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Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Conteúdo Programático da Aula 2. Fundamentos da Transformação Mecânica 2.1 – Laminação - Introdução; - Tipos de laminadores e suas aplicações; - Cilindros de laminação;- Cilindros de laminação; - Laminação a quente; - Laminação a frio; - Laminação de barras, perfis e tubos; - Classificação dos produtos laminados; P t t â i- Processamento termomecânico. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Introdução Laminação é um processo de conformação mecânica que consiste em modificar a seção transversal de um metal na forma de lingotes placas barras tiras chapas ou fios pelaforma de lingotes, placas, barras, tiras, chapas ou fios pela passagem entre dois cilindros com geratriz retilínea (laminação de produtos planos) ou contendo canais t lh d (l i ã d d t ã l ) dentalhados (laminação de produtos não planos), sendo que a distância entre os dois cilindros deve ser menor que a espessura inicial da peça metálicamenor que a espessura inicial da peça metálica. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Introdução l2 l1 l2 Figura 1 – Representação esquemática da laminação.g p ç q ç Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Introdução A laminação é considerada como o processo de conformação mecânica de metais mais utilizado em função de sua alta produtividade e da possibilidade de um preciso controle dimensional do produto.de um preciso controle dimensional do produto. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Um laminador consiste basicamente de cilindros (ou rolos), mancais, gaiola (quadro do laminador) e um motor para ffornecer potência aos cilindros e controlar a velocidade de rotação. As forças envolvidas na laminação podem facilmente atingir milhares de toneladas e, portanto, é necessária uma estrutura rígida e motores adequadamente especificados para fornecer a potência necessária. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Utilizam-se vários arranjos de cilindros na laminação, sendo o mais simples constituído por dois cilindros com eixos horizontais, colocados verticalmente um sobre o outro. Este equipamento é chamado de laminador duo e pode ser reversível ou não. Nos duos não reversíveis (Figura 2a), como o sentido do giro dos cilindros é fixo, o material sócomo o sentido do giro dos cilindros é fixo, o material só pode ser laminado em um sentido. Nos reversíveis (Figura 2b), a inversão da rotação dos cilindros permite que a laminação ocorra nos dois sentidos de passagem dolaminação ocorra nos dois sentidos de passagem do material entre os rolos. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Figura 2 – Laminadores duos não reversíveis (a) e reversíveis (b). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações A Figura 3 mostra uma vista esquemática de um laminador duo, constituído por um quadro, dois cilindros de trabalho e os mancais nos quais giram os cilindros. Neste laminador, o cilindro inferior é fixo e o cilindro superior pode se mover durante afixo e o cilindro superior pode se mover durante a operação, através de um sistema de parafusos ou acionamento hidráulico. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Figura 3 – Laminador duo com regulagem de cilindro durante a operação. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações No laminador trio, esquematizado na Figura 4, os cilindros sempre giram no mesmo sentido mas ocilindros sempre giram no mesmo sentido, mas o material pode ser laminado nos dois sentidos, passando alternadamente entre o cilindro superior i t diá i t t ili de o intermediário e entre este e o cilindro intermediário. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Figura 4 – Laminador trio. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações A medida que a laminação processa produtos cada vez mais finos os cilindros tornem se de pequeno diâmetromais finos, os cilindros tornem-se de pequeno diâmetro. Estes cilindros podem sofrer flexão e devem ser apoiados por cilindros de encosto (vide Figuras 5 e 6), formando j d i d l i d ádum arranjo denominado como laminador quádruo, reversível ou não. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Figura 5 – Laminador quádruo. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Figura 6 – Detalhamento do laminador quádruo. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Quando os cilindros de trabalho são muito finos, podem sofrer flexão tanto na direção vertical quanto na horizontal e devem ser apoiados em ambas as direções Um tipo de laminadorem ambas as direções. Um tipo de laminador que permite estes apoios é o Sendzimir, apresentado nas Figuras 7 e 8. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Figura 7 – Representação esquemática de laminador tipo Sendzimir. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Tipos de laminadores e suas aplicações Figura 8 – Vista lateral de um laminador tipo Sendzimir. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Cilindros de laminação Os cilindros de laminação são de aço fundido ou forjado, ou de ferro fundido, coquilhados ou não: • Aços carbono e aços liga: desbaste; • Aços carbono e ferros fundidos: intermediários;ç ; • Ferros fundidos: acabamento. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Cilindros de laminação C õ d t ê t ( id Fi 9)Compõem-se de três partes (vide Figura 9): • mesa onde se realiza a deformação do material que podemesa,onde se realiza a deformação do material, que pode ser lisa (Figura 10), no caso de produtos planos ou com canais (Figura 11), no caso de perfis; d i i• pescoços, onde se encaixam os mancais; • trevos ou garfos de acionamento, que servem de ligação entre o cilindro e os eixos de força. ç Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Cilindros de laminação Figura 9 – Partes de um cilindro de laminação. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Cilindros de laminação Figura 10 – Cilindros lisos.g Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Cilindros de laminação Figura 11 – Cilindros com canais. