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Teoria Geral do Adimplemento

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Síntese P3 Direito Civil
Pertinência: Solidariedade Ativa; Solidariedade Passiva; Transmissão das Obrigações; Teoria Geral do Pagamento; Pagamento em Consignação. 
Solidariedade Ativa
Conceito:
	 A regra é pela divisibilidade das obrigações, nunca se presumindo uma obrigação solidária. Entretanto da lei ou do contrato pode resultar tal solidariedade. Logo concluo que haverá solidariedade ativa quando na mesma obrigação concorrer mais de um credor com direito sobre esta.
	Pelo direito a que concorrem os credores, terão estes direito a exigir do devedor o cumprimento integral da obrigação; e enquanto não for demandado o devedor comum, a qualquer dos credores poderá este pagar; quando pago a um desses credores, tal pagamento extinguirá a dívida até o valor 	que foi pago. Se falecer um dos credores solidários deixando herdeiros, cada um poderá receber somente seu quinhão dentro da cota. (João, pai de Pedro e de Maria, é credor solidário de Ernesto no valor de R$ 10.000,00, valor esse decorrente de um empréstimo a Anselmo, logo sua quota no crédito é de R$ 5.000,00. Assim sendo, João faleceu de gripe, pois era aidético. Só poderão cada um dos herdeiros [Pedro e Maria] exigir R$ 2.500,00 que é a quota respectiva dividida pelo quinhão dos herdeiros). 
	É necessário deixar claro que mesmo após convertida em perdas e danos a obrigação, subsistirá a solidariedade; e se um dos credores remitir (perdoar) a dívida, responderá aos outros credores pela parte que perdoou.
Solidariedade Passiva
Conceito:
	Haverá solidariedade passiva quando na mesma obrigação concorrer mais de um devedor, obrigado pela dívida inteira.
	O credor tem direito a exigir e receber de qualquer dos devedores a dívida, mesmo que parcialmente. Se o pagamento for parcial, continuam os demais devedores obrigados solidariamente pelo montante restante. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, serão estes obrigados pela quota, e cada um sobre seu quinhão respectivo. Poderá obter remissão o devedor que quita parcialmente a dívida, não aproveitando tal remissão aos outros devedores solidários, aproveitará apenas o montante que foi pago, descontando do restante. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada por um dos devedores em relação ao credor, jamais alcançarão os outros devedores, salvo se os beneficiar. Se ficar impossível o pagamento por CULPA de um dos devedores todos continuam obrigados solidariamente pelo montante, entretanto pelas perdas e danos, apenas responderá aquele que deu causa a impossibilidade. Sendo assim, nítido fica que todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação proposta tenha sido ajuizada contra apenas um dos devedores. Sempre que o devedor for demandado poderá opor ao credor suas exceções pessoais juntamente com aquelas que forem comuns a todos os devedores solidários. O credor poderá renunciar a solidariedade em relação a um a alguns ou de todos. Sempre que o credor exonerar a solidariedade de um, subsistirá a dos demais. O devedor que satisfizer a obrigação integralmente em relação ao credor tem direito de exigir de cada um dos devedores a quota respectiva a eles, tornando-se tal obrigação divisível, salvo estipulação em contratual em contrário, presumir-se-á a igualdade de cotas em relação aos devedores. Se houver devedor insolvente ocorrerá o rateio; na hipótese do rateio contribuirão todos os codevedores, inclusive os exonerados da solidariedade pelo credor, pela quota do insolvente. Quando a dívida interessa somente a um dos devedores, este responderá perante aquele devedor que obtiver a quitação da obrigação. 
Da transmissão das obrigações
Conceito:
	Ocorre a transmissão das obrigações por meio da Cessão; Cessão esta que pode ser de Crédito, de Débito (Assunção de Dívida) e quando transmitir a posição contratual denomina-se Cessão de Contrato.
	O credor sempre poderá transmitir seu crédito, a não ser que do contrato conste alguma cláusula proibitiva; existindo tal cláusula, apenas poderá ser oposta a terceiro cessionário de boa fé se estiver estipulada no contrato. Pela Teoria da Gravitação Jurídica, os acessórios seguirão o destino do principal, não sendo diferente na cessão de crédito. Para ser válida a cessão de crédito, deverá esta gozar das solenidades previstas no § 1° do art. 654 CC. Como o interesse de opor perante terceiros é do cessionário, deverá este averbar a cessão de crédito hipotecário no R.I competente. Para ter eficácia em relação ao devedor cedido, deverá ocorrer a notificação, por escrito público ou particular em que o devedor se declarará ciente da cessão. Quando o objeto da cessão for título (v.g. cheque), será o cessionário aquele que por último obtiver a tradição. São requisitos para a cessão: objeto, capacidade e legitimação.
