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O ESTUDO DA CÉLULA: MICROSCOPIA, TÉCNICAS HISTOLÓGICAS E HISTOQUÍMICAS I – Métodos de estudo Ultra Centrifugação Radioautografia Microscopia II – Microscopia: Óptica: - de luz ou de campo claro - de contraste de fase - de imunoflorescencia - confocal - Limite do MO: 0,2 m (200nm) - Limite de resolução (capacidade que um equipamento consegue distinguir um ponto de outro) capacidade de - aumento. - Fonte de luz +condensador: focaliza os raios de luz na amostra. O sistema de lentes permite a visualização da amostra. - Parte da luz é absorvida quando passa através da amostra. - Diferentes estruturas absorvem luz de maneira diferente - A coloração é importante pra a distinção de estruturas. Etapas de preparo para estudo histológico Fixação: preservar a morfologia e a composição dos tecidos Desidratação e clareamento: desidrata o tecido e embebece a peça em substância miscível com parafina Inclusão (embebição): a peça é colocada em um molde retangular contendo a parafina fundida Microtomia: cortes delgados das peças em micrótomo (1-10m) para colocação sobre laminas Coloração: utilização de corantes para evidenciar os componentes do tecido. Eletrônica Fixadores: permitem maior preservação das estruturas. Ex: glutaraldeido e tetróxido de ósmio (deposita em regiões ricas em lipídeos) Desidrata e inclui em resinas duras a base de epóxi Os cortes são feitos com ultramicrótomos 1)ME de transmissão: eletrons são desviados por porções do objeto que tenha maior peso atômico - Estruturas eletrondensas: há interação com os elétrons e a região fica preta - Estruturas eletronluscentes: regiões que dispersam ou não interagem com os elétrons e a região fica branca 2) ME de varredura: os elétrons atravessam a amostra, mas escaneiam a sua superfície - Revela uma figura 3D - Cobre a prancha com ouro e é escaneada as elevações - Criofratura: coloca o espécime em baixas temperaturas e é quebrada III – Técnicas histológicas e histoquímicas Técnica histológica - evidenciar morfologia: uso de corantes basófilos ou acidófilos - estrutura de caráter BASICO: afinidade por corante ACIDO - estrutura de caráter ACIDO: afinidade por corante BASICO Eosina: corante acido (cor rósea) Hematoxilina: corante básico (cor azul/rocheada) Técnicas histoquímicas - Caracterização química: localização - Preservação e imobilização do composto - Especificidade (contra provas): grupo de substâncias – substancia ou radical, ex: DNA(Feulgen) - Sensibilidade: detecção de pequenas quantidades do composto - Reação química conhecida: produto visível ao MO Ex. de técnicas histoquímicas: P.A.S – Acido periódico – Schiff - Demonstração de radicais 1,2-glicol presente em amido, glicogênio e celulose. Etapas: 1ª) Preparação do Reagente de Schiff: Fuccsina básica (bonina) + acido sulfuroso = Reativo de Schiff (incolor) 2ª) Oxidação pelo ácido periódico, dos radicais 1,2-glicol formando grupamento de aldeídos: 1,2-glicol + HIO4 (ácido periódico) = Aldeído 3ª) Reversão da cor do reagente de Schiff Aldeído + reativo de schiff = magenta/púrpura PAS positivo 4ª) Contra-prova: confirmação da presença de glicogênio em laminas controle: tratamento prévio com amilase salivar 1,2-glicol + amilase + HIO4 (acido periódico) = não há liberação de aldeído PAS negativo Alcian Blue - Demonstração e radicais acido em pH específicos - Tem alta afinidade por grupos carboxila (COOH pH2,5) e de sulfato (SO4 pH2,5 e 5) presentes em glicoproteínas e glicoaminoglicanos - Reação AB positiva: cor azul claro Reação de Feulgen - Demonstração de aldeídos liberados - Especificidade: DNA Etapas: 1ª) Hidrolise do DNA com HCl a 60ºC para liberação de Aldeídos 2ª) Tratamento dos aldeídos (liberados) com o reativo de Schiff -Reação de Feulgen positiva: cor bonina MEMBRANA PLASMÁTICA E ESPECIALIZAÇÕES Funções: Separa o meio intracelular do extracelular Responsavcel pela constância do meio intracelular: controla a entrada e saída de substancias da célula Sinalização celular (receptores) Barreira seletiva Canais de comunicação: estabelece conexões com outras células e com a matriz extracelular Fixação ou movimentos Sistemas enzimáticos Estrutura: Modelo de mosaico-fluido Duas camadas lipídicas, fluidas e continuas, onde se inserem