclusões são feitas no capítulo doze.
2 CONCEITO E ELEMENTOS CARACTERZADORES 
As pessoas naturais vivem em grupos, essa associação é inerente à sua natureza. Por serem isoladamente pequenos demais para construir grandes feitos, cria-se a necessidade de unir-se com outros homens para tornar possível determinados empreendimentos.  "As pessoas jurídicas surgem, portanto, ora como conjunto de pessoas, ora como destinação patrimonial, com aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações." (VENOSA, 2015, p. 243) 
Além disso, o autor acima citado explana que apenas a união de pessoas não é o suficiente para a criação da pessoa jurídica. É indispensável que haja a vinculação psíquica entre os associados, essa associação imprimirá unidade orgânica entre eles. 
Os elementos caracterizadores da pessoa jurídica são quatro:  a vontade humana criadora; a organização das pessoas ou destinação de um patrimônio afetado a um fim específico; a licitude dos propósitos e  a capacidade jurídica reconhecida pela norma jurídica. (FARIAS e ROSENVALD, 2017)
Na percepção dos autores Farias e Rosenvalde (2017), hoje em dia, se nota a presença da pessoa jurídica com unicidade de sujeito, a empresa individual de responsabilidade limitada, designada como EIRELE.  
Sobre o prisma dos mesmos doutrinadores, as pessoas jurídicas podem ser intersubjetivas ou patrimoniais. Na primeira, é formada pela união de duas ou mais pessoas com a proposta de criar uma entidade autônoma e independente. Já a segunda, preponderam as pessoas, o patrimônio tem um fim especifico.  
As pessoas Jurídicas apresentam assim como as pessoas naturais o nascimento, um registro, a personalidade a capacidade o domicilio, uma previsão do seu final, sua morte e até o direito sucessório. ” (VENOSA, 2015).
O fenômeno surge nos meios lícitos e ilícitos, e desta forma, a legislação tem dificuldade em acompanhar as mutações rápidas que ocorre no  âmbito da pessoa jurídica.  Com essa observação sobre a evolução das pessoas jurídicas, Venosa faz a seguinte reflexão, mostrando um lado negativo de tal desenvolvimento, onde as pessoas jurídicas passam a priorizar o "ter" e menosprezar o ser humano.  
[...] As pessoas jurídicas constituídas pelo homem agigantam-se de tal forma que se tornam impessoais, insensíveis e fazem dos seres humanos homens que certo dia as instituíram meras peças componentes de uma engrenagem que a qualquer momento pode se substituída, como se substitui, pura e simplesmente, um mecanismo aboleto por um novo."  (VENOSA, 2015, p. 245).  
 
Todavia, é notório o peso das pessoas jurídicas no meio econômico, desde a pequenas organizações até as multinacionais, assim se faz necessário uma harmonia entre a dignidade da pessoa humana e o desenvolvimento das empresas, visto que um fator necessita igualmente do outro. 
Cada país adota uma denominação para essas entidades. No Brasil, na Alemanha, na Espanha e na Itália usa-se “pessoas jurídicas”, todavia, a mesma é mais usada, visto que acentua o ambiente jurídico (GONÇALVES, 2016).
3 CARACTERÍSTICAS 
São características da pessoa jurídica:
“i) personalidade jurídica distinta de seus instituidores, adquirida a partir do registro de seus estatutos;
ii) patrimônio também distinto dos seus membros (exceto em casos excepcionais, como a fraude ou abuso de direito, configurando a chamada desconsideração da pessoa jurídica);
iii) existência jurídica diversa de seus integrantes (é presentada por eles, não se confundindo a personalidade de cada um);
iv) não podem exercer atos que sejam privativos de pessoas naturais, em razão de sua estrutura biopsicológica (verbi gratia, a adoção ou casamento);
v) podem ser sujeito passivo ou sujeito ativo em atos civis e criminais. (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p.429; p.430, grifo do autor).
Prosseguindo sobre a visão do autor, no ordenamento jurídico brasileiro, usa-se do sistema de responsabilidade subsidiaria e limitada do sócio, diferenciando do sistema da responsabilidade ilimitada. Ademais, os atos dos administradores ficam limitadas as regras constitutivas, porem quando a administração for coletiva, as ações devem ser aprovadas por maioria presente 
4 NATUREZA DA PESSOA JURÍDICA  
Para Venosa  (2015), o conceito de pessoa jurídica é um assunto que causa muitos tormentos em Direito.   
Segundo a ótica de Farias e Rosenvald  (2017), se tem basicamente duas correntes:  a teoria negativista, que nega a existência da pessoa jurídica; e a teoria  afirmativista que parte do pressuposto da existência real da pessoa jurídica.  
A teoria afirmativista se subdivide em teoria da ficção e teoria da realidade as quais vão ser abordadas a seguir. 
 
a)TEORIA DA FICÇÃO  
Segundo Gonçalves (2016), a teoria da ficção se divide em; teoria da ficção legal e teoria da ficção doutrinaria.  
O autor ilustra em sua obra que na primeira teoria, desenvolvida por Savigny, a pessoa jurídica seria uma simples criação artificial da lei, um ente fictício. Defende que apenas as pessoas naturais podem ser sujeito de relação jurídica.  
Já a segunda, teoria da ficção doutrinaria, a pessoa jurídica não tem existência real, apenas intelectual. Contém a inteligência dos juristas, sendo assim, uma ficção criada pela doutrina.  
Outrossim as teorias da ficção não são aceitas nos dias atuais. A crítica que cai sobre elas, é a qual não explicam a existência do Estado como pessoa jurídica.   
b)TEORIA DA EQUIPARAÇÃO  
 
 
A teoria da equiparação, defendida por Windscheid e Brinz, entende que a pessoa jurídica é um patrimônio equiparado no seu tratamento jurídico às pessoas naturais. É inaceitável porque eleva os bens à categoria de sujeito de direitos e obrigações, confundindo pessoas com coisas. (DINIZ, 2012, p.265).
