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Análise e Interpretação da Urina Tipo 1

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ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA URINA TIPO 1, PERFIL 
FÍSICO, BIOQUÍMICO, MICROSCÓPICO E MICROBIOLÓGICO 
EXAME DE URINA 
 
•Coleta 
•Densidade Urinária 
•pH 
•Coloração 
•Odor 
•Glicose 
•Proteinúria (qualitativa e quantitativa) 
•Pigmentos e sais biliares 
•Hemoglobina e mioglobina 
•Cetonas 
SEDIMENTO URINÁRIO 
 
•Cristais: oxalato, fosfato, uratos, drogas. 
 
•Cilindros: hialinos, granulosos, leucocitários, 
hemáticos, gordurosos e céreos. 
 
•Células sangüíneas: hemácias e leucócitos. 
 
•Agentes biológicos: bactérias, fungos e 
protozoários. 
PARÂMETROS A SEREM ABORDADOS NA 
ANÁLISE QUÍMICA DA URINA 
 
1. Proteínas 
2. Glicose 
3. Corpos Cetônicos 
4. Sangue 
5. Hemoglobina 
6. Bilirrubinas 
7. Urobilinogênio 
8. Nitrito 
9. Leucócitos 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
pH 
 
Falso Positivo: Nenhum. 
 
Falso Negativo: Exame rápido a partir do 
tampão de proteína, pode diminuir o pH. 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
PROTEÍNA 
 
Falso Positivo: Urina muito alcalina, 
compostos de amônio (anti-sépticos), 
detergentes. 
 
Falso Negativo: Concentração de sal elevada. 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
GLICOSE 
 
Falso Positivo: Presença de peróxido e 
detergentes oxidantes. 
 
Falso Negativo: Presença de ácido ascórbico, 
ácido homogentísico. Ingestão de ácido acetil 
salicílico, levodopa. Presença de cetonas na 
urina. Densidade urinária muito alta com pH 
baixo. 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
CETONAS 
 
Falso Positivo: Ingestão de levodopa e 
presença de fenilcetonas. 
 
Falso Negativo: Nenhum. 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
SANGUE 
 
Falso Positivo: Presença de agentes oxidantes, 
peroxidases bacterianas e ingestão de certos 
vegetais. 
 
Falso Negativo: Presença de ácido ascórbico, 
nitrito, proteína, pH < 5,0, densidade urinária alta 
e uso de captopril. 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
BILIRRUBINA 
 
Falso Positivo: Urina pigmentada. 
 
Falso Negativo: Presença de ácido ascórbico 
e nitrito. 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
UROBILINOGÊNIO 
 
Falso Positivo: Presença de compostos 
reativos de Ehrlich e cor de medicamentos. 
 
Falso Negativo: Presença de nitrito e 
formalina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
NITRITO 
 
Falso Positivo: Urina pigmentada em leitores 
automatizados. 
 
Falso Negativo: Presença de ácido ascórbico 
e densidade urinária alta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
LEUCÓCITOS 
 
Falso Positivo: Presença de detergentes 
oxidantes. 
 
Falso Negativo: Níveis elevados de glicose e 
proteínas. Densidade urinária alta. Uso de 
ácido oxálico, tetraciclina, gentamicina, 
cefalexina e cefalotina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA FITA 
INTERFERÊNCIA DE POSSÍVEL REAÇÃO 
DENSIDADE URINÁRIA 
 
Falso Positivo: Presença elevada de proteínas. 
 
Falso Negativo: Urina alcalina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VOLUME DA URINA 
 
Valores Normais: 600 – 2500 mL em 24 horas. 
 
Conhecimentos Básicos: As medições do volume de urina 
são parte da avaliação do equilíbrio hídrico e da função 
renal. 
 
A quantidade usual é de cerca de 1200 mL em 24 horas, 
sendo que pode variar de 600 a 2500 mL em 24 horas. 
 
A quantidade eliminada em qualquer período está 
diretamente relacionada à ingestão hídrica do indivíduo, 
temperatura, clima e quantidade de transpiração que ocorre. 
VOLUME DA URINA 
 
As crianças eliminam quantidades menores que os 
adultos, mas o volume total eliminado é maior em 
proporção ao tamanho de seu corpo. 
 
A urina noturna produzida é inferior a 700 mL, 
tornando a razão dia/noite aproximadamente de 2:1 
a 4:1. 
 
Explicação do Exame: O volume de urina depende 
da quantidade de água excretada pelos rins. 
VOLUME DA URINA 
 
A água é o principal componente do organismo; 
portanto, a quantidade excretada normalmente é 
determinada pelo estado de hidratação do corpo. 
Entre os fatores que influenciam o volume da urina 
estão o consumo de líquido, a perda de líquido por 
fontes não renais, variações na secreção do HAD e a 
necessidade de excretar maiores quantidades de 
solutos como glicose ou sais. 
Poliúria: aumento acentuado da produção de urina. 
Oligúria: diminuição do débito urinário. 
Anúria: ausência total de produção de urina. 
DENSIDADE URINÁRIA 
 
Valores Normais: 1015 – 1030. 
Obs.: lactentes e crianças menores de 2 anos o normal é 
apresentar entre 1001 – 1018. 
 
Explicação do Exame: É uma medição da capacidade renal de 
concentrar a urina. 
 
