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17816 4 aula o rural e o desenvolvimento rural

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O RURAL E O DESENVOLVIMENTO RURAL
Como percebemos o rural atualmente?
Conceitos
Se o meio rural for considerado e conceituado como um “resto” das concentrações urbanas, ele se credencia, a receber políticas sociais que compensem sua inevitável decadência e pobreza. 
Então é importante compreender que as regiões rurais possuem a capacidade de preencher funções necessárias a seus próprios habitantes e também às cidades — mas que estas próprias não podem produzir — aí se encontra a noção de desenvolvimento para o rural.
A aceleração da migração da população para as cidades ocorreu com o advento da Revolução Industrial. 
Com o desenvolvimento da máquina a vapor, a força motriz foi “domada” e a indústria tornou-se espacialmente independente, podendo se instalar nos centros urbanos.
Com o avanço da industrialização o meio rural passou a subordinar-se aos interesses das cidades.
A revolução verde foi um dos ápices deste modelo.
Sociedade escravocrata se torna modelo insustentável
Caio Prado Jr. (1994)
Sociedade escravocrata se torna modelo insustentável
A produção das monoculturas como açúcar, café e algodão são destinadas à exportação, visando a manutenção das indústrias que se fortalecem na Europa.
Essa relação era extrativista e de exploração, assim, as políticas são voltadas a garantir a manutenção da coroa.
Modelo capitalista precisa surgir de modo a garantir a formação de um estado econômico:
Mercado consumidor
Mão de obra um pouco mais qualificada e motivada para o trabalho em indústrias.
Caio Prado Jr. (1994, p.342) ao tratar sobre a vida social e política do Brasil colônia comenta: “o trabalho escravo nunca irá além do seu ponto de partida: o esforço físico constrangido; não educará o indivíduo, não o preparará para um plano de vida humana mais elevado”.
O que é Rural???
Noção Urbana:
Todo homogêneo e subdesenvolvido. 
O censo comum concebe o rural usualmente a partir deste ângulo, tendo sinônimos depreciativos, como atrasado, rústico, rude ou agrário.
A produção de alimentos e matéria prima para a indústria através da produção de plantas e criação de animais. 
O rural se caracteriza por um determinado tipo de atividade econômica: 
Sorokin e Zimmermann
A esta atividade econômica estão vinculados todos os outros traços que caracterizariam o rural:
 Relação com o meio ambiente
 Dificuldade de controle de todo o processo produtivo (dependência da natureza)
 Comunidades rurais são menores, a população é mais homogênea que a urbana cultural e socialmente. 
 Maior interação entre os indivíduos no mundo rural.
É necessário entender o rural e o urbano como um contínuo. Isto porque o rural se urbanizou, tanto devido ao desenvolvimento e aplicação de técnicas industriais de agricultura, quanto devido ao “transbordar” do urbano para o rural.
Graziano da Silva 
As pessoas passaram a buscar o rural como ambiente para o lazer e fuga dos problemas da vida urbana, investindo em chácaras, hotéis-fazenda, spas e coisas do gênero. 
Paralelamente, o homem do campo deixa de ter uma atividade fixa e começa a se configurar como um trabalhador de tempo parcial, que não mais se ocupa de tarefas exclusivamente rurais. 
Graziano da Silva 
O MUNDO RURAL NÃO E HOMOGÊNEO
PELO CONTRÁRIO:
É COMPOSTO POR DIFERENTES
REALIDADES
DIFERENTES
REALIDADES
DÁ PARA
COMPARAR?
AGRICULTURA EMPRESARIAL
PRODUÇÃO APENAS PARA MERCADO
ALTA TECNOLOGIA
POLÍTICAS DE CRÉDITO ESPECÍFICAS
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
VIVE EM CONDIÇÕES PRECÁRIAS, 
PRODUZ PARA AUTO CONSUMO
TEM ACESSO NULO OU MUITO LIMITADO AO CRÉDITO,
USA TÉCNICAS TRADICIONAIS 
NÃO CONSEGUE SE INTEGRAR AOS MERCADOS
Com que nomes e símbolos reais ou ilusórios a gente rural é imaginada?