Em outras palavras, a pessoa jurídica é semelhante a pessoa física, de tal maneira, os bens recebem os mesmos direitos que as pessoas.
c)TEORIA DA REALIDADE  
Para os adeptos a teoria da realidade, a pessoa jurídica tem existência própria tanto quanto os indivíduos. Eles apenas se divergem no modo de interpretar essa realidade, fazendo assim, surgir várias concepções (GONÇALVES, 2016).
a) Teoria da realidade objetiva ou orgânica, tem como defensores Gierke e Zitelman, defendiam que pessoa jurídica era um organismo social com vontade própria e vida própria diferenteda de seus membros, com o objetivo final de realizar objetivos sociais (FARIAS e ROSENVALD, 2017). "Entretanto, essa concepção recai na ficção quando afirma que a pessoa jurídica tem vontade própria, porque o fenômeno volitivo é peculiar ao ser humano e não ao ente coletivo." (DINIZ, 2012, p. 265). 
b) Teoria da realidade jurídica ou institucionalista, Gonçalves (2016, p. 223).  "Considera as pessoas jurídicas como organizações sociais destinadas a um serviço ou ofício, e por isso personificadas." Tem as relações sociais como ponto de partida , e desta forma, se tornam instituições dotadas de ordem e organização próprias (GONÇALVES, 2016).
 c) Teoria da realidade técnica, a pessoa jurídica é reconhecida como real, entretanto dentro de uma realidade técnica, diferente da realidade das pessoas naturais humanas. Um dos adeptos a esse entendimento é Caio Mário da Silva Pereira (FARIAS e ROSENVALD, 2017). 
5 CLASSIFICAÇÃO 
“A pessoa jurídica pode classificar-se quanto à nacionalidade, á sua estrutura interna e à função (ou à órbita de sua atuação)” (GONÇALVES, 2016, p.234)
5.1 QUANTO A NACIONALIDADE 
Efetivamente se divide em nacional e estrangeira, de acordo com as regras da constituição do lugar. Ou seja, a pessoa jurídica será nacional se o ordenamento jurídico usado for o Direito brasileiro. As pessoas jurídicas estrangeiras se submetem as leis de seu pais de origem, todavia suas agências e filiais ao estarem no Brasil se encontram sob as leis brasileiras (FARIAS e ROSENVALD, 2017). 
É de se lembrar que a Carta Magna, em seu art. 174, §§1º e 2º, promove exceções de reserva   de mercado ás pessoas jurídicas estrangeiras estabelecendo que as atividades de pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais minerais e de energia hidráulica somente são exercitáveis por brasileiros ou por pessoas jurídicas constituídas sob leis nacionais q que tenham sede e administração em nosso pais. Essas exceções, de qualquer modo, foram mitigadas pela Emenda Constitucional nº 6/95, que abriu o mercado para investimentos produtivos estrangeiros.  (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p.433, grifo do autor).  
  
Atividades como de pesquisa e outras citadas acima só poderiam ser realizadas por pessoas jurídicas brasileiras ou que tenham sede administrativa no Brasil. Porem a ementa constitucional abriu o mercado para investimentos estrangeiros. 
 5.2 QUANTO A ESTRURURA INTERNA 
a)Generalidades 
Quando se fala em estrutura interna, a pessoa jurídica pode ser, universitas bonorum, que tem em sua estrutura interna um dado patrimônio destinado a fins específicos como nas fundações, há o predomínio do patrimônio. Como também pode ser universitas personarum, se dá quando um conjunto de pessoas se juntam por uma finalidade comum, como acontece nas corporações que tem como maior importância as pessoas; se divide em sociedades e associações. (FARIAS e ROSENVALD, 2017).
Ainda discorrendo sobre o mesmo autor, ser lícito significa dizer que as pessoas jurídicas podem ser corporações ou fundações. Nas corporações, os indivíduos são ligados sentimento em comum (affectio societatis) um único objeto de desejo. São pessoas que observaram as vantagens do associativismo, alcançando com mais facilidade determinados resultados. Por outro prisma, as fundações se dão pela destinação patrimonial, almejando um fim lícito.
b) As corporações 
As corporações abrangem as sociedades e associações.  
Quanto as sociedades, visam obter lucros com finalidade de dividi-los entre os sócios. A partir de suas finalidades, se classificam em sociedade simples e sociedade empresarial. Relacionando-se a primeira, desenvolve atividade econômica que visa o lucro, contudo não exerce as funções tipicamente empresarias. Já a sociedade empresarial, deriva-se "[..]ao exercício de atividade mercantil, relacionada com atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços (CC, arts. 966 e 982)" (FARIAS e ROSENVALDE, 2017, p. 434). É valido ressaltar que a sociedade empresarial deve ser construída de acordo com os modelos contemplados em lei; sociedade em nome coletivo, comandita simples, limitada, anônima, comandita por ações. A sociedade simples, pode adotar quaisquer uma desses modelos, exceto  a de sociedade por ações. Independente do objetivo, a sociedade por ações, sempre será considerada empresária, enquanto a cooperativa sempre será sociedade simples. (FARIAS e ROSENVALD, 2017) 
c) As associações 
Consta no Código Civil “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. ” (BRASIL, 2017, p.162). A interpretação de Farias e Rosenvald nós fala que, são corporações cujo sua mira não tem finalidade lucrativa. A liberdade de associativa é  consagrada pela nossa Constituição Federal no art. 5º,XX. Toda associação é administrada pelo estatuto social. Alguns exemplos de associações são as associações estudantis, beneficentes, esportivas entre outras. Essas associações podem ter ganhos financeiros, contudo esse lucro deve ser revestido para a própria entidade e não compartilhado com sócios. 
Segundo o art. 54 do Diploma Substantivo, os estatutos da associação, obrigatoriamente, devem atender as seguintes prescrições: (i) a denominação, os fins e a sede da associação; (ii)os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados; (iii) os direito se deveres dos associados; (iv) as fontes de recurso para a sua manutenção; (v)o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos; (vi) as condições para alteração das disposições estatuárias e para a dissolução; (vii) a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas, como exigiu a Lei nº 11.127/05. (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p.437 grifo do autor).
Assim, na falta de qualquer desses elementos, haverá a nulidade do estatuto associativo.
Ao redigir sobre associações autorizadas, comtemplam que, tem poder para representar seus associados em juízo ou fora dele. Na associação não há direito e obrigações recíprocos entre os associados.
Não apenas isso, mas também sobre o Código Civil, exprimem que não existe regra especifica para os dirigentes associados, eles respondem pelas regras comuns de responsabilidade civil, assim, só respondem quando provada a ilicitude de seus atos, como dirigido nos arts. 186 e 187 do Código Civil. 