O exame compara a densidade da urina com a densidade da 
água destilada, que possui uma densidade de 1000. 
Como a urina é um conjunto de minerais, sais e compostos 
diluídos na água, a densidade urinária é a densidade das 
substâncias dissolvidas na amostra. 
DENSIDADE URINÁRIA 
 
A densidade urinária é influenciada pelo número de 
partículas presentes e o tamanho destas partículas. 
 
A osmolaridade é uma medida mais exata e pode ser 
necessária em determinadas circunstâncias. 
 
A variação da densidade urinária depende do estado de 
hidratação,varia com o volume urinário e a carga de 
sólidos a ser excretada em condições padronizadas; 
quando a ingestão de líquido for restrita ou então 
aumentada, a densidade urinária mede as funções de 
concentração e de diluição do rim. 
ASPECTO DA URINA 
 
Valores Normais: A urina recente é de límpida a ligeiramente 
turva. 
 
Conhecimentos Básicos: A primeira observação feita sobre uma 
amostra de urina normalmente é sobre seu aspecto, que em 
geral se refere à limpidez da amostra. 
 
Explicação do Exame: A urina turva indica um possível 
componente anormal, como leucócitos, hemácias ou bactérias. 
 
Por outro lado, a excreção de urina turva nem sempre é 
anormal, porque uma alteração no pH urinário pode causar 
precipitação dentro da bexiga de componentes urinários 
normais. 
ASPECTO DA URINA 
 
A urina alcalina pode parecer turva em virtude de fosfato; a 
urina ácida pode parecer turva em virtude de uratos. 
 
Após a ingestão de alimento, uratos, carbonatos ou fosfatos 
podem produzir turvação na urina normal em repouso. 
 
Sêmen ou secreções vaginais misturados à urina são causas 
comuns de turvação; assim como contaminação fecal, talco, 
cremes vaginais e contrastes radiológicos. Sob refrigeração 
ou longo período em repouso, a urina apresentará turvação 
em razão da precipitação de cristais de oxalato de cálcio ou 
ácido úrico. 
COLORAÇÃO DA URINA 
 
Valores Normais: A coloração normal da urina é de 
amarelo claro, passando por amarelo citrino até amarelo 
âmbar. 
 
Quanto mais clara, mais diluída; quanto mais âmbar 
(porém não escura), indica uma elevada densidade 
urinária e uma pequena produção de urina. 
 
Conhecimentos Básicos: A cor amarela da urina é 
causada pela presença do pigmento urocromo,um 
produto do metabolismo que sob condições normais é 
produzido a uma taxa constante. 
COLORAÇÃO DA URINA 
 
A quantidade de urocromo produzido depende do estado 
metabólico do corpo, com quantidades aumentadas sendo 
produzidos por problemas de tireóide e estados de jejum. 
 
Explicação do Exame: As amostras de urina podem variar da 
cor amarelo-clara a amarelo escuro e até mesmo 
avermelhadas ou marrom. 
 
Variações na cor amarela estão relacionadas com o estado de 
hidratação do corpo. 
 
A cor âmbar mais escura pode ser diretamente relacionada 
com a concentração de urina ou com a densidade urinária. 
COLORAÇÃO DA URINA 
 
Obs. 1: Se a urina for de cor vermelha, não suponha que a 
causa seja droga. Examine a urina para ver se há hemoglobina. 
Interrogue o paciente a respeito de hematúria e atividade, lesão 
ou infecção recente. Às vezes, o exercício intenso pode causar 
hematúria. 
 
Obs. 2: A urina de cor vermelha, que é negativa para sangue 
oculto, é uma indicação de que a porfiria pode estar presente. 
Relate imediatamente e documente os resultados do exame. 
 
Obs. 3: Outras cores flagrantemente anormais (preto, marrom 
escuro) devem ser relatadas. 
pH 
 
Valores Normais: 5,5 a 6,5, com média de 6,0. 
Porém alguns autores relatam que se o pH urinário 
variar entre 4,6 a 8,0, é considerado normal. 
 
Conhecimentos Básicos: O símbolo pH expressa a 
urina como um ácido diluído ou uma solução básica e 
mede a concentração de íon hidrogênio (H+) livre na 
urina; “7,0” é o ponto de neutralidade na escala do pH. 
 
Quanto mais baixo o pH, maior a acidez, quanto maior 
o pH, maior a alcalinidade. 
pH 
 
O pH é um indicador da capacidade de os túbulos 
renais manterem uma concentração normal do íon 
hidrogênio no plasma e no líquido extracelular. 
 
Os rins mantém o equilíbrio ácido-básico 
principalmente por meio da reabsorção do sódio e 
da secreção tubular de íons hidrogênio e amônio. 
 
A secreção de uma urina ácida ou alcalina pelos rins 
é um dos mecanismos mais importantes que o 
corpo tem para manter um pH corporal constante. 
pH 
 
A urina torna-se cada vez mais ácida à medida que 
aumentam a quantidade de sódio e o excesso de ácido 
retido pelo corpo. 
 
A urina alcalina, geralmente contendo tampão 
bicarbonato-ácido carbônico, é normalmente excretada 
quando há excesso de base ou álcali no corpo. 
 
