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Caderno Direito Previdenciário

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Caderno de Direito Previdenciário de Nilton José
8º Semestre
Professora: Thais Maria Riedel de Resende Zuba
Provas: 1ª no dia: 26/09 e	2ª no dia: 28/11.
Fichamento para dia 31/10 – Sistema de Seguridade Social - Professor Wagner Balera OU Princípio da Vedação Retrocesso (Thais Riedel)
 A matéria é cumulativa, sendo 5 questões discursivas com consulta à legislação. Há a possibilidade de se fazer fichamento para melhorar a nota.
24/07/2017 (primeiro dia de aula)
A Lei Eloy Chaves em 1923 cria a Caixa de Aposentadoria e Pensões – CAP, modelo copiado da Europa.
Direito da seguridade social
O direito previdenciário lida, no caso brasileiro, copiado do sistema europeu, com a efetivação 
Sistema de Seguridade Social lida como tripé dos riscos sociais, propondo a assegurar a: saúde(universal), assistência(hipossuficiência) e a previdência(contributiva).
No grupo o risco dilui, ou seja, a probabilidade de todos na sala ficarem doente é baixo, a probabilidade de todos no UniCEUB ficarem doente é menor ainda e a probabilidade de todos em Brasília ficaram doentes é ainda menor.
A justiça social trabalha com a redistribuição de renda.
Contingência é fato ocorrido no tempo, exemplo acidente e outros problemas.
Álea é uma incerteza, mas quanto ao seu significado: de acordo com Celso Antônio Bandeira de Melo, e seguindo doutrina do direito francês, os riscos que envolvem os contratos de concessão são divididos, doutrinariamente, em álea ordinária e álea extraordinária. Esta, por sua vez, divide-se em álea administrativa e álea econômica.
A álea ordinária corresponde aos riscos normais de qualquer empreendimento e que devem ser suportados pelo concessionário. Não ensejam qualquer cobertura por parte do poder concedente.
A justiça social é a distribuição de renda, como aqueles que contribuem e os que não podem contribuir. 
25/07/2017
Para se evitar que a pessoa passe por estado de necessidade há a previdência.
O Direito Previdenciário deveria ser chamado de Direito da seguridade social, pois envolve saúde, assistência e previdência. 
A Desvinculação de Receitas da União (DRU) é um mecanismo que permite ao governo federal usar livremente 20% de todos os tributos federais vinculados por lei a fundos ou despesas. A principal fonte de recursos da DRU são as contribuições sociais, que respondem a cerca de 90% do montante desvinculado.
A professora explica que na previdência privada, o risco é compartilhado, se houver déficit, isso é compartilhado entre os contribuintes, ou seja, pode haver um aumento na contribuição ou diminuição do benefício. Destarte, se quebrar quebrou.
Já no modelo da previdência pública, se quebrar o Estado assume o déficit. Ainda, no modelo atual, o governo ao dizer que a previdência está quebrada, ele separa a saúde, a assistência social e deixa somente a previdência. 
O cálculo atuarial é um método matemático que utiliza conceitos financeiros, econômicos e probabilísticos para determinar o montante de recursos e de contribuições necessárias ao pagamento de despesas administrativas e benefícios futuros, como aposentadorias e pensões a serem concedidas, no presente e no futuro.
Para a pessoa ter acesso ao benefício social ela deve preencher alguns requisitos, respeitando a carência, o valor contribuído, o fator previdenciário.
Dos princípios próprios do Direito Previdenciário estão presentes nos arts. 194 e 195 da CF/88.
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção 
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.  
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;  
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.  
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,      assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.  
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.  
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.  
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.  
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. 
 § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, totalou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. 
Há as Instituições próprias dentre eles o INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social e o Conselho de Recurso da Seguridade Social. Hoje excepcionalmente não temos o ministério da Previdência.
Na relação jurídica de custeio 
O sujeito ativo é o Estado
O sujeito passivo é o contribuinte
O objeto é a contribuição social
Na relação jurídica de benefício
O sujeito ativo é o segurado
O sujeito passivo é o Estado
O objeto é o benefício.
FONTES DO DIREITO são os vários modos de onde são buscadas, nascem ou surgem as normas jurídicas e os princípios gerais do direito. 
Pessoas; as leis merecem um especial destaque, já que constituem a principal fonte do Direito
Fontes Materiais 
É o estudo filosófico ou sociológico dos motivos éticos ou dos fatos econômicos que condicionam o aparecimento e as transformações das regras do direito. São constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas que emergem na sociedade e que são condicionados pela moral, economia, geografia.
Fontes Formais
São os meios de expressão do Direito, as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, tornam-se conhecidas. Para que um processo jurídico constitua fonte formal é necessário que tenha o poder de criar o Direito. Este significa introduzir no ordenamento jurídico novas normas jurídicas. Para tanto, apenas alguns órgãos possuem a capacidade de criar regras de conduta social, variando de acordo com o sistema jurídico e com as fases históricas.
31/07/2017 (Não houve aula)
01/08/2017 (Não houve aula)
07/08/2017
Relação com os outros ramos do Direito, pois o Direito previdenciário é bastante amplo, acarretando em várias subdivisões.
Direito Constitucional (a própria seguridade social definida no art. 194, 202 da CF/88 tem status constitucional, o art. 165 trata do financiamento... Tem mais uns 10 artigos disciplinando. A previdência privada também está presente na CF/88.
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
É comum as discussões sobre previdência ir parar no STF. 
Direito do Trabalho a relação com esse ramo do Direito é que também é uma forma de custeio tanto empregado como Empregador tem que contribuir, sendo o Empregador com a parcela de 20% e trabalhador com 8%. A justiça do trabalho tem competência para reconhecer de oficio as verbas trabalhistas inclusive seus cálculos.