proteínas Duas regiões hidrofílicas (polar) e uma hidrofóbica (apolar) Estrutura trilaminar: unidade de membrana As duas camadas lipídicas permanecem unidas por meio de interações hidrofóbicas das cadeias apolares Constituintes: Lipídeos - Moléculas anfipáticas: cabeça polar e duas caudas apolares - Principais tipos encontrados na MP: a) Fosfolipideos: radical fosfato (fosfolipideos, esfingolipideos) b) Glicolipideos: glicoesfingiolipideos (componentes de receptores celulares) c) Colesterol: regula a fluidez da membrana em diversas temperaturas (quanto maios a temperatura, mais colesterol e menos fluida e mais rígida a membrana) Proteínas - Cada tipo de membrana tem suas proteínas características, principais responsáveis pela sua função e caracterização a)integrais (intrínsecas): firmemente associados aos lipídeos, 70%, maioria das enzimas b)periféricas (extrínsecas): fracamente associadas aos lipídeos; prendem-se aos lipídeos da face interna ou externa da membrana por diversos mecanismos e se fixam a moléculas glicosiladas Glicocálice - Região da membrana rica em açúcares ligadas a proteínas ou lipídeos - Composição não é estática - Elo de união funcional e dinâmico de uma célula com outra ou com a matriz extracelular dos tecidos - Importância: a) protege a superfície das células de possíveis lesões b) confere viscosidade as superfícies celulares, permitindo o deslizamento de células em movimento c) propriedades imunitárias (sistema ABO) d) intervém nos fenômenos de reconhecimento celular e) inibição do crescimento celular por contato e) processo de adesão entre ovulo e espermatozoide ESPECIALIZAÇÕES E JUNÇÕES INTERCELULARES DA MEMBRANA PLASMATICA Especializações da Membrana Plasmática: Microvilos: projeções da superfície celular em forma de dedo de luva - Contém numerosos filamentos de actina (manutenção e forma) - Aumentam a superfície de contato/absorção das células - Borda estriada ou borda em escova (vistas ao MO) Cílios: prolongamentos longos dotados de mobilidade, presentes na superfície de algumas células epiteliais - Inseridas em corpúsculos basais (estruturas eletrondensas no ápice da célula) - Microtúbulos Estereocílios: prolongamentos longos que aumentam a superfície das células, não tem estrutura nem capacidade de movimentação dos cílios verdadeiros - Ramificam-se e são mais compridos que os microvilos. Ex: epidídimo – maturação dos espermatozoides Junções Intercelulares da Membrana Plasmática: Conjuntos de estruturas associadas á membrana que contribuem para a coesão e comunicação entre as células Junções intercelulares: Desmossomos: placas arredondadas, distribuídas nas células - Material granular entre as membranas: caderina (glicoproteína transmembranar) - Na face citoplasmática: placa eletrondensa (filamentos intermediários) - Função depende de caderina nas membranas e de Ca2+ Zônulas de Adesão (junções aderentes): contínua e contém material granular entre as membranas (caderina) - Deposição de material na fase citoplasmática formando placas (menor que o desmossomo) - Filamentos de actina Desmossomos + Junções aderentes = Complexo Juncional (une as células umas as outras e á matriz mitocondrial) Zônula de Oclusão: faixa continua em torno da porção apical de certas células epiteliais e tem função de vedação entre as células GAP – Junctions: poros que estabelece comunicação entre as células CITOESQUELETO Constitui um conjunto dinâmico de moléculas que assume aspectos diferentes de acordo com o tipo celular e as necessidades das células. Funções: Estabelece, modifica e mantém a formacelular: suporta o grande volume do citoplasma Regula organização das organelas e das células Regula os movimentos celulares e deslocamentos intracelulares de organelas, cromossomos, vesículas e glândulas. Constituintes: Rede complexa de: Microtúbulos - Encontrados no citoplasma e prolongamentos celulares como os cílios e flagelos - Constituídos por varias subunidades de um heterodimero formado por duas proteínas: alfa-tubulina e beta-tubulina - As subunidades alfa e beta se polimerizam para formar microtubulos - Funções: a)participam da movimentação dos cílios e flagelos b) participam do transporte intracelular de partículas c) participam no deslocamento dos cromossomos na mitose d) estabelecem