Controle do pH da Urina: O controle do pH urinário é 
importante no tratamento de várias doenças, inclusive 
bacteriúria, cálculos renais e farmacoterapia na qual 
está sendo administrada estreptomicina ou metenamina. 
pH 
Cálculos Renais: A formação de pedras nos rins depende 
parcialmente do pH da urina. Pacientes que estão sendo 
tratados de cálculos renais freqüentemente recebem dietas 
ou medicação para alterar o pH da urina, de modo que não 
haja formação destes cálculos renais. 
 
Cálculos de fosfato de cálcio, carbonato de cálcio e fosfato 
de magnésio formam-se na urina alcalina. Nesses casos, a 
urina tem de ser mantida ácida (na dieta). 
 
Cálculos de ácido úrico, cistina e oxalato de cálcio 
precipitam-se em urinas ácidas. Portanto, a urina deve ser 
mantida alcalina. 
pH 
Farmacoterapia: A estreptomicina, neomicina e canamicina 
são eficazes no tratamento de infecções do trato 
geniturinário desde que a urina seja alcalina. 
 
Durante o tratamento com sulfonamidas, uma urina alcalina 
deve ajudar a evitar a formação de cristais de sulfonamida. 
 
A urina deve ser mantida persistentemente alcalina na 
presença de intoxicação por salicilato (para aumentar a 
excreção) e durante transfusões de sangue. 
 
pH 
Condições Clínicas: A urina deve ser mantida ácida durante 
o tratamento da infecção do trato urinário, bacteriúria 
persistente e durante o tratamento de cálculos urinários 
que se formam na urina alcalina. 
 
Uma medição precisa do pH urinário só pode ser medido 
numa amostra recém-excretada. Se a urina tiver que ser 
guardada por qualquer período de tempo para ser 
analisada, ela tem de ser refrigerada. 
 
A urina muito concentrada, como aquela formada em 
ambientes quentes, secos, é fortemente ácida e capaz de 
produzir irritação 
pH 
Condições Clínicas: Durante o sono, a diminuição da 
ventilação pulmonar causa acidose respiratória; 
consequentemente, a urina se torna muito ácida. 
 
A administração de diurético clorotiazídico causa a 
excreção de urina ácida. 
 
Bactérias de uma infecção do trato urinário ou de 
contaminação bacteriana da amostra produzem urina 
alcalina. A uréia é transformada em amônia. 
 
pH 
Dieta: Uma dieta vegetariana que dê ênfase a frutas 
cítricas e a maioria dos vegetais, principalmente legumes, 
ajuda a manter a urina alcalina. 
 
A urina alcalina após as refeições é uma reação normal às 
secreções de ácido clorídrico no suco gástrico. 
 
Uma dieta rica em carne e proteína mantém a urina ácida. 
 
pH 
 
Explicação do Exame: A importância do pH urinário 
está basicamente em determinar a existência de 
distúrbios ácido-básicos sistêmicos de origem 
metabólica ou respiratória e no tratamento de estados 
urinários que requerem que a urina seja mantida em 
seu pH específico. 
 
Obs.: O pH da urina nunca atinge 9,0, quer em 
condições normais, quer em condições anormais. 
Portanto, um achado de pH 9,0 indica que uma amostra 
nova deve ser obtida para garantir a validade do EQU. 
SANGUE OU HEMOGLOBINA NA URINA 
 
Valores Normais: Negativo/nenhum. 
 
Conhecimentos Básicos: A presença de hemoglobina livre 
na urina é denominada hemoglobinúria. 
 
A hemoglobinúria pode ser relacionada a condições fora do 
trato urinário e ocorre quando há destruição tão extensa ou 
rápida (hemólise intravascular) de eritrócitos circulantes, 
que o sistema reticuloendotelial não pode metabolizar nem 
armazenar o excesso de hemoglobina livre. 
 
A hemoglobina é então filtrada através dos glomérulos. 
SANGUE OU HEMOGLOBINA NA URINA 
 
A hemoglobinúria também pode ocorrer em conseqüência de 
lise de hemácias no trato urinário. 
 
Quando hemácias intactas estão presentes na urina, o termo 
hematúria é usado. 
 
A hematúria está muito estreitamente relacionada a distúrbios 
dos sistemas renal ou geniturinário em que o sangramento é 
resultado de trauma ou lesão desses órgãos ou sistemas. 
 
Explicação do Exame: Este exame detecta hemácias, 
hemoglobina e mioglobina na urina. 
SANGUE OU HEMOGLOBINA NA URINA 
 
Sangue na urina é sempre um indicador de lesão do 
rim ou do trato urinário (exceto em estados 
menstruais). 
 
A medição da urina com fita reagente e o exame 
microscópico da urina fornece uma avaliação clínica 
completa de hemoglobinúria e hematúria. 
 
Formas mais novas de fitas reagentes contém um 
reagente de lise que reage com sangue oculto e 
detecta hemácias intactas e lesadas. 
SANGUE OU HEMOGLOBINA NA URINA 
 
Quando o sedimento urinário fornece um resultado 
positivo para sangue oculto, mas não são observadas 
hemácias ao microscópio, pode-se suspeitar de 
mioglobinúria. 
 