Além disso os estatutos podem admitir condições especiais a algumas categorias de associados, como por exemplo os associados-remidos, que são isentos do pagamento de taxa de manutenção. No entanto, é irretirável o direito do voto nas assembleias, o uso e gozo das áreas sociais e participação das atividades associativas. A diferença de tratamento entre os associados, mantendo um critério objetivo. Devem estar de acordo com os critérios utilizados à finalidade associativa. Se estiverem de acordo com o modelo constitucional serão legítimos. Por outro turno, serão vedadas disposições com critérios subjetivos.
Outrossim nenhum associado poderá ser impedido de se retirar da associação e de exercer seus direitos conferidos, como é representado no art. 5º, XX da CF e no art. 58 do CC. 
Já no que se refere as despesas associativas, é comum que os associados sejam compelidos a colaborar proporcionalmente, ele estando ou não usando dos benefícios das atividades, é obrigação dos associados pagar a sua parte na divisão das despesas em comum, a menos, se houver disposição ao contrário.
Ainda sobre os mesmos doutrinadores, é admitida a exclusão de um associado se houver justa causa. Neste quesito, haverá a instauração do procedimento administrativo , no âmbito jurídico da empresa, atendendo o garantismo constitucional, possibilitando o sócio de produzir provas que provem sua inocência. Na dúvida, o sócio não poderá ser excluído. Na decisão de excluir o sócio, caberá imputação ao poder judiciário.(FARIAS e ROSENVALD, 2017). 
“A assembleia geral é órgão necessário da associação, exercendo o papel de poder legislativona instituição” (VENOSA, 2015, p.288), cumpre-lhe afastar os administradores e se for o caso, modificar os estatutos em conformidade com o quórum do próprio estatuto social. 
No caso de cancelamento da associação, o patrimônio, depois de ser deduzida uma fração a cada sócio, seguirá o destino conforme indicado no estatuto, passara para uma outra instituição de fins semelhantes sendo municipal, estadual ou federal, não havendo, o patrimônio passa para a Fazenda Pública. (FARIAS e ROSENVALD, 2017).
d) as fundações 
“[..] as fundações são entidades criadas com bens livres que são afetados, por ato de vontade de seu titular, através de escritura pública ou de testamento [..]” (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p. 442). 
“Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.”Art. 62 CC (BRASIL, 2017,p. 163)
Segundo reza Farias e Rosenvald: as finalidades específicas podem ser; religiosa, moral, cultural ou assistencial, podendo ter natureza pública ou privada A fundação privada tem uma finalidade de cunho social, não sendo tendência à obtenção de lucros. Cuida de separar um volume de patrimônio para determinadas atividades sociais. As fundações são constituídas através de uma ação formal. Nesse ato, é necessário a qualificação da finalidade fundacional, que não pode ser alterada, visto que se a finalidade chegue a parecer, a fundação deve ser extinta.
A criação de uma fundação tem quatro fases, citadas por Farias e Rosenvald. 
a) Fase de dotação ou de instituição. Atingindo a reserva de bens, por ato inter vivos ou causa mortis
b) Fase de elaboração dos estatutos, que pode ser elaborado pelo próprio instituidor acompanhado pelo ato de instituição, está é a forma direta, ou de forma fiduciário quando terceiros elaboram o estatuto. 
c) Fase de aprovação dos estatutos pela autoridade que as compete. É responsabilidade do ministério público sancionar os estatutos fundacionais. Quando o próprio MP elabora o estatuto, ele deve ser aprovado pelo poder judiciário, visto que assim, não haveria qualquer inclinação para determinados interesses. Caso o ministério público rejeite o estatuto, caberá recuo ao poder judiciário. 
d)Fase de registro, realizado no cartório de pessoa jurídicas. 
Seguindo o prima dos autores se a fiscalização da fundação fica por cargo do promotor de justiça de casa estado que estiver atuando, exemplo: se a fundação estiver ativa no Distrito Federal, a fiscalização é feita pelo Ministério Público do Distrito Federal. O promotor de justiça deve observar se há a indevida utilização das fundações para fins ilícitos, ou que desvirtuam de seu propósito
Além disso, comenta- se também sobre se a instituição for construída por inter vivos, os bens dotados não são transferidos.
A alteração nos estatutos é possibilitada com os seguintes requisitos: 
a) Medida de, no mínimo, dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação
b) Não desenvolvimento do fim previsto originalmente 
c) A aprovação pelo Ministério Público, com o prazo de quarenta e cinco dias. 
A extinção da fundação pode ser administrada por vias administrativas ou por medida judicial. É necessário ressaltar as hipóteses que tornam possível a extinção da mesma; quando suas funções se tornarem inúteis ou ilícitas; quando não é possível ser mantida; vencimento do prazo de existência do estatuto.(FARIAS e ROSENVALD, 2017).
O Ministério Público e eventuais interessados como administradores e credores prejudicados podem requerer em juízo para a extinção da fundação. (FARIAS e ROSENVALD, 2017).
5.3 QUANTO AS FUNÇOES EXERCIDAS 
Sobre as capacidades e funções da pessoa jurídica, Farias e Rosenvald proferem estrutura-se em pessoa jurídica de direito público e pessoa jurídica de direito privado. Quanto a primeira, dependendo da sua ação funcional se divide em direito público interno e direito público externo. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código (BRASIL, 2017, p. 161).
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. (BRASIL, 2017, p. 161). 
“As pessoas jurídicas de direito público interno estão submetidas à normatividade do Direito Administrativo, enquanto as de direito público externo estão disciplinadas pelo Direito Internacional Público. “ (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p.448).
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
(BRASIL, 2017, p. 161).
As associações religiosas e os partidos políticos são tratados de forma diferenciada das outras associações, visto que são isentas de algumas obrigações previstas na legislação civil destinada as associações. (FARIAS e ROSENVALD)
Com relação as organizações religiosas, são de acordo com o Código Civil "[..] livres a sua criação, organização, estruturação interna e funcionamento, vedando-se ao estado negar reconhecimento ou registro aos seus atos constitutivos [...]" (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p. 448). Contudo, elas não se veem livres de serem fiscalizadas. Não podem desenvolver atividades empresariais, jornalísticas e educacionais ainda que os lucros sejam revestidos a própria associações. 
Já os partidos políticos são regidos por legislação específica. Vale destacar a existência das coligações, que nada mais são que partidos temporários. Essas coligações são autônomas e dessa forma possuem denominação própria, representantes autônomos com atribuições próprias. 