Direito Administrativo existem atos normativos do Direito Previdenciário que irá seguir os tramites do processo administrativo. A lei 8112/90 ainda é responsável por trazer alguns critérios para a previdência do servidor.
Direito Civil a relação é com a previdência privada, o próprio seguro social, a previdência privada é um contrato, e processo civil também é utilizada, o dano moral também é visto pelo Direito Civil, Direito de família como sucessões etc.
Direito Comercial a relação é menor, mas a empresa como contribuinte tem relação que tem que ser observado, bem como falência, habilitação do crédito Previdenciário, os documentos da empresa é uma forma de provar a contribuição da empresa.
Direito Penal tem a lei 9983/2000 traz o crime pela não contribuição. Existem vários tipos penais que envolve o direito Previdenciário. 
Direito Tributário o próprio custeio, Receita Federal, CARF, hipótese de incidência tributaria.
Direito Financeiro orçamento da seguridade social, orçamento público, Plano Plurianual etc.
Direito Internacional por um lado nós temos os tratados internacionais, e convecções, (OIT) que trazem o mínimo que a previdência tem que ter, bem como os acordos multilaterais e bilaterais que o Brasil é parte.
Relação jurídica da previdência social é que a partir do momento em que eu começo a contribuir eu passo a ser beneficiário. 
De filiação: se inscrever no INSS o torna segurado, levando-o a proteção dos riscos sociais
De custeio: as contribuições sociais estão dentro do gênero tributo mas tem destinação específica.
De proteção: são os benefícios e serviços concedidos. 
Nota: toda sociedade contribui para o risco.
As contribuições sociais estão dentro do gênero tributo mas tem destinação especifica indo Direito para o INSS.
A proteção são os benefícios ou serviços previstos.
Competência Privativa da União para legislar sobre a seguridade social (art. 22, XXIII, da Constituição Federal de 1988)
Competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal para legislar sobre Previdência Social (art. 24, XII, da Constituição Federal).
Os Estados têm competência, com certos limites, para legislar sobre a previdência. 
Contingência no Direito Previdenciário são eventos futuros que podem atingir o ser humano. É como se fosse o sinistro no Seguro. Pois eventos como doença, idade avançada, invalidez, morte, os quais são objeto de proteção da previdência repercutem negativamente na vida do trabalhador e de seus familiares, fazendo com que haja a incidência de um “estado de necessidade”. 
Quando a pessoa não contribui para a previdência o vínculo formado é assistencial.
O termo risco começa a ser visto a partir do século XIV, com o desbravamento dos mares, com os contratos realizados para indenizar dos riscos iminentes.
Para os povos primitivos os riscos eram atribuídos ao capricho dos deuses.
Com o renascimento e reforma protestante 
Cálculo atuaria é para quantificar os riscos. 
O risco – Histórico
Fenômeno natural que o home tenta controlar
No princípio estava relacionado à vontade dos deuses
Sistema de numeração e estudo das probabilidades
Estudos estatísticos e atuariais 
Seguro:
	RISCO – SININSTRO – DANO – INDENIZAÇÃO
Poupança – Mútuo – Seguro Social – Seguridade Social.
08/08/2017
O Direito Previdenciário tem o embrião calcado no seguro, especialmente no seguro de vida.
O primeiro modelo mais utilizado para se prevenir utilizado pelas pessoas é a poupança, para que se tenha minimamente uma proteção. Essa seria uma reserva para garantir um infortúnio no futuro. Entretanto mostra-se insuficiente, pois há a necessidade da pessoa se preocupar com isso, ir atrás para fazer essa poupança, te a disciplina para poupar, fora as possibilidades de utilizar esse recurso para outras situações que não as inicialmente previstas.
A socialização do risco dentro de um grupo, o mútuo, vem como um segundo modelo, como uma espécie de consórcio, acontece que no mutuo, por ser voluntário, a pessoa tem que poder participar, querer participar, além de acabar desistindo, além de acabar utilizando para outras finalidades como reforma da casa.
No seguro social, pega-se a técnica do seguro e parte-se de um risco social, em determinado momento o Estado percebe que a sociedade está sujeita a risco sendo necessário a criação de um seguro obrigatório para os trabalhadores, nessa época estava ocorrendo a revolução industrial na Inglaterra, coma acidentes e doenças acometendo os trabalhadores inerente à atividade que exercia.
A lógica utilizada seria o risco, a contingencia, a necessidade, as pretensões sociais para obrigar o Empregador e o empregado para obrigar a criação seguro de uma proteção contra invalidez, acidentes e outros.
Entretanto esse modelo só abarcava os trabalhadores, deixando de fora as demais pessoas.
Assim evolui-se para a seguridade social, aqui abarcando toda a sociedade, sendo essa uma evolução gradativa em relação à proteção do risco.
Hoje com a globalização as exposições são bem maiores, criando complicadores em cada sociedade ao redor do mundo.
A CF/88 ampliou demasiadamente as coberturas do risco, e hoje quer se reduzir esses riscos.
Bismark (1883 a 1889) – Alemanha – 1º Sistema Moderno de Seguros Sociais. Nessa fase, havia um crescimento populacional muito grande, as ideias de marxismo e socialismo, o que provocouuma certa inquietude no governo, e para poder abafar e/ou acalmar os ânimos, o chanceler Otto Von Bismark decide colocar em prática uma política de majoração da classe operaria para suprimir o avanço socialista, criando a primeira norma para prover a proteção da integridade física desses trabalhadores, obrigando o Estado, o trabalhador e o empregador a contribuir sendo esse o primeiro modelo. Teoria do risco profissional. Inicialmente contra a doença, o acidente, a morte e assim gradativamente, esse modelo era contributivo, obrigatório, mas ainda restritivo aos trabalhadores, que eram quem reclamavam ao governo para melhoria de condições de trabalho e previdenciária.
Nota: falou-se em Otto Von Bismark, lembrar-se do seguro social. Que é esse primeiro modelo contributivo obrigatório para os trabalhadores, quem envolvia o Estado, o Empregador e o trabalhador.
Completando: Este modelo Bismarckiano deu origem à concepção laborista, sendo este modelo restrito ao mundo do trabalho e das relações laborais. Este modelo apresenta características próprias, como por exemplo: o seguro é obrigatório, visa assegurar a cobertura de riscos dos trabalhadores por conta de outrem, financiamento assenta nas contribuições sociais a cargo das entidades empregadoras e trabalhadores, privilegia a função comutativa, as prestações atribuídas servem para substituir rendimentos de substituição ou de compensação.
 