A mioglobinúria é causada por excreção de mioglobina, 
uma proteína muscular, na urina em conseqüência de: # 
lesão muscular traumática, como a que pode acontecer 
em acidentes de automóvel, lesões ocorridas em jogos de 
futebol ou choques elétricos. 
# um distúrbio muscular, como uma oclusão arterial de 
um músculo ou distrofia muscular. 
SANGUE OU HEMOGLOBINA NA URINA 
 
# certos tipos de envenenamento, como com 
monóxido de carbono ouenvenenamento por peixe. 
 
# na hipertermia maligna relacionada à 
administração de determinados agentes 
anestésicos. 
 
A mioglobina pode ser distinguida da hemoglobina 
livre na urina por exames químicos. 
PROTEÍNA (ALBUMINA) NA URINA 
QUALITATIVA E DE 24 HORAS 
 
Valores Normais: 
Adultos: 10 – 140 mg/L ou 1 – 14 mg/dL em 24 hs 
Crianças < 10 anos: 10 – 100 mg/L ou 1 – 10 mg/dL em 24 
hs. 
 
Conhecimentos Básicos: A presença de quantidades 
aumentadas de proteína na urina pode ser um importante 
indicador de doença renal. 
 
Pode ser o primeiro sinal de um problema sério, podendo 
aparecer antes de quaisquer outros sintomas clínicos. 
PROTEÍNA (ALBUMINA) NA URINA 
QUALITATIVA E DE 24 HORAS 
 
Contudo, existem outras condições fisiológicas (exercício, 
febre e outros) que podem levar a aumento da excreção de 
proteína na urina. 
 
Além disso, existem alguns distúrbios renais em que a 
proteinúria está ausente. 
 
Explicação do Exame: Num sistema renal e de trato urinário 
saudável, a urina não contém proteína ou contém apenas 
pequenos vestígios; estes consistem em albumina (1/3 da 
proteína da urina normal é albumina) e globulinas do plasma. 
PROTEÍNA (ALBUMINA) NA URINA 
QUALITATIVA E DE 24 HORAS 
 
Como a albumina é filtrada mais prontamente do que as 
globulinas, normalmente é abundante em estados 
patológicos. 
 
Por conseguinte, o termo albuminúria é usado com 
frequência como sinônimo de proteinúria. 
 
Normalmente, os glomérulos impedem a passagem de 
proteína do sangue para o líquido filtrado glomerular. 
 
Portanto, a presença de proteína na urina é a indicação mais 
importante de doença renal. 
PROTEÍNA (ALBUMINA) NA URINA 
QUALITATIVA E DE 24 HORAS 
 
Se mais do que um vestígio de proteína for 
encontrado persistentemente na urina, é 
necessária uma avaliação quantitativa de 24 
horas da excreção de proteína. 
GLICOSE NA URINA 
 
Valores Normais: 
Amostra aleatória: negativo. 
Amostra de 24 horas: < 0,3 g. 
 
Conhecimentos Básicos: A glicose está presente no 
líquido filtrado glomerular e é reabsorvida pelo 
túbulo proximal em espiral. 
 
Se o nível de glicose no sangue exceder a 
capacidade de reabsorção dos túbulos, a glicose 
aparecerá na urina. 
GLICOSE NA URINA 
 
A reabsorção tubular da glicose é por transporte ativo em 
resposta à necessidade de o corpo manter uma 
concentração adequada de glicose. 
 
O nível de sangue em que a reabsorção tubular para é 
denominado limiar renal, que para a glicose alguns autores 
estabeleceram estar entre 160 e 180 mg/dL, enquanto 
outros colocam ser de 270 mg/dL. 
 
Explicação do Exame: Os exames de glicose na urina são 
usados para rastrear diabetes, confirmar um diagnóstico de 
diabetes e monitorizar o grau de controle diabético. 
GLICOSE NA URINA 
 
O Diabetes mellitus é a principal causa de glicosúria. 
 
No diabetes, os níveis de glicose no sangue são 
elevados. 
 
A glicosúria que não é acompanhada por níveis 
elevados de glicose é vista em estados que afetam a 
reabsorção tubular, na lesão do sistema nervoso 
central e nos distúrbios da tireóide. 
CETONAS NA URINA 
 
Valores Normais: Negativo. 
 
Conhecimentos Básicos: As cetonas, que resultam do 
metabolismo de ácido graxo e gordura, consistem 
principalmente em três substâncias: acetona, ácido β-
hidróxibutírico e ácido acetoacético. 
 
Em pessoas saudáveis, as cetonas são formadas no 
fígado e são completamente metabolizadas, de modo 
que somente quantidades desprezíveis aparecem na 
urina. 
CETONAS NA URINA 
 
Contudo, quando o metabolismo do carboidrato é alterado, uma 
quantidade excessiva de cetonas é formada (acidose), porque a 
gordura torna-se o combustível corporal predominante, em vez 
dos carboidratos. 
 
Quando as vias metabólicas dos carboidratos são afetadas, os 
fragmentos de carbono provenientes da gordura e da proteína 
são desviados para formar quantidades anormais de corpos 
cetônicos. 
 
O aumento de cetonas no sangue conduz ao desequilíbrio 
eletrolítico, desidratação e, se não corrigido, acidose e posterior 
coma. 
CETONAS NA URINA 
 
Explicação do Exame: A presença excessiva de cetonas 
na urina (cetonúria) está associada ao diabetes ou ao 
metabolismo alterado de carboidratos. 
 
Algumas dietas “da moda”, que são pobres em 
carboidratos e ricas em gordura e proteína, também 
produzem cetonas na urina. 
 
O exame de cetonas na urina por pacientes com diabetes 
pode fornecer a chave para o diagnóstico inicial de 
cetoacidose e coma diabético. 
NITRITO NA URINA 
 
Valores Normais: Negativo. 
 