Sobre as empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI). Só podem ser formadas por pessoas naturais. Por se tratar de pessoa jurídica, podem ser igualitárias com as microempresas e empresas de pequeno porte. Entretanto não podem ser consideradas na condição de microempreendedor individual. Só é possível criar tal pessoa jurídica sobre a condição capital inicial for superior a 100 vezes o salário mínimo vigente. Quanto ao nome, deve seguir a regra que confere o modelo; nome de identificação adicionada a sigla EIRELI. Temos como exemplo Henrique Nascimento Comércio de Livros EIRELI, a falta da expressão EIRELI implica na perda da responsabilidade do fundador da empresa individual. Quando haver desfio de finalidade, a EIRELI pode sofrer com a desconsideração da pessoa jurídica.
O setor produtivo público não estatal está relacionado com o direito privado. 
O poder público se vê impossibilitado de realizar todas as ações que a sociedade necessita, as colocam em regramento das pessoas jurídicas do direito privado com a condição de não ter intuito lucrativo e ter como fim a prestação de serviços sociais.
As organizações sociais, também do direito privado, não devem ter por fim finalidade lucrativa. As atividades devem ser destinadas a pesquisas científicas, saúde, cultura, proteção e preservação do meio ambiente. (FARIAS e ROSENVALD, 2017).
6 COMEÇO DA EXISTÊNCIA LEGAL 
"[...] a pessoa jurídica terá o início da sua personalidade conferido pelo ordenamento jurídico." (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p.453). 
 Segundo consta no art. 45 do Estatuto Civil, o começo da existência legal da pessoa jurídica de direito privado, se dá no ato do registro constitutivo no órgão competente. Jáa pessoa jurídica de direito público tem sua personalidade conferida pela norma em sentido amplo; considerações feitas por Farias e Rosenvald.
O registro dos estatutos sociais da Pessoa Jurídica deverá ser realizado no Cartório do Registro das Pessoas Jurídicas [...] ou na Junta Comercial [..]. Todavia, em determinadas hipóteses é exigido um registro específico, a ser efetivado em órgãos ou entes específicos, como na Comissão de Valores Mobiliários [...]. (FARIAS e ROSENVALD. 2017, p. 453, grifo do autor) 
Além disso, pode haver a necessidade de uma previa autorização estatal para a formação de algumas pessoas jurídicas, como por exemplo estabelecimentos bancários, empresas de mineração e as empresas de exploração e aproveitamento industrial das águas e da energia elétrica. É valido ressaltar que as fundações necessitam da aprovação dos seus estatutos pelo MP local.
Ademais, para os mesmos doutrinadores, o processo de constituição de uma pessoa jurídica se divide em duas etapas: 
a) o momento do ato constitutivo, contém uma parte material e uma parte formal. Quanto a primeira, exemplifica-se nas reuniões dos sócios; já a segunda, trata da elaboração por escrito do contrato social.
b) o momento do registro público 
Observa-se que se adquire a personalidade Jurídica no momento do registro. As referidas etapas, na ótica de Maria Elena Diniz correspondem a constituição e personalização (FARIAS e ROSENVALD, 2017) 
Sob o mesmo ponto de vista doutrinário, conforme previsto na Lei nº 8.934/94 existe um prazo retroativo de 30 dias para conferir a regularidade das ações praticadas pela empresa. Constitui o prazo de regularização dos documentos da pessoa jurídica.
Explana ainda sobre o registro dos atos constitutivos da pessoa jurídica tem natureza constitutiva, sendo esse o instrumento de constatação da personalidade jurídica, que não existe antes do ato 
Conclui-se que o nosso ordenamento jurídico adotou-se o sistema das disposições normativas. Desta forma, sem o cumprimento das normas do art. 45 CC não se instituirá a personalidade jurídica. Por isso, se uma sociedade operar sem o registro, é tida como irregular ou sociedade de fato, ficando submetida as normas dos artigos 986 a 900 da Codificação Civil, salvo quando for sociedade por ações em organização. (FARIAS e ROSENVALD, 2017).
7 GRUPOS DESPERSONALIZADOS 
Entes despersonalizados, apesar de não terem personalidade jurídica, podem ser sujeitos de direito. Ou seja, não possuem personalidade jurídica, mas gozam da capacidade jurídica podendo titularizar relações jurídicas. (FARIAS e ROSENVALD, 2017).
"São exemplos corriqueiros de entes despersonalizados a família, a sociedade irregular e a sociedade de fato, a massa falida, a herança vacante ou herança jacente, o espolio e o próprio condomínio" (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p. 455) 
a) A família, sem dúvidas, a mais importante sociedade despersonificada. Não se caracteriza pessoa jurídica pelo fato que suas atividades jurídicas podem ser exercidas sem a personificação (GONÇALVES, 2016) 
b) A massa falida será representada pelo síndico, modernamente denominado administrador judicial pela nova legislação pertinente à matéria (Lei nº 11.101/05, art. 22, III,n) (FARIAS e ROSENVALD, 2017, p. 456). O acervo de bens que pertencem ao falido recebe o nome de massa falida objetiva. Após a sentença de falência os credores que vão se beneficiar recebe o nome de massa falida subjetiva (GONÇALVES, 2016).
c) As heranças jacente e vacante, constituem os bens deixados pelo de cujos, enquanto não entregue ao sucessor. Quando não se tem conhecimento de algum herdeiro e não se tem um testamento deixado pelo cujos, a sucessão é aberta e a herança passa a denominar-se herança jacente. Como não tem personalidade jurídica, consiste num acervo de bens administrado por um curador até a habilitação dos herdeiros (GONÇALVES, 2016).
d) Ainda sobre o mesmo doutrinador, o espólio, surge com a abertura da sucessão, sendo representada no inventario pelo administrador provisório, ao passo que se nomeia um inventariante sendo identificado como unidade para depois partilhar os quinhões hereditários aos sucessores. 
e) As sociedades e associações sem personalidade jurídica (associação de fato ou irregulares), serão representadas em juízo pela pessoa a quem couber a administração dos bens. São entidades já criadas entretanto, não tem registro no órgão competente por falta de autorização legal. (GONÇALVES, 2016)
f) “[...]o condomínio tem sua representação exercida pelo síndico[...]” (FARIAS e ROSELVAD, 2017, p.456). Pode ser geral, (tradicional ou comum), não tem personalidade. Há uma divergência na doutrina sobre o condomínio em edificações, alguns doutrinadores negam sua personalidade jurídica, outros a defendem se baseando na Lei n.4.591/64, art. 63 §3. (GONÇALVES, 2016)
7.1 SOCIEDADE IRREGULAR OU DE FATO
Segundo Gonçalves (2016) a pessoa jurídica irregular se da na falta do registro constitutivo, não recebe personalidade jurídica, é considerada apenas uma mera relação contratual disciplinada pelo contrato social. 
