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11 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS ENGENHARIA CIVIL ANÁLISE GRANULOMÉTRICA Aula 5 RENATO CABRAL GUIMARÃES MECÂNICA DOS SOLOS I 22 1. Introdução O tamanho relativos dos grãos dos solos é chamado de “textura” e sua medida é a granulometria. 0,002 200602,00,06 Tamanho das partículas (mm) Argila Silte Areia Pedregulho Pedra Solos Finos Solos grossos Matacão 0,074 mm Sedimentação Peneiramento 33 1. Introdução Solos Finos Solos grossos 0,074 mm Sedimentação Peneiramento Peneirador solo/água em suspensão Densímetro 44 1. Introdução 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 0,0010 0,0100 0,1000 1,0000 10,0000 100,0000 Diâmetro das partículas (mm) % p a s s a 55 2. Coeficientes Obtidos na Curva Granulométrica 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,0100 0,1000 1,0000 10,0000 100,0000 Diâmetro das partículas (mm) % p a s s a A B C 10 60 D DCu = 1060 2 30 DD DCC × = D10 CU > 15 → solo desuniforme. Cc entre 1 e 3 Bem graduado Cu < 5 → muito uniforme. Mal graduado Solo de graduação descontínua 66 3. Fundamentos Teóricos da Sedimentação � A teoria da sedimentação tem como base o principio da sedimentação dos grãos de solo em água. � As partículas decantam com velocidades diferentes, dependendo da sua forma, tamanho, peso e da viscosidade da água. � A relação entre a velocidade alcançada pela partícula e seu diâmetro, é dada pela Lei de Stokes (1891), que define que a velocidade de queda da partícula é proporcional ao quadrado do diâmetro da partícula. 2 18 Dv ws × × − = η ρρ t L v = ( ) t LD ws ×− ×× = ρρ η18 77 3. Fundamentos Teóricos da Sedimentação ( ) t LD ws ×− ×× = ρρ η18 88 3. Fundamentos Teóricos da Sedimentação � A aplicação da Lei de Stokes no processo de sedimentação é baseada na aceitação das seguintes suposições: � A viscosidade da suspensão é mantida; � Não há turbulência, ou seja, a concentração das partículas é tal que não existe interferência entre elas; � A temperatura do líquido permanece constante; � As partículas têm forma esférica; � A velocidade alcançada é pequena; � Todas as partículas têm a mesma densidade; � Uma distribuição uniforme de partículas de todos os tamanhos é formada no líquido. 99 4. Limitações e Aplicações na Engenharia � Para alguns tipos de solo, como por exemplo, os residuais e os que contém fragmentos friáveis, a idéia do tamanho da partícula correlaciona-se diretamente com a grau de desagregação verificado antes do ensaio, tornando-se necessário o controle da extensão da quebra das partículas durante o estágio de preparação da amostra. � Classificação geotécnica. � Seleção de materiais para construção. � Filtros de Drenagem. 5ou4 D D )solo(85 )filtro(15 < 5ou4 D D )solo(15 )filtro(15 > Para garantir a passagem de água Para garantir proteção contra piping � Seleção de materiais. 1010 5. Ensaios NBR 7181/84 Solo - Análise Granulométrica Objetivo prescrever a metodologia para análise granulométrica de solos, realizada por peneiramento ou por combinação de sedimentação e peneiramento 1111 Análise granulométrica por peneiramento 1212 6. Peneiramento � APARELHAGEM� APARELHAGEM a) peneiras de 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,0 - 1,2 - 0,6 - 0,42 - 0,30 - 0,15 e 0,075 mm, inclusive tampa e fundo, conforme ABNT EB-22 (NBR - 5734). a) peneiras de 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,0 - 1,2 - 0,6 - 0,42 - 0,30 - 0,15 e 0,075 mm, inclusive tampa e fundo, conforme ABNT EB-22 (NBR - 5734). 1313 6. Peneiramento � APARELHAGEM� APARELHAGEM b) agitador para peneiras, com dispositivo para fixação desde uma peneira até seis, inclusive tampa e fundo; b) agitador para peneiras, com dispositivo para fixação desde uma peneira até seis, inclusive tampa e fundo; c) repartidor de amostra;c) repartidor de amostra; 1414 6. Peneiramento � APARELHAGEM� APARELHAGEM d) balança que permita pesar nominalmente até 200 g com resolução de 0,01 g; d) balança que permita pesar nominalmente até 200 g com resolução de 0,01 g; e) balança que permita pesar nominalmente até 1 kg com resolução de 0,1 g; e) balança que permita pesar nominalmente até 1 kg com resolução de 0,1 g; 1515 6. Peneiramento � APARELHAGEM� APARELHAGEM f) balança que permita pesar nominalmente até 5 kg com resolução de 0,5 g; f) balança que permita pesar nominalmente até 5 kg com resolução de 0,5 g; g) balança que permita pesar nominalmente até 10 kg com resolução de 1,0 g; g) balança que permita pesar nominalmente até 10 kg com resolução de 1,0 g; 1616 6. Peneiramento � APARELHAGEM� APARELHAGEM g) estufa capaz de manter a temperatura entre 60ºC e 65 ºC e entre 105ºC e 110 ºC; g) estufa capaz de manter a temperatura entre 60ºC e 65 ºC e entre 105ºC e 110 ºC; i) cápsula de porcelana, vidro pirex ou alumínio com capacidade de 150 a 250 cm³ para saturação do material; i) cápsula de porcelana, vidro pirex ou alumínio com capacidade de 150 a 250 cm³ para saturação do material; 1717 6. Peneiramento � APARELHAGEM� APARELHAGEM j) escova com cerdas metálicas para limpeza de peneiras; j) escova com cerdas metálicas para limpeza de peneiras; k) almofariz e mão de gral recoberta de borracha, com capacidade 5 kg de solo; k) almofariz e mão de gral recoberta de borracha, com capacidade 5 kg de solo; 1818 6. Peneiramento � APARELHAGEM� APARELHAGEM L) Bandejas de alumínio;L) Bandejas de alumínio; 50 cm50 cm 6 cm6 cm 1919 6. Peneiramento � AMOSTRA� AMOSTRA A amostra de solo como recebida do campo deverá ser seca ao ar. A seguir, desagregam-se completamente os torrões no almofariz com a mão de gral recoberta de borracha ou com auxilio de dispositivo mecânico, de maneira que evite reduzir o tamanho natural das partículas individuais do solo. Reduz-se todo material preparado, com o auxílio do repartidor de amostras ou pelo quarteamento, até se obter uma amostra representativa. 