Conhecimentos Básicos: Este exame é um método 
rápido e indireto para detectar bactérias na urina. 
 
Infecções significativas do trato urinário podem 
estar presentes num paciente que não apresenta 
sintomas. 
 
Agentes gram-negativos comuns contém enzimas 
que reduzem o nitrato na urina em nitrito. 
NITRATO NA URINA 
 
Explicação do Exame: Os clínicos solicitam 
freqüentemente o exame de nitrito na urina para 
rastrear pacientes de alto risco: mulheres grávidas, 
crianças em idade escolar (principalmente 
meninas), pacientes diabéticos, pacientes idosos e 
pacientes com história de infecções recorrentes. 
 
Acredita-se que a maioria das infecções do trato 
urinário começa na bexiga em conseqüência de 
contaminação extrema; se não forem tratadas, 
podem progredir até os rins. 
NITRITO NA URINA 
 
A pielonefrite é uma complicação frequente de cistite não 
tratada e pode conduzir à lesão renal. 
 
A detecção de bactérias por meio da utilização do exame de 
nitrito e o subsequente tratamento com antibiótico podem 
impedir estas sérias complicações. 
 
O exame de nitrato também pode ser usado para avaliar o 
sucesso do tratamento com antibiótico. 
 
Obs.: Um exame negativo de nitrato na urina nunca deve ser 
interpretado como indicador de ausência de bactérias. 
LEUCÓCITOS NA URINA 
 
Valores Normais: Negativo. 
 
Conhecimentos Básicos: Normalmente, a presença de 
leucócitos na urina indica uma infecção do trato urinário. O 
exame de esterase leucocitária detecta esterase liberada pelos 
leucócitos na urina. 
 
Explicação do Exame: O exame ao microscópio e a bioquímica 
são usados para determinar a presença de leucócitos na 
urina. 
 
O exame químico é feito com uma fita de esterase leucocitária, 
que pode detectar leucócitos intactos, lesados e cilindros 
leucocitários. 
BILIRRUBINA NA URINA 
 
Valores Normais: Negativo (0 – 0,02 mg/dL). 
 
Conhecimentos Básicos: A bilirrubina é formada nas 
células reticuloendoteliais do baço e medula óssea 
em conseqüência da decomposição da 
hemoglobina; é então transportada para o fígado. 
 
Os níveis de bilirrubina urinária são aumentados 
significativamente na presença de qualquer 
processo de doença que aumente a quantidade de 
bilirrubina conjugada na corrente sangüínea. 
BILIRRUBINA NA URINA 
 
Quantidades elevadas aparecem quando o ciclo de 
degradação normal é rompido por obstrução do ducto 
da bile ou quando a integridade do fígado é danificada. 
 
Explicação do Exame: A bilirrubina na urina ajuda no 
diagnóstico e na monitorização do tratamento para 
hepatite e lesão do fígado. 
 
A bilirrubina na urina é um indício inicial de doença 
hepatocelular ou obstrução biliar intra-hepática e extra-
hepática. 
BILIRRUBINA NA URINA 
 
Deve ser parte de todo trato urinário, porque muitas vezes a 
bilirrubina aparece na urinaantes que outros sinais de 
disfunção do fígado (icterícia, fraqueza) se tornem evidentes. 
 
Não só a detecção da bilirrubina urinária fornece uma 
indicação inicial de doença do fígado, mas sua presença ou 
ausência pode ser usada na determinação da causa da 
icterícia clínica. 
 
Obs.: Drogas semelhantes ao fenazopiridina (Pyridium®) ou 
urocromos podem dar a urina uma cor âmbar ou avermelhada 
e mascarar a reação da bilirrubina. 
UROBILINOGÊNIO NA URINA 
 
Valores Normais: 
Amostra aleatória: 0,1 – 1,0 U Ehrlich/dL. 
Amostra de 24 hs: 0,5 – 4,0 U Ehrlich/dL. 
 
Conhecimentos Básicos: A bilirrubina que é formada da 
degradação da hemoglobina, é transformada por meio da ação 
de enzimas bacterianas em urobilinogênio depois de entrar no 
intestino. 
 
Parte do urobilinogênio formado no intestino é excretada como 
componente das fezes, onde é oxidada em urobilina; outra parte 
é absorvida na corrente sangüínea portal e transportada para o 
fígado, onde é metabolizada e excretada nos rins. 
UROBILINOGÊNIO NA URINA 
 
Explicação do Exame: Indica comprometimento 
da função hepática. 
 
Obs.: O urobilinogênio na urina decompõe-se 
rapidamente à temperatura ambiente ou quando 
exposto à luz. 
EXAME 
MICROSCÓPICO 
DO SEDIMENTO 
URINÁRIO 
O exame microscópico do sedimento urinário 
pode fornecer as seguintes informações: 
 
# Indícios de doença renal em oposição a 
infecção do trato urinário inferior. 
 
# O tipo e o estado de uma lesão ou doença 
renal. 
HEMÁCIAS e CILINDROS HEMÁTICOS 
 
Valores Normais: 
Hemácias: 0 – 3 p.c. 
Cilindros Hemáticos: 0 p.c. 
 
Explicação do Exame: No indivíduo saudável, as hemácias 
aparecem ocasionalmente na urina. 
 