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Cilindros de laminação C tá iComentário: Os cilindros são aquecidos pelo material laminado aOs cilindros são aquecidos pelo material laminado a quente e é de grande importância um resfriamento adequado, usualmente através de jatos de água, para extensão da vida útil dos mesmos epara extensão da vida-útil dos mesmos e minimizar a incidência de defeitos nos produtos. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente Quando o aço é lingotado convencionalmente, a primeira operação de laminação envolve intensaprimeira operação de laminação envolve intensa redução das dimensões do produto (laminação primária) e ocorre a quente, com o objetivo de refinar a estrutura dendrítica e promover o caldeamento deestrutura dendrítica e promover o caldeamento de bolhas e vazios provenientes da fabricação do material. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente Para a laminação primária adota-se um laminador d b t d (bl i l bbi ill) édesbastador (blooming ou slabbing mill), que é usualmente do tipo duo reversível e cuja distância entre os rolos pode ser variada durante a operação. Na operação de desbaste utiliza-se também laminadores universais (Figura 12), o que permite um melhor controle das dimensões do produto.co t o e das d e sões do p oduto Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente Figura 12 – Laminador do tipo universal. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente As operações de desbaste envolvem grandes deformações e produzem produtos semi acabadosdeformações e produzem produtos semi-acabados, como blocos de seção quadrada ou retangular (blooms), tarugos de seção quadrada (billets) e placas de seçãota ugos de seção quad ada (b ets) e p acas de seção retangular(slabs). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente Figura 13 – Produtos da laminação primária.g ç p Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente As placas são laminadas a quente até chapas grossas ou ti N l i ã d h tilitiras. Na laminação de chapas grossas utilizam-se laminadores duos, trios, quádruos ou quádruos reversíveis, sendo este último o mais utilizado. Na laminação de tiras, bem como na de chapas média ou na de chapas finas laminadas a quente, comumente utilizam laminadores duos ou quádruos reversíveis numa linha q contínua de laminação. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente Na laminação contínua, existe uma seqüência de gaiolas de laminação alinhadas num arranjo conhecido como trem contínuo de laminação. Cada gaiola realiza um passe de laminação (passagem do material entre os ili d i i f i ) d tcilindros superior e inferior) e o produto em processo permanece em várias gaiolas de maneira simultânea realizando sucessivos passes, conforme pode serrealizando sucessivos passes, conforme pode ser observado na Figura 14. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente Fi 14 T d l i ãFigura 14 – Trem de laminação. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente Deve-se observar que no lingotamento contínuo (Figura 15) são produzidas placas e tarugos di t t d á i d li t ã i ti ddiretamente da máquina de lingotar, não existindo a laminação primária (desbastadora). Entretanto, a laminação também é feita a quente e conhecida comolaminação também é feita a quente e conhecida como preparadora (secundária), na qual se processa a redução das dimensões do produto sem, contudo, que este atinja sua forma final. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a quente Fi 15 Li t t tíFigura 15 – Lingotamento contínuo. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a frio A laminação a frio também é uma laminação secundária e empregada para produzir folhas e tiras adotando como matéria prima chapas e barras laminadas a quente p p q anteriormente. Tal processo se caracteriza por operações de acabamento que envolvem pequenas deformações no material o que resulta em produtos com qualidadematerial, o que resulta em produtos com qualidade superficial e tolerâncias dimensionais superiores àquelas de produtos laminados a quente. Além disso, o encruamento resultante da redução a frio pode serencruamento resultante da redução a frio pode ser aproveitado para dar maior resistência ao produto. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a frio Trens de laminadores quádruos de alta velocidade com três a cinco gaiolas são utilizados na etapa de laminação a frio g p ç do material. Normalmente, esses trens de laminação são concebidos para terem tração avante e a ré. A laminação contínua tem alta capacidade de produção o que resultacontínua tem alta capacidade de produção, o que resulta na diminuição do custo de produção.. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a frio A redução total atingida por laminação a frio varia, geralmente, de 50 a 90%. Quando se estabelece o grau d d ã d i l d l i ã d jde redução em cada gaiola de laminação, deseja-se uma distribuição tão uniforme quanto possível nos diversos passes. Normalmente, uma menorp , redução é feita no último passe para permitir um melhor controle do aplainamento, bitola e acabamento s perficialacabamento superficial. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof MarcosPereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a frio A eliminação do limite de escoamento descontínuo (aparente) nas tiras de aço recozido é um problema ( p ) ç p tecnológico muito importante na laminação a frio, pois a ocorrência deste fenômeno provoca uma deformação heterogênea (bandas de Lüders) na superfície das chapasheterogênea (bandas de Lüders) na superfície das chapas durante conformação posterior, como estampagem, produzindo irregularidades na espessura final do produto. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação a frio A prática normal para a eliminação do problema é dar uma pequena redução final a frio no aço recozido, chamada de passe de encruamento superficial que elimina opasse de encruamento superficial, que elimina o alongamento descontínuo no escoamento. Esse passe de acabamento também resulta numa melhora da qualidade superficial e controle dimensional Outros métodos podemsuperficial e controle dimensional. Outros métodos podem ser utilizados na melhoria do controle dimensional das tiras ou folhas laminadas, entre estes estão o aplainamento por rolos e o desempeno por traçãorolos e o desempeno por tração. