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ONLINE Fun hist teor metodo do SSocial II 02

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CADERNO DE ATIVIDADES
Disciplina: Fundamen
tos Históricos e Teór
icos-Metodológicos 
do Serviço Social II
Tema 02: Educação e
 Política na Ditadura
seç
ões
Tema 02
Educação e Política na Ditadura
Como citar este material:
NOBRE, Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues. 
Fundamentos Históricos, Teórico-Metodológicos 
do Serviço Social II: Educação e Política na 
Ditadura. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
4
Tema 02
Educação e Política na Ditadura
5
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro “Ditadura e Serviço Social: uma 
análise do Serviço Social no Brasil pós-64”. Editora Cortez, publicado em 2010, em sua 15ª 
edição, Livro-Texto nº 324.
Roteiro de Estudo:
Elisa Cléia Pinheiro 
Rodrigues Nobre
Fundamentos Históricos, 
Teórico-Metodológicos do 
Serviço Social II 
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• Como a Educação se desenvolve no contexto ditatorial.
• As intervenções da “autocracia burguesa” no âmbito das questões educacionais no 
cenário ditatorial.
• Como foi “sistematizada” a política cultural no período do regime militar brasileiro.
• O contexto das repressões culturais a partir do ponto de vista estudantil.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Qual é a discussão sobre as questões políticas e educacionais desenvolvidas no 
contexto da ditadura militar?
• Como estas discussões impulsionam o processo de enfrentamento às exigências 
políticas da época?
• Quais são as mudanças, tanto qualitativa como estrutural na educação, impelidas por 
parte da autocracia burguesa entre os anos de 1968 e 1969?
Educação e Política na Ditadura
Para a compreensão da proposta deste tema, é necessário que você conheça 
os acontecimentos que envolveram a educação durante o período da ditadura militar 
no Brasil. Possivelmente você já leu ou conversou com alguém que levantou questões 
sobre os movimentos estudantis, o trabalho da União Nacional dos Estudantes (UNE) 
ou os Movimentos de Educação de Base (MEB) e a extensão do trabalho não só dessas 
organizações, mas de outros instrumentos de organização da sociedade civil que surgiram 
nesta época. 
É notório que o trabalho destas organizações incide reflexos até hoje e são referência 
para vários debates no interior da academia. Tenha certeza de que esta discussão poderá 
esclarecer determinados pontos deste tema, além de oferecer subsídios de reconhecimento 
do processo educativo de forma geral. 
Nesse sentido, é necessário que compreenda como a autocracia burguesa interferiu na 
política de educação que se desenvolvia naquele período histórico, além de entender como 
as imposições desta parcela representativa da sociedade interferem nos caminhos da 
educação até os dias atuais. 
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Saiba que a relação entre a Educação e a política desenvolvida no período da ditadura é 
um assunto discutido e analisado por muitos autores que debatem esse tema, mesmo que 
estes autores apresentem várias diferenças na forma de defenderem e abordarem o referido 
assunto. Tanto que Netto (2010, p. 54) disserta que existem “analistas, apesar de suas 
diferenças ideopolíticas e de suas opções teórico-metodológicas alternativas, coincidem 
na verificação de que houve um giro, uma mudança qualitativa e estrutural, no trato da 
educação por parte da autocracia burguesa”. 
Netto (2010) destaca que, no contexto em que se desenvolvem os acontecimentos que 
marcam o período de ditadura militar, dois momentos podem ser ressaltados como marcantes: 
o primeiro, entre 1964 e 1968, período em que se desenvolve um enfrentamento e diluição 
de qualquer forma democratizante de ensino e, a partir de 1968, a adoção de modelos que 
mais se pareciam ou se adequavam às políticas do regime, o ideário do desenvolvimento 
“modernizador”.
Neste caminho, o que interessa não é discutir o lugar que ocupa a “filosofia educacional” 
da autocracia burguesa ou se o seu ordenamento cabe ou não ao Estado, importa, sim, 
compreender os novos rumos definidos para a política da educação dentro do cenário que 
se apresentava à época.
Não se trata, de fato, de localizar, na vigência do ciclo autocrático burguês, 
substantivas diversas acerca do papel da educação e do espaço que, no seu 
ordenamento, cabe ao Estado. Inúmeras investigações mostram que, desde 
o início do golpe de abril, no interior da coalizão que empalmou o poder, já 
se tinha definida a “filosofia” para a política social no terreno da educação. 