No entanto, achados persistentes de números mesmo 
pequenos de hemácias devem ser muito bem investigados, 
porque essas células vêm do rim e devem indicar doença 
renal grave. 
 
Geralmente são diagnóstico de doença glomerular. 
LEUCÓCITOS e CILINDROS LEUCOCITÁRIOS 
 
Valores Normais: 
Leucocitos: 0 – 4 p.c. 
Cilindros Leucocitários: 0 p.c. 
 
Conhecimentos Básicos: Os leucócitos podem originar-se 
de qualquer parte do trato geniturinário. 
 
Também são capazes de migração amebóide através dos 
tecidos para locais de infecção ou inflamação. 
 
Um aumento nos leucócitos urinários é chamado piúria e 
indica a presença de uma infecção ou inflamação no 
sistema geniturinário. 
LEUCÓCITOS e CILINDROS LEUCOCITÁRIOS 
 
No entanto, os cilindros leucocitários sempre vêm 
dos túbulos renais. 
 
Obs.: A pielonefrite pode permanecer 
completamente assintomática embora o tecido 
renal esteja sendo progressivamente destruído. 
Portanto é fundamental o exame cuidadoso 
(usando pequeno aumento) de sedimento urinário 
para cilindros leucocitários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÉLULAS E CILINDROS EPITELIAIS NA URINA 
 
Valores Normais: 
Células Epiteliais Tubulares Renais: 0 – 3 p.c. 
Células Epiteliais Pavimentosas são comuns em amostras de 
urina normal. 
Cilindros Epiteliais Tubulares Renais: 0 p.c. 
 
Conhecimentos Básicos: Os cilindros de células epiteliais 
renais são formados a partir de células tubulares eliminadas 
que se degeneram localmente, primeiro em material granular 
grosseiro e, depois em material granular fino. 
 
Os cilindros epiteliais são os cilindros mais raros. 
CÉLULAS E CILINDROS EPITELIAIS NA URINA 
Células Epiteliais Tubulares Renais: São redondas e ligeiramente 
maiores do que os leucócitos. Cada célula contém um único núcleo 
grande. Estas são o tipo de células epiteliais associadas a doença 
renal. 
 
Células Epiteliais da Bexiga: São maiores do que as células 
epiteliais renais. Variam de redondas até mesmo tendo formato de 
pêra e colunares. São da bexiga e de até 2/3 da porção proximal da 
uretra. 
 
Células Epiteliais Pavimentosas: São células grandes, com núcleo 
pequeno e limites irregulares. A maioria destas células são da 
porção final da uretra e do trato vaginal. Não tem importância 
clínica. 
 
Células Tubulares Renais 
Células do Epitélio de Transição - Bexiga 
Células do Epitélio de Transição - Bexiga 
Células Pavimentosas – Uretra (final) e vagina 
CILINDROS HIALINOS NA URINA 
 
Valores Normais: 0 – 2 p.c. 
 
Conhecimentos Básicos: Os cilindros hialinos são 
cilindros claros, incolores, formados quando uma 
proteína renal dentro dos túbulos (proteína de Tamm-
Horsfall) se precipita e adquire uma forma de bastão. 
 
A proteína de Tamm-Horsfall é excretada a uma 
velocidade provavelmente constante pelas células 
tubulares e fornece proteção imunológica contra 
infecções. 
CILINDROS HIALINOS NA URINA 
 
Cilindros hialinos se formam sob condições de 
estase urinária e na presença de sódio e cálcio. 
 
Obs.: Os cilindros podem não ser achados mesmo 
quando a proteinúria é significativa se a urina 
estiver diluída (densidade = ou < que 1.010) ou 
alcalina. Nestes casos, os cilindros são 
dissolvidos assim que se formam. 
CILINDROS GRANULARES NA URINA 
 
Valores Normais: Ocasional (0 – 2 p.c.). 
 
Conhecimentos Básicos: Os cilindros granulares 
parecem homogêneos, grosseiramente granulares, 
incolores e muito densos. 
 
Então degeneram-se, tornando-se cilindros finamente 
granulares. Estes podem resultar da degradação de 
cilindros celulares ou podem representar agregação 
direta de proteínas de soro, formando uma matriz de 
microproteína de Tamm-Horsfall. 
CILINDROS CÉREUS OU GRANDES CILINDROS 
(CILINDROS DE INSUFICIÊNCIA RENAL) E CILINDROS 
GRAXOS NA URINA 
 
Valores Normais: Negativo (não observados). 
 
Conhecimentos Básicos: Os cilindros são formados na 
coleta de túbulos sob condições de extrema estase renal. 
 
Os cilindros céreos se formam a partir da degeneração de 
cilindros granulares. 
 
Os cilindros grandes e céreos são duas a seis vezes a 
largura de cilindros comuns e parecem céreos e granulares. 
CILINDROS CÉREUS OU GRANDES CILINDROS (CILINDROS 
DE INSUFICIÊNCIA RENAL) E CILINDROS GRAXOS NA 
URINA 
 
Os cilindros podem variar em tamanho, à medida que a 
doença distorce a estrutura tubular (eles ficam mais largos 
porque são um molde dos túbulos). 
 
Além disso, à medida que o fluxo da urina a partir dos 
túbulos se torna comprometido, é mais provável que 
cilindros se formem. 
 
