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1 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA Construção Civil II Aula 01 Vedações verticais Alvenaria de vedação e Gesso acartonado Prof. Dr. Alberto Casado Lordsleem Jr. C u rs o : E n g e n h a ri a C iv il Sumário Aula 01 Definições Classificação Alvenaria de vedação • Blocos e argamassas • Tradicional x Racionalizada • Projeto para produção • Técnica de execução Gesso acartonado (Drywall) • Definição • Vantagens e desvantagens • Componentes • Projeto para produção • Técnica de execução 2 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. VEDAÇÃO VERTICAL Subsistema do edifício, constituído pelos ELEMENTOS que definem e limitam verticalmente o edifício e seus ambientes internos; além de controlar a passagem de agentes atuantes. ELEMENTOS Vedo: caracteriza a vedação vertical. Esquadria: possibilita o controle de acesso aos ambientes. Revestimento: possibilita o acabamento da vedação. Parede de alvenaria O que é? Vedação vertical fixa (imutável), monolítica (sem junta aparente), auto-suporte (auto-portante), pesada (> 60 Kg/m2), conformada em obra com alvenaria. 3 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. Parede de alvenaria Classificação Material RESISTENTE Tradicional • Bloco de concreto • Bloco cerâmico • Bloco de concreto celular autoclavado • Bloco sílico-calcário • Outros Estrutural • Não-armada • Parcialmente armada • Armada VEDAÇÃO Blocos Importância 85% a 95% do volume da alvenaria Principal responsável pelos requisitos de desempenho Delimita as características do projeto para produção da vedação Modulação e coordenação dimensional Passagem de tubulações Interação com as esquadrias Determina a racionalização da produção Peso e dimensões (produtividade) Formato (técnica de execução) Precisão dimensional (revestimentos) 4 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. Blocos e Tijolos Resistência à compressão NBR 6136 (ABNT, 2014) Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Classe C (sem função estrutural): 3,0 MPa NBR 15270-1 (ABNT, 2005) Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação Furos na horizontal: 1,5 MPa Furos na vertical: 3,0 MPa Blocos e Tijolos Classificação segundo à ISO Materiais Bloco de concreto Bloco cerâmico Bloco sílico-calcário Bloco de concreto celular autoclavado 5 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. ARGAMASSAS Definição Material composto, plástico quando no estado fresco, constituído por agregado miúdo inerte e pasta aglomerante. Tem a propriedade de aderir aos materiais porosos e endurece após certo tempo. Argamassa de assentamento (trabalhabilidade, aderência e deformabilidade) Argamassa constituinte do concreto armado(resistência à esforços mecânicos) Material argamassa Juntas de argamassa ARGAMASSAS F u n ç õ e s • Fornecer rigidez e coesão • Distribuir tensões • Selar as juntas (penetração de água de chuva) • Acomodar deformações P ro p ri e d a d e s Resistência mecânica e Durabilidade Não ser mais resistente que os componentes Cimento/agregado Capacidade de deformação e de Distribuir esforços Cal/agregado Capacidade de retenção de água Sucção da base Cal/agregado Capacidade de aderência Cimento/agregado 6 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. USO DA BISNAGA TRABALHABILIDADE USO DA DESEMPENADEIRA USO DA MEIA-CANA CONSISTÊNCIA DA ARGAMASSA SECA CONTATO ENTRE OS GRÃOS AREIA PASTA AR GRÃOS MAIS SEPARADOS PLÁSTICA FLUÍDA SEM CONTATO ENTRE GRÃOS 7 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA • CAPACIDADE DA ARGAMASSA NÃO PERDER ÁGUA QUANDO EM CONTATO COM SUPERFÍCIES QUE APRESENTEM SUCÇÃO ELEVADA • PERMITIR O “AJUSTE” DA POSIÇÃO DOS BLOCOS DURANTE UM RAZOÁVEL PERÍODO APÓS O ASSENTAMENTO • PERMITIR A CURA ADEQUADA DA ARGAMASSA POTENCIAL DE ADERÊNCIA 8 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. CAPACIDADE DE ACOMODAR DEFORMAÇÕES ARGAMASSA FORTE ARGAMASSA FRACA CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES REDISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES MICROFISSURA (não prejudiciais) FISSURAS ARGAMASSAS Tipos De cal (tradicional, areia e cal) De cimento (areia e cimento; aditivos; cimento de alvenaria) Mistas de cimento e cal (1:3, cimento + cal:areia; vazios da areia preenchidos) Com saibro Industrializadas Colante 9 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. Betoneira: uso incorreto. Não há homogeneização dos materiais constituintes da argamassa. INDUSTRIALIZADAS Eixo horizontal Silo Fluxo contínuo 10 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. ARGAMASSAS Diretrizes Trabalhabilidade Compatibilizar aderência e resiliência Não utilizar argamassa mais forte que a requerida pela resistência e durabilidade da alvenaria Utilizar argamassa mais fraca que o bloco Repetir avaliação quando houver alteração do material Alvenaria TRADICIONAL Soluções no canteiro Elevados desperdícios Ausência de fiscalização Deficiente padronização Ausência de planejamento Alvenaria RACIONALIZADA Projeto para produção Padronização da execução