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Tema de Estudo - Citomegalovírus

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TEMA DE ESTUDO: CITOMEGALOVÍRUS
6 MOD 093 – DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
JAQUELINE ISIS CAÚN
Citomegalovírus
AGENTE ETIOLÓGICO
O citomegalovírus (CMV) é um vírus DNA ubíquo pertencente à família do herpesvírus humanos, que inclui o vírus herpes simples, o vírus de Epstein- Barr e o vírus varicela-zoster.
É encontrado na saliva, urina e outros fluidos corpóreos como o sêmen e secreções vaginais.
De acordo com os Centers for Disease Control o CMV contribui com menos de 10% das infecções oportunistas nos pacientes com AIDS.
Ubíquo: que esta em toda parte.
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TRANSMISSÃO
Relações sexuais;
Material contaminado para injeção de drogas, transfusão sanguínea;
Perinatal (vertical – pode ocorrer no parto, pelo contato com secreções infectadas; ou no pós-parto, via leite materno contaminado);
 Transplante com órgãos infectados;
Contato físico, por exemplo, o beijo.
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PATOGENIA 
O CMV pode infectar o corpo inteiro e pode, também, provocar doenças nos pulmões, garganta, cérebro, rins, bexiga, fígado e outros órgãos.
A ocorrência do CMV nos olhos é chamada retinite por CMV, é a doença que mais provoca cegueira em pessoas com AIDS.
A ocorrência do CMV no cólon é chamada colite por CMV.
Como os outros herpesvírus, o CMV, após a infecção, permanece no organismo, normalmente em estado inativo, podendo ser reativado em determinadas situações.
PATOGENIA
O período de incubação após a infecção é de 4 a 12 semanas, quando o antígeno já pode ser detectado. 
Após este período ocorre a fase aguda da doença, onde o vírus é encontrado em secreções corporais, o que pode continuar por toda a vida. 
Logo no início desta fase aparecem anticorpos da classe IgM e uma semana mais tarde os da classe IgG.
FISIOPATOLOGIA
Entrada do vírus no organismo;
Replicação em tecidos específicos, que apresentam uma vigilância imunológica menos intensa (ex. glândulas salivares, onde as células não expressam MHC-I suficientes para mediar a eliminação do vírus através das células TCD8+);
Comprometimento dos mecanismos de defesa do hospedeiro através da expressão de fatores que silenciam a resposta imune (ex. receptores de Fc de imunoglobulinas), ampliando o período disponível para a replicação;
FISIOPATOLOGIA
O genoma do CMV codifica muitos produtos gênicos que interagem nas vias de processamento do antígeno viral, restringindo sua apresentação via MHC I/II;
Vários tipos de células podem albergar o CMV após a infecção, como leucócitos, células precursoras mielóides, células endoteliais, epiteliais, neuronais, fibroblastos, hepatócitos e etc. A imunidade contra o CMV apresenta-se multifacetada, centralizada nas células T CD8 e CD4, mas com importante participação também das células NK, células T e dos anticorpos;
A produção de resposta imune contra o vírus inicia-se através da imunidade inata, seguida pelas células T citotóxicas e a produção dos anticorpos, primeiro IgM anti-CMV e depois IgG anti-CMV.
FISIOPATOLOGIA
O vírus, após a infecção primária, persiste no organismo de forma latente, e sua viremia se mantém em níveis reduzidos. 
Esta latência, como nos demais vírus do grupo herpes, pode permanecer por toda a vida ou ainda apresentar um ou mais episódios de reativação. 
A imunidade desenvolvida se mantém por toda a vida, mas o vírus volta a replicar caso haja queda das defesas por fatores exógenos ou endógenos. 
Em pacientes imunodeprimidos a infecção secundária pode ser induzida por vírus exógenos.
QUADRO CLÍNICO
As manifestações mais comuns em imunodeprimidos, portadores de AIDS:
Febre
Comprometimento do SNC – neuropatia dolorosa (formigamento nas mãos ou pés);
Comprometimento do TGI – colite (diarreia, dor abdominal, perda de peso e perda do apetite), esofagite (dificuldade para deglutição) e hepatite (icterícia);
Pneumonia (tosse, dispneia, aumento da secreção);
Retinite (visão embaçada, mudanças incomuns no campo de visão ou veem pequenos pontos volantes chamados flutuantes).
Esofagite: inflamação na mucosa do estomago. 
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DIAGNOSTICO 
Conhecimento preciso da história prévia do paciente;
Teste ELISA (detecção de anticorpos no sangue);
Teste de Captura Híbrida para CMV (detecção do DNA viral através de hibridização molecular em microplaca e leitura por quimioluminescência);
Reação em cadeia pela polimerase (PCR) qualitativo (sangue, urina, líquor, liquido amniótico, fluido ocular e por material de biópsia de tecidos).
(PCR qualitativo não distingue entre doença ativa e infecção latente, dado este só obtido c om o CMV- PCR quantitativo)
TRATAMENTO
Há dois tratamentos padrão para as doenças provocadas pelo CMV:
Ganciclovir e 
Foscavir.
O tempo de tratamento pode variar, a depender do tipo de infecção e da carga viral. 
Doença invasiva deve ser tratada por 28 dias, ou até mais tempo, caso a viremia persista positiva. 
Os demais pacientes devem ser tratados por no mínimo 14 dias, entretanto o Ganciclovir deve ser mantido até pelo menos 7 dias após a negativação da antigenemia.
CUIDADOS DE ENFERMGEM
Pré-natal (redução da transmissão vertical);
Orientar as formas de prevenção aos pacientes imunossuprimidos:
Hábitos de higiene (lavagem das mãos correta e constantemente - atenção especial deve ser dada às crianças);
Evitar aglomerações (contato pessoa a pessoa facilita a contaminação por meio de secreções);
Hábitos sexuais (usar preservativo durante todas as relações sexuais);
Não compartilhar objetos de uso pessoal (seringas, agulhas, talheres, escovas de dente, materiais cortantes ou potencialmente cortantes - ex: alicates de unha, instrumentos para colocação de piercings ou tatuagens, etc)  
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Identificar pessoas suscetíveis e limitar o risco de contaminação;
Identificação das pessoas com infecção aguda, para início do tratamento em tempo adequado;
Orientar sobre efeitos adversos do Ganciclovir, tais como:
Anemia, febre, erupções ou funcionamento anormal do fígado.
Monitoração da quantidade de glóbulos brancos (Ganciclovir provoca neutropenia.
Orientar sobre efeitos adversos do Foscavir, tais como:
anos aos rins, náuseas e ulcerações na pele.
Kit redução de danos.
REFERÊNCIAS
http://www.cvdee.org.br/evangelize/pdf/1_0302.pdf
http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n11/a2968.pdf
http://www.ufcspa.edu.br/ufcspa/teses-e-dissertacoes/Lisia%20Hoppe.pdf

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