Consequentemente, quando se efetiva o registro, a pessoa jurídica passa a existir legalmente, adquirindo direitos e obrigações podendo desfrutar da capacidade patrimonial sem se confundir com a de seus membros. A condição regular da sociedade de fato não produz efeitos retroativos, aplicando-se os princípios da sociedade irregular ao tempo que permaneceu como sociedade de fato.
Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dividas da sociedade, a não ser, depois de executados os bens sociais, visto que no art. 990 do Código Civil discorre “Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade” (BRASIL, 2017, p.219) O patrimônio responde pelas obrigações contudo, os sócios devem concorrer  com seus haveres na dívida comum, o que incide sobre o patrimônio dos mesmos. (GONÇALVES, 2016) 
As relações de sócios entre si, só se prova com um documento escrito, já as relações com terceiros, se permite o uso de outros meio de prova.  Os bens sociais respondem pelos atos por qualquer sócio, a menos se houver um pacto limitativo do poder. (GONÇALVES, 2016) 
As sociedades de fato, não podem praticar atos que impliquem alienação de imóveis, visto que não são sujeitos de direito, os registros imobiliários não irão proceder. (GONÇALVES, 2016) 
8 DOMICÍLIO 
“O domicílio da pessoa jurídica é a sua sede jurídica, Isto é, o seu domicílio será o local em que exerce as suas atividades habituais, em que tem o seu governo, sua administração e direção ou o local que estiver indicado nos atos constitutivos.”(FARIAS e ROSENVALD,2017p.462,grifo do autor)
Conforme colocação no direito público ou privado, a pessoa jurídica sofrerá mudanças quando se diz domicílio. Segundo o art.75, presente no Código Civil, o domicílio das pessoas jurídicas de direito púbico indica que: 
Art.75. Quanto ás pessoas jurídicas, o domicílio é : 
I – da União, o Distrito Federal;
II – dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III- do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV – das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde eleger domicílio especial no estatuto ou atos constitutivos. (BRASIL. 2017, p. 164) 
De acordo com o art.12 do CPC, as pessoas jurídicas de direito público são assistidas em juízo, ativa e passivamente, podendo se resumir em: união, representado pelo Presidente da República ou advogados da União; os estados e o Distrito Federal e territórios assistidos por seus procuradores e o município observado pelo seu prefeito ou procurador. Em relação a outra pessoa jurídica no direito público será indicada nos seus estatutos ou na lei orgânica respectiva.
Para Farias e Rosenvald, as pessoas jurídicas de direito privado possuem sedejurídica natural, legal ou convencional. Natural decorre do funcionamento da diretoria ou administração da pessoa jurídica, uma vez possuindo estabelecimentos em lugares diferentes, considerando sua moradia em qualquer um deles, para os atos neles praticados.
No domicílio legal, decorre de indicar previsão da norma jurídica. Segundo o § 2º do art.75 do CC “se a administração ou diretoria tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante ás obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder”. Sendo assim, a agência que contribuiu para a obrigação será a de domicílio. 
Por outro lado o domicílio convencional estabelece no ato constitutivo, regularmente registrado. Ou seja, a pessoa jurídica poderá possuir múltiplos domicílios, estabelecidos por lei ou pela atividade empresarial em exercício. 
Consequentemente, é reconhecido pela súmula 363 do Pretório Excelso a possibilidade de pluralidade de domicílios, ficando claro que a pessoa de direito privado poderá ser demandada no domicílio da agência ou estabelecimento em que o ato foi praticado.
Tal reconhecimento é de grande importância, pois facilita a proposta de ações judiciais contra a pessoas jurídicas, permitindo que seja acionada onde foi travada relações jurídicas.
Conclui-se que a pessoa de direito privado será assistida em juízo por quem for indicado nos estatutos ou contrato social. Na ausência de previsão específica, seja qual for os sócios representará a pessoa jurídica.
9 RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL DA PESSOA JURÍDICA 
	
Segundo Diniz (2011) a responsabilidade para a pessoa jurídica de direito privado e direito público, se referindo a realização de um negócio jurídico dentro dos limites do poder autorizado pela lei, pelo contrato social ou pelo estatuto, deliberado pelo órgão competente e executado pelo representante é responsável, devendo cumprir o que estiver disposto no contrato, respondendo com seus bens pelo inadimplemento contratual. Ficará responsável por recompor danos físicos ou psíquicos causados ao consumidor, como também deverá arcar, para garantir a segurança econômica do consumidor ante os incidentes de consumo que podem diminuir seu patrimônio em razão de vício de quantidade e de qualidades por inadequação.
Já Farias e Rosenvald (2017) dizem que as pessoas jurídicas respondem integralmente por seus atos, com seu patrimônio social. Acontecendo um dano, causado por uma pessoa jurídica, aplicar-se-á a entidade reparar integralmente o prejuízo sofrido pela vítima. 
A responsabilidade da pessoa jurídica, também chamada de responsabilidade empresarial, decorre da violação de obrigações previstas em negócios jurídicos ou da infringência de deveres legais ou sociais, firmes estes nos princípios gerais de direito.
O art.47 do CC, define a responsabilidade empresarial pelos atos praticados nos limites dos poderes definidos nos atos constitutivos.
A pessoa jurídica também se responsabiliza pelos atos que seus integrantes ou prepostos praticam, aparentemente, em seu nome, ainda que ultrapasse os limites dos poderes que a pertenciam, salvo se o prejudicado conhecia tal situação.
A jurisprudência já anunciou que a apresentação “perante o segurado como se seguradora fosse, torna-a responsável pelo pagamento da indenização securitária, bem como pela obrigação de natureza previdenciária (FARIAS e ROSENVALD,2017,465, grifo do autor)
De acordo com a teoria da aparência, uma pessoa jurídica executa atos em nome próprio, utilizando-se de sua credibilidade, mas em favor de outros há responsabilização com apoio na aparência fática. Não é rara, o uso da marca empresarial e publicidade de outra empresa, vindo ela a se replicar solidariamente pelos prejuízos causados a terceiros por aquela, segundo a teoria da aparência, visto que aos olhos do homo médio, quem transfere a marca está cooperando com o resultado.
