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Tema de Estudo - Toxoplasmose

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Tema de estudo: toxoplasmose
MÓDULO 6 MOD 093 – DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
JAQUELINE ISIS CAÚN
Descrição da doença
Geralmente assintomática, nos quadro agudos, simulando uma mononucleose, pode apresentar febre, linfoadenopatia, linfocitose e dores musculares que persistem durante dias a semanas. 
Pacientes imunodeficientes são mais acometidos pela infecção, podendo apresentar cerebrite, corioretinite, pneumonia, miocardite, rash maculopapular e/ou morte. 
Linfadenopatia=aumento dos linfonodos; linfocitose=aumento dos linfócitos no sangue.
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Descrição da doença
Toxoplasmose cerebral é um componente frequente da AIDS. 
Nome popular: Doença do Gato.
Estima-se que 20 a 90% da população adulta mundial já teve contato com o T. gondii. 
Agente etiológico
O agente causal, Toxoplasma gondii é um protozoário coccídeo intracelular, próprio dos gatos, e que pertencem à família Sarcocystidae, da classe Sporozoa.
Espécies acometidas pelo protozoário:
Todos os vertebrados homeotérmicos (aves e mamíferos).
Coccídeo: parasito reconhecido como patógeno animal (atinge as células epiteliais das vias gastrointestinais, biliares e respiratórias do homem, de diversos animais vertebrados e grandes mamíferos).
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Ciclo de vida do protozoário
Após ingestão pelo gato de tecidos contendo oocistos ou cistos, estes são liberados no organismo e penetram no epitélio intestinal onde sofrem reprodução assexuada seguida de reprodução sexuada se transformando em oocistos, podendo ser excretados junto com as fezes. 
Os oocistos não esporulados necessitam de 1 a 5 dias para se esporularem no ambiente, tornando-se infectivos. 
Oocistos podem sobreviver durante meses no ambiente e são resistentes a desinfetantes, congelamento e processo de secagem, mas destruídos pelo aquecimento a 70ºC por 10 minutos. 
Ciclo de vida do protozoário
reservatório
Os hospedeiros definitivos de Toxoplasma gondii são os gatos e outros felinos que se contaminam pela ingestão de mamíferos.
Modo de transmissão
O Toxoplasma gondii é transmitido ao homem por diversas maneiras: 
através da ingestão de carne mal cozida contendo cistos de Toxoplasma; 
pela ingestão de oocistos provenientes de mão contaminada por fezes ou alimento ou água; 
transmissão transplacentária; 
ingestão de oocistos infectantes na água ou alimento contaminado com fezes de gato. 
Pode ocorrer transmissão através da inalação de oocistos esporulados. 
As fezes de cabras e vacas infectadas podem conter taquizoítos. 
A infecção por transfusão de sangue e transplante de órgãos de um doador infectado é rara, porém pode ocorrer.
Período de incubação
Consiste de: 
10 a 23 dias quando a infecção provém da ingestão de carne mal cozida; 
5 a 20 dias em uma infecção associada a gatos.
Susceptibilidade e resistência
Todos estão susceptíveis à infecção, porém a imunidade é facilmente adquirida e muitas infecções são assintomáticas. 
Os pacientes que são tratados por citotóxicos ou imunossupressores são mais susceptíveis à infecção.
 