(NETTO, 2010, p. 54).
Importante lembrar que o governo na autocracia burguesa promoveu um desmantelamento 
da luta social travada em prol dos direitos de cidadania, por meio da violência repressiva 
dos indivíduos sociais. Também reprimiu as discussões sobre práticas democráticas, 
imprescindíveis ao país, que foram arrefecidas pela tecnocracia. 
Ressalta-se que apesar de a sociedade ter apoiado o golpe de 1964, frente às decisões 
arbitrárias tomadas pelo governo militar, a mesma passa expor seu descontentamento por 
meio de greves, manifestações populares e estudantis e severas críticas por meio de jornais, 
programas de televisão e rádio. 
Para coibir tais manifestações o governo militar passa a utilizar-se de atos institucionais. 
Dessa forma, as práticas ditatoriais passam a serem vistas como categorias neutras, apenas 
por estarem centradas na ciência e na racionalidade técnica. Os efeitos deste processo são 
vivenciados nas bases tecnicistas oferecidas para a educação.
No período em que o militarismo expande-se no país, a Educação vive momentos de 
grandes mudanças. Até mesmo as leis que embasam a Educação são reformuladas em sua 
8
essência. Assim, a inspiração liberalista cede lugar a tecnicista em que a preocupação com 
o que deveria ser dado cede lugar ao “como deveria ser dado” o conteúdo a ser trabalhado 
com os alunos.
Reestrutura-se, dessa forma, o conteúdo, os currículos e impregna-se a educação de 
técnicas variadas, bem como se apresenta neste momento o parcelamento do trabalho 
pedagógico e sua hierarquização o que possibilita um maior controle sobre a escola.
Pode-se dizer que também neste momento, se consolida o modelo norte-americano de pós-
graduação no Brasil. Destaca-se, ainda, que este processo possibilita que o “produtivismo” 
expanda seu território na academia e ocupe um espaço de destaque em toda produção 
científica da época.
Para Netto (2010), em meio a todos os esforços para consolidação de uma nova filosofia 
educacional, a realização de várias pesquisas na área e do censo escolar projetado 
num dos últimos governos constitucionais e realizado em 1964 revela um verdadeiro 
“estrangulamento” no interior do sistema escolar. Netto (2010, p. 56) analisa que
o panorama fornecido pelo Censo, além de avaliações qualitativas feitas pelos 
diversos protagonistas da área, deixava claro o estrangulamento do sistema 
que vai se revelando mais flagrante e agudo à medida que as alterações na 
demanda impõem soluções a curto prazo. 
Dessa forma, faz-se urgente que o governo militar apresente um posicionamento diferenciado 
às políticas educacionais, frente, inclusive, à pressão internacional que exigia a mudança 
dos parâmetros que se apresentavam. Frente a este cenário, o governo militar adota 
posicionamento político que se apresenta com duplo sentido: por um lado há a supressão 
das formas democráticas de educação e, por outro, são “autorizados” instrumentos com 
caráter autoritário e repressivo, que na prática surgem como suporte modernizador ao 
chamado Estado Nacional. 
O golpe de 1964 ou, como ficou conhecido, “a revolução de 64” provoca adesões na busca 
de consolidação dos interesses da classe dominante.Dessa forma, os tecnocratas unem-
se à ribalta da política nacional. Os resultados dessa união podem ser notados no controle 
das eleições e também no resultado fraudulento destas. 
No lócus do trabalho, prevalece a questão do arrocho salarial, além de permanecer 
ausente um programa de distribuição da renda nacional, no que diz respeito à lógica do 
desenvolvimento financeiro. Isso sem considerar que a atuação dos órgãos de repressão, 
reforçados pela Ditadura Militar, colocam-se como escudos contra a oposição que requer a 
volta do Estado de direito democrático.
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
Avolumam-se os movimentos estudantis, que eram parte de uma maior conscientização 
política e educacional de alguns. Busca-se, por meio destes movimentos, a defesa das 
liberdades também políticas e científicas diante dos modelos “formadores” que se 
apresentavam no momento. Marca este período os fervorosos atos de repressão, que se 
consolidam por meio da instituição do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 1978. 
Este termo dava ao governo ditatorial plenos poderes para reprimir e coibir diversos 
movimentos e expressões no país. Por meio dos atos do AI-5, cogita-se, até mesmo, a 
possibilidade de fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.