9.1 RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PUBLICO 
Segundo Gonçalves (2015), a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público passou por diferentes etapas: 
a) a irresponsabilidade do Estado
b) a civilista, onde assumia o compromisso civilmente das pessoas jurídicas de direito público pelos atos de seus representantes, onde causava danos a terceiros. Nessa etapa, a vítima tinha o ônus de provar a culpa ou dolo do funcionário.
c) publicista, a responsabilidade passou a ser objetiva, na modalidade do risco administrativo. Assim, o sofredor não possuía mais o ônus de afirmar culpa ou dolo do funcionário.
Segundo o art.43 do Código Civil, “ As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
(BRASIL, 2017, p. 161)
Cabe ação contra o Estado, mesmo quando não mencionar o funcionário causador do dano, como na omissão da administração. Casos como esses, são chamados de “culpa anônima da administração”.
A responsabilidade do Estado em decorrência de erro judiciário é expressamente reconhecida no art. 5, LXXV, da Constituição Federal, nestes termos: “ O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença”. Impondo ao Estado a obrigação de indenizar aquele que “ficar preso além do tempo fixado na sentença”, estará implicitamente também assegurando ao sentenciado o direito de ser indenizado em virtude de prisão sem sentença condenatória (GONÇALVES, 2015 p. 270).
9.2 RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO 
No contexto civil, a responsabilidade da pessoa jurídica pode ser contratual e extracontratual, sendo para fim a pessoa natural.
Segundo Gonçalves (2016), o meio contratual, faz presente no art.389 do CC onde nos diz que “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. ” (BRASIL,2017, p 183)
Diniz (2011), o meio extracontratual, é princípio estabelecido que as pessoas jurídicas de direito privado devem restaurar o dano causado pelo seu representante que resultou contra o direito, desenvolvendo assim, o conceito de responsabilidade indireta. No código civil, encontramos apenas no que diz respeito ás pessoas jurídicas que têm por fim lucrativa ou empresarial (presente nos artigos 931 e 1009) no que determina os produtos postos em circulação
Já para Farias e Rosenvald (2017), qualquer pessoa jurídica de direito privado responde civilmente por danos causados, mesmo que não tenha fins lucrativos (associações e fundações) assegurando que a vítima seja amparada pelo mal sofrido.
Para finalizar, Gonçalves (2015) nos diz que a pessoa jurídica de direito privado responde como preponente pelos atos de seus empregados ou prepostos (responsabilidade por fato de terceiro), como também pelos seus órgãos (diretores, administradores, assembleias etc.), o que vai dar na responsabilidade direta ou por fato próprio. A responsabilidade direta da pessoa jurídica coexiste com a responsabilidade individual do órgão culposo. Em consequência, a vítima pode agir contra ambos. Já se decidiu que “o administrador de pessoa jurídica só responde civilmente pelos danos causados pela empresa a terceiros quando tiver agido com dolo ou culpa, ou, ainda, com violação da lei ou dos estatutos (GONÇALVES, 2015, p. 263).
9.3 RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA 
Segundo Farias e Rosenvald, as condutas e atividades prejudiciais ao meio ambiente vincularão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de consertar os danos provocados. Trata-se de uma vocação, contemplada no Direito Europeu, de quebra com tradicional princípio societas delinquere non potest, assim a pessoa jurídica não pode exercerdelitos, causando a impossibilidade de se lhe reconhecer a atuação dolosa.
Vale lembrar, que a responsabilidade penal das pessoas jurídicas nesses fatos, não exclui as pessoas humanas, assim, participam do fato delitógeno como autores, partícipes ou coautores
A possibilidade de imputação de responsabilidade penal ás pessoas jurídicas evidencia situações contraditórias no campo do processo penal. O art.21 da lei dos crimes ambientais, indica que as sanções penais postas ás pessoas jurídicas poderão ser de multa, restrição de direitos, prestação de serviços à comunidade ou a suspensão total ou parcial de atividades, a interdição temporária de estabelecimento de obra ou atividade.
Naturalmente, dessa possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica haverá de decorrer sua legitimidade para a impetração de mandado de segurança (também cabível em sede criminal), em razão da impossibilidade de se lhe reconhecer legitimidade para a impetração do habeas corpus (GONÇALVES, 2017, p. 480,grifo do autor).
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10 DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
10.1 Noções conceituais
A desconsideração da personalidade jurídica indica o episódico levantamento do véu societário, no caso concreto, tal como se a pessoa jurídica não existisse, atribuindo ao sócio ou á sociedade uma responsabilidade que, sem a aplicação da teoria do disregard, seria imputada á sociedade ou ao sócio,respectivamente 
(FARIAS E ROSENVALD, 2017, p.489, grifo do autor)
Gonçalves(2016) nos mostra que a teoria, permite ao juiz em situações de fraude ou má-fé, despreze o princípio de que as pessoas jurídicas tenha existência desigual a dos seus membros e os efeitos da autonomia, para alcançar e prender com laços os bens particulares dos sócios ao agrado das dívidas do agrupamento.
Para Farias e Rosenvald (2017) o sistema jurídico reprova o uso inadequado da personalidade jurídica, buscando esquivar-se que seja a empresa desviada de seus objetivos sociais e econômicos para meios fraudulentos.
10.2 Requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica
Segundo Farias e Rosenvald (2017) é admissível desconsiderar a personalidade jurídica, através do ato jurídico, em razão de abuso de direito determinado por desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
O desvio de finalidade, trata-se do desvio das intenções sociais da pessoa jurídica, deixando prejuízos pelo caminho, diretamente ou indiretamente para que sócios ou terceiros arquem com o prejuízo. Já a confusão patrimonial, o sócio utiliza os bens materiais da pessoa jurídica para realizar transações pessoais, não separando as atividades entre sócio e empresa. É bastante comum, podendo ser observada em casos onde apresenta empresas controladoras e empresa controlada.
Faz se presente na jurisprudência, que segundo o art.50 do Código Civil, o decreto de desconsideração de personalidade jurídica de uma sociedade, somente importará para os bens dos sócios ou administradores que a utilizarem de forma incorreta, usando de desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
10.3 Teorias maior e menor da desconsideração
Para Farias e Rosenvald (2017) a teoria maior solicita a presença de uma condição específica para que se concretize a desconsideração, assim, poderá se conceber o patrimônio do sócio por dívida da pessoa jurídica.
Essa teoria se subdivide em objetiva e subjetiva, dependendo de sua exigência.