	Quem transfere, transfere algo (objeto), para transferir, necessita de legitimação (ser possuidor e credor de determinado crédito a ser cedido) e capacidade, deve ter capacidade para ceder o crédito, sob pena de nulidade do negócio jurídico.
	Quando ocorre a cessão, surgirão as figuras do cessionário (quem compra/adquire o direito); cedente (possuidor originário); cedido (devedor).
	Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário dispor dos meios necessários à manutenção do seu crédito. Poderá opor ao cessionário as exceções que tiver, podendo opor também, no momento em que toma conhecimento da cessão daquelas que tinha em relação ao cedente.
	Na cessão por título oneroso, ainda que não se responsabilize pela solvência do devedor (pro solvendo), será responsabilizado pela existência do crédito (pro soluto). 	Só responderá pela solvência do devedor se estipulado em contrato; via de regra, responderá pela existência do crédito (pro soluto). Se for estipulado pelo contrato que o cedente terá responsabilidade pro solvendo, responderá este até o valor que recebeu pelo crédito, mais os juros respectivos. Se o crédito for penhorado, não poderá este ser cedido a partir do momento em que o credor tomar conhecimento, se o devedor não tiver conhecimento da penhora e pagar, o pagamento será válido, exonerando-o da dívida, entretanto subsistirão contra o credor os direitos de terceiro.
	
Assunção de Dívida
	Faculta a terceiro assumir obrigação do devedor, sempre dependendo do consentimento expresso do credor, pois a ele interessa a solvência do pretenso cessionário. As partes poderão assinalar prazo para que o credor consinta, entretanto vencido este, presumir-se-á no silêncio a recusa. Consideram-se extintas, a partir da cessão de débito, as garantias especiais dadas pelo devedor originário, salvo assentimento expresso deste para que subsistam. Se vier a ser anulada a substituição do devedor, restaura-se o débito com todas as suas garantias. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao outro devedor. 
	Resultarão da cessão de débito ou a assunção de dívida a expromissão ou a delegação. Ocorrerá a expromissão quando a cessão ocorrer sem a anuência do devedor; e ocorrerá a delegação quando houver a anuência do devedor, que não é necessária. 
	A assunção de dívida poderá ter caráter liberatório ou cumulativo; será liberatória quando isentar totalmente o devedor da obrigação. Será cumulativa quando obrigar solidariamente um novo devedor pela mesma obrigação.
	A exceção a regra se dá ao adquirente de imóvel hipotecado, que não necessitará de anuência do credor para assumir o polo passivo da obrigação, visto que o imóvel constitui garantia especial.
Cessão de Contrato
	Por meio da cessão de contrato se transmite a posição contratual; por assim entende-se quando a cessão for cumulativa de direitos (créditos) e obrigações (débitos), dá-se a cessão de contrato, transmitindo por exemplo um lote de terreno financiado, onde deverá o credor consentir com a alienação, dada a solvência do devedor que o interessa, entretanto, ocorre também a cessão de crédito ou direito, já que se tornará proprietário do lote o devedor. Fácil notar que necessitade bilateralidade e concordância para que exista tal cessão, que não necessariamente será liberatória.
Teoria Geral do Pagamento
	Qualquer juridicamente interessado poderá solver a dívida, opondo-se o credor a tal pagamento poderá valer-se o interessado dos meios conducentes a exoneração do devedor, igual direito cabe ao terceiro que não tenha interesse. Quando o terceiro não interessado paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se mas não se sub-roga nos direitos do credor. Se o pagamento feito por terceiro não for conhecido ou for oposto pelo devedor, este não ficará obrigado a reembolsar aquele que pagou. Só terá eficácia o pagamento que importar em transferência da propriedade, quando feito por quem tenha capacidade para alienar o objeto. 