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos Placas Blocos Tarugos Laminação aLaminação a quente Chapas Perfis Trilhos Barras Barras Laminação a frio Tubos Barras Trefilados Folhas Tubos Tubos Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos Produtos de seção circular e hexagonal, bem como perfis estruturais como vigas em I calhas e trilhos sãoestruturais como vigas em I, calhas e trilhos são produzidos em grande quantidade por laminação a quente com cilindros ranhurados (canais). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos A laminação de barras e perfis difere da laminação de planos, pois a seção transversal do metal é reduzida em duas direções. Entretanto, em cada passe o metal é normalmente comprimido somente em uma direçãonormalmente comprimido somente em uma direção, sendo girado de 90o no passe subseqüente. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos A maioria dos laminadores de barras é equipada com guias para conduzir o tarugo para as ranhuras e repetidores para inverter a direção da barra e conduzi-la para o próximo passe. Os laminadores desse tipo podem ser normalmente duos oudesse tipo podem ser normalmente duos ou trios. A instalação comum para a produção de barras consiste em uma cadeira de desbaste, uma cadeira formadora e uma cadeira de acabamento. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos Uma vez que o metal se expande muito mais na laminação a quente do que na laminação a frio, o cálculo das tolerâncias á i ã é bl i t tnecessárias para a expansão é um problema importante no planejamento dos passes para barras e perfis. Um método típico para reduzir um tarugo quadrado numa barra é p p g q alternando-se passes através de ranhuras ovais e quadradas. O planejamento dos passes para perfis estruturais é complexo e requer experiência. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos Figura 16 – Laminação de tubos com costura. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos Figura 17 – Laminação de tubos sem costura. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos Figura 18 – Laminador mandrilador. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos Figura 19 – Detalhamento do processo. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Laminação de barras, perfis e tubos Figura 20 – Esquema da distribuição de forças na deformação da região central do tarugo durante a laminação do tubo. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Classificação dos produtos laminados Produtos planos: • Chapas grossas � 6 mm de espessura; Ch fi t 1 2 6 d• Chapas finas a quente: 1,2 a 6 mm de espessura; • Chapas frias a frio: 0,3 a 2 mm de espessura; • Chapas galvanizadas: laminadas com revestimento protetorChapas galvanizadas: laminadas com revestimento protetor de zinco (imersão ou deposição eletrolítica); • Chapas estanhadas (folha de flandes): laminadas a frio ti t t t d t h (i ãcom revestimento protetor de estanho (imersão ou deposição eletrolítica). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Classificação dos produtos laminados Produtos não-planos: • Perfis do tipo I L V duplo T entre outros;• Perfis do tipo I, L, V, duplo T, entre outros; • Tarugos com seção quadrada, redonda e sextavada; • Barras finas de seção quadrada, redonda e chata;ç q , ; • Fio máquina (matéria prima da trefilação). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Classificação dos produtos laminados Figura 21 – Fio-máquina na saída do laminador. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Processamento termomecânico Na indústria de fabricação do aço as dimensões dos produtos são resultado da deformação a quente enquanto que assão resultado da deformação a quente, enquanto que as propriedades mecânicas são obtidas pela adição de elementos de ligas ou por tratamento térmico pós-fabricação ou pela combinação de ambos. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Processamento termomecânico No processamento do aço por laminação, algumas vezes são btid lh i d i d d â i d t i lobtidas melhorias de propriedades mecânicas do material quando comparadas com materiais mecanicamente processados e normalizados ou recozidos. Além disto, asprocessados e normalizados ou recozidos. Além disto, as propriedades mecânicas obtidas por têmpera imediatamente após laminação e posterior revenido são algumas vezes melhores do que aquelas do material laminado, resfriado ao ar e, então, temperado e revenido. Nestes casos, as deformações a quente e a frio tornam-se importantes nosdeformações a quente e a frio tornam-se importantes nos tratamento térmico e nas mudanças metalúrgicas que resultam efeitos benéficos adicionalàs propriedades mecânicas dos aços . Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Processamento termomecânico O processamento termomecânico é a uma técnica desenvolvida para melhorar as propriedades mecânicas dos materiais através do controle do processo de deformação àmateriais através do controle do processo de deformação à quente. Laminação controlada, resfriamento acelerado e têmpera direta, são exemplos típicos de processamentos t â i E t i itermomecânicos. Estes processos economizam energia na produção do aço pela minimização ou até mesmo eliminação do tratamento térmico após deformação à quente, portanto,p ç q , p , aumentam a produtividade na fabricação de aços de maior resistência. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 3 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 3 Processamento termomecânico Os tratamentos termomecânicos geralmente ocasionam uma mudança no projeto de composição química do aço e redução na produtividade do processo de deformaçãoe redução na produtividade do processo de deformação à quente, mas, tornam possíveis reduções na quantidade total de elementos de liga, melhoram a soldabilidade, g , , aumentam a tenacidade e algumas vezes produzem novas e benéficas características no aço.
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