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Resumo - Influenza

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INFLUENZA
SÍNDROME GRIPAL
Influenza ou gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade. Um indivíduo pode ser infectado várias vezes na vida.
Transmissão: gotícula, aerossóis e contato. 
Período de transmissibilidade: 1 dia antes e até 7 dias após o início dos sintomas. (ADULTO); 1 dia antes do início dos sintomas e até 14 dias após (CRIANÇAS).
Definição de Síndrome Gripal:
Maiores de 6 meses de idade – indivíduo apresentando febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaléia, mialgia ou artralgia; 
Menores de 6 meses de idade – indivíduo apresentando febre de início súbito, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta.
Sinais e sintomas:
Infecção aguda febril (37,9 a 39,6°C) das vias aéreas, com a curva térmica usualmente declinando após o período de 2 a 3 dias e normalizando-se no 6 dia de evolução. 
Desenvolvimento súbito de calafrios, mal-estar, cefaléia, mialgia, dor de garganta, artralgias, prostração, rinorréia e tosse seca. Podem estar presentes diarréia, vômito, fadiga, rouquidão, vermelhidão da conjuntiva palpebral, tosse e fraqueza persistentes. 
As queixas respiratórias tornam-se mais evidentes com a sua progressão e mantêm-se, em geral, por 3 a 4 dias após o desaparecimento da febre. A rouquidão e a linfadenopatia cervical são mais comuns em crianças. A fadiga pode persistir por várias semanas em idosos. A tosse, a lassidão e o mal-estar podem persistir pelo período de uma a duas semanas ou até por mais de seis semanas. 
Podem evoluir para complicações: 
Pneumonia bacteriana por outros vírus;
Sinusite;
Otite;
Desidratação; 
Piora de algumas doenças crônicas como IC e asma.
Sinais de agravamento:
Aparecimento de dispneia, taquipnéia ou hipoxemia; 
Persistência ou aumento da febre por mais de 3 a 5 dias (pode indicar pneumonite primária pelo vírus influenza ou secundária à infecção bacteriana); 
Exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica; 
Exacerbação de doença cardíaca pré-existente; 
Miosite comprovada por exames laboratoriais; 
Exacerbação dos sintomas gastrointestinais em crianças; 
Sinais de condensação ao RX ou TM de tórax; 
Mialgia intensa; 
Alteração do sensório; 
Desidratação.
Diferenças entre RESFRIADO e GRIPE:
Resfriado: febre localizada, tosse leve, cansaço leve, prostração leve, congestão nasal e dor de garganta leve, e dor de cabeça em raras vezes.
Gripe: febre alta, tosse frequente, cansaço e dores musculares intensos (pode durar de 2 a 3 semanas), congestão nasal e dor de garganta rara.
Fatores de risco para complicações:
Crianças < 2 anos;
Adultos ≥ 60 anos;
Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal);
Indivíduos com doença crônica: pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica); nefropatias; hepatopatias; doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme); distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus); transtornos neurológicos que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesões medulares, epilepsia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, atraso de desenvolvimento, AVC ou doenças neuromusculares);
Imunossupressão (incluindo medicamentosa ou pelo vírus da imunodeficiência humana);
Indivíduos menores de 18 anos em uso prolongado com ácido acetilsalicílico (risco de Síndrome de Reye);
População indígena; 
Obesidade mórbida (IMC≥40).
Tratamento:
Síndrome Gripal em pacientes sem fatores de risco: deve-se fazer indicação de medicamentos sintomáticos, hidratação oral e repouso domiciliar. Não usar Ácido acetilsalicílico. 
Síndrome Gripal em pacientes com fatores de risco: está indicada, além do tratamento sintomático e da hidratação, independentemente da situação vacinal, a prescrição do Oseltamivir para todos os casos de SG, de forma empírica (NÃO SE DEVE AGUARDAR CONFIRMAÇÃO LABORATORIAL), que tenham fator de risco de complicações. Tal indicação fundamenta-se no benefício que a terapêutica precoce proporciona na redução da duração dos sintomas e, principalmente, na redução da ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza pandêmica (H1N1).
