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Gestão Financeira

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Introdução
Gestão financeira, em palavras simples, significa a forma como nós administramos o dinheiro, seja no âmbito pessoal ou profissional. 
Por vivermos em uma sociedade capitalista, isto é, onde praticamente tudo gira em torno do capital, do dinheiro, é necessário aprendermos a administrar pequenas ou grandes quantias, de modo que nossas finanças não sejam prejudicadas ou diminuídas. 
Isso se aplica igualmente às grandes empresas, em que a movimentação de dinheiro é elevada, e às finanças pessoais, que podem ser muito menores. 
De todo modo, aprender a administrar o capital se faz indispensável a quem quer que seja. Para tanto, nós veremos neste curso desde a estrutura de departamentos financeiros em organizações até assuntos relacionados à perda do emprego. 
A intenção é proporcionar a você uma visão global e prática a respeito da gestão das finanças. 
Em alguns momentos, termos técnicos relacionados à profissão serão estudados. 
De outro modo, aspectos mais simples como a forma mais adequada de discutir com a família o orçamento familiar também serão abordados. 
A última parte do curso contém informações muito atuais e práticas a respeito da maneira como as pequenas e médias empresas tem sido organizadas. 
Esperamos que os conteúdos aqui estudados de fato tragam à luz o conhecimento desejado.
1.1 – Gestão financeira
A atividade financeira reproduz-se por meio dos valores monetários que as empresas possuem. A forma como a gestão é reproduzida, ou seja, a partir dos valores monetários que possui, realiza-se nos departamentos internos, do mesmo modo que se relaciona com partes externas, como investidores por exemplo. 
Faz parte das funções das empresas adquirir bens e serviços, produzir ou transformar e adequar à venda e a de vender bens ou prestar serviços a outros sujeitos econômicos. 
Para que a empresa se mantenha ativa, ou seja, produza, compre, venda ou troque, necessita, entre uma série de fatores, de meios ou recursos financeiros. 
Desse modo, podemos afirmar que é papel do departamento financeiro cuidar para que a empresa obtenha tais recursos, visando elevar a soma dos resultados tanto quanto possível. 
Levando em consideração não apenas os lucros imediatos, deve se organizar a fim de assegurar lucros futuros. 
O capital precisa ser mantido para que a empresa tenha condições de desenvolver-se, visto o mercado competitivo a qual fazem parte. 
A partir do conhecimento proporcionado pela política e estratégia financeira, a gestão financeira define como metas: 
Alimentar a empresa de disponibilidades quando necessário; 
Assegurar a melhor situação dos recursos financeiros da empresa; 
Controlar para que nenhum bem seja inutilizado ou mal utilizado; 
Otimizar a rotação dos recursos e das aplicações;
O motivo pelo qual a gestão financeira se faz indispensável para qualquer organização é o de assegurar que a empresa tenha conhecimento de quanto dinheiro vai precisar, como conseguir esse dinheiro e de que forma investir o dinheiro disponível, com a intenção de alcançar os objetivos traçados. 
É importante lembrar que, a menos que a organização aplique seus recursos financeiros de forma aberta e responsável, a possibilidade de receber dinheiro externo é praticamente inexistente. 
Normalmente os investidores estão preocupados em saber se o dinheiro está sendo empregado de forma adequada e segura, o que significa que a organização deve ter uma consistente gestão financeira. 
Estruturas confiáveis das organizações tranquilizam seus respectivos investidores, porque a prestação de contas se torna mais simples e transparente. 
Isso faz com que seus investidores acreditem na honestidade dos gestores, o que gera empatia entre as partes envolvidas nas transações empresariais e financeiras. 
Em relação à confiança gerada pela transparência nessas relações, parece óbvio que os investidores preferem aplicar seu dinheiro em quem confiam, de maneira que essas empresas tendem a estar sempre bem, do ponto de vista financeiro. 
A gestão financeira é uma atividade que abrange o passado, o presente e o futuro. 
Organizar o registro de todo o dinheiro que a organização já recebeu e gastou, faz parte de uma boa gestão; essa ação se refere ao passado. 
Controlar o dinheiro pertencente à organização é uma atividade relacionada ao presente da gestão financeira.
