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OSTEOARTRITE DEFINIÇÃO Síndrome clinica decorrente de alterações bioquímicas, metabólicas e fisiológicas que ocorrem de forma simultânea inicialmente na cartilagem articular e posteriormente no osso subcondral que compromete a articulação como um todo (capsula articular, membrana sinovial, ligamentos e musculatura periarticular) Doença crônica, multifatorial, caracterizada clinicamente por dor e limitação funcional (mais comum na reumatologia) Radiograficamente por osteófitos (o osteofito é o que caracteriza a osteoartrose = é um crescimento do osso subcondral) e estreitamento do espaço articular Histopatologicamente por perda da integridade cartilaginosa e hipertrofia do osso subcondral e processo inflamatório mínimo. EPIDEMIOLOGIA A prevalencia da osteoartrite aumenta com a idade Pouco comum abaixo dos 40 anos (IDADE É O PRINCIPAL FATOR DE RISCO) Predileçao pelo sexo feminino EUA - 36,4% > 60 anos OA de joelhos Prevalencia no Brasil 16,19% 30 a 40% ambulatórios de reumatologia 7,5% de todos os afastamento do trabalho 4a causa de aposentadoria ABAIXO DE 40 ANOS É CONSIDERADA UMA ARTROSE SECUNDARIA FISIOPATOGENIA Fatores biomecânicos e metabólicos Resulta da falência dos condrócitos de manter a homeostase entre a síntese e degradação dos componentes extracelular da matrix Falência estrutural e funcional das articulações sinoviais que leva a uma Incapacidade funcional progressiva Cartilagem Condrócitos (cels que formam a cartilagem e sintetizam a matrix ossea) Água 60% Colágeno (tipo II) Proteoglicanos – sulfato de condroitina, queratan sulfato e acido hialuronico Proteínas não colágena Lipídeos Ausência de vasos sanguineos, linfáticos e nervos Desequilibrio entre anabolismo X catabolismo Ocorre um aumento da Degradação da matriz extracellular (por aumento da produção de enzimas que vao degradar a cartilagem) Níveis aumentados de citocinas inflamatórias,1β (IL-1β) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) Aumentam mediadores catabólicos: metaloproteinases (MMPs), interleucina 8 (IL-8), interleucina 6 (IL-6), prostaglandina E2 (PGE2) e óxido nítrico (NO) (CATABOLISMO MAIOR QUE O ANABOLISMO) Causando Diminuição sintese colageno / proteoglicano / acelularidade Oxido nitrico produzido por condrócitos ativados Efeitos catabólicos Inibe a sintese do colágeno e proteoglicanos Ativa metaloproteinases Inibe a proliferação de condrócitos Induz apoptose condrócitos Membrana sinovial 50% dos pacientes tem sinovite Próxima a áreas com osso e cartilagem danificados Liberam proteinases e citocinas capazes de acelerar a destruição articular (EBURMAÇÃo = a cartilagem vai ficando mais fina, ate que ele expõe o osso subcondral) ARTICULAÇÕES ACOMETIDAS (pela artrose idiopática, pq se for artrose secundaria pode ser em qualquer articulação) - ESQUELETO AXIAL (LOMBAR E CERVICAL) mais acometida - INTERFALANGEANAS DISTAIS E PROXIMAIS (mãos) - DEDO POLEGAR (1ª articulação carpo-metacarpica) - COXO-FEMURAL - JOELHOS - METACARPOFALANGEANAS (pés) (NÃO EXISTE ARTROSE DE PUNHO OU COTOVELO) CLASSIFICAÇÃO Primaria ou idiopática: ocorre na ausência de qualquer fator predisponente conhecido e se subdivide-se em localizada ou generalizada Secundária: há uma causa ou um fator preexistente Erosiva: subtipo inflamatório, acomete articulações interfalangeanas(mãos) proximais e distais. Causas secundárias à desorganização cartilaginosa: Condrodisplasias Ocronose, hematocromatose, doença de Wilson, hemofilia Diabetes, acromegalia, doença de Kashin-Beck Gota, condrocalcinose, doença por fosfato básico de cálcio Sinovite traumática, sinovite por corpo estranho, sinovite imunológica Artrite reumatóide e doenças similares Trauma agudo com ou sem fratura, doença de Charcot, trauma postural, trauma ocupacional Causas secundárias a desorganização óssea: Doença de Paget, osteopetrose, trauma Necroses assépticas Displasia congênita do quadril, deslizamento da epífise da cabeça femoral, alterações da cabeça femoral e das relações