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TRABALHO DIREITO CANÔNICO

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O Direito Canônico e os principais sistemas jurídicos anteriores e posteriores a ele
Gabriel Felipe Fontes Pereira1
Nilton Jhon Santiago Ramos
Sidiney Carvalho das Dores
Valéria Maria Garcia Rodrigues
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo estudar e relacionar o Direito Canônico a alguns e principais sistemas jurídicos anteriores a ele e aos que foram se formando posteriormente. Para isso, empreendeu-se uma análise histórica do Direito com relação aos povos antigos, a Antiguidade Clássica, passando pela Idade Média, Idade Moderna e a Contemporânea. O que se constatou é que a viagem do Direito pela História o leva a uma adaptação dos anseios sociais de cada época, o que figura o seu caráter mutável. Por fim, observou-se a peculiaridade e especificidade das escolas jurídicas citadas no trabalho que se segue. 
1 INTRODUÇÃO
 No transcurso dos séculos V ao XV, a História aponta para o estabelecimento e desenvolvimento de um dos períodos mais profundos e obscuros até então: a Idade Média. Com a queda do grandioso Império Romano e com a invasão dos povos bárbaros à Europa, sobretudo, romana, a “Idade das Trevas” surge e mostra-se severa e imponente perante os povos daquela época. O poder papal se robustece nessa época, bem como o poderio dos senhores feudais, o que, consequentemente, decretou o predomínio do sistema econômico medieval: o feudalismo. Além disso, a Igreja Católica vai firmar-se como a maior e mais influente instituição daqueles tempos. Esta vai atuar não somente no campo religioso, mas vai estender-se aos assuntos socioeconômicos do período medieval. Não obstante a tutela da Igreja Católica, esse período vai ser marcado pelas contradições e mazelas sociais, mas também por um importante avanço na esfera jurídica: o Direito Canônico.
 
1 Alunos do 2° período de Direito pela Universidade CEUMA, campus Anil.
2 DESENVOLVIMENTO
 Antes de qualquer instrumento jurídico ou normas legais, pode-se dizer que a conduta humana era regida pelos costumes. Nos tempos primitivos, o Período da Vingança foi um período onde inexistia qualquer acervo normativo e os homens utilizavam-se de reação natural e instintiva para tratarem de conflitos entre tribos ou clãs. Diante disso, surgiu uma regulamentação fundamentada no Período da Vingança: a Lei de Talião. A Lei de Talião constituiu-se como um instrumento moderador da pena, o qual consistia em aplicar ao delinquente ou ofensor o mal que ele causou ao ofendido, na mesma proporção. É desta Lei a máxima: “olho por olho, dente por dente”. Esta lei faz parte do Código de Hamurabi, o qual foi desenvolvido sob reinado do rei Hamurabi, na Mesopotâmia.
Outras duas importantes codificações são a Lei das XII Tábuas e o Código de Sólon. A Lei das XII Tábuas constituía uma antiga legislação que origina o Direito Romano. Esta era uma série de leis confeccionadas e inscritas em tábuas de carvalho e se constituiu como o primeiro registro legal escrito, na civilização romana. O Código de Sólon, por sua vez, refere-se a Sólon, um legislador grego antigo. É considerado o fundador da democracia e um dos sete sábios da Grécia antiga. Seus decretos eram verdadeiros documentos históricos, dos quais restam poucos fragmentos. Guiava-se pelo interesse coletivo e anunciava a lealdade e o respeito. 
Ademais, surge o sistema jurídico mais influente até então: o Direito Romano. Este é o conjunto de normas e regras jurídicas vigentes em Roma, desde sua fundação. O Direito Romano origina o Direito ocidental. As relações e instituições presentes no Direito contemporâneo são resquícios do que um dia foi o Direito Romano. Esta ciência oferecerá os subsídios à Igreja Católica nos período medieval. 
Na Idade Média, a Igreja assume legitimidade normativa. A primeira manifestação do Direito Medieval, pode-se dizer, deu-se entre os senhores feudais. As relações decorrentes do sistema feudal eram reguladas por um conjunto de normas costumeiras, uma vez que o soberano raramente legislava. Não havia qualquer fonte do Direito, senão a consuetudinária. Diante disso, não houve qualquer espécie de ensino jurídico, nem mesmo se pode dizer que, nesse período, desenvolveu-se qualquer ciência jurídica. Na verdade, o Direito era bastante fundido à religião e, por conta disso, essas duas esferas do saber frequentemente confundiam-se numa só. 
 Nesse panorama, surge o Direito Canônico, um sistema inédito que vai delegar à Igreja a possibilidade de legislar em nome de Deus. Tinha o objetivo de recuperação dos criminosos através do arrependimento, mesmo que fosse necessária a utilização de penas e métodos severos. 
Com o fim da Idade Média, o Renascimento faz nascer uma nova perspectiva social: o antropocentrismo. O homem assume o centro de todas as coisas e faz transparecer a sua importância. Dessa vez, o teocentrismo medieval desacelera e é substituído por um novo homem: um homem pensante. A Idade Moderna oferece os mais autênticos sistemas jurídicos. Dotados de codificações e ordenamentos, esses sistemas vão render ao homem posições elevadas, como a magistratura e os reinados absolutistas. Antes da instalação da clássica Revolução Francesa, o Estado era absolutista. Ora, o poder se concentrava nas mãos de um rei, ou monarca, que legislava de acordo com suas próprias ciências. Mais tarde, o Estado vai tornar-se liberal, isto é, a soberania agora vai pertencer ao povo. Diante disso, os sistemas jurídicos posteriores vão ajustar-se às necessidades populares e vão passar a tutelá-las. 
 Na contemporaneidade, há a presença da soberania dos Estados independentes. Muitos países possuem suas próprias codificações e possuem seus próprios ordenamentos jurídicos. O Brasil, por exemplo, possui os três poderes, que atuam autonomamente. O povo é a representação máxima, e os congressistas e parlamentares atuam em prol dos interesses da sociedade. O Presidente da República é o chefe de Estado e é escolhido por voto popular a cada quatro anos.
 
CONCLUSÃO
Portanto, observou-se a vastidão dos organismos jurídicos que se desenvolveram ao logo da História. Pode concluir que o Direito é uma ferramenta criada pelo homem e que é destinado ao próprio homem. É a maneira que a humanidade encontrou para impor ordem à sociedade, bem como assegurar a todos direitos e deveres. Entendeu-se que a religião e os costumes, por séculos, assumiram a primazia social de muitos povos, no entanto, com o transcorrer da História, normas e codificações são criadas a fim de atender as necessidades do povo. Dessa maneira, fica nítida a importância do Direito como fruto da ordem.

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