Responsabilidade financeira 
Deve procurar sempre gerir as suas finanças de modo responsável e sustentável. 
Todas as organizações precisam de dinheiro para sobreviver e alcançar os seus objetivos. 
A única forma de assegurar isto é administrar o dinheiro sem colocar a organização em risco desnecessário. 
Se a organização prevê continuar a existir no futuro, deve certificar-se de que recebe dinheiro suficiente e que o gasta com prudência.
Baseado nas ações do passado e presente é possível fazer projeções para o futuro. 
Vimos então, de forma geral, as características de cada momento relacionado à gestão financeira. 
É interessante perceber que, assim como na história da humanidade, a atividade financeira carece de conhecimentos do passado, nesse caso o passado financeiro das empresas, para programar-se no presente e projetar-se no futuro. 
Se a gestão financeira for realizada com qualidade será possível informar à direção da companhia a respeito da capacidade da empresa, ou seja, saber a quantidade de dinheiro em mãos, e a partir desses dados, se organizar para o mercado presente, assim como para o futuro. 
A administração das finanças do passado, presente e futuro passa por três tarefas de gestão financeira, que embora distintas, estão interligadas.
São elas: 
Planejamento financeiro; 
Controle financeiro; 
Monitorização financeira. 
Do que trata a gestão financeira? 
A gestão financeira está fundamentada em dois princípios muito importantes: Responsabilidade Financeira e Prestação de contas.
Prestação de contas
A organização deve poder explicar de onde recebe o dinheiro e de que forma ele é gasto. 
A prestação de contas ajuda-o não só, a saber, o que fez com o dinheiro, mas também o ajuda a explicar as suas atividades às partes interessadas. 
Isto é importante em especial para as empresas e organizações que recorrem a investidores, pois estes, normalmente, possuem normas e regras rigorosas em matéria da prestação de contas. 
Só financiam organizações que possam prestar contas em relação ao dinheiro que receberam. 
Por meio de gestão financeira realizada com qualidade, pode-se identificar o que fazer com o dinheiro disponível, o quanto de dinheiro precisa-se, de que forma foi gasto o dinheiro e em que lugar obter mais recursos financeiros.
Esse processo é realizado através de três atividades: 
Planejamento: 
Ajuda-o a identificar os objetivos da organização para o futuro, de quanto dinheiro irá precisar para alcançar esses objetivos e como ou onde encontrará recursos financeiros suficientes para alcançar esses objetivos e manter a organização em atividade no futuro. 
Controle: 
Abrange vários procedimentos: 
Fixar uma política: A organização deve decidir quais as normas e procedimentos que devem ser seguidos para assegurar que o dinheiro seja gasto prudente e seguramente; 
Fixar as atribuições: A organização deve decidir quem será permitido a gastar dinheiro, quanto lhes será permitido gastar e quando poderão gastá-lo. 
É importante também decidir quem pode vincular a organização do ponto de vista financeiro; 
Fixar a responsabilidade: Há que decidir quem é responsável pelos recursos financeiros da organização. 
É importante que a responsabilidade pelo dinheiro da organização seja assumida por uma determinada pessoa ou pessoas. Nem todos podem estar encarregados das finanças.
Monitorização: 
São atribuições de atividade: 
Registrar a informação financeira - função do tesoureiro; 
Preparar demonstrações financeiras; 
Analisar as demonstrações financeiras; 
Reporte financeiro
Ditoisto, é importante entendermos algumas características relacionadas à análise financeira.
A análise financeira 
Isolados, os valores não têm muito significado. Entretanto, quando comparados a outros valores a situação financeira da organização pode ser melhor compreendida . 
Pode-se comparar, por exemplo, as despesas previstas no orçamento, com as atuais, sendo possível avaliar se as despesas estão em direção ao melhor caminho. 
Outra maneira de comparação baseia-se nos rácios. 
Definição do termo rácio segundo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea: Coeficiente entre dois valores que permite estabelecer relações entre os mesmos. 
Um rácio trata-se de uma comparação feita ao dividir um valor por outro. Por exemplo, as organizações não governamentais – ONGs precisam reduzir custos de modo que consigam investir o dinheiro poupado em seus programas de assistência. Ao dividir as despesas de um programa pelo total das despesas, é possível saber o custo da administração de seu programa. 