Segundo Netto (2010) o regime militar irá interferir diretamente na educação, principalmente 
por meio da consolidação dos acordos realizados com agências norte-americanas (Acordos 
MEC-USAID) que solidificam cada vez mais o modelo tecnicista no âmbito da educação 
brasileira, principalmente no setor universitário. Surgem novas regras que minimizam o 
papel do estado no que diz respeito à política da educação. 
Para o autor, o ponto essencial a ser debatido neste momento histórico são as formas 
utilizadas pela autocracia burguesa para liquidar a organização sociopolítica existente à 
época. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Acesse o site da Cultura Brasil. Disponível em: <http://www.culturabrasil.pro.br/ditadura.
htm> Acesso em: 02 jan. 2014. 
Este site é especializado em apoio à pesquisa escolar e acadêmica para assuntos 
relacionados à cultura de forma geral. 
10
LINKSIMPORTANTES
Procure o artigo: JÚNIOR, Amarílio Ferreira; BITTAR, Marisa. , Educação e ideologia 
tecnocrática na Ditadura Militar. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v28n76/
a04v2876.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
O texto apresenta uma rica discussão sobre as questões políticas e a invasão da tecnocracia 
no modelo educacional brasileiro no período da ditadura militar.
Leia o artigo: ASSIS, Luís André Oliveira de. Rupturas e permanências na história da 
educação brasileira: do regime militar à LDB/96. Disponível em: <http://curriculohistoria.
files.wordpress.com/2009/09/clara.pdf>.Acesso em: 02 jan. 2014.
O texto aborda o caminho traçado pela educação brasileira, principalmente no que diz 
respeito às suas políticas, em relação ao período que compreende desde a ditadura militar 
Brasileira até a discussão da Lei de Diretrizes e Bases, colocada em vigor em 1996.
Vídeos
Assista ao vídeo: Cartas da Mãe. Disponível em: <http://portacurtas.org.br/
filme/?name=cartas_da_mae>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Este curta traz um relato sobre algumas passagens do período de exílio e de luta contra a 
ditadura que foram descritas em cartas de Henfil para sua mãe.
11
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
Os acontecimentos que permearam o pe-
ríodo da Ditadura Militar no Brasil já foram 
bastante discutidos. Para aprofundar o seu 
conhecimento, faça uma pesquisa em do-
cumentos, sites e no próprio Livro-Texto, 
que indiquem qual era o respaldo apresen-
tado pela autocracia burguesa para a reali-
zação do Golpe de 1964.
Questão 2:
Netto (2010) analisa que, desde o início do 
golpe de abril, já se tinha definido a “filo-
sofia” para a política educacional no terre-
no da educação. Para o autor esta filosofia 
consistia em:
a) Uma mudança nos rumos políticos 
partidários da época.
b) No enquadramento do processo 
institucional da educação.
c) No enquadramento dos partidos 
políticos contrários ao golpe.
d) Na realização de censos para se 
quantificar as instituições de ensino.
e) No enquadramento das instituições 
que tinham em seus quadros docentes 
contrários a instituição da ditadura militar.
12
Questão 3:
No contexto da ditadura militar, além das 
transformações impostas na estrutura polí-
tica do país, altera-se, também, a estrutu-
ra da demanda social. Tais transformações 
atingem e provocam o agravamento da cri-
se do sistema educacional. Nesse sentido, 
pode-se afirmar que o governo ditatorial 
constata o agravamento do sistema educa-
cional:
a) Por meio da realização de um Censo 
estudantil, que teve como protagonista os 
movimentos sociais organizados.
b) Por meio dos discursos dos professo-
res realizados que expunham sua contra-
riedade ao governo militar.
c) Por meio do Censo estudantil realizado 
pelo governo militar de 1964.
d) Por meio de um levantamento realizado 
por organismos internacionais que tinham 
como meta intervir no governo brasileiro.
e) Por um documento produzido pelos 
professores que atuavam no ensino su-
perior durante a ditadura militar.