A teoria maior subjetiva solicita a imediata apresentação da fraude, com a intenção de prejudicar terceiros ou fraudar leis. Já a teoria maior objetiva estabelece aspectos funcionais do instituto que na intenção do sócio. Essa teoria requisitará o atendimento de requisitos legais essenciais para fixar soberania patrimonial da pessoa jurídica.
De outra banda, a teoria menor trata como desconsideração da personalidade jurídica toda e qualquer hipótese de comprometimento do patrimônio pessoal do sócio por obrigação da empresa. Fundamenta o seu cerne no simples prejuízo do credor para afastar a autonomia patrimonial da pessoa jurídica (FARIAS e ROSENVALD,2017 p.491, grifo do autor).
Nossa legislação, aceita em alguns casos a teoria maior e em outros casos, a menor, causando certa confusão conceitual ao instituto, que, em último caso, opta por uma amplitude considerável.
O art.50 do Código Civil, nos apresenta a teoria maior, mas encontramos em outros meios legais a teoria menor, onde permite a desconsideração, em certos casos, livremente do abuso ou da falcatrua.
 
10.4 Aspectos processuais
Podemos relacionar alguns aspectos processuais á desconsideração da personalidade jurídica. O código de processo civil de 2015 encartou o inesperado de desconsideração da personalidade entre as modalidades de intermédio de terceiros, sucedendo um procedimento específico.
	O Ministério Público é legitimado para requerir a desconsideração. Pode agir como uma autora ou como fiscal da ordem jurídica. Pode se dizer que é possível alegar a desconsideração pela respectiva pessoa jurídica, em seu benefício, visando conquistar a responsabilização pessoal de um dos sócios, que, por ventura tenha usufruído dessa condição, ocasionando danos a própria empresa.
	 Farias e Rosenvald (2017) nos diz que não há período extitívo (prescrição ou decadência) para a concepção da reivindicação de personalidade jurídica, através do direito potestativo que pode ser executado a qualquer tempo, antes transitado no processo em que se alega a responsabilidade da empresa ou do seu sócio.
	Vale lembrar o ápice em que se deve desconsiderar a personalidade jurídica, intimando os sócios para se declararem responsáveis pelas obrigações fracassadas.
	 A nossa legislação processual, diz que o pedido de desconsideração será desenvolvido a qualquer momento ou etapa do procedimento, mediante um incidente processual, concordando que a execução venha a incidir sobre o patrimônio dos societários.
	Sobre o olhar de Farias e Rosenvald, o juiz deve agir com cautela quando for aplicar as medidas cautelares para não colocar em risco o futuro útil da desconsideração. Desta forma, o título da providência acautelatória pode ocorrer a penha ou limpar determinação do magistrado.
	 É valido ressaltar, que na regra geral a penhora, inclusive a on-line, no patrimônio particular do sócio que todas as possibilidades de execução direta contra a empresa forem esgotadas. Soma-se a este direito de ampla defesa presente no diploma processual.
	 Após a formalização do incidente, provas do abuso de personalidade devem ser apresentadas pelo gestor. Ao passo que se aprova o abuso de personalidade o poder judiciário fica autorizado a fazer cair sobre os bens dos sócios a responsabilidade pelas dívidas assumidas em nome da sociedade.
Se a decisão conferir a desconsideração, o sócio administrador passa a participar do processo, podendo sofrer com a execução, gerando uma ampliação subjetiva da demanda. Ficando seus bens comprometidos pela dívida em sociedade. Por outro prisma, se a decisão for denegatória estará excluído, não ficando seus entes comprometidos em sua esfera jurídica.
10.5 Desconsideração inversa
“Caracteriza-se desconsideração inversa quando é afastado o princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica para responsabilizar a sociedade por obrigação do sócio. ” (GONÇALVES, 2015, p.259,).
 Referente a Farias e Rosenvald constam no código de processo civil de 2015, no § 2º do art.133, a possibilidade de desconsideração inversa, afirmando que a sua ocorrência depende da comprovação dos mesmos pressupostos da desconsideração comum.
Pode ser aplicado no Direito das Famílias, tendo como exemplo se um cônjuge conquistar bens significativos, com meios próprios, e registrá-los em nome de uma pessoa jurídica, que, eventualmente, tenha o controle, pessoalmente ou por terceiros. Casos assim, pode-se responsabilizar a sociedade pelo valor devido ao outro cônjuge ou companheiro, a título de nomeação.
10.6 Desconsideração expansiva
Para Farias e Rosenvald ( 2017), desconsideraçãoexpansiva é a probabilidade de desconsiderar uma pessoa jurídica para alcançar a personalidade do sócio possivelmente velado, que, não frequente, está acobertado na empresa controladora.
O exemplo construído por Mônica Gusmão é interessante: “Em ação de execução em face da Sociedade A, pela Sociedade B , a exequente verifica a dissolução irregular da executada, e tem ciência de que a Sociedade C, constituída por alguns sócios da Sociedade A, exerce suas atividades no mesmo domicílio da executada, dissolvida irregularmente. Nesse caso, admite-se a desconsideração da personalidade jurídica da Sociedade C, de forma expansiva, para atingir o patrimônio dos sócios ocultos, verdadeiros ‘testas de ferro’ da sociedade executada, a fim de coibir eventual fraude.
(FARIAS E ROSENVALD,2017, p.508.)
A jurisprudência admite a desconsideração expansiva, quando evidente a presença do sócio camuflado.
10.7 Desconsideração indireta
	 Segundo Farias e Rosenvald (2017) desconsideração indireta, será um meio de busca secundária do véu protetivo da empresa controlada para encarregar a empresa-controladora ( coligada) por ações realizadas de modo abusivo ou fraudulento.
Vem se tornando cada vez comum, casos onde abrange grandes complexos empresariais que apanham empresas que terminam exercendo a criação de um ambiente mais seguro para sua controladora, em desvantagem de terceiros que contratam com uma empresa mais enfraquecida.
11 EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Uma vez instituída legalmente- adquirindo personalidade a partir do regular registro -, a pessoa jurídica existirá indeterminadamente, salvo se suas atividades estiverem submetidas a termo ou condição, quando será extinta sua personalidade no advento do termo ou implemento da condição respectiva (FARIAS e ROSENVALD,2017, p.482).