Diagnostico 
A toxoplasmose é usualmente diagnosticada com base na detecção de anticorpos. 
Em infecções agudas os níveis de anticorpos IgG e IgM geralmente surgem dentro de uma a duas semanas de infecção. 
A presença de níveis elevados de anticorpos IgG específicos indica que a infecção já ocorreu. Aumentos dos níveis de anticorpos IgM apontam para infecção ativa. 
Altos níveis de anticorpos IgG podem persistir por anos não significando atividade da doença. 
DIAGNOSTICO 
Sorologia (a detecção de anticorpos de diferentes classes de imunoglobulinas – IgG e IgM);
TC (videnciam a presença de alterações sugestivas ou características de encefalite).
Sinais e sintomas
Os sinais clínicos geralmente estão ausentes, salvo em duas categorias:
àqueles indivíduos com o sistema imune deprimido (quimioterapia para o câncer, tratamento para transplantados e indivíduos HIV positivos);
para mulheres que contraem primariamente a infecção durante a gestação.
É comum que a fase aguda da infecção se mantenha em níveis subclínicos ou apenas com sintomas semelhantes a uma mononucleose:
Febre;
Cefaléia;
Linfadenopatia;
Mal-estar;
Apatia.
complicações
Abortos;
Natimortos;
Hidrocefalia;
Neuropatias;
Oftalmopatias;
Cegueira.
neuropatia
Em casos raros pode ocorrer acometimento neurológico secundário a esta infecção. Geralmente se expressa por encefalite ou meningoencefalite.
A encefalite geralmente é difusa e raramente observam-se lesões focais levando a manifestações localizadas, como hemiparesias ou hemiplegias. 
Há uma correlação importante entre a contagem de CD4 e o desenvolvimento de encefalite toxoplásmica.
Encefalites: infeções agudas do cérebro; Meningoencefalites: processo inflamatório que envolve o cérebro e meninges.
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Fisiopatologia - neuropatia
Nos pacientes com HIV/AIDS intensamente imunossuprimidos, os bradizoítas rompem os cistos e transformam-se em taquizoítas com posterior proliferação que não consegue ser controlada pelo sistema imunológico do hospedeiro, levando a graves danos ao sistema nervoso e olhos, por exemplo. 
A resposta Th1 utiliza-se das células T, NK e macrófagos bem como uma série de citocinas (como IFN-γ, TNF-α, IL-5, IL-6, IL-15, IL-18) para o combate do parasita (Filisetti D, 2004). 
Por ser a causa de encefalite em pacientes HIV positivos, devemos implementar o tratamento profilático primário para toxoplasmose devido à intensa imunossupressão a que são submetidos. (Berger JR, 2003 // Borges AS, 2004). 
tratamento
O tratamento não é necessário para pessoas saudáveis e que não estejam grávidas;
Para mulheres grávidas e pessoas imunodeprimidas, o tratamento deve ser feito com Pirimetamina, Sulfadiaziana e Ácido Folínico durante quatro semanas;
Clindamicina em adição a esses agentes é utilizada para tratamento da toxoplasmose ocular;
Espiramicina é usada em gestantes para prevenir a infecção placentária.
Medidas de controle
Notificação de surtos : a ocorrência de surtos (2 ou mais casos) requer a notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica municipal, regional ou central, para que se desencadeie a investigação das fontes  comuns e o controle da transmissão através de medidas preventivas. 
Orientações poderão ser obtidas junto à Central de Vigilância Epidemiológica – Disque CVE, no telefone  0800-55-5466. 
Medidas de controle
Medidas preventivas : a infecção é prevenida através do cozimento adequado da carne e congelamento da mesma para diminuir sua infectividade; deve-se eliminar as fezes juntamente com a areia onde os gatos defecam para prevenir que os esporocistos se tornem infectantes; deve-se lavar a mão depois da manipulação de carne crua e após o contato com terra contaminada por fezes de gato. 
Manter as crianças distantes dos locais onde os gatos infectados defecam. 
Cuidados de enfermagem
Orientar como se sobre profilaxia primaria (a identificação dos fatores de risco envolvidos na infecção aguda em gestantes e fornecer recomendações específicas para evitar a doença, tais como: eliminar as fezes juntamente com a areia onde os gatos defecam, lavar e cozinhar bem os alimentos, lavagem correta das mãos antes da ingestão de alimentos e evitar exposição ao solo que possa estar contaminado);
Identificar pessoas suscetíveis e limitar o risco de contaminação;
Identificação das pessoas com infecção aguda, para início do tratamento em tempo adequado.
referências
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/Toxoplasma_gondii.htm
http://www.zoonoses.org.br/absoluto/midia/imagens/zoonoses/arquivos_1258562951/7861_crmv-pr_manual-zoonoses_toxoplasmose.pdf
http://www.conhecer.org.br/enciclop/2011a/agrarias/toxoplasmose.pdf
http://www.projetocel.org.br/site_novo/lnk15E.asp?id_materia=11

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