e mantém a forma das células e) participam na formação dos centríolos - Como são formados: 1º juntam os dímeros e forma os protofilamento 2º com 13 protofilamentos é formado um microtúbulo - A polimerização é dirigida por estruturas celulares especializadas conhecidas como: centros organizadores de microtúbulos (MTOCs) -MTOCs são: a)centríolos b) corpúsculos basais dos cílios e flagelos c) centrômero dos cromossomos - A polimerização é regulada pela concentração de Ca2+ e pelas proteínas associadas aos microtubulos - Os movimentos dos cílios são guiados pelos mocrotubulos através de proteínas motoras (dineina e cinesina) e movem por mudanças conformacionais, utilizando ATP - Centríolos: 9 trincas de microtubulos ligadas uma as outras e uma dupla no centro - O corpúsculo basal (presente em cada base do cilio ou flagelo) é semelhante a um centríolo Filamentos de actina (microfilamentos) - Concentradas no citoplasma logo abaixo da membrana plasmática formando o córtex celular - Em abundância em células musculares - Formadas por duas cadeias em espiral de monômeros globulosos de actina G que se polimerizam formando outra estrutura fibrosa - Função: força mecânica (reforço da MP) e determinam a forma da célula e o movimento celular Filamentos Intermediários - Encontrados nas células que sofrem atrito constante, como as da epiderme, onde se prendem aos desmossomos; frequentes também em axônios e em células musculares - Constituídas por diversas proteínas como: a) queratina b) lamina (núcleo: lamina nuclear) - Função: a) Estrutural: somente sustentação celular b) capacitar as células a receberem tensão O NUCLEO INTERFÁSICO E EM DIVISÃO Geralmente o núcleo localiza-se no centro da célula Células com metabolismo intenso apresentam núcleos volumosos Produção proteica elevada – mRNA (copias do DNA) Ciclo de vida da célula: - interfase - mitose Núcleo Interfásico Envoltório nuclear (EN) - Constituído por duas unidades de membrana que delimitam uma cavidade que é a cisterna perinuclear, lamina nuclear e complexo do poro - Membrana interna: lamina nuclear – rede fibrosa na face nucleoplasmática constituída por lâminas (proteínas estruturais) que dão forma e suporte estrutural ao envoltório nuclear - Membrana Externa: continuidade com o reticulo endoplasmático rugoso Nucleoplasma - Análogo ao citoplasma - Diversidade de moléculas para o metabolismo de ácidos nucleicos Cromatina - Associação de DNA + proteínas especificas no núcleo - Toda a porção do núcleo que se cora e é visível ao MO - Tipos: a) Heterocromatina: granulosa e clara; filamento de DNA não esta condensado e tem condição de transcrever genes: ativa b) Histonas: proteínas especificas da cromatina; participam da arquitetura molecular das fibras cromatínicas H, H2A, H2B, H3 e H4 - Fibras cromatinicas: a) nucelofilamentos (10nm): 1º nível de compactação b) solenoide (30nm): 2º nível de compactação Nucléolo - Responsável pelo processamento/síntese do RNA ribossômico sem membrana, esférico e normalmente é único - Tamanho relacionado a síntese nucleica Núcleo em divisão Formação dos cromossomos (condensação máxima da cromatina) Mitose: núcleo em divisão Ciclo celular: - G1: síntese proteica, crescimento celular inicio da duplicação do centríolo - S: duplicação do DNA - G2: síntese proteica, crescimento celular - M: mitose e citocinese MPF (fator promotor da fase M) - Complexo proteico composto por ciclina B1 e quinase cdc2 - Acumula durante a fase G2 - Fosforila a lamina nuclear: desmontagem - Fosforila histona H1: empacotamento do DNA - Fosforila outras proteínas: formação do fuso - Importante para transcrição G2 – M Mitose Prófase - Condensação gradual das fibras cromatinicas - Inicio da formação do fuso miótico - Fragmentação do envoltório nuclear Metáfase - Cromatina atinge estado de condensação máxima - Microtúbulos estão ligados completamente aos cromossomos - Formação da placa metafasica: alinhamento dos cromossomos na região equatorial da célula Anáfase - Separação dos centrômeros - Migração das cromátides irmãs para os polos opostos - Microtúbulos presos aos cromossomos encurtam-se Telófase - Descondensação da cromatina - Reorganização dos nucléolos - Reconstituição do envoltório nuclear - Fuso miótico se desmonta Citocinese - Divisão