	O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem o represente, sob pena de só valer se pelo credor for ratificado ou reverter-se em seu proveito. 	O credor putativo é aquele que se apresenta como credor, e conhecido por todos como credor; como no caso de herdeiro aparente que não é o único. O pagamento feito a credor putativo desde que de boa-fé é válido, ainda que posteriormente se prove que ele não era credor. Não é válido o pagamento feito ao credor incapaz de conceder quitação, salvo se o devedor conseguir provar que em proveito deste se reverteu o pagamento. Será considerado autorizado a receber o pagamento o portador do termo de quitação previsto pelo art.320 CC. Se intimado sobre penhora em relação ao crédito, deverá o devedor pagar a quem for indicado ou depositar o dinheiro na conta indicada, se mesmo intimado o devedor pagar ao credor, poderá ser constrangido pelos terceiros para que pague novamente.
	O credor não é obrigado a receber prestação diversa daquela que lhe é devida, mesmo sendo tal mais valiosa. Mesmo a natureza da obrigação sendo divisível, não é obrigado o credor a aceitar em partes o pagamento se assim não foi combinado. As dívidas deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente nacional. É lícito o aumento progressivo das prestações sucessivas. Se por motivos imprevisíveis for manifesta a desproporção entre o valor da prestação no momento da sua execução poderá o juiz corrigi-lo. Não possui validade as convenções de pagamento em ouro ou em outro tipo de moeda.
	O devedor que paga sua dívida tem direto a quitação respectiva. A quitação SEMPRE poderá ser dada por instrumento particular, designando o valor, a espécie da dívida quitada, o nome do devedor ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento e a assinatura do credor ou seu representante. Nos débitos relativos a devolução do título, perdido este, o devedor poderá reter o pagamento exigindo declaração do credor que o inutilize. A partir da quitação da última parcela de prestações sucessivas presumir-se-á a quitação das anteriores. Primeiro quita-se o juros, depois o capital. A entrega do título ao devedor presume o pagamento.
	Em regra efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, diga-se que a dívida é quesível, entretanto poderão dispor pelo contrato de condições diferentes da regra geral, devendo o devedor efetuar o pagamento no domicílio do credor, nesse caso se dirá que a dívida é portável. Se forem designados dois ou mais lugares, caberá ao credor a escolha. Se o pagamento for relativo a direitos reais imobiliários, deverá ser no foro onde se encontrar a coisa. Se houver motivo grave para que não ocorra o pagamento em determinado local, poderá o devedor pagar em local diverso do ajustado, sem prejuízo para o credor. Se mesmo convencionado o local do pagamento para um local, mas reiteradamente feito em outro, presumir-se-á a renúncia do credor quando ao local do pagamento.
	Quando não for ajustada data ou termo para quitação da obrigação, poderá o credor exigi-la imediatamente. As obrigações condicionais deverão ser adimplidas no prazo respectivo, cabendo ao credor provar que ciência deste teve o devedor. Pelas razões explicitadas pelo art. 333 poderá o credor exigir imediatamente a dívida com prazo estipulado; que ocorrerá no caso de falência do devedor; bens empenhados ou hipotecados forem penhorados por outro credor; se cessarem ou tornarem insuficientes as garantias dadas pelo devedor.
Do Pagamento em Consignação
	Considerar-se-á o depósito judicial ou em estabelecimento bancário como adimplemento da obrigação. A consignação terá lugar quando o credor não puder ou não quiser receber o pagamento; se o credor não for ou não mandar receber a coisa no local e tempo determinado; se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, ausente ou residir em local incerto; se ocorrer dúvida sobre quem tem legitimidade para receber o pagamento e se pender litígio sobre o pagamento. Requerer-se-á o depósito na data do pagamento e cessará para o depositante os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente tal depósito em juízo. Enquanto o credor não aceitar ou não impugnar, poderá o devedor levantar o numerário, pagando as respectivas despesas. A partir do momento em que se julgue procedente o depósito, não mais poderá o devedor levantar o valor. Se o objeto do pagamento for imóvel e que deva ser entregue no local que está, poderá o devedor requerer a citação do credor para vir ou mandar recebe-la sob pena de ser depositada. Se a escolha da coisa competir ao credor, será este citado para que a escolha, sob pena de perder tal direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher. As despesas do depósito quando julgado procedente, correrão por conta do credor e no caso contrário a conta do devedor. O devedor de coisa litigiosa exonerar-se-á mediante consignação do pagamento, entretanto se pagar a um dos credores assumirá o risco perante os outros de efetuar novamente o pagamento.

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