Camponês
Agricultor de subsistência
Caboclo
Capiau
Roceiro
Matuto
Jeca
Pequeno produtor
Mocorongo
POBRE!!!!
22
JECA!!!!!
A partir da década de 1980, o planejamento do Brasil voltou-se prioritariamente para a estabilização monetária.
O país foi marcado por uma presença estatal na elaboração de diversos planos cujo objetivo principal era o crescimento econômico, principalmente nas décadas de 1950, 1960 e 1970.
O processo de industrialização brasileiro foi regido, a partir da década de 1930, por uma estratégia econômica, a industrialização por via da substituição de importações.
Após a Segunda Guerra, os mecanismos de planejamento econômico se sofisticaram. Como marcos deste período, salientam-se o Plano de Metas, o Plano Trienal e o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND).
Plano de Metas (1956-1961)
Em 1953, foi criado o Grupo Misto CEPAL/BNDE, para analisar o comportamento da economia brasileira no período de 1939 a 1953 e fazer projeções para os próximos sete anos.
As projeções foram a primeira tentativa de planejamento global para a economia brasileira, servindo de base para a elaboração do Plano de Metas (MATOS, 2002).
O Plano estava voltado para cinco setores: energia, transporte, indústrias de base, educação e alimentação (MASSUQUETTI, 1999, p. 33).
Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social (1963-1965)
O Plano Trienal tinha como objetivo retomar o desenvolvimento econômico brasileiro. O Plano foi criado por uma equipe liderada pelo ministro do Planejamento Celso Furtado, durante o regime parlamentarista do governo de João Goulart.
Em relação ao setor agrícola, os estudos concluíram que a deficiente estrutura agrária brasileira era a responsável pelo atraso do setor rural, pela baixa produtividade e pela pobreza da população do meio rural.
Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social (1963-1965)
No contexto do esgotamento da industrialização para substituição de importações, o Plano Trienal propõe a modernização da agricultura visando a redução dos preços agrícolas que comprometiam o desenvolvimento da própria indústria.
Para Bresser-Pereira (1998), o Plano não teve condições políticas para ser aplicado, dada a crise que o país atravessava e que acabou culminando com o Golpe Militar em 1964. 
Programa de Ação Econômica do Governo (1964-1966)
Com o Golpe Militar de 1964, foi mantida a visão de industrialização por via da substituição das importações. A modernização da agricultura foi intensificada pelo governo militar. 
Programa Estratégico de Desenvolvimento (1968-1970)
As metas definidas pelo governo eram no sentido de desenvolver uma agricultura de mercado que produzisse para exportação.
As metas definidas são: aumentar a produtividade de produtos alimentícios; incentivar o uso de insumos modernos; ampliar e fortalecer o crédito agrícola; fomentar a industrialização do meio rural; fortalecer as políticas de colonização; e investir na criação de condições estruturais para o setor agrícola.
I Plano Nacional de Desenvolvimento (1972-1974)
Sob o governo Médici, em 1971, é tornado público o I PND – Plano Nacional de Desenvolvimento (1972 a 1974), mais abrangente e completo que os anteriores e assentada em três pontos.
I Plano Nacional de Desenvolvimento (1972-1974)
(1) no sistema, já montado, de incentivos fiscais e financeiros ao aumento da produção, ao investimento, à comercialização e à transformação tecnológica no setor agrícola;
(2) na disseminação do uso de insumos modernos, de forma diversificada para o Centro-Sul e o Nordeste, atentos os seus efeitos sobre a absorção da mão de obra; e
(3) no programa, já em curso, de pesquisa agrícola em grande dimensão, a fim de obter, para os produtos básicos do Centro-Sul e do Nordeste, os resultados alcançados, por exemplo, no caso do trigo.
II Plano Nacional de Desenvolvimento (1975-1979)
Os objetivos deste plano eram, de acordo com Gonçalves Neto (1997, p. 134): 
- Manter o crescimento acelerado; reafirmar a política de contenção da inflação; manter em relativo equilíbrio o balanço de pagamentos; política de melhoria da distribuição de renda; preservar a ordem social e política; realizar o desenvolvimento com qualidade de vida e sem devastação dos recursos
naturais.

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