Assim os outros países começaram a imitar esse modelo alemão, principalmente os europeus, em seguida com os americanos e posteriormente, não obstante tardiamente o Brasil.
Com os pós-guerras surgiu a questão do Estado do bem-estar social, de o Estado ser o ator principal para a promoção dessa garantia. Começa-se a surgir o termo seguridade social. 
Lei americana de seguridade social (1935) os americanos foram os primeiros a utilizar o termo seguridade social. Garantindo um benefício bem amplo para a época aos seus sociais.
William Henry Beveridge - Economista (1942) – Grã-Bretanha – aqui nesse modelo beveridgeano ele reformou o sistema do seguro social na Grã-Bretanha, generalizando e estendendo para o maior número possível de riscos, propondo a proteção do berço ao túmulo, revolucionando todas as medidas de proteção social anteriores, criando um novo modelo que se propunha a abolir o estado de necessidade que atingisse não apenas o trabalhador, como também a todos. É esta concepção com variantes, que vigora nos Países Baixos e, apesar de em menor medida, na Grã – Bretanha, a tradição beveridgeana estabelecia o direito de cada cidadão à Segurança Social, como um direito à satisfação de necessidades irredutíveis	
Organização das Nações Unidas – ONU – essas organizações acabavam propagando esses seguros, no primeiro momento o seguro social e a pós a seguridade social.
Organização Internacional do Trabalho – OIT 
Organização Mundial da Saúde – OMS 
Período de formação (iniciado em 1883 até a Primeira Guerra Mundial)
Período de universalização (em que houve a expansão geográfica da previdência social com a criação da OIT)
Período de consolidação (em meio à segunda guerra mundial, devido à necessidade da reconstrução dos países envolvidos e de assegurar o mínimo de bem-estar social)
Período de reformulação (que tem início no final da década de 70)
Período de implantação: marcado pelas primeiras legislações sobre direitos previdenciários, e vai da edição da lei Elói Chaves (1923) até o decreto 20.465/3 – esse decreto era para servidores públicos);
Período de expansão: caracterizado pela propaganda dentro das categorias de classes dos institutos de aposentadoria e pensões até a edição da lei orgânica da Previdência Social – LOPS em 1960;
A lei Elói chaves criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões - CAPS para os ferroviários, sendo esses os pioneiros nessa conquista, logo em seguida as outras categorias começam a reivindicaram tal benefício. Como portuários, os marítimos, os funcionários de telégrafos etc., sendo ampliado para as demais categorias.
Até que que vem a Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS em 1960 criando um novo modelo unificado.
Período de unificação: vem desde a promulgação da LOPS, já que foi responsável por unificar grande parte da legislação aplicável ao sistema brasileiro, até a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e a edição da primeira Consolidação das Leis da Previdência Social – CLPS, pelo Decreto n. 72 de 1976.
Período de Reestruturação: a partir de 1977, com a criação do Sistema Integrado Nacional de Previdência e Assistência social - SINPAS, até a promulgação da CF/88, que implantou o sistema de seguridade social.
Período de seguridade social – implantou-se através do texto constitucional de 1988, em que o Brasil deixa de ser garantidor de proteção apenas aos trabalhadores, para ser um Estado de Seguridade Social, que garante proteção universal à sua população, de forma a assegurar o mínimo social necessário à existência humana digna.
Alterações: Emendas Constitucionais n. 20/98, 41/2003, 47/2005, EC 70/2013, EC 88/2015, PEC287/2016.
Nota: O STF já decidiu que ninguém tem direito a regime jurídico. A regra tem que ser a da época do requisito. Exemplo da pessoa que já tem os requisitos para aposentar hoje e não o faz e a amanhã muda a lei, essa pessoa tem direito adquirido, pois já tinha cumprido os requisitos da lei anterior, agora, se a pessoa está trabalhando e faltam 2 dias para completar os requisitos, essa pessoa tem a expectativa de direito. 
Nota: segundo a professora quem entrou até 1998 tem umas regras. Quem entrou até 2003 tem outras regras. Quem entrou após 2003, média sobre tudo.
14/08/2017
O Risco Social
Evolução histórico da proteção (proteção da perda do emprego ≠ proteção do estado de necessidade).
Seguro Público e a universalização do risco.
Indenização para suprir o dano através de prestações.
No âmbito ideal, ninguém deve passar por estado de necessidade. Pois quem trabalha ocorrendo a contingência tem a previdência, para quem não tem emprego tem-se a assistência.
No caso do seguro de carro, por exemplo, ocorrendo o sinistro, o prêmio é dado na sua integralidade. Em se tratando de previdência, o prêmio é dado mensalmente, pois a necessidade se renova e em não recebendo o valor volta-se ao estado de necessidade.
Seguro Social:
RISCO – CONTINGÊNCIA – DANO – PRESTAÇÕES 
Dano real ou presumido (no dano real há a necessidade de se comprovar a incapacidade. No dano presumido, presumisse-se que as pessoas na média brasileira, ao alcança a idade de 65 anos para homens, e 60 para as mulheres, ocorre uma diminuição da capacidade laborativa.)
Sistema Nacional de Seguridade Social
Seguro Social ≠ Seguridade Social (o seguro social é só para os trabalhadores, e é o que faz a previdência, ela é contributiva. No que toca à seguridade social abrange toda a população carente.)
Subsistema Contributivo ≠ Subsistema não contributivo 
Nota: O risco é a probabilidade de ocorrência do dano, já a contingencia é quando ocorre no mundo fenomênico.
Nota: Aposentadoria por invalidez, tem caráter precário, pois a qualquer momento pode ser realizado nova perícia e a segurado ser obrigado a voltar a trabalhar.
Invalidez (incapacidade para o trabalho) não se trata da invalidade completa, mas sim a incapacidade de realização do trabalho. E deve ser atestado por médico perito do INSS.
Idade avançada (Não se fala mais em velhice, mas sim e idade avançada de 65 para homens e 60 para mulheres).
Maternidade (há um interesse social para que a criança nos primeiros dias de vida tenha um contato mais próximo com a mãe, critério Previdenciário)
Morte (é um evento certo, porém não se sabe quando ocorrerá, e a proteção é para os dependentes.)
Reclusão (aqui há uma polêmica na sociedade, assim a pessoa que recebia um salário e é reclusa, tem-se a proteção para os dependentes)
Desemprego (para demissão involuntária)
Encargos familiares (aquele trabalhador que tem muitos dependentes, esse é um benefício que assisteapenas ao trabalhador que tem muitos filhos)
BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE
Auxílio-doença
Aposentadoria por invalidez
Auxílio-acidente
APOSENTADORIA POR IDADE
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
APOSENTADORIA ESPECIAL
BENEFÍCIO DE PROTEÇÃO À FAMÍLIA
Salário-maternidade
Salário-família
BENEFÍCIO DE PROTEÇÃO AOS DEPENDENTES
Pensão por morte
Auxílio-reclusão
SEGURO DESEMPREGO
BENEFÍCIO DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO
ABONO ANUAL OU GRATIFICAÇÃO NATALINA
15/08/2017
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
ORDEM SOCIAL (art. 193 da CF/88)
Primado do trabalho (
Bem-estar (é o que eu quero alcançar, é o motor propulsor)
Justiça Social (é outro objetivo, outra meta a ser alcançado)
A previdência é uma forma de maior distribuição de renda no Brasil.