A descoberta de cilindros grandes e céreos indica um 
prognóstico sério – daí o termo cilindros de insuficiência 
renal. 
CILINDROS CÉREUS OU GRANDES CILINDROS 
(CILINDROS DE INSUFICIÊNCIA RENAL) E 
CILINDROS GRAXOS NA URINA 
 
Os cilindros graxos são formados a partir da 
ligação de gotículas gordurosas e corpos 
gordurosos ovais em degeneração numa matriz 
protéica. 
 
Os cilindros graxos são muito refrativos e contém 
gotículas gordurosas amarelo-castanhas. 
Cilindro Céreus 
Cilindro Graxo 
CRISTAIS NA URINA 
 
Conhecimentos Básicos: Vários cristais podem 
aparecer na urina. 
 
Podem ser identificados por seu aspecto específico e 
característico de solubilidade. 
 
Os cristais na urina podem não apresentar relação ou 
estarem associados na formação de cálculos do trato 
urinário e originar manifestações clínicas associadas a 
obstrução parcial ou completa de fluxo urinário. 
CRISTAIS DE 
URINA ÁCIDACristal de Ácido Úrico 
Cristal de Ácido Úrico 
Cristal de Ácido Úrico 
Cristal de Ácido Úrico 
Cristal de Oxalato de Cálcio 
Cristal de Oxalato de Cálcio 
Grânulos de Urato Amorfo 
Cristal de Ácido Hipúrico 
Cristal de Urato de Sódio 
Cristal de Cistina 
Cristal de Cistina 
Cristal de Tirosina 
Cristal de Tirosina 
Cristal de Colesterol 
Cristal de Sulfamida 
Cristal de Contraste Radiológico 
Cristal de Contraste Radiológico 
CRISTAIS DE 
URINA ALCALINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cristal de Fosfato Triplo 
Grânulos de Fosfato Amorfo 
Cristal de Carbonato de Cálcio 
Cristal de Fosfato de Cálcio 
Placa de Fosfato de Cálcio 
Cristal de Biurato de Amônio 
Cristal de Biurato de Amônio 
TESTE DE GRAVIDEZ NA URINA ou TESTE DE 
GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (hCG) 
 
Valores Normais: 
Positivo: existe gravidez. 
Negativo: estado não gravídico. 
 
Conhecimentos Básicos: A partir do estágio inicial de 
desenvolvimento a placenta produz hormônios ou 
sozinha ou em conjunto com o feto. 
 
O próprio tromboblasto placentário novo produz 
quantidades apreciáveis do hormônio gonadotropina 
coriônica humana (hCG), que é excretado na urina. 
TESTE DE GRAVIDEZ NA URINA ou TESTE DE 
GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (hCG) 
 
Este hormônio não é encontrado na urina de 
homens nem de mulheres normais, jovens e não 
grávidas. 
 
Explicação do Exame: Os níveis de hCG urinária 
aumentados formam a base dos exames de 
gravidez; a hCG está presente no sangue e na urina 
sempre que há tecido coriônico/placentário vivo. 
 
A hCG é composta de α e β-subunidades. 
TESTE DE GRAVIDEZ NA URINA ou TESTE DE 
GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (hCG) 
 
A hCG pode ser detectada na urina de mulheres grávidas 26 a 
36 dias após o primeiro dia do último período menstrual (isto 
é, oito a dez dias após a concepção). 
 
Os exames de gravidez devem voltar a negativos três a quatro 
dias após o parto. 
 
Implicações Clínicas: Além da gravidez, o exame também 
pode ser positivo nas seguintes situações: # Coriocarcinoma; 
# Mola hidatidiforme; # Tumores testiculares; 
TESTE DE GRAVIDEZ NA URINA ou TESTE DE 
GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (hCG) 
 
# Corioepitelioma; 
# Corioadenoma destruens 
# Cerca de 65% de gravidezes ectópicas. 
 
Resultados negativos ou diminuídos ocorrem em: # 
Morte fetal; 
# Aborto (o exame continua positivo por uma 
semana após o procedimento). 
CREATININA URINÁRIA; CLEARANCE DE CREATININA 
(Sangue e urina com tempo determinado) 
 
Valores Normais: 
Creatinina urinária, homens: 0,8 – 1,8 g/24h 
Creatinina urinária, mulheres: 0,6 – 1,6 g/24h 
 
Conhecimentos Básicos: A creatinina é uma 
substância que, em indivíduos saudáveis, é facilmente 
excretada pelos rins. 
 
É o subproduto do metabolismo da energia muscular e 
é produzida a uma velocidade constante de acordo 
com a massa muscular do indivíduo. 
CREATININA URINÁRIA; CLEARANCE DE CREATININA 
(Sangue e urina com tempo determinado) 
 
A produção de creatinina endógena é constante desde 
que a massa muscular permaneça constante. 
 
Como toda creatinina filtrada pelos rins num dado 
intervalo de tempo é excretada na urina, os níveis de 
creatinina são equivalentes à velocidade da filtragem 
glomerular (VFG). 
 
Distúrbios da função renal impedem a excreção máxima 
da creatinina. 
CREATININA URINÁRIA; CLEARANCE DE CREATININA 
(Sangue e urina com tempo determinado) 
 
O exame de clearance de creatinina é parte da maioria 
das baterias de exames de urina quantitativos. 
 
A clearance de creatinina é medida juntamente com 
outros componentes urinários a fim de interpretar a 
velocidade de excreção total dos vários componentes 
urinários. 
 