do citoplasma, deve-se a interação dos filamentos de actina e miosina. SÍNTESE E SECREÇÃO Macromoléculas: Proteínas: aminoácidos Carboidratos: monossacarídeos Lipídeos: ácidos graxos Ácidos nucleicos: nucleotídeos Macromoléculas celulares estão em constante renovação através de eventos síntese/secreção e degradação Organelas envolvidas na síntese/secreção de macromoléculas Polirribossomos: ribossomos associados a uma molécula de mRNA - Polirribossomos livres: ribossomos unidos a uma molécula de mRNA (sem a participação do RER) - Ex. de células que contém polirribossomos responsáveis pela síntese de proteínas que devem permanecer no citoplasma: eritoblasto, células embrionárias, algumas células tumorais (geralmente são células com baixa atividade secretora) - Na eletromicrografia os polirribossomos tem um formato de caracol - Polirribossomos associados: associados ao reticulo endoplasmático e segregam os polipeptídios ao lúmen do RE. - Envolvidos na síntese de proteínas destinadas a: a) permanecerem no RE b) a serem transportados para o complexo de golgi c) para formar lisossomos (vesículas com pH=2) d) para compor membrana plasmática e) para exportação (para fora da célula para fazer sua função) Reticulo endoplasmático - Conjunto de membranas que delimitam cavidades (cisterna) das mais diversas formas que se intercomunicam no citoplasma - Estende-se a partir do envoltório nuclear e percorre grande parte do citoplasma - RE agranular e rugoso apresentam diferenças na composição química e sua função - REL: vesículas tubulares ou tubos contorcidos - Acino: na base de muitos REG e no ápice das vesículas. Vai sintetizar enzimas (o REG) que vão para as enzimas para serem secretadas - Grânulos de zimogênios no ápice: percursores das enzimas que são ativadas ao chegarem no intestino delgado (ficam dentro das vesículas) - Composição química do RE: a) lipoproteica, mais fina que a MP, assimétricas b) enzima glicose-6-fosfatase: marcador de RE, hidrolise do glicogênio em glicose c) 30% lipídeos, 70% proteínas - Conteúdo das cisternas: solução aquosa contendo proteínas, glicoproteínas e lipoproteínas Funções comuns aos REG e REA - Presenças nas membranas da glicose-6-fosfatase - Junto com Microtúbulos e microfilamentos dão suporte mecânico ao citossol Funções do Reticulo Endoplasmático Granular - Síntese, reconhecimento e interiorização de cdeias polipeptídicas: peptídeo sinal - Partícula de reconhecedora de sinal: reconhece o peptídeos sinal e leva ate o RER. O polipeptideos formado é levado para dentro da cisterna e sofre modificações. Ex: adição de pontes dissulfeto Funções do Reticulo Endoplasmático Agranular - Síntese de praticamente todos os lipídeos que compõe as membranas celulares - Nas células que sintetizamhormônios esteroides, o colesterol é convertido em progesterona, testosterona, em um processo que envolve a ação de enzimas presentes nas membranas do REA e das mitocôndrias - REA é responsável pela absorção e síntese de triglicerídeos nas células epiteliais de absorção do intestino delgado - Desintoxicação do organismo por enzimas na membrana do REA - Conversão de substancias nocivas lipossolúveis ou substancias insolúveis em H2) em compostos hidrossolúveis mais acessíveis para os rins - Controle da atividade muscular (armazena cálcio) Complexo de Golgi - Técnica histoquímica para visualizar ao MO: Tetróxido de ósmio e nitrato de prata = impregnação do CG - Constituídos por sacos membranosos, achatados e empilhados - Ao ME observam-se muitas vesículas esféricas associadas aos sáculos do CG - Vesículas de transição (material do RE para o Complexo de Golgi) - Vesículas transportadoras (CG para outras organelas, entre cisternas no CG) Polaridade do CG: - Face convexa/proximal/cis: voltada para o RE ou núcleo; fundem-se a vesículas de transição carregando lipídeos ou proteínas vindas do RE - Face côncava/distal/trans: voltada para a MP, libera vesículas grandes contendo o material já processado (lisossomos, grânulos e proteínas) Composição química - 35-40% de lipídeos: o mais abundante é o fosfolipídio - 60-65% proteínas: Funções do CG - Modificações (terminais) pós-traducionais nas macromoléculas: alterações na forma tridimensional e na função - Glicosilação inicial: REG; Glicosilação