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Princípios constitucionais (Objetivos)
Vai cair na prova esse artigo
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
A dimensão objetiva está prevista nesse inciso “I” no que toca aos RISCOS - O QUE
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
A dimensão subjetiva está prevista nesse inciso “II” no que toca ao ATENDIMENTO – PARA QUEM (SUJEITOS)
Historicamente o Brasil manteve desigualdade, e tratamento diferenciado. O mesmo rol de benefícios deve ser oferecido tanto para os trabalhadores urbanos como para os rurais. O trabalho rural tem características próprias, mas requisitos diferenciados. 
Benefício (se trata de pecúnia) e serviço (podem ser outros prestações dada à população que não a pecúnia).
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
Ele acaba sendo um contentor do benefício da universalidade. A Constituição autoriza o legislador a selecionar alguns riscos (O QUE) que serão cobertos. Na distribuição para a população crie critérios e requisitos de acesso a esses benefícios e serviços. (PARA QUEM). Fornecimento de próteses tem que ser para as pessoas especificas.
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
O INSS não pode reduzir o benefício, que também alcançar o poder real de compra, que deve ser periodicamente reajustado para se manter esse poder. É um Direito do segurado o reajuste do benefício.
Lei 8213 Art. 41-A.  O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. 
19/08/2017 (Sábado)
V – equidade (justiça, isenção) na forma de participação no custeio;
Significa respeitar tanto a capacidade contributiva, quanto o potencial de risco.
Daí as alíquotas diferenciadas a depender da renda do trabalhador. É o respeito à capacidade contributiva. 
Art. 195 CF/88 § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de 
cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho
VI - diversidade da base de financiamento;
São várias as fontes de financiamento muito embora todos são chamados a contribuir observando tanto a capacidade contributiva quanto ao potencial de risco. Aqui o legislador obrigou a ter várias fontes de financiamento do sistema, para se amenizar os riscos. Sendo proveniente da Confins, Contribuição Social Sobre Lucro Líquido - CSLL, Concurso de Prognóstico, PIS/PASEP, Importação, contribuição dos Segurados e da contribuição proveniente da folha patronal.
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
Conselho Nacional de Seguridade Social (foi extinto MP 2166) 
Conselho Nacional de Previdência Social;
Conselho Nacional de Saúde; 
Conselho Nacional de Assistência Social;
O sistema da previdência, visa, pelo mesmo tem a intenção, de integrar o quanto antes o segurado com por exemplo licença médica, ao mercado de trabalho.
O art. 194 trouxe a inteligência de se trabalhar em conjunto a saúde, previdência e a assistência social, só que essa não é uma realidade nos governos brasileiros em sua implementação, pois cada pasta ministerial nem se comunicam no que toca à previdência.
SISTEMA DE SEGURIDADE SOCIAL
SAÚDE (art. 196 a 200 da CF/88) universal, pública e autorizado para a inciativa privada. (PARA TODOS QUE PRECISAM)
ASSISTÊNCIA (art. 203 e 204 da CF/88) hipossuficiente, socorro aos pobres, assistência não é favor da população é um direito. (PARA QUEM PRECISA)
PREVIDÊNCIA (art. 201 e 202 da CF/88) contributiva, tem-se também a previdência privada. (PARA QUEM CONTRIBUI)
Salário família é um benefício Previdenciário para as pessoas que estão enquadrado na exigência da baixa renda.
Nota: Para as Forças Armadas, a primeira diferença é que seus integrantes não contribuem para a Previdência. Toda a contribuição é feita pela União. Isso faz com que o benefício militar seja o mais deficitário para os cofres públicos. Os descontos feitos nos pagamentos de militares são para custear pensões que são pagas a familiares em caso de morte. As polêmicas pensões pagas a filhas de militares solteiras não devem ser extintas com as mudanças. Na verdade, elas pararam de ser concedidas em 2000 e atualmente só recebem o benefício quem o adquiriu antes dessa data. Os militares também não se aposentam, vão para a reserva. A diferença é que, teoricamente, eles podem ser novamente convocados a qualquer momento em caso de necessidade. Um militar alcança a reserva depois de 30 anos de trabalho, tanto para homens quanto para mulheres.
Nota: na previdência privada, a contribuição é de você com você mesmo, o risco não é diluído, não diversidade de fonte de renda para o financiamento, como se vê na previdência pública, muito embora ela capitaliza os recursos arrecadados no mercado financeiro. A previdência privada não é melhor que a pública, ela é diferente.
CF/88 Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
 a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
 II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;  
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
Esse § 5º do art. 195, foi pensado para parlamentares ou governos que, paracriar ou majorar um benefício, tem que apresentar qual é a fonte de custeio, esse é o princípio da contrapartida, ou princípio da preexistência ou da antecedência da fonte de custeio. Entretanto, o STF decidiu que, se já constar da Constituição o benefício, o Estado terá que criar a fonte de custeio. Pois esse princípio serve para os novos benefícios ou a majoração desses.
Regimes Previdenciário.
Público (obrigatório)
RGPS
RPPS
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
CF/88 Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:  
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;  
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;  
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;  
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;  
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. 
CF/88 Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
Privado
Aberto
Fechado
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
Nota: O cálculo atuarial é um método matemático que utiliza conceitos financeiros, econômicos e probabilísticos para determinar o montante de recursos e de contribuições necessárias ao pagamento de despesas administrativas e benefícios futuros, como aposentadorias e pensões a serem concedidas, no presente e no futuro.
Art. 195 CF/88 § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Quais são as funções da previdência social? (pergunta de prova)
Resp.: 1. Garantir o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde.
Proporcionar prestações de previdência a quem perdeu remuneração em decorrência de riscos cobertos mediante contribuições.
Proteger os desamparados, por intermédio de programas de assistência social.
REFORMAS PREVIDENCIÁRIAS
Crise e défict 
Fator Previdenciário (é uma fórmula matemática usada para calcular as aposentadorias por tempo de contribuição e por idade. Atualmente, ela se baseia em quatro elementos: alíquota de contribuição, idade do trabalhador, tempo de contribuição à Previdência e expectativa de vida da pessoa.)
Caráter restritivo (reduzir Direito para diminuir as despesas)
Direito social 
Proteção do Risco Social
Princípio da Vedação do Retrocesso
21/08/2017
A SAÚDE 
A seguridade social é definida como o conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos à saúde, a previdência e à assistência social (art. 194, caput, da CF/88).
	