Se essa atividade for realizada com certa regularidade será possível verificar se o valor gasto na administração estancou, aumentou ou diminuiu.
A forma como será interpretado esses dados comparativos vai depender do caráter da empresa. 
As organizações possuem valores diferenciados, o que significa que gastos excessivos para a empresa A, não são considerados da mesma forma pela empresa B. 
Por exemplo, a empresa A, uma associação, calcula gastar muito menos em despesas administrativas do que a empresa B, que por sua vez é uma agência de serviços sociais. 
Sendo assim, a informação que se espera ter através da avaliação comparativa depende do tipo da organização que administra, bem como dos objetivos particulares de cada uma. 
As principais funções da Análise Financeira são: 
Análise e Planejamento Financeiro: analisar os resultados financeiros e planear ações necessárias para obter melhorias. 
Captação e Aplicação de Recursos Financeiros: analisar e negociar a captação dos recursos financeiros necessários, bem como a aplicação dos recursos financeiros disponíveis. 
Crédito e Cobrança: analisar a concessão de crédito aos clientes e administrar o recebimento dos créditos concedidos. 
Caixa: efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de caixa. 
Contas a Receber: controlar as contas a receber relativas às vendas a prazo. 
Contas a Pagar: controlar as contas a pagar relativas às compras a prazo, impostos, despesas operacionais e outras. 
Contabilidade: registrar as operações realizadas pela empresa e emitir os relatórios.
Principais objetivos da gestão financeira 
A atuação do gestor financeiro tem essencialmente os seguintes objetivos: 
Antes, uma definição da palavra capital de acordo com o dicionário Aulete Digital. 
Capital: Conjunto dos bens disponíveis, riqueza; O total desses bens aplicáveis à produção e à geração de renda; Patrimônio de uma empresa, que se constitui de, ou pode ser convertido em dinheiro. 
Assegurar à empresa a estrutura financeira mais adequada 
Essa estrutura pode ser entendida através da comparação entre as diferentes aplicações dos capitais obtidos pela empresa, e a importância da fonte desses capitais. 
Em palavras mais simples, quer dizer que o gestor financeiro vai avaliar se o dinheiro gasto com determinadas coisas está de acordo com a origem desse dinheiro. 
O dinheiro da companhia foi gasto com quê? 
Em que lugar a empresa conseguiu esse dinheiro? 
Por exemplo, um feirante compra uma caixa de verduras por R$ 35,00. Se essa barraca tivesse um gestor financeiro, ele provavelmente faria as perguntas acima; O dinheiro foi gasto com que? Em que lugar o feirante conseguiu o dinheiro para comprar a caixa de verduras?
A função do gestor nesse caso seria avaliar se o feirante gastou sua receita, ou seja, seus recursos financeiros, da forma mais adequada em relação ao modo como conseguiu esse dinheiro. 
Nesse caso o feirante deve ter retirado os R$ 35,00 de sua poupança, o que provavelmente conseguiu através dos lucros obtidos com as vendas. 
O gestor avaliaria se foi correto retirar dinheiro da poupança para comprar verduras para a barraca. 
Essa estrutura financeira obedece às regras de equilíbrio, isto é, procura adequar os meios financeiros dispostos na empresa com a realização dos seus objetivos econômicos. 
Manter a integridade do capital e promover o seu reforço 
Nessa parte do processo, o gestor financeiro analisa os ciclos de exploração da empresa, com a intenção de evitar insuficiência dos bens e ganhos obtidos, em relação aos custos e despesas, mantendo o nível do lucro adequado a ponto de se tornar independente financeiramente. 
Em consequência dessa ação, os resultados positivos aumentam as possibilidades financeiras da empresa, no entanto, o lucro não deverá ser distribuído aos sócios de forma irresponsável, a organização deve manter a integridade do capital em seu domínio de modo a aumentar o dinheiro investido.
Permitir à empresa condições para pagar suas dívidas 
Esta atividade presta atenção na evolução dos recursos financeiros e aplicações, com intuito de verificar se a empresa tem conseguido quitar suas dívidas dentro do prazo de vencimento. 