Questão 4:
Pode-se verificar que a politica educacional 
da ditadura para o ensino superior subme-
te-se às imposições do grande capital tanto 
no acesso à graduação quanto na redução 
da alocação de recursos públicos liberados 
para o investimento em áreas mais prioritá-
rias para os monopólios. Nesse sentido, é 
correto afirmar que:
a) A educação superior sob a autocracia 
burguesa transformou-se em uma área 
prioritária do Estado.
b) A educação superior passou a ser o 
meio de expressão dos professores e dos 
alunos.
c) A educação superior nesse período 
passou a ser um grande “negócio”, tendo 
a iniciativa privada e expandido as suas 
universidades.
d) A educação superior privada perdeu 
todos os incentivos financeiros da esfera 
pública.
e) A educação superior das instituições 
privadas passa a ser exclusiva de 
alunos oriundos e/ou situados nos níveis 
socioeconômicos inferiores.
Questão 5:
Leia atentamente as assertivas a seguir e 
assinale (V) para as verdadeiras e (F) para 
as falsas. Sobre a política cultural da dita-
dura, Netto (2010) analisa que:
I. Ocorreu a necessidade da refunciona-
lização do sistema educacional, com-
pelindo o Estado autocrático burguês a 
priorizar a formulação e a implementa-
ção da sua política para o setor, privi-
AGORAÉASUAVEZ
13
AGORAÉASUAVEZ
legiando-a no espectro do ‘mundo da 
cultura’.
II. A política cultural, por parte do Estado 
autocrático burguês, foi um processo 
tardio no âmbito do seu ciclo histórico.
III. Neste período, a lógica do capital não 
conseguiu ser instaurada no “mundo 
da cultura”.
IV. O ciclo autocrático burguês transfor-
mou-se, estruturalmente, no marco da 
produção cultural do país.
A sequência correta do julgamento das 
assertivas é:
a) V; V; V; V.
b) F; V; V; F.
c) F; F; F; F.
d) V; V; F; V.
e) F; F; V; V.
 
Questão 6:
Para respaldo de suas decisões e ações, o 
governo militar constrói bases legais erigi-
das por este mesmo governo. Qual o apa-
rato legal (Decretos e Leis) erigido duran-
te o período da ditadura por meio do qual 
este período se valeu para edificar o “seu” 
sistema educacional no âmbitodo ensino 
superior?
Questão 7:
No período da ditadura militar que se ins-
taurou no país, o governo militar decretou 
o AI-5 (Ato Institucional número 5), que re-
presentou um “endurecimento” do regime 
instalado em 1964. No que consistia o AI-5?
Para responder a esta questão você pode-
rá consultar o Livro-Texto ou sites e docu-
mentos com reconhecimento científico que 
discutam este assunto.
Questão 8:
Contrário ao seu discurso de valorização 
da educação, o regime militar realizou uma 
forte repressão a professores e estudantes 
que se colocaram contrários a sua ações. 
Estabeleceu um rígido controle da política e 
também das ideologias do ensino com vis-
tas a eliminar o exercício da crítica social 
e política. De acordo com Netto (2010), no 
ensino médio, a perspectiva adotada pelo 
governo foi diferente dos aspectos traba-
lhados no ensino superior. Como se deno-
minou a perspectiva adotada para o ensino 
médio e em que consistia as estratégias 
adotadas por esta perspectiva?
14
AGORAÉASUAVEZ
Questão 9:
Netto (2010) destaca um “potencial catali-
sador” que coloca para o regime autocrá-
tico burguês a questão educacional como 
prioritária. Qual é este potencial catalisa-
dor?
Questão 10:
Leia o fragmento de texto a seguir:
“[...] se na sua emergência, a autocracia 
burguesa golpeou os segmentos avança-
dos do ‘mundo da cultura’, em seguida de-
senvolveu em face deles uma estratégia de 
contenção”. (NETTO, 2010, p. 75).
Em que consistiu estes golpes e a “estraté-
gia de contenção”?
 
15
Nesse tema foram trabalhados importantes aspectos ligados às políticas educacionais e 
culturais no período em que imperavam as ideias e imposições da autocracia burguesa 
brasileira. Ressalta-se que a leitura e informações apresentadas no Livro-Texto chamam 
a atenção aos aspectos ligados aos movimentos estudantis e, também, aos movimentos 
da sociedade civil que lutava para se organizar e contrapor aos desmandos do governo 
ditatorial militar. Não é por acaso que os anos em que o governo militar esteve a frente do 
país sejam conhecidos como “anos de chumbo”. 
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
NETTO, J. P. Ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no Brasil pós-64. 15. 
ed. São Paulo: Cortez, 2010.
UNESP. História da educação no Brasil durante a ditadura. Disponível em: <http://www.edu-
tec.unesp.br>. Acesso em: 02 jan. 2014.