	Seguridade Social
	Saúde 
	Previdência Social
	Assistência Social
 				
Saúde = saluusia, salus, utis, saluto, es, eres que significa estar inteiro, intacto e SÃO.
Lei n. 8112/91 – Organização da seguridade Social e institui o Plano de Custeio
O art. 9º da lei n. 8212/91 prescreve que as áreas de saúde, previdência social e assistência social, são objeto de leis especificas, que regulamentarão sus organização e funcionamento.
- Saúde: Lei 8090/90
Previdência social 8212/91 e 8213/91
Assistência social: Lei 8742/93
A saúde 
 A saúde não deve ser considerada somente como o estado de não-doença ou não enfermidade.
 A organização mundial de saúde (OMS) conceitua saúde como a situação de completo bem-estar físico e mental do ser humano.
Envolve portanto, condicionantes biológicos (como idade, sexo, características pessoais eventualmente determinadas pela herança genética).
Como bem explicam Simone Barbisan Fortes e Leandro Paulsen (Direito da Seguridade Social, Livraria do Advogado Editora), nesse universo mais amplo é que a saúde tem-se inserido no campo da Seguridade Social, como verdadeiro direito que mais do que simples fornecimento de assistência médica e de medicamentos, deveria também envolver programas de medicina preventiva, com vistas à redução de taxas de mortalidade e natalidade, erradicação e controle de doenças infecciosas e parasitárias, desnutrição, subnutrição e, ainda, melhoria das condições gerais de saúde populacional, portanto também pela via indireta de acesso à adequados níveis de renda, habitação e saneamento básico. 
Por sua vez o professor Ingo Wolfgang Sarlet afirma ser a saúde um direito social fundamental ligado, juntamente com outros (assistência social, previdência social e renda mínima) ao direito à garantia de uma existência digna, no âmbito do qual se manifesta de forma mais contundente a vinculação do seu objeto (prestações materiais na esfera da assistência médica, hospitalar, etc.), com o direito à vida e ao princípio da dignidade da pessoa humana. O direito à vida, assume a condição de verdadeiro direito a ter direitos, constituindo precondição da própria dignidade da pessoa humana.
A Saúde – Rápida Referência ao Direito Internacional
O direito à saúde é elencado, ao lado do direito à proteção social referente à previdência e assistência social, no artigo XXV, item 1, da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
 Os benefícios concedidos no âmbito do setor de saúde objetivam a conservação ou o restabelecimento do estado de saúde.
 Alfredo Ruprecht (Direito da Seguridade Social, LTR) diz que os serviços e benefícios assistenciais relativos à saúde podem ser de três tipos:
Medidas preventivas que procuram evitar que a contingencia ocorra.
Medidas curativas que restabelecem a saúde alterada do indivíduo para que volte a ter completo controle físico e mental.
Medidas reabilitatórias quando a doença deixar sequelas, com o objetivo de que o afetado recupere, na melhor condição possível, seu estado de saúde anterior à doença
 
A saúde na Constituição da República de 1988
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
O texto constitucional é claro no sentido de que o direito da saúde deve ser garantido a todos os cidadãos brasileiros, aptos a exigi-lo a qualquer tempo.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
	As condições de implantação das ações da saúde, além de sua organização e seu funcionamento, são regulamento pela lei nº 8.080/90.
	Como disposto na Constituição da República, as ações e serviços de saúde podem ser executadas diretamente pelo poder público ou através de terceiros, incluindo pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
	 O art. 199 da CF/88 dispõe que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada sendo, entretanto, vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos, bem como a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casosprevistos em lei.
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: 
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento);  
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º;   
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; 
 III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;  
IV - (revogado). 
Nos termos do art. 198 da CF/88 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
	Um princípio extremamente importante é o da vinculação de Recursos para a Saúde. Diante do princípio
A saúde – Atribuições Constitucionais do SUS
 	Conforme disposto no art. 200 da CF/88, ao sistema único de Saúde compte além de outras atribuições, nos termos da lei:
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
 I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação;  
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
A Saúde na Lei nº 8.212/91
 	O art. 2º da lei nº 8.212/91 estabelece e reforça a saúde como um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Esse dever consiste em garantir a saúde pela formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
 	O sistema Único de Saúde encontra-se regulamentado pela Lei nº 8.080/90
 	O art. 2º da Lei 8.080/90 destaca e reforça a saúde como um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Esse dever consiste em garantir a saúde pela formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
	A concepção de saúde adotada pelo Estado Brasileiro encontra-se em plena compatibilidade com o preceituado pela Organização Mundial da Saúde, como se pode verificar do art. 3º da Lei 8.080/90, in verbis:
 
Art. 3o  Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.         (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013)
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.
Nos termos do art. 5º da lei 8.080/90, são objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º da Lei 8.080/90; 
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
		
22/08/2017
BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS 
	A seguridade social é definida como o conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes público e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos à saúde, à previdência e à assistência social (art. 194, caput, da CF/88)
Lei nº 8.212/91 organização da seguridade social e institui o Plano de Custeio
O art. 9º da nº 8.212/91 (não consegui anotar)
A Assistência Social – Conceito
	A Assistência Social é um conjunto de princípios, de regras e instituições destinado a estabelecer uma política social aos hipossuficientes, por maio de atividades particulares e estatais, visando a concessão de pequenos benefícios e serviços, independentemente de contribuição por parte do próprio interessado (Sérgio Pinto Martins)
Traçomarcante:
A Assistência Social – Previsão Constitucional 
	A Assistência Social tem previsão constitucional nos arts. 203 e 204 da CF/88, integrada na Ordem Social.
	Subordina-se aos primados do trabalho e da justiça social (art. 193 da CF/88)
				Voltada para a garantia do pleno exercício da cidadania
Política Assistencial 		
Voltada para a habilitação de seus beneficiários à inserção no mercado de trabalho
	Conforme prescrição no art. Art. 203 da CF/88 . A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
	 A Assistência Social insere-se no arcabouço protetivo do Estado brasileiro como política de Seguridade Social não-contributiva e configura-se como direito fundamental garantidor do acesso à plenitude de cidadania.
	A Assistência Social – Princípios 
	Ao lado de todos os princípios previstos no art. 194, Parágrafo único da CF/88 encontram-se os seguintes princípios específicos prescritos no art. 4º da lei nº 8.742/93:
	
 Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:
        I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;
        II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;
        III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
        IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;
        V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS
Sobre a Organização e Gestão da Assistência Social, foi criado o Sistema Único de Assistência Social, conforme dispõe a Lei 8.742/93 (com alterações de 2011)
Art. 6o  A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: 
 I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva;  
II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6o-C
III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social;
IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais;  
V - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;  
VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e 
VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. 
§ 1o  As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território. 
§ 2o  O Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta Lei. 
 § 3o  A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Ministério do Desenvolvimento Social
Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS)
18 membros – 9 Representantes do Governo – 9 Representantes Sociedade Civil
Nota: o bolsa família do Brasil é uma referência no mundo, entretanto, o país precisa evoluir da Assistência para a Previdência.
	 São todos aqueles que não tem condições financeiras de manter a própria subsistência e nem de tê-la mantida pela sua família (que é o núcleo social primário)
	* Destinatários primários da Assistência Social:
		- Crianças e adolescentes
		- Pessoas idosas
		- Pessoas portadoras de deficiência 
	
	Segundo o art. 203 da CF/88 (repetido no art. 2º da LOAS), a Assistência Social tem por objetivos:
CF/88 Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
As prestações assistência são:
	Benefício de prestação continuada art. 203 , V e art. 20 LOAS
	Benefício 
Benefícios eventuais são aqueles condicionados a determinados eventos para serem oferecidos.
Básico = 85,00
Variável (crianças/ nutrizes/ gestantes = 5X39 = 195,00
Variável Adolescente = 2 X 46= 92,00
Total = 372,00
28/08/2017
A Assistência social – benefício não eventuais programas bolsa Família
	O programa Bolsa Família
A Assistência Social – Benefícios Não Eventuais
	Benefícios assistenciais não-eventuais previstos em legislação esparsa (fora da LOAS);
	- Bolsa-Alimentação – criado pela MP 2206-1/2001
	- Cartão-Alimentação – criado pela MP 108/2003
	- Bolsa-escola – criado pela Lei nº 10.219/2001
	- Auxílio-Gás – criado pela MP 18/2001, convertida na Lei n° 10.543/02
	- Bolsa Família – criado pela Lei nº 10.836/2004
A Assistência Social – Benefícios Não Eventuais – Programa Bolsa Família – Critérios de inclusão
 	Os benefícios financeiros estão classificados em dois tipos, de acordo com a composição familiar.
→ básico no valor de R$ 85,00, concedido às famílias com renda mensal de até R$ 85,00 por pessoa, independente da composição familiar.
 variável no valor de R$ 39,00 para cada criança ou adolescente de até 15 anos, no limite financeiro de até R$ 195,00, equivalente a cinco filhos por família, com renda mensal de até R$ 170,00 por pessoa.
	Existe ainda o Benefício Variável Vinculado ao Adolescente de R$ 46,00 (quarenta e seis reais), o qual é pago a todas as famílias do programa que tenha adolescentes de 16 a 17 anos frequentando a escola. Cada família pode receber até dois benefícios variáveis vinculados ao adolescente, ou seja, até R$ 92,00 (noventa e dois reais).
A Assistência Social – Benefícios Não Eventuais – Programa Bolsa Família – critérios de inclusão
Benefício para superação de extrema pobreza: Destinado às famílias que se encontrem em situação e extrema pobreza. Cada família pode receber um benefício por mês. O valor do benefício varia em razão do cálculo realizado a partir da renda por pessoa de família e do benefício já recebido no Programa Bolsa Família.
 Obs.: As famílias em situação de extrema pobreza pode acumular o benefício Básico, o Variável e o Jovem, até o máximo de R$ 372,00 por mês. Como também podem acumular 1 (um) benefício para Superação da Extrema Pobreza (o valor do benefício é calculado caso a caso, de acordo com a renda e a quantidade de pessoas na família, para garantir que a família ultrapasse o R$ de 85,00 de renda por pessoa)
A Assistência Social – Benefícios Não Eventuais – Programa Bolsa Família – critérios de inclusão.
	Superação da extrema pobreza: As famílias extremamente pobres são aquelas que tem renda mensal de até R$ 85,00 por pessoa. O valor do benefício é calculado considerando a renda de cada família e também se os integrantes estão inclusos em alguns dos outros três grupos de bolsa família.
	Como especificado na descriçãode cada grupo, todos possuem um valor máximo, mas além disso, o valor total da quantia que deve ser recebida pela família, não deve ultrapassar R$ 372,00 por mês. As famílias em situação de extrema pobreza que pertencem a todos os grupos, podem receber um complemento de renda pelo bolsa família, para que possa atingir a quantia de R$ 372 por mês, que é o valor máximo do bolsa família.
A Assistência Social – Benefícios Não Eventuais – Programa Bolsa Família – condicionalidades
	As condicionalidades são os compromissos sociais assumidos pelas famílias beneficiarias do Programa Bolsa Família. Trata-se de atividades nas áreas de educação e saúde que as famílias devem cumprir para assegurar o Direito de receber financeiro do programa.
	O objetivo das condicionalidades do Bolsa Família é ampliar o acesso dos cidadãos aos seus direitos sociais básicos em especial os relativos à saúde e à educação.
	Grosso modo as condicionalidades são: manter as crianças e adolescente em idade escolar frequentando a escola e cumprir os cuidados básicos em saúde, ou seja, o calendário de vacinação, para as crianças entre 0 e 6 anos, e a agenda pré e pós-natal para as gestantes e mães em amamentação.
A Assistência Social – Benefício Assistencial de Prestação Continuada
	O Benefício assistencial de prestação continuada (ou amparo social) tem assento constitucional (art. 203, inciso V), positivação legal no art. 20 da Lei nº 8.742/93 e regulamentação pelo Decreto nº 1.744/95.
CF/88 Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Lei nº 8.742/93 Art. 20.  O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. 
§ 1º  Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.  
§ 2º  Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.   
§ 3º  Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo.  
§ 4º  O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória.  
§ 5º  A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada.  
§ 6º  A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento de que trata o § 2o, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS.     
§ 7º  Na hipótese de não existirem serviços no município de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu encaminhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura. 
§ 8o  A renda familiar mensal a que se refere o § 3o deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do pedido.
§ 9o  Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da renda familiar per capita a que se refere o § 3o deste artigo.  
§ 10.  Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos
§ 11.  Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento.  
       