As pessoas jurídicas nascem, desenvolvem-se, modificam-se e extinguem-se. Nas sociedades comerciais, as modificações compreendem a transformação, a incorporação e a fusão. As sociedades civis devem manter a forma específica. O começo da existência legal das pessoas jurídicas de direito privado se dá com o registro do ato constitutivo no órgão competente, mas o seu término pode decorrer de diversas causas (GONÇALVES, 2015, p. 275). 
Segundo Farias e Rosenvald (2017) a pessoa jurídica de direito público, se constitui mediante lei, finar-se, bem como, por força da lei, que recebe o nome de simetria das formas. Assim, as pessoas jurídicas de direito público se constitui mediante normal legal, somente por deliberação legal será possível findá-la.
A pessoa jurídica de direito privado, poderá ser extinta por diferentes circunstâncias:
pelo decurso de prazo (se constituída a tempo);
pela deliberação da unanimidade dos sócios (caso típico de distrato), nos termos do art.1033, II, da Lei Civil;
pela deliberação da maioria absoluta dos membros, resguardados os direitos da minoria vencida, como reza o art.1033, III, do Código de 2002;
pela falta de pluralidade de sócios, quando não vier a ser reconstituída no prazo de 180 dias, de acordo com o inciso IV, do multicitado art.1033 do Codex.
Ou seja, pelo desaparecimento (declaração de ausência) ou morte dos sócios, sem que os herdeiros deles venham a prosseguir na atividade empresarial;
pela perda da autorização para funcionar, nas hipóteses em que se faz necessária a anuência governamental (CC, art.1033, V)
quando, constituída para atingir determinado desiderato, sua finalidade já tenha sido atingida ou tenha se tornado ilícita ou impossível;
pela verificação de ser nociva ou impossível a sua manutenção, por decisão judicial, em ação promovida pelo Ministério Público ou pelo interessado (que poderá ser um dos sócios ou mesmo terceiro)
(FARIAS E ROSENVALD,2017, p.483)
Em suma, podemos classificar as hipóteses dissolutivas das pessoas jurídicas em : I) dissolução convencional – quando ocorre a anulação por parte da maioria dos seus membros; II)dissolução administrativa – cassação da autorização para seu funcionamento; III)dissolução legal – se o término decorre de acordo com a legislação; IV) dissolução judicial – quando transcorrer de decisão judicial, provocada pelo sócio, interessado ou terceiros, ou pelo Ministério Público, quando for preciso.
Ainda para Farias e Rosenvald (2017), é evidente que o falecimento do sócio é causa extintiva das sociedades individuais; Nas sociedades coletivas, os herdeiros terão direito ao recebimento das cotas correspondentes, podendo dar seguimento á empresa, salvo disposição expressa em contrário.
Também pode ser fundamento de extinção da pessoa jurídica a violação da função social da empresa, quando o seu fim real não condizer com a finalidade declarada, quando meios ilícitos perseguirem o seu objetivo social ou quando a sua existência se tornar oposta à ordem pública, desconsiderando sua função social.
Dissolvida a pessoa jurídica, por ato de vontade dos sócios, ao arrepio da norma legal, trata-se de caso típico de abuso de direito, sob responsabilidade dos sócios se solidarizar pelas suas obrigações
A extinção da pessoa jurídica, com o cancelamento do registro, produzirá efeito ex nunc, não retrocedendo de forma a não prejudicar interesses de terceiros que com ela negociaram. Destaca-se que segundo o art.51, § 3º do Código Civil, o cancelamento do registro será promovido depois de encerrada a liquidação.
Por fim, dissolvida uma pessoa jurídica com finalidade lucrativa, seu patrimônio será destinado de acordo os estatutos, sendo silenciososserão distribuidos entre os sócios na medida de suas cotas. Já a pessoa jurídica de fins não lucrativos (associação ou fundação), o patrimônio líquido remanescente, no silêncio dos estatutos, terá fim a alguma entidade de fins não lucrativos, previsto pelo art.61 e 69 do CC.
 CONCLUSÃO
Ao final deste trabalho, pode-se concluir que pessoas jurídicas são sujeitos de direito e obrigações. Sua criação depende de fatores como por exemplo a vontade humana criadora, a licitude dos propósitos entre outros. Uma vez constituída a pessoa jurídica, ela recebe responsabilidade em vista de seus atos. A validade da pessoa jurídica apenas se concretiza mediante ação constitutiva, seja ela contrato social ou estatuto, conforme as características da sociedade criada. É valido salientar que se os sócios ao cometerem danos a outrem, a empresa fica responsabilizada.
A pessoa jurídica é autônoma em relação a pena física, visto que a empresa só responde por atos da mesma. Há, porém, a situação em que a pessoa física pode responder pela pessoa jurídica, isto se dá na desconsideração da pessoa jurídica. Na regra geral, é de conhecimento que as associações não visam o lucro, porém alguns empreendimentos são feitos e os lucros são revestidos a finalidade das empresas.
A responsabilidade conferida a pessoa do direito público e do direito privado está sempre ligada ao conceito de obrigação, resultado do comportamento humano, omisso ou comissivo que causa modificação nas relações jurídicas
A pessoa jurídica também se responsabiliza pelos atos pelos atos que seus integrantes praticam, mesmo ultrapassando os limites permitidos, caso o prejudicado conhecia tal ato. Vale ressaltar que é admissível desconsiderar a personalidade jurídica em razão de abuso de direito determinado por desvio de finalidade.
 Quando se diz desconsideração da pessoa jurídica, podemos ressaltar duas teorias utilizadas: a teoria maior e a menor. A primeira nos mostra que requer a presença de uma condição para se concretizar a desconsideração. Já a segunda nos apresenta que toda e qualquer hipótese de comprometimento do patrimônio pessoal do sócio por obrigação da empresa. Ainda sobre desconsideração, a pessoa jurídica abrange a desconsideração inversa, expansiva e indireta.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o código civil. In: Vade Mecum Saraiva. Obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de LíviaCéspedes e Dias da Rocha. 23. ed. atual. ampl. São Paulo: Saraiva, 2017. p. 219.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: teoria geral do direito civil. 29. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p 265
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: parte geral e LINDB. 15. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Ed. JusPodivm, 2017. 880p. p. 429-456, 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: parte geral. 14. Ed. São Paulo: Saraiva, 2016. V.1. p 220, 221,222, 223, 228, 229, 231, 232, 233, 234 
VENOSA, Silvio de Salvo. DIREITO CIVIL. 15. Ed. São Paulo: Atlas, 2015. V.1. p 243; p. 244, 245, 247,288

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