2020 6. Peneiramento � AMOSTRA� AMOSTRA Tomar quantidade de amostra preparada e determinar com as resoluções da Tabela a seguir a massa de amostra seca ao ar e anotar como Mt. Dimensões dos grãos maiores contidos na amostra (mm) Quantidade de amostra (kg) Balança a ser utilizada Capacidade nominal (kg) resolução (g) < 5 1 1,5 0,1 5 a 25 4 5 0,5 > 25 8 10 1 2121 6. Peneiramento � ENSAIO� ENSAIO Passar a amostra selecionada (Mt) na peneira de 2,0 mm, tomando-se a precaução de desmanchar, no almofariz, todos os torrões existentes, sem quebrar os grãos, de modo a assegurar a retenção na peneira somente dos grãos maiores que a abertura da malha. 2222 6. Peneiramento � ENSAIO� ENSAIO Lavar a parte retida na peneira de 2,0 mm a fim de eliminar o material fino aderente e secar em estufa (105 ºC a 110 ºC), até constância de peso. Esse material deverá ser utilizado no peneiramento grosso. Do material passado na peneira de 2,0 mm tomar cerca de 120 g. Pesar este material com resolução de 0,01 g e anotar como Mh. Tomar ainda cerca de 100 g para determinação da umidade higroscópica (w). Lavar o material na peneira de 0,075 mm a fim de eliminar o material fino aderente e secar em estufa (105 ºC a 110 ºC), até constância de peso. Esse material deverá ser utilizado no peneiramento fino. 2323 6. Peneiramento 2424 6. Peneiramento 2525 6. Peneiramento 2626 6. Peneiramento2727 6. Peneiramento � PENEIRAMENTO FINO� PENEIRAMENTO FINO O ensaio é realizado sobre material retido na peneira 0,0075 mm. Esta operação consiste na passagem da amostra através de uma série de peneiras e da pesagem do material retido em cada uma delas. Selecionar as peneiras levando-se em conta o fim a que se destina a curva granulométrica (A NBR 7181 indica as seguintes peneiras: 1,2 – 0,6 – 0,42 – 0,25 – 0,15 e 0,075 mm) e efetuar o peneiramento utilizando o agitador mecânico. Anotar com resolução de 0,01 g as massas retidas em cada peneira. 2828 6. Peneiramento � PENEIRAMENTO GROSSO� PENEIRAMENTO GROSSO O ensaio é realizado sobre material retido na peneira 2,0 mm e consiste na passagem da amostra através de uma série de peneiras e da pesagem do material retido em cada uma delas. Selecionar as peneiras levando-se em conta o fim a que se destina a curva granulométrica (A NBR 7181 indica as seguintes peneiras: 50 – 38 – 25 – 19 – 9,5 e 4,8 mm) e efetuar o peneiramento utilizando o agitador mecânico. Anotar com resolução de 0,01 g as massas retidas em cada peneira. 2929 6. Peneiramento � CÁLCULOS� CÁLCULOS Calcular a massa total da amostra seca, utilizando-se a expressão: Peneiramento grosso Mg100)w100( )gMtM( sM ++++×××× ++++ −−−− ==== Ms = massa total da amostra seca; Mt = massa da amostra seca ao ar; Mg = massa do material seco retido na peneira de 2,0 mm; w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm. Ms = massa total da amostra seca; Mt = massa da amostra seca ao ar; Mg = massa do material seco retido na peneira de 2,0 mm; w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm. 100 sM iMsMgQ ×××× −−−− ==== Qg = porcentagem de material passado em cada peneira; Ms = massa total da amostra seca; Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira. Qg = porcentagem de material passado em cada peneira; Ms = massa total da amostra seca; Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira. 3030 6. Peneiramento � CÁLCULOS� CÁLCULOS Peneiramento fino Qf = porcentagem de material passado em cada peneira; Mh = massa do material úmido submetido ao peneiramento fino; w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm; Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira; N = porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm. Qf = porcentagem de material passado em cada peneira; Mh = massa do material úmido submetido ao peneiramento fino; w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm; Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira; N = porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm. N 100hM )w100(iM100hMfQ ×××× ×××× ++++××××−−−−×××× ==== 3131 6. Peneiramento � RESULTADO� RESULTADO O resultado final deve ser apresentado graficamente, dispondo-se em abcissas os diâmetros das partículas, em escala logarítmica, e em ordenadas as porcentagens das partículas menores (ou maiores) do que os diâmetros considerados, em escala aritmética. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,0100 0,1000 1,0000 10,0000 100,0000 P e r c e n t a g e m r e t i d a P e r c e n t a g e m q u e p a s s a Diâmetro das partículas (mm)
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