terminal: CG - A glicosilação terminal determina a especificidade e o destino final das glicoproteínas - Síntese da porção glicídica das proteoglicanas (componentes da matriz extracelular): polimerização das glicosaminoglicanas - Participa do metabolismo de lipídeos - Sulfatação de proteínas, lipídeos e glicídios - Formação de lisossomos Ex. de células especializadas em síntese - Classificação quanto: a) Localização da proteína b) Tipo de síntese de proteinas - Proteínas que: a)permanecem no citoplasma: células que sintetizam ativamente proteínas que não são segregadas nas cisternas do RER e permanecem nas células (predomina polirribossomos livres) b) permanecem em grânulos dentro da célula para uso posterior : células que sintetizam proteinas e são acumuladas em grânulos que permanecem na célula (REG pouco desenvolvido pois a síntese proteica se mantem em níveis basais; ex: eosinófilos, neutrófilos, macrófagos) c)são sintetizadas e nãos se acumulam em grânulos: células que sintetizam e segregam proteinas nas cisternas do RE e exportam essas proteinas diretamente sem acumular em grânulos (REG desenvolvido, polirribossomos associados; ausência de grânulos de secreção; ex: fibroblasto, plasmocitos) d) permanecem em grânulos de secreção que são exportados por exocitose: células que sintetizam, segregam e acumulam proteínas em grânulos de secreção que serão exportados por exocitose (REG desenvolvido; CG desenvolvido; presença de grânulos de secreção; ex: células secretoras do pâncreas e de glândulas salivares) TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO Tecidos biológicos: unidades não-isoladas, formadas por células e moléculas da matriz extracelular, associadas uma as outras cem proporções variáveis, formando os diferentes órgãos e sistemas do corpo Variedades: - Epitelial - Conjuntivo - Nervoso - Muscular Organização geral dos componentes: Parênquima: constitui as células funcionais dos órgãos Estroma: tecido de sustentação Funções gerais do tecido epitelial: Revestimento Secreção Funções especificas do TE: Divisão do organismo em compartimentos funcionais Difusão seletiva de substâncias Absorção e/ou secreção Proteção física (barreira) Trocas gasosas. Ex: alvéolos pulmonares Deslizamentos entre superfícies. Ex: mesotélio Absorção de moléculas. Ex: intestinais Percepção de estímulos. Ex: olfatório, neuroeptelio Contração. Ex: células mioepiteliais Epitélio de revestimento Revestimento de todas as superfícies, cavidades e tubos Células dispostas em camadas continuas Células justapostas com pouca substância intercelular (geralmente com formas poliédricas) Células apresentam glicocálice (camada rica em glicoproteínas que reveste a superfície das células) Tecido sustentado por membrana basal Células fortemente aderidas umas as outras através de junções Tecido avascular (nutrição por difusão passiva de gases e nutrientes) Maioria das células se renovam continuamente por mitose Células epiteliais possuem uma polaridade estrutural e funcional (o que faz na base, não faz no ápice) Células caliciformes: Células especiais modificadas Sintetizam e secretam muco Epitélio dos tratos respiratório e gastrointestinal Polaridade do epitélio de revestimento As células epiteliais estão apoiadas sobre um tecido conjuntivo Epitélios que revestem as cavidades de órgãos ocos a camada de tecido conjuntivo é chamado de lamina própria Polos: - Polo basal: porção da célula voltada para o teciso conjuntivo - Polo apical: extremidade oposta geralmente voltadas para uma cavidade - Paredes laterais: superfície de células vizinhas que se confrontam Membrana e Lâmina Basal Estrutura complexa situada na superfície de contato entre as células epiteliais e do tecido conjuntivo subjacente Adesão entre epitélio e conjuntivo Barreira permeável Controle da organização e diferenciação celular (regeneração epitelial) Membrana basal: camada de estruturas mais espessassituada debaixo de epitélios. Geralmente formada pela fusão de 2 laminas basais ou de uma lamina basal + lamina reticular Lamina basal: utilizado para indicar a lamina densa e a presença eventual de uma lamina rara Funções da membrana basal - Papel estrutural - Filtração de moléculas - Polaridade das células - Regulação da proliferação e a diferenciação