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SEXUAL
PEP
Recomendações 
para abordagem 
da exposição sexual 
ao HIV
 Um guia para profissionais de saúde
O que é a PEP sexual?
O emprego de antirretrovirais vem sendo discutido em 
todo mundo como estratégia de prevenção da transmissão 
do HIV. A profilaxia da exposição sexual, ou PEP sexual 
(Post-Exposure Prophylaxis), inclui-se nessa estratégia, 
sendo indicada para situações excepcionais em que 
ocorrer falha, rompimento ou não uso da camisinha 
durante a relação sexual. Sua adoção integra a política de 
prevenção da transmissão do HIV, centrada na redução 
de vulnerabilidades e risco, combate ao estigma e 
preconceito, adoção de práticas seguras e emprego da 
terapia antirretroviral. 
A PEP sexual para vítimas de violência sexual e para 
casais sorodiscordantes que tiveram exposição de risco 
já era adotada há alguns anos no Brasil. A atual diretriz 
ampliou essa recomendação para relacionamentos sexuais 
ocasionais. 
Outra vantagem da adoção dessa estratégia é a de 
organizar o ingresso, na rede de serviços, de pessoas 
expostas a situações de risco, promovendo acesso à 
testagem, ao diagnóstico e ao aconselhamento para 
redução de vulnerabilidades e promoção de práticas 
seguras.
Organização do atendimento na rede de saúde
Todo profissional de saúde capacitado pode acolher uma 
pessoa que recentemente tenha se exposto ao risco de 
transmissão do HIV. O atendimento inicial consiste no 
acolhimento, aconselhamento, avaliação do risco de 
transmissão do HIV e oferta de teste diagnóstico. Pode 
ser realizado pelas equipes dos Centros de Testagem 
e Aconselhamento (CTA), dos Serviços de Atenção 
Especializada em HIV/Aids (SAE) ou dos serviços de 
referência para atendimento em PEP sexual que forem 
definidos localmente. A prescrição da profilaxia, quando 
indicada, e o acompanhamento dos casos devem ser 
realizados pelo médico. Recomenda-se que exista 
disponibilidade na agenda dos serviços para atendimento 
dessas situações, a exemplo do que ocorre com 
intercorrências clínicas ou acidentes envolvendo casais 
sorodiscordantes em que a pessoa soropositiva estiver em 
seguimento clínico.
Em razão do limite de até 72 horas após a exposição para 
o início da PEP, recomenda-se que nos horários de não 
funcionamento dos SAE e CTA o atendimento seja realizado 
nos serviços que já efetuam o atendimento a casos de 
acidentes ocupacionais e de violência sexual, ou em 
serviços de urgência especificados localmente, devendo 
ser o SAE a referência para o seguimento da pessoa 
exposta e encerramento do caso.
Quando a PEP sexual é indicada?
É indicada após exposição sexual consentida em 
que ocorrer falha, rompimento ou não uso do 
preservativo, de acordo com os critérios estabelecidos 
pela avaliação de risco. Não substitui o uso do 
preservativo, estratégia de prevenção que deve ser 
sempre reforçada pelos profissionais, pois protege 
contra o HIV e as demais DST.
Em que situações a PEP sexual não é indicada?
A PEP sexual não está indicada nas seguintes situações:
• Quando a pessoa já tiver diagnóstico positivo para HIV
• Quando o tempo após a exposição tiver ultrapassado as 
72 horas
• Quando o contato sexual acontecer sem penetração 
(como no caso da masturbação mútua e do sexo oral 
sem ejaculação na cavidade oral)
• Nos casos de exposições sucessivas a relações 
sexuais desprotegidas, pois seus efeitos colaterais 
pelo uso repetitivo são desconhecidos em pessoas 
HIV negativas. Esses casos precisam de reforço no 
aconselhamento com foco na avaliação dos riscos 
(objetivos e subjetivos). Além disso, as pessoas que 
se expõem ao risco com frequência podem ter sido 
infectadas pelo HIV em alguma dessas exposições 
e necessitam de uma avaliação médica – clínica e 
laboratorial – cuidadosa. 
 