A disposição de recursos financeiros para pagar dívidas está relacionada com a liquidez dos capitais investidos, ou seja, se o dinheiro foi investido de forma adequada e por esse motivo obteve rendimentos satisfatórios, a empresa tem a possibilidade de pagar dentro do prazo de vencimento os seus credores, fornecedores, entre outros. 
Assegurar a rentabilidade dos capitais 
Nessa etapa do processo, o gestor financeiro mede a rentabilidade dos capitais através da comparação entre os rendimentos próprios e os trazidos de outra parte. 
Os capitais próprios são remunerados pelos lucros, enquanto os trazidos de outra parte, pelos juros. 
A falta de rentabilidade desencoraja sócios e credores, de modo que a manutenção do capital assegura a estabilidade e o reembolso.
O gestor financeiro, os órgãos e os agentes da função financeira 
A principal atribuição do gestor financeiro é aumentar o valor do patrimônio líquido da empresa, através da geração de lucro líquido, resultado das atividades operacionais. 
É necessário para a realização dessa atividade, um sistema de informações gerenciais que lhe permita conhecer a situação financeira da empresa e que possibilite tomar decisões adequadas, melhorando consequentemente os resultados. 
“Segundo um estudo realizado na London School of Economics, intitulado “The Changing Role of the Finance Director”, o gestor financeiro gasta em média 20% do seu tempo nas decisões estratégicas da empresa sendo considerados elementos chave nas suas organizações”. 
Dentro desse contexto, a função de executivo financeiro (diretor, gestor ou administrador), ocupou esse lugar. A função exige certas qualificações especiais e características chave para o bom exercício da atividade. 
Características e qualificações que se destacam: 
Qualificações base: 
Domínio das matérias de contabilidade, auditoria e gestão financeira; 
Experiência profissional fora das áreas financeiras; 
Experiência de gestão.
Qualificações especiais: 
Compreensão da economia mundial e da economia financeira; 
Domínio das técnicas e práticas referentes aos negócios internacionais; 
Entendimento profundo dos mercados; 
Domínio dos instrumentos, técnicas e processos referentes às funções de tesouraria; 
Capacidade de avaliação dos riscos da gestão 
Características chave: 
Desenvolvimento de alta eficiência quanto ao processo que conduz à realização de negócios; 
Necessidade de atender aos parceiros vitais para os negócios; 
Mobilização de equipes profissionais.
As decisões financeiras da empresa são de responsabilidade do gestor financeiro. 
Também faz parte da função financeira prever acontecimentos futuros, visto que tais decisões financeirasrelacionam-se com o futuro. 
É por esse motivo que as dimensões de tempo e risco precisam andar juntas. Normalmente são classificadas em função da duração da operação. 
As decisões financeiras em longo prazo compreendem: 
Decisões de investimento, ou seja, decisões relativas à aquisição de ativos corpóreos (edifícios, equipamentos), ativos incorpóreos (alvará), e ativos financeiros (ações); 
Decisões de financiamento, ou seja, decisões relativas ao financiamento de ativos, e de ações de investimento. Incluem-se também as decisões relativas às distribuições de dividendos. 
As decisões de investimento e financiamento estão vinculadas, de maneira que o gestor financeiro deve considerá-las sempre ao mesmo tempo.
As decisões financeiras em curto prazo
Definição do termo ativo financeiro segundo dicionário Aulete Digital: Parte do ativo representada por títulos que garantem a seu detentor recebimentos futuros, cujo valor e circunstâncias de resgate são nele determinadas. 
Essas decisões dependem das de longo prazo
É o momento em que todas as aplicações e recursos da empresa precisam ser ajustados ao menor custo. 
Isso é feito através de ações sobre os ativos financeiros e sobre os débitos em curto prazo. 
As principais decisões são: 
Colocação de disponibilidades; 
Cessão de créditos (descontos comerciais); 
Endividamento pelo crédito a fornecedores; 
Recurso a créditos bancários.
Outro aspecto importante é o fato de as decisões em longo e curto prazo serem complementares, ou seja, é possível alargar os limites da restrição do financiamento do ciclo de exploração ao mesmo tempo em que permite liberar capitais em longo prazo, aumentando a reserva de recursos. 
*Ciclo de exploração significa produzir bens e vendê-los. Isso é feito através da aquisição de materiais que serão usados na produção desses bens e o dinheiro que se recebe quando esses produtos acabados são vendidos. 