celular através da ligação a fatores de crescimento - Metabolismo celular - Organização das proteínas das membranas plasmáticas das células adjacentes, afetando a transdução de sinais através destas membranas - Orientação e suporte para migração das células Classificação dos epitélios de revestimento Quanto ao numero de camadas celulares Simples: uma camada de células Estratificada: mais de uma camada de células Quanto a forma da célula Pavimentoso: forma da célula e do núcleo achatados Cubico: forma cubica e núcleo mais arredondado Prismático (colunar, clindrico): células mais altas e núcleo alongado Quanto a presença de especializações de superfície Queratinizado: presença de queratina na superfície Ciliados: cílios na superfície Células caliciformes Epitélio Simples Pavimenoso (endotélio) - Endotelio: reveste os capilares sanguíneos e linfáticos - Mesotélio: reveste cavidades do corpo - Facilita o movimento das vísceras (mesotelio) - Transporte ativo por pinocitose (mesotelio e endotélio) - Secreção de moléculas ativas Epitélio Simples Cubico - Revestimento de folículos tireoidanos, revestimento externo do ovário, ductos e glândulas - Secreção Epitélio Simples Prismático - Revestimento do intestino, vesícula biliar - Proteção, lubrificação, absorção, secreção -Nucleos alongados e polarizados Epitélio Pseudoestratificado Prismático Ciliado - Falsa impressão de camadas de células deviso aos núcleos em diferentes alturas - Nem todas as células alcançam a superfície, mas todas se apoiam na lâmina basal - Revestimento da traqueia, brônquios e cavidade nasal - Proteção, secreção, transporte - Cilios não ocorrem em epitélio estratificado Epitélio Estratificado Pavimentoso não-queratinizado - Moderadamente ou não-queratinizado: úmido - Boca, esófago, vagina, canal anal - Proteção *As formas das células da ultima camada dão a classificação das células Epitélio Estratificado Pavimentoso Queratinizado - Epiderme - Queratinização: seco - Queratinização só ocorre em epitélioestratificado - Proteção, previne contra perda de água Epitelio de Transição - Pseudoestratificado - Células grandes, globulosas, com contornos arredondados e núcleos redondos - Bexiga, ureteres, cálices renais TECIDO EPITELIAL GLANDULAR Origem (morfogênese) Glândula exócrina: secreta moléculas pra fora e não há corrente sanguínea. Há a proliferação de células do tecido epitelial ate penetrar no tecido conjuntivo Glândula endócrina: proliferação das células, invade o tecido conjuntivo, porem é obliterado do epitélio e se “conectam” a vasos sanguíneos Tipos morfológicos Glândulas Exócrinas - Lançam o produto de secreção no meio externo - Mantém conexão com o epitélio do qual se originam. Essa conexão torna a forma de ductos tubulares formados por células epiteliais e através destes ductos as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade Glândulas Endócrinas - Lançam o produto de secreção em vasos sanguíneos - A conexão com o tecido epitelial é obliterada durante o desenvolvimento. Portanto essa glândula não tem ductos e suas secreções são lançadas no sangue e transportados para o seu local de ação pela circulação sanguínea Glândulas Anfícrinas: associa aos dois tipos de secreção Critérios de Classificação Glândula Exócrina Quanto ao numero de ductos Simples: não há ramificação no ducto, ex.: esôfago Composto: ductos ramificados, ex.: pâncreas, parótida, submandibular Quanto a forma dos adenômeros Tubular: intestino grosso Acinosa: parótida Tubulo-acinosa: esôfago Quanto ao produto de secreção Mucosa: secreção de glicoproteínas, polissacarídeos. - núcleo achatado e basal - lume evidente - coloração histológica fraca - ex.: esofago Serosa: secreção proteica - células poliédricas piramidais com núcleos centrais arredondados -lume pouco evidente - coloração histológica intensa marcador basófilo (grande acumulo de REG na região basal) - ex: células acinosas do pâncreas, parótidas Sero-mucosa: parte serosa e parte mucosa - ex.:submandibular Quanto ao modo de liberação do produto de secreção Merocrina: secreta por exocitose Holocrina: o produto de secreção é eliminado juntamente com toda a célula Apocrina: o produto de secreção é eliminado com a parte apical da célula
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