Controle da qualidade Treinamento contínuo Responsabilidades definidas 11 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. Não adoção de soluções no canteiro Projeto voltado à Produção Padronização das atividades de execução Definição das responsabilidades Controle de produção Treinamento e motivação 12 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. VEDAÇÃO VERTICAL EM ALVENARIA RACIONALIZADA ELEMENTOS DO PROJETO Planta de 1ª fiada PROJETO PARA PRODUÇÃO 13 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. PROJETO PARA PRODUÇÃO Estudo da modulação vertical Elevação de parede PROJETO PARA PRODUÇÃO 14 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. Detalhe construtivo PROJETO PARA PRODUÇÃO TÉCNICA DE EXECUÇÃO 1. Condições de segurança 2. Preparação para o início dos serviços 3. Locação da 1ª fiada 4. Elevação 5. Fixação 6. Terminalidade E TA P A S 15 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. TÉCNICA DE EXECUÇÃO 2. Preparação para o início dos serviços Ferramentas básicas Caixote de argamassa Bisnaga Espuma para limpeza Suporte para caixote Escantilhão Balde graduado Linha de náilon Capacete Luva Fio de prumo Andaime Protetor Óculos Pistola à pólvora Colher Garfo 16 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. TÉCNICA DE EXECUÇÃO Limpeza retirada do desmoldante Preparo da estrutura Chapisco rolado 2. Preparação para o início dos serviços TÉCNICA DE EXECUÇÃO Materialização do eixo Os eixos de referência para a locação da 1ª fiada estão devidamente identificados no projeto para produção, na planta de 1ª fiada. Projeto no pavimento 2. Preparação para o início dos serviços 17 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. TÉCNICA DE EXECUÇÃO Primeiros blocos ao lado dos pilares no cruzamento de paredes nas laterais das portas 3. Locação da 1ª fiada Posicionamento junto ao pilar TÉCNICA DE EXECUÇÃO 3. Locação da 1ª fiada Argamassa para a junta vertical Assentamento dos demais blocos 18 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. TÉCNICA DE EXECUÇÃO 3. Locação da 1ª fiada Fixação de tela metálica TÉCNICA DE EXECUÇÃO 4. Elevação Posicionamento dos escantilhões Palheta/desempenadeira 19 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. TÉCNICA DE EXECUÇÃO 4. Elevação Vergas e contravergas Caixa elétrica previamente fixada TÉCNICA DE EXECUÇÃO 5. Fixação A bisnaga de argamassa deve ser utilizada parao adequado preenchimento do espaço deixado entre a alvenaria e a estrutura. Fixação da alvenaria à estrutura 20 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. VEDAÇÃO VERTICAL COM CHAPAS DE GESSO ACARTONADO DEFINIÇÃO Sistema de vedação vertical estruturada para compartimentação e separação de espaços internos em edifícios, leve, fixa e monolítica, produzida por acoplamento à seco. Vantagens • retirada do caminho crítico da obra • construção à seco • superfície pré-acabada • elevada produtividade • precisão dimensional • desmontabilidade • menor peso (cerca de 7% menos carga na fundação) • embutimento das instalações • menor espessura (1 a 3% de área útil) • NBR 14715 (chapas), 15217 (perfis), 15758 (projeto e montagem) Desvantagens • cargas pontuais superiores a 35 kg devem ser previstas (reforço) • sensibilidade à umidade • necessidade de organização alta • barreira cultural • falta de visão sistêmica dos construtores • mão-de-obra especializada • interdependência com outros subsistemas • menor resistência mecânica Drywall Chapas de gesso acartonado Painel (sanduíche) composto por miolo de gesso endurecido entre duas camadas de papel cartão (tipo “kraft”). Tipos •Placa padrão (standard): branca ou marfi • Placa resistente à umidade (RU): verde (aditivo: silicone; cartão com hidrofungante) • Placa resistente ao fogo – (RF): rosa Perfis metálicos Composta pela guia e pelo montante. Outros componentes • Reforços de madeira • Materiais para fixação • Materiais para juntas (fitas, cantoneiras e massas) • Isolantes térmo- acústicos COMPONENTES 21 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. Planta de locação de guias PROJETO PARA PRODUÇÃO Vedação Vertical em Gesso Acartonado Planta de locação de montantes PROJETO PARA PRODUÇÃO Vedação Vertical em Gesso Acartonado 22 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. Planta de chapeamento PROJETO PARA PRODUÇÃO Vedação Vertical em Gesso Acartonado Detalhes PROJETO PARA PRODUÇÃO Vedação Vertical em Gesso Acartonado 23 Eng. Alberto Casado, Prof. Dr. TÉCNICA DE EXECUÇÃO Vedação Vertical em Gesso Acartonado 3- Colocação dos montantes no espaçamento recomendado. 2- Fixação das guias nas lajes e colocação dos montantes perimetrais. 1– Marcação e colocação das fitas de isolamento nas guias. Marcação e Montagem estrutural (Guias e Montantes) TÉCNICA DE EXECUÇÃO Vedação Vertical em Gesso Acartonado 6- Fechamento das paredes e tratamento de juntas. 5- Instalação de tubulações hidráulicas, cabos elétricos e elementos de isolamento acústico. 4- Parafusamento das chapas de gesso. Chapeamento e Acabamento
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