A definição de pessoa hipossuficiente, para fins de concessão do benefício assistencial de prestação continuada, é encontrada no art. 20 § 3º da LOAS: 
A Assistência Social – Benefício Assistencial de Prestação Continuada – Análise da LOAS 
	O Constituinte Originário remeteu ao legislador ordinário a tarefa de dispor sobre as condições de concessão do benefício assistencial de prestação continuada, o que somente se deu com a promulgação da Lei nº 8.742/93 (art. 20)
	Da analise do dispositivo da LOAS, podemos identificar os pressupostos de concessão, os quais podem ser denominados de critérios subjetivo e objetivo.
	Os critérios subjetivos são: a) ser pessoa idosa com idade de 65 anos ou mais; b) ser pessoa portadora de deficiência. 
	O critério objetivo é a hipossuficiência, comprovada pela ausência de meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida pela própria família.
Nota: O benefício tem natureza precária, pois ele pode ser revertido e/ou deixar de ser concedido.
A Assistência Social – Benefício Assistencial de Prestação Continuada – Análise da LOAS –Benefício ao Idoso
	 A idade mínima para concessão do benefício assistencial de prestação continuada ao idoso apresentou redução gradual desde a edição da lei nº 8.742/93.
	Em sua redação original estabelecia o Direito à percepção do benefício o idoso com mais de 70 anos, idade que fora reduzida para 67 anos a partir da lei 9720/98.
	Com a vigência da lei nº 10.741/2003 (Estatuto do idoso) a idade passou a ser de 65 anos, embora a lei fixe a idade de 60 anos como paradigma para a qualificação da pessoa como idosa.
A Assistência Social – Benefício Assistencial de Prestação Continuada – Análise da LOAS –Benefício a Pessoa Portadora de Deficiência
	A definição de pessoa portadora de deficiência para fins de concessão do benefício assistencial de prestação continuada é encontrada no art. 20, § 2º da LOAS.
	“§ 2º Para efeito de concessão deste benefício, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”
A Assistência Social – Benefício Assistencial de Prestação Continuada – Análise da LOAS – Critério da Hipossuficiência
	
	A definição de pessoa hipossuficiente para fins de concessão do benefício assistencial de prestação continuada é encontrada no art. 20 § 3º da LOAS:
LOAS - Lei 8.742/93 Art. 20. § 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. 
	
	A interpretação administrativa do dispositivo legal é no sentido de considerar tal critério como objetivo (obtido por intermédio de uma operação aritmética de soma da renda familiar bruta e a posterior divisão pelo número de integrantes do núcleo familiar).
	Porém, o STF, na Reclamação nº 4374, relativizou o critérioobjetivo de ¼ só salário mínimo, autorizando que o juiz possa considerar os demais elementos caracterizadores da hipossuficiência.
A Assistência Social – Benefício Assistencial de Prestação Continuada – Análise da LOAS – Conceito de Família
	O art. 20, § 1º da LOAS estabelece que se deve entender como família, par afins de concessão do benefício assistencial:
§ 1º  Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.  
A Assistência Social – Benefício Assistencial de Prestação Continuada – Análise da LOAS – natureza precária do beneficio
	Nos termos do art. 21 da Lei nº 8.742/93, o benefício assistencial de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliação da continuidade da condições que lhe derem origem, cessando o seu pagamento no momento em que forem superadas as condições de concessão, bem como no caso de falecimento do beneficiário. Também deverá ser cancelado quando se constatar irregularidade na sua concessão ou utilização do benefício.
	Portanto, possui natureza precária já que, segundo prescrição legal, alteradas as condições fáticas do titular, seja pelo aspecto subjetivo ou objetivo (hipossuficiência), o pagamento do benefício será cessado. E a cessação se dá op legis, em decorrência de imposição legal.
Pergunta de prova: Porque o Benefício de Prestação Continuada - BPC tem natureza precária?
Resposta: alteradas as condições fáticas do titular, seja pelo aspecto subjetivo ou objetivo (hipossuficiência), o pagamento do benefício será cessado. E a cessação se dá op legis, em decorrência de imposição legal.
A Assistência Social – Serviços 
	Os serviços assistenciais são os que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes legalmente estabelecidas (art. 23 da LOAS). Em sua prestação, deve ser dada prioridade à infância e à adolescência, em situação de risco pessoal e social. 
	Grosso modo, os serviços podem ser divididos em duas espécies: serviço social e habilitação reabilitação profissional.
A Assistência Social – Serviços 
	O serviço social tem como objetivo prestar ao destinatário orientação e apoio nas questões pessoais e familiares e à melhoria da sua inter-relação com a Previdência Social. 
	Previsão Legal: art. 88 da Lei 8.213/91 e art. 161 do Decreto 3.048/99.
A Assistência Social – Habilitação e Reabilitação Profissional
	 Esses serviços têm por objetivo proporcional aos destinatários, incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, bem como às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a educação (ou readaptação) profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho, garantindo a inserção (ou reinserção) na vida comunitária.
	A lei nº 8.213/91 apresenta norma que pode ser considerada como uma ação afirmativa no sentido de propiciar o aproveitamento de pessoas reabilitadas ou portadoras de deficiência habilitadas.
	Art. 93 A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência habilitados na seguinte proporção:
	I - até 200 empregados ---------------------------------2%
	II – de 201 a 500 ------------------------------------------ 3%
	III - de 501 a 1.000 -------------------------------------- 4%
	IV – de 1.001 em diante --------------------------------5%
A Assistência Social – Programa de Assistência Social
	Nos termos do art. 24 da LOAS, os programas de Assistência Social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais.
A assistência social – Projetos de Enfrentamento da Pobreza
	Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a instituição de investimento econômico-social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para a melhoria das condições gerais de vida, a preservação do meio ambiente e sua organização social (art. 25 da LOAS).
	
	
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS
	
	O Sistema Previdenciário brasileiro é dotado de dois Regimes Básicos (Regime Geral de Previdência Social e Regimes Próprios de Previdência de Servidores Públicos Civis e Militares) e dois Regimes Complementares de Previdência (privado aberto ou fechado no RGPS e público fechado nos RPPS).
REGIMES PREVIDENCIÁRIOS
Previdência Social
Regimes Básicos
Regimes Complementares
RGPS (art. 21 CF/88)
RGPS (art. 40 CF/88)
Privado (art. 202 CF/88)
Público – Fechado
Art. 40 § 14,15,18 CF/88)
Fechado
Aberto
Regimes Previdenciários – sob o aspecto da vinculação
Previdência Social
Segmentos de vinculação obrigatória
Segmentos de vinculação facultativo
Regime Geral de Previdência Social
Regimes Próprios de Previdência Social 
Previdência Complementar Fechado
Previdência Complementar Aberto
MODELOS DE GESTÃO 
Função Sustentabilidade e operabilidade do sistema Previdenciário.
Objetivo de gestão Patrimônio previdenciário = patrimônio público com inversão particular (natureza social pública, impessoal e solidária).
 
FINACIAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Os regimes de financiamento podem ser, basicamente, de dois tipos:
Regime de Capitalização
Regime de Repartição
Regime de Capitalização = opera com uma acumulação de fundos para o financiamento dos benefícios futuros
Regime de Repartição = não acumulação, os trabalhadores de hoje custeiam os benefícios atuais, e assim sucessivamente. Funciona como um regime de caixa no qual o que se arrecada é imediatamente gasto. Esse regime também é conhecido como PAYG (pay-as-you-go)
CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – SOLIDARIEDADE SOCIAL
CF/88, art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da Lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais.
Lei nº 8.212/91, art. 10. A seguridade social será financiada por toda sociedade, de forma direita e indireta nos termos do art. 195 da Constituição Federal e desta Lei, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais. 
Regime Geral de Previdência Social – Estrutura Normativa Básica
- Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (art. 201);
- Lei nº 8212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui o Plano de Custeio, e dá outras providencias;
- Lei nº 9.796, de 5 maio de 1999, que dispões sobre a compensação financeira entre RGPS e os regimes de previdência social dos servidores da união, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, os casos de contagem reciproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria.
- Lei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, que dispõe sobre a concessão da aposentadoria e dá outras providencias.
- Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999, que aprova o Regulamento da Previdência Social.
Regime Geral de Previdência Social – Conceito
	O Regime Geral de previdência social é regime de organização estatal, contributivo e compulsório, administrado pelo INSS – Instituto Nacional do Seguro Social e pela Receita Federal do Brasil. Tem por objetivo fornecer proteção social aos beneficiários quando atingidos pelas contingencias sociais prescritas na Constituição da República.
	De forma geral, abrange os trabalhadores da inciativa privada, bem como seus dependentes, podendoabarcar servidores públicos de entes que não instituíram seus regimes próprios.
29/08/2017
CF/88 Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:  
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;  
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;  
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;  
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.  
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.  
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei.  
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. 
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.  
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:  
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;  
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.  
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.  
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.  
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado.  
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei.  
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.  
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. 
Regime Geral de Previdência Social – Relações Jurídicas
	No direito Previdenciário é possível reconhecermos duas relações jurídicas independentes:
 Relação jurídica de custeio – Sujeito Ativo: ente estatal
				– Sujeito passivo: contribuinte
 Relação jurídica de proteção – Sujeito Ativo: beneficiário da proteção social
				 – Sujeito Passivo: ente estatal		
Regime Geral de Previdência Social – Elementos da Relações Jurídicas
 As contribuições sociais e os benefícios previdenciários podem ser estudados segundo a teoria da norma jurídica.
	A norma jurídica é composta de dois elementos:
Antecedente normativo: descreve um fato de possível ocorrência no plano fenomênico, que se aperfeiçoando faz nascer uma relação jurídica.
Consequente normativo: representa uma relação jurídica, permitindo a identificação do sujeito passivo, sujeito ativo e do objeto (identificado pela base de cálculo e alíquota)
Regime Geral de Previdência Social – Relações Jurídicas
Antecedente 
Normativo
Descreve um fato que, quando ocorrido no plano real
Há fenômeno da subsunção do fato à norma
Consequente Normativo
Descrevo uma relação jurídica
Faz nascer a relação jurídica de proteção ou de custeio 
Regime Geral de Previdência Social – Elementos da Relações Jurídicas
- Antecedente normativo: formado pelos critérios materiais, espacial e temporal, permitindo o reconhecimento do fato jurídico a ser aperfeiçoado no plano concreto.
Critério Material: descrição objetiva do fato sendo como núcleo um verbo mais um complemento. Exemplo: ficar incapaz para o exercício de toda e qualquer atividade laborativa de forma permanente.
Critério Espacial: local do acontecimento do fato jurídico. Exemplo território nacional com aplicação excepcional da extraterritorialidade.
Critério Temporal: momento exato do nascimento da relação jurídica. Exemplo: a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença ou do início da incapacidade, ou, ainda da Data de Entrada do Requerimento - DER (quando requerido após 30 dias da data)
Regime Geral de Previdência Social – Relação Jurídica de Seguro Social
- Consequente normativo: formado pelos critérios pessoal e quantitativo.
Critério Pessoal: sujeitos ativos (titular do direito subjetivo) e passivo (aquele que deve cumprir a obrigação). Exemplo: sujeito ativo= segurado, sujeito passivo= INSS.
Critério quantitativo: é o conjunto de informações que permite aferir a quantia devida pelo sujeito passivo ao sujeito ativo, sendo composto pela base de cálculo e pela alíquota. Exemplo: base de cálculo = salário-de-benefício, alíquota = 100% do salário-de-benefício.
Regime Geral de Previdência Social – Beneficiários 
	
	Beneficiário da previdência social são todas as pessoas naturais titulares de Direito subjetivos perante o Sistema Previdenciário.
	Os beneficiários classificam-se em segurados e dependentes.
Segurados
Beneficiários
Obrigatórios
Facultativos
Dependentes
Segurados são as pessoas físicas que , em razão de exercício de atividade ou mediante o recolhimento de contribuições, vinculam-se diretamente ao Regime Geral.
Dependentes: são as pessoas cujo liame jurídico existente entre elas e o segurado permite que a proteção previdenciária lhes seja estendida de forma reflexa.
	
	Os segurados são titulares de direitos próprios. Os dependentes também exercem direitos próprios, mas sua vinculação com a Previdência Social está condicionada à manutenção da relação jurídica do segurado com o Sistema Previdenciário.
	O segurado mantém um vínculo com a Previdência Social baseado em contribuição.
	
	O segurado mantém com a Previdência uma relação que implica direitos e deveres para ambas as partes, sendo que a previdência tem o Direito de receber contribuições e o dever de conceder as prestações, e o segurado tem o dever de contribuir e o Direito de receber as prestações.
Regime Geral de Previdência Social – Segurados Obrigatórios
	São segurados obrigatórios do Regime Geral de Previdência:
- Empregado
- Empregado doméstico
- Contribuinte individual (empresário, autônomo, equiparado

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