Explicação do Exame: É uma medição específica da 
função renal, basicamente a filtragem glomerular. 
CREATININA URINÁRIA; CLEARANCE DE CREATININA 
(Sangue e urina com tempo determinado) 
 
Mede a velocidade com que os rins tiram a creatinina de 
sangue. 
 
Em um sentido amplo, a clearance de uma substância pode 
ser definida como o volume imaginário (milimetros) do 
plasma a partir do qual a substância teria de ser 
completamente extraída a fim de os rins excretarem em 
quantidade em um minuto. 
 
Além de estimar a VFG, em exame é usado para avaliar a 
função renal em pacientes com desgaste e monitorizar a 
progressão da doença renal. 
CREATININA URINÁRIA; CLEARANCE DE 
CREATININA (Sangue e urina com tempo 
determinado) 
 
Como a excreção da creatinina numa 
determinada pessoa é relativamente constante, o 
nível de creatinina urinária de 24 horas é usado 
como verificação sobre se a coleta de urina de 
24 horas foi completada. 
NORMA BRASILEIRA 
PARA EXAME DE URINA 
ABNT/CB -36 
ABNT NBR 15.268 
O sedimento urinário representa 80% do diagnóstico 
laboratorial da doença renal, podendo ainda ser usado 
para detectar outras patologias. 
 
O exame a fresco, embora exija habilidade e 
experiência, pela correlação com os dados clínicos do 
paciente permite obter um diagnóstico precoce da 
doença parenquimatosa renal ou do trato urinário em 
geral. 
 
A diminuição e o aumento da intensidade luminosa é 
útil para evidenciar os elementos cujo índice de 
refração esteja próximo ao do meio. 
A urina é concentrada 10 ou 20 vezes por 
centrifugação, para a rotina em geral. 
 
O laboratório clínico deve ter procedimentos da 
qualidade bem documentados e atualizados que 
contribuam para a uniformidade de execução por 
todo o pessoal técnico, do exame microscópico do 
sedimento urinário. 
 
Pode-se utilizar sistemas que possibilitem relatar 
elementos figurados do sedimento urinário por 
unidade de volume, ou por campos microscópicos. 
PROCEDIMENTO PARA A DETERMINAÇÃO DO 
SEDIMENTO URINÁRIO 
 
1. Homogeneizar a amostra de urina e transferir 
para tubo de centrífuga um volume de 10mL; 
2. Centrifugar de 1500 a 2000 rpm por 5 minutos; 
3. Retirar 9,8 mL do sobrenadante, com cuidado 
para não ressuspender o sedimento, deixando 
um volume de 0,20 mL no tubo; 
4. Ressuspender o sedimento com leves batidas 
no fundo do tubo ; 
PROCEDIMENTO PARA A DETERMINAÇÃO DO 
SEDIMENTO URINÁRIO 
 
5. Transferir 0,020 mL (20µL) desta suspensão do 
sedimento para uma lâmina de microscopia o 
que corresponde a 1/50 de 1 mL; 
6. Colocar sobre o sedimento uma lamínula padrão 
de 22 X 22 mm; 
7. Realizar a avaliação no mínimo em 10 campos 
microscopicos, calcular a média e expressar os 
resultados de acordo com os procedimentos 
implantados (por campo ou por mililitro). 
PROCEDIMENTO PARA A DETERMINAÇÃO DO 
SEDIMENTO URINÁRIO 
 
Cálculo para o fator de multiplicação: 
• Diâmetro do campo microscópico: 0,35 mm 
• Área do campo microscópico: 0,096 mm2 
• Área debaixo da lamínula de 22 X 22: 484 mm2 
 
• 484 / 0,096: 5041,66 campos sob a lamínula (fator de multiplicação). 
 
Considerar o valor 5040 como fator de 
multiplicação. 
PROCEDIMENTO PARA A DETERMINAÇÃO DO 
SEDIMENTO URINÁRIO 
 
Expressão dos Resultados 
 
Pode ser usada tanto por contagem por campo ou por 
mililitro. 
 
a) CÉLULAS EPITELIAIS E CILINDROS: Os cilindros 
sempre identificar o tipo. Observar em 100X. 
 Raras – média de até 3 p.c. 
 Algumas – média de 4 a 10 p.c. 
 Numerosas – média acima de 10 p.c. 
PROCEDIMENTOPARA A DETERMINAÇÃO DO 
SEDIMENTO URINÁRIO 
 
Expressão dos Resultados 
 
b) LEUCÓCITOS E HEMÁCEAS: Observar com aumento 
de 400X. 
Observar no mínimo 10 campos microscópicos, calcular 
a média e expressar o número de elementos por 
campo. 
No resultado por mililitro, observar no mínimo 10 
campos microscópicos, calcular a média e expressar 
o número de elementos multiplicando por 5040. 
PROCEDIMENTO PARA A DETERMINAÇÃO DO 
SEDIMENTO URINÁRIO 
 
Obs. 1: Quando o campo microscópico estiver 
tomado por células epiteliais, leucócitos, 
piócitos e hemáceas, e que não é possível 
visualizar outros elementos, relatar como 
presença maciça do(s) elemento(s) 
observado(s). 
 
Obs. 2: Apenas citar quando presentes, leveduras, 
cristais, uratos e/ou fosfatos amorfos, 
Trichomonas sp. e muco.

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