Organização da função financeira nas empresas 
A organização interna das direções financeiras varia de acordo com a estrutura das empresas. 
É possível observar no organograma de pequenas e médias empresas que o serviço de contabilidade aparece pouco desenvolvido. 
Desse modo a função do contador é fornecer informações contábeis ao diretor financeiro, cumprindo papel de tesoureiro. 
Em empresas desenvolvidas a direção geral também administra parte das finanças.
Sendo assim, a direção financeira está associada a outras direções:
As atividades representativas da função financeira são: 
Finanças: análise financeira, plano financeiro, operações financeiras, tesouraria e planificação; 
Tratamento de informação: Contabilidade analítica, controle de gestão, informática; 
Administração geral: contabilidade geral, direito, fiscalização, imobiliário, auditoria, relações exteriores. 
Nas grandes empresas o sistema financeiro é mais complexo. Isso acontece devido ao aumento do número de serviços especializados e do consequente desenvolvimento das funções, de modo que os planos se estendem a longo prazo e o universo econômico e financeiro ganha maiores proporções. 
“Os fluxos financeiros não resultam apenas das atividades industriais e financeiras, mas também das participações de outras empresas”.
1.2 - A Estrutura do Departamento Financeiro
O organograma a seguir está escrito com o português de Portugal, todavia se faz necessário para ilustrar nosso aprendizado. 
Dos funcionários mais importantes das atividades financeiras destacam-se o tesoureiro e o caixa que tem as seguintes funções: 
Tesoureiro: 
Dirige a tesouraria, em escritórios em que haja departamento próprio, tendo a responsabilidade dos valores de caixa que lhe estão confiados; Verifica os diversas caixas e confere as respectivas existências; Prepara os fundos para serem depositados nos bancos e toma as disposições necessárias para levantamentos; Verifica periodicamente se o montante dos valores em caixa coincide com o que os livros indicam. 
Pode autorizar certas despesas e executar outras tarefas relacionadas com as operações financeiras. 
Caixa: 
Tem a seu cargo as operações de caixa e registro do movimento relativo a transações respeitantes à gestão da empresa, recebe numerário e outros valores e verifica se a sua importância corresponde à indicada nas notas de venda ou nos recibos. 
Prepara os sobrescritos segundo as folhas de pagamento. 
Pode preparar os fundos destinados a serem depositados e tomar as decisões necessárias para os levantamentos.
Quais os erros mais comuns na gestão financeira? 
Se a gestão financeira não for realizada da forma adequada, uma série de problemas de análise será desencadeada. 
O planejamento e controle financeiro de suas atividades operacionais serão afetados de igual modo. 
Podemos citar alguns desses erros a serem evitados com um bom planejamento e controle financeiro: 
Não ter as informações corretas sobre saldo do caixa, valor do estoque das mercadorias, valor das contas a receber, valor das contas a pagar, volume das despesas fixas ou financeiras, etc. Isso ocorre porque não fazem o registro adequado das transações realizadas. 
Não saber se a empresa está tendo lucro, ou não, nas suas atividades operacionais, porque não elaboram o demonstrativo de resultados. 
Não calcular corretamente o preço de venda de seus produtos, porque não conhecem os seus custos e despesas.
Não conhecer corretamente o volume e a origem dos recebimentos, e o volume e o destino dos pagamentos, porque não elaboram o fluxo de caixa. 
Não saber o valor patrimonial da empresa, porque não elaboram o balanço patrimonial. 
Não saber quanto os sócios retiram de pró-labore, porque não estabelecem um valor fixo para a remuneração dos sócios. 
Não conhecer corretamente o custo das mercadorias vendidas, porque não fazem um registro adequado do estoque de mercadorias. 
Não saber corretamente o valor das despesas fixas da empresa, porque não fazem separação das despesas pessoais dos sócios em relação às despesas da empresa. 
Não saber administrar corretamente o capital de giro da empresa, porque não conhecem o ciclo financeiro de suas operações. 
Não fazer análise e planejamento financeiro da empresa, porque não tem um sistema de informações gerenciais (fluxo de caixa, demonstrativo de resultados e balanço patrimonial).