MOLJO, C; CUNHA, A.M. Serviço Social e cultura: considerações acerca das concepções 
de cultura na trajetória da profissão no Brasil desde a sua genesse até os anos 1990. In: 
Libertas, Juiz de Fora, v.4, n.1, p. 78 - 104, jul-dez/2009. Disponível em: <http://www.Ufjf.br/
revistalibertas.com.br>. Acesso em: 02 jan. 2014.
REFERÊNCIAS
16
Cidadania: expressão originária do latim, que tratava o indivíduo habitante da cidade 
(civitas). Na Roma antiga indicava a situação política de uma pessoa (exceto mulheres, 
escravos, crianças e outros) e seus direitos em relação ao Estado Romano. 
Tecnocrata: partidário da tecnocracia. Estadista, ou alto funcionário, cuja autoridade 
se fundamenta em conhecimentos teóricos dos mecanismos econômicos, os quais nem 
sempre levam em conta os fatores humanos e sociais.
Supressão: ação ou efeito de suprimir; extinção, eliminação: a supressão dos privilégios.
Censo: pesquisa realizada pelo IBGE, a cada dez anos, que permite reunir informações 
sobre toda a população brasileira.
Coalizão: união, reunião.
Questão 1
Resposta: como esta é uma questão aberta, sua resposta dependerá da pesquisa do 
aluno. No entanto, pode-se inferir que o discurso que apoiou o Golpe Militar de 1964 foi o da 
necessidade de uma intervenção militar para restabelecer a ordem e colocar o país de volta 
ao caminho certo, longe da ameaça comunista e rumo a um próspero desenvolvimento 
econômico.
GLOSSÁRIO
GABARITO
17
GABARITO
Questão 2
Resposta: Alternativa B
Segundo o autor, desde o início do golpe de abril, já se tinha definido esta “filosofia” para a 
política educacional no terreno da educação.
Questão 3
Resposta: Alternativa C
Segundo o autor, foi esta a forma que o governo ditatorial constata o agravamento do 
sistema educacional.
Questão 4
Resposta: Alternativa C
Questão 5
Resposta: Alternativa A
Questão 6
Resposta: I) Decreto 63.341 de 01/10/1968; II) Decreto-lei 405 de 31/12/1968; III) Lei 5.540 
de 28/11/1968; IV) Decreto 68.908 de 13/07/1971. De acordo com a análise do autor estas 
são as bases legais erigidas durante o período ditatorial que respaldou sua intervenção no 
sistema educacional.
Questão 7
Resposta: esta questão é aberta e dependerá da pesquisa do acadêmico. O AI–5 foi o 
quinto decreto emitido pelo governo militar brasileiro (1964-1985). É considerado o mais 
duro golpe na democracia e deu poderes quase absolutos ao regime militar. Redigido pelo 
ministro da Justiça Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor em 13 de dezembro 
de 1968, durante o governo do então presidente Artur da Costa e Silva. O autor discorre 
que o AI–5 foi redigido como forma de endurecimento contra as crescentes manifestações 
oposicionistas de líderes políticos, estudantes e intelectuais contra o regime.
18
GABARITO
Questão 8
Resposta: segundo o autor, esta perspectiva denominava-se “perspectiva da liberação” 
e consistia em, sem evitar a “exclusão pela base” de contingentes oriundos nos níveis 
socioeconômicos inferiores, ampliar a oferta de vagas neste grau e dotá-lo por meio de 
um direcionamento profissionalizante com um cariz terminal (NETTO, p. 63). Cabe ainda 
ressaltar como saldo da política educacional da ditadura, a degradação da rede pública, a 
escalada da privatização da educação, diminuindo o acesso e permanência dos alunos na 
escola, em especial aos pertencentes das classes subalternas.
Questão 9
Resposta: segundo o autor, este potencial catalisador são as mobilizações estudantis 
dentro da escola, pois ela revelava-se capaz de condensar a oposição geral que o regime 
se esforçava em manter difusa. (NETTO, p. 57).
Questão 10
Resposta: os golpes tinham o sentido de romper as suas ligações – políticas e organizacio-
nais- com as forças e movimentos sociais democráticos e populares e a contenção: tolerar, 
com o uso intermitente da censura, o intercâmbio ideal nos limites do “mundo da cultura”. 
(NETTO, p.75).
19

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