do colo femoral De acordo com o segmento: Gonartrose: artrose de joelhos Quadril: coxartrose Coluna: espondiloartrose SINTOMAS Não apresentam manifestaçoes sistemicas Sintomas de forma insidiosa que progridem para incapacidade minima ou grave Fase inicial: dor em uma ou mais articulações que piora com a atividade e é aliviada pelo repouso Fase tardia: dor em repouso Rigidez matinal: menor que 30 minutos Piora no final do dia A DOR É MECANICA SINAIS Exame fisico Dor e sensibilidade a mobilização, palpação Crepitação palpável, excepcionalmente audivel Espasmo e atrofia da musculatura adjacente Limitação da amplitude articular (osteófitos) Mau alinhamento articular e defeitos posturais Alterações da morfologia articular (aumento do volume osseo - endurecido) Sinais discretos de inflamação articular Derrame articularClassificação para artrose de joelho LABORATORIO Reagentes de fase aguda VHS e PCR normais (idosos podem ter marcadores altos de natureza) Liquido sinovial Cor amarelo palha (normal) Viscosidade normal Celularidade <2.000 células Fator reumatoide negativo RADIOLOGIA Radiografias: normais fase inicial (exame de 1ª escolha) RNM: alterações precoces (é possível ver lesões condrais e sinovites mínimas, que não são possíveis detectar no RX) (RNM – somente no caso de duvida do RX) Diminuição do espaço articular nos segmentos (no RX) Esclerose osso subcondral (é o aumento da densidade óssea) Osteofitos Cistos subcondrais MÃOS Osteoartrite nodal Mulheres de meia idade Hereditariedade (muito associado) Nódulos de Heberden (IFDs) Nódulos de Bouchard (IFPs) Hipertrofia ossea lateral e dorsal Sinais inflamatorios Rizartrose (1a carpometacarpiana – menos frequente) Atividades repetitivas Adução e dorsoflexão (quadrado) Dor: incapacitante COXOFEMURAIS Mais comum sexo masculino Pode resultar de defeitos congenitos ou adquiridos Dor ao caminhar aliviada pelo repouso Irradiação para joelhos e região posterior da coxa Contratura em flexão e adução, levam a claudicação Dor a rotação interna do quadril e limitação mobilidade Incapacitante (prótese) Posição de Trendelenburg COLUNA VERTEBRAL Local Disco Corpo vertebral Interapofisarias Cervical Cervicalgia ou cervicobraquialgia (dor irradia para nuca) Dor espontanea ou provocada pelos movimentos Cefaleia, nucalgia, torcicolos Movimentos limitados Coluna toracica Acometido mais precocemente Raramente produz dor Lombar Lombalgia Lombociatalgia - comprometimento raiz L5 ou S1 Quadro doloroso varia de acordo com o nivel da lesao Origem ligamentar, capsular, periosteal e por espasmo muscular TRATAMENTO Objetivos: Alivio da dor - Manter a função TRATAMENTO NÃO FARMACOLOGICO (extremamente importante no tratamento geral) Programas educativos Educação, aconselhamento, redução de peso, técnicas de proteção articular (postura), perda de peso Exercicios terapeuticos Fortalecimento. Ex: fortalecimento do quadriceps- joelho Aeróbico Alongamento -flexibilidade Orteses e equipamentos de auxilio a marcha Estabilização medial da patela (OA patelo femural) Palmilhas antivaro- estabilizam o tornozelo (OA medial joelho) Bengala (lado contra lateral), calçados com solado anti impacto (palmilhas) Agentes fisicos Termoterapia , Eletroterapia TRATAMENTO FARMACOLOGICO Analgésico Comuns Opióides naturais ou sintéticos (as vezes) Antiinflamatórios (somente na crise) Fases de inflamação evidente Inibidores específicos da COX-2 Não seletivos, associados a protetor gástrico Agentes tópicos Capsaicina (pimenta) AINH tópicos Inibidores da IL-1 Estimuladores da produção dos componentes matriz Cloroquina Diacereina Glucosamina/condroitina Nutraceuticos Peptideos do colageno Vitaminas Terapia intraarticular Corticoide (triancinolona) Viscossuplementação com acido hialuronico CIRURGIA Tratamento Cirúrgico(pessoas jovens com muito desvio) Desdridamento artroscópico (lesões meniscais, labrum, corpos livres) Osteotomias (Profilática e terapêutica)) Artroplastias totais Artrodese (tornozelos)
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