Pode ser realizada por qualquer profissional de saúde, 
que deverá considerar aspectos como os fatores que 
aumentam o risco de transmissão do HIV, o tipo de 
exposição sexual (Quadro 1) e a prevalência do HIV.
Os fatores que aumentam o risco de transmissão do HIV 
são:
• Carga viral sanguínea detectável
• Ruptura de barreira na mucosa da pessoa exposta
• Presença de sangramento, como no caso de 
menstruação
• Presença de DST
O tipo de exposição sexual estabelece diferentes categorias 
de risco. De maneira geral, o maior risco de transmissão 
em relações sexuais com pessoas vivendo com HIV/aids 
(PVHA) está associado a relações anais receptivas. Em 
relação ao sexo oral receptivo, não existe comprovação 
definitiva de seu risco, havendo, entretanto, plausibilidade 
biológica de transmissão (Quadro 1). O sexo oral insertivo, 
por sua vez, não é considerado exposição de risco que 
defina a necessidade de instituir PEP.
Avaliação do risco para a PEP sexual
Quadro 1. Tipo de exposição sexual e risco 
de transmissão após contato com pessoa 
soropositiva para o HIV
Tipo de exposição Risco de transmissão/
exposiçãoo %
 Penetração anal receptivaa 0,1 – 3,0
 Penetração vaginal receptivab 0,1 – 0,2
 Penetração vaginal insertivac 0,03 – 0,09
 Penetração anal insertivad 0,06
 Sexo oral receptivo 0 – 0,04
a- Penetração anal receptiva – pessoa exposta penetrada por parceiro 
soropositivo em relação sexual anal 
b- Penetração vaginal receptiva – mulher exposta penetrada por parceiro 
soropositivo em relação sexual vaginal 
c- Penetração vaginal insertiva – homem exposto penetrando mulher 
soropositiva em relação sexual vaginal 
d- Penetração anal insertiva – homem exposto penetrando pessoa 
soropositiva em relação sexual anal
No Brasil, a epidemia de aids é classificada como epidemia 
concentrada. A prevalência do HIV na população geral de 
15 a 49 anos é de 0,6%. Entre pessoas que fazem uso 
de drogas ilícitas (considerando uso injetável de drogas), 
gays e outros homens que fazem sexo com outros homens 
(HSH) e profissionais do sexo a prevalência é superior a 
5%, critério que deve ser considerado para a tomada de 
decisão quanto à indicação da quimioprofilaxia.
Tabela 1. Indicação de quimioprofilaxia 
segundo tipo de exposição e parceria* 
Recomendação de quimioprofilaxia
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6.
Se indicadaa PEP sexual para a pessoa exposta, 
seu início deve ocorrer nas primeiras duas horas 
a contar da exposição, até um limite de 72 horas 
após a ocorrência.
Quando o usuário chegar ao serviço após as 
72 horas, deve-se realizar o acolhimento, o 
aconselhamento para testagem de HIV, sífilis e 
hepatites B e C e o seguimento do caso.
Quando o status sorológico do indivíduo-fonte da infecção 
for desconhecido, recomenda-se, sempre que possível, 
a utilização de testes rápidos de HIV para definição do 
diagnóstico. Quando o teste rápido não estiver disponível, 
deve-se realizar a sorologia convencional e, nesse caso, 
o parceiro-fonte da exposição será considerado como de 
sorologia desconhecida.
A indicação da PEP sexual necessita ser individualizada, 
devendo-se considerar a relação entre o risco e o benefício 
para o usuário, além da importância da adesão para a 
eficácia da profilaxia. A prescrição da quimioprofilaxia deve 
ser feita pelo médico, de acordo com a avaliação de risco.
Quadro 2. Esquemas de quimioprofilaxia
 
 Esquema 1ª escolha Esquema alternativo
Zidovudina + lamivudina 
(AZT+ 3TC)
1 comp. 12/12 h VO
Tenofovir (TDF)
1comp./dia VO
durante 28 dias
Zidovudina + lamivudina 
(AZT+ 3TC)
1 comp. 12/12 hs VO
Lapinavir/ritonavir (LPV/r)
2 comp. 12/12 hs VO
durante 28 dias
Obs. 1: A indicação de 3 Inibidores Nucleosídios da 
Transcriptase Reversa para a profilaxia minimiza a 
intolerância gastrintestinal, considera plausibilidade 
biológica e inclui o AZT por ser o medicamento mais 
estudado. 
Obs. 2: Caso o(a) parceiro(a) infectado(a) esteja em uso 
de esquema de resgate com carga viral (CV) suprimida, 
o esquema de profilaxia indicado para a pessoa exposta 
deve ser o mesmo utilizado pela pessoa infectada, exceto 
quando esta fizer uso de nevirapina ou efavirenz.
Obs. 3: Os esquemas de profilaxias sugeridos estão 
sujeitos a atualização a partir das evidências publicadas. 
Mantenha-se sempre atualizado por meio do site: www.
aids.gov.br
Quadro 2. Esquemas de quimioprofilaxia
 
 Esquema 1ª escolha Esquema alternativo
Zidovudina + lamivudina 
(AZT+ 3TC)
1 comp. 12/12 h VO
Tenofovir (TDF)
1comp./dia VO
durante 28 dias
Zidovudina + lamivudina 
(AZT+ 3TC)
1 comp. 12/12 hs VO
Lapinavir/ritonavir (LPV/r)
2 comp. 12/12 hs VO
durante 28 dias
Obs. 1: A indicação de 3 Inibidores Nucleosídios da 
Transcriptase Reversa para a profilaxia minimiza a 
intolerância gastrintestinal, considera plausibilidade 
biológica e inclui o AZT por ser o medicamento mais 
estudado. 
Obs. 2: Caso o(a) parceiro(a) infectado(a) esteja em uso 
de esquema de resgate com carga viral (CV) suprimida, 
o esquema de profilaxia indicado para a pessoa exposta 
deve ser o mesmo utilizado pela pessoa infectada, exceto 
quando esta fizer uso de nevirapina ou efavirenz.
Obs. 3: Os esquemas de profilaxias sugeridos estão 
sujeitos a atualização a partir das evidências publicadas. 
Mantenha-se sempre atualizado por meio do site: www.
aids.gov.br
Seguimento
Tabela 2. Recomendação de exames 
laboratoriais pós-exposição sexual no 
atendimento 
Teste
Recomendação durante a 
profilaxia
Recomendação 
seguimento
Basal
Suspeita de 
Síndrome 
Retroviral 
Aguda 
(§) ou 
toxicidade 
(¶)
4-6 
semanas
12 
semanas
24
semanas
Anti-HIV por 
método ELISA 
ou teste rápido
X X (§) X X
CV X (§)
Anti-HBs X X
HbsAg X X
Anticorpo HCV X X X
VDRL X X
Creatinina X X (¶)
Hemograma X X (¶)
Transaminases 
X X (¶)
Exame comum 
de urina 
X
*Adaptado de: LANDOVITZ, R. J.; CURRIER, J. S. Postexposure Prophylaxis 
for HIV Infection. N. Engl. J. Med., [S.l.], v. 361, p. 1768-75, 2009.

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