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE
Definição:
Indivíduo de qualquer idade que atenda a definição de SG e que apresente dispneia ou saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente, acompanhadas ou NÃO de um ou mais dos sinais e sintomas abaixo: 
Aumento da frequência respiratória de acordo com idade ou piora nas condições clínicas de base em cardiopatias e pneumopatias crônicas; 
Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente; 
Em crianças: além dos itens acima, pode observar também: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
Quadro clínico:
Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia; 
Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação. 
Manejo clínico:
Realizar avaliação clínica minuciosa e iniciar, de acordo com a indicação, terapêutica imediata de suporte, incluindo hidratação venosa e oxigenoterapia;
Recomenda-se internar o paciente e mantê-lo sob monitoramento frequente, face à possibilidade de deterioração rápida do quadro clínico; 
Coletar amostras de secreção nasofaringeana dos pacientes com SRAG com internação hospitalar em até 7 dias do início dos sintomas e preferencialmente antes do início do Oseltamivir (Tamiflu);
Orientar o afastamento temporário, de acordo com cada caso, das atividades de rotina (trabalho, escola, etc.), avaliando o período de transmissibilidade da doença
Utilizar equipamentos de proteção individual.
Está indicada internação em terapia intensiva para pacientes que apresentarem as seguintes complicações: 
Instabilidade hemodinâmica; 
Sinais e sintomas de insuficiência respiratória; 
Hipoxemia, com necessidade de suplementação de oxigênio acima de 3 l/min. para manter a saturação arterial de oxigênio acima de 90%; 
Relação PO2/FiO2 abaixo de 300, caracterizando a lesão pulmonar aguda; 
Alterações laboratoriais como elevação significativa de desidrogenase láctica (DHL) e creatinofosfoquinase (CPK); alteração da função renal; e alteração do nível de consciência.
Tratamento:
O Oseltamivir deve ser utilizado em todos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); 
O início do tratamento deve ser o mais precoce possível, o que não contraindica seu uso posterior, uma vez que os seus benefícios ocorrem mesmo se iniciado 48 horas após o início das manifestações clínicas; 
A indicação de Zanamivir está autorizada somente em casos de intolerância ao Oseltamivir.
Ações de enfermagem:
Precaução por gotícula e por contato (máscara, luva, avental, óculos –aspiração, toca, higiene das mãos).
Orientar visitantes (evitar tocar superfícies, uso de paramentação adequada, higiene das mãos, sinais e sintomas)
Usar mascara N95 durante a intubação devido a SRAG.
Quando paciente estiver intubado, deve-se lembrar do uso do filtro HME, caso tenha SRAG.
Cuidados de enfermagem:
Estabelecer fluxos de atendimento – acolhimento e classificação de risco;
Definir produtos a serem utilizados;
Promover capacitações sobre biossegurança;
Estabelecer precaução de contato e gotículas;
Controlar EPI;
Cuidados com oxigenoterapia para os pacientes com necessidade de suporto de O2;
Administração de antiviral;
Observar normas de segurança;
Grupo de suporte especial.
VÍRUS INFLUENZA
Causador de surtos, endemias e pandemias: pela capacidade de mutação e material genético.
Haemophilus influenzae: bactéria causadora de pneumonia secundária em indivíduos primeiramente infectadas pelo vírus da gripe.
Vírus: envelopado, a sobrevivência no ambiente é mais sensível a alguns químicos. Contém uma bicamada lipídica, porém seu envelope não é 100% semelhante às células humanas, porque sem sua camada(envelope) possuem proteínas (neuraminidase-N e hemaglitinina-H). Qualquer mutação do material genético, pode fazer com que as proteínas se formem, porém com outra sequência de aa. Proteína matriz (atravessa matriz), RNA fs (8 segmentos – fitas de RNA).
Da família Orthomyxoviridae.
Gêneros: A, B (indistinguíveis, hospeda vários animais, 4 proteínas no envelope) e C (hospeda apenas o homem, RNA 7 segmentos, não está relacionado a endemias, mas sim a surtos).
Ácido sialico + Galactose.
A: representa o vírus de maior importância epidemiológica.

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