Noções de contabilidade geral 
Durante sua atividade econômica, as empresas desempenham funções financeiras e sociais muito importantes para a economia, mantendo relações voltadas aos aspectos internos como para os externos, que são chamados de fluxos de bens e serviços e fluxos monetários. 
Chama-se fluxo à quantidade de bens ou dinheiro, transferida durante um dado período entre dois agentes econômicos. 
Para compreendermos a questão dos fluxos vamos analisar o quadro abaixo: 
A partir da análise do esquema podemos dizer que: 
Uma despesa é um pagamento de um bem ou serviço, necessário ao processo produtivo, na qual a empresa se endivida; uma receita é uma recepção de valores em troca das vendas efetuadas ou serviços prestados. As despesas e receitas dizem respeito às ações de pagar e receber. 
O custo representa o que foi gasto no consumo de um recurso (material, intangível humano), que foi usado na produção; o proveito representa o produto apto para venda, ou seja, as empresas para produzir têm necessariamente custos, cujo produto final é o proveito. 
Recebimento é a liquidação da dívida de um terceiro, ou seja, a entrada de valores monetários da empresa; Pagamento é a liquidação de uma despesa, anulando a dívida. 
Os ciclos financeiros 
Ciclo financeiro é uma rede de fluxos que assegura o processo de troca entre a empresa e os outros agentes econômicos. 
Um ciclo financeiro pode ser definido enumerando todas as operações que surgem a partir do momento em que a empresa transforma o dinheiro, que tem ou que procura através de empréstimos, em bens ou serviços,até recuperá-lo. 
Para Ramos (2008), o ciclo financeiro ou conversão de caixa, começa com o pagamento do produto/matéria prima, que será revendida ou transformada em produto acabado, e termina com o recebimento do pagamento desse produto.
Ciclo das operações de investimento
O ciclo de investimento nada mais é do que uma tomada de decisões referentes a novos investimentos em capital fixo e em participações financeiras. 
Pode ser analisado do ponto de vista econômico e financeiro. 
Econômico: 
O investimento é mais ou menos uma transformação de dinheiro em ativos fixos, com reflexos nos níveis técnicos, produtivo, administrativo ou comercial da empresa, pois é considerado uma despesa imediata que pode ter efeitos negativos na estrutura da organização se o investimento não for realizado com cautela. 
Financeiro: 
Se o financiamento for incorreto pode acarretar em graves consequências para a tesouraria da empresa, pois a recuperação das despesas acontece de forma lenta, contínua e normalmente linear.
Ciclo das operações financeiras 
O ciclo financeiro abrange as decisões procedentes de opções econômicas como investimentos em capital fixo e participações financeiras, e de opções estritamente financeiras ligadas aos fluxos financeiros autônomos e que afetam a tesouraria. 
As decisões financeiras procuram fontes de financiamento que vai desde empréstimos a entidades de crédito até aos acionistas para proporcionar a sobrevivência da empresa. 
Os fluxos financeiros autônomos compreendem os empréstimos obtidos e concedidos. 
Empréstimo concedido: 
É avaliado com a transformação do dinheiro em ativo financeiro, onde o reembolso é superior ao valor emprestado por conta dos juros.
Empréstimo obtido: 
A empresa recebe o dinheiro, porém adquire uma dívida, reembolsando e pagando juros. 
A seguir, apresentamos um esquema dos ciclos de operação de investimento e das operações financeiras. 
Ciclo das operações de exploração 
O ciclo das operações de exploração é o conjunto das operações realizadas pala empresa para atingir o seu objetivo: 
Produzir bens e serviços para troca, ou seja, compreende um ciclo (econômico de exploração) que se inicia com a aquisição dos materiais destinados ao ciclo de produção e finaliza com a formação dos proveitos (venda e variação das existências de produtos acabados); 
E o ciclo das operações financeiras de exploração, que começa também, com a aquisição dos materiais e termina com os recebimentos efetuados das vendas dos produtos acabados: 
1.3 - Fundamentos de Administração
Organizações 
Vamos fazer um exercício de reflexão. 
Tente fazer uma lista das organizações que de algum modo estão ligadas a você. Supermercados, hospitais, centros culturais, shopping center, companhia de telefone, eletricidade, água, a empresa onde você trabalha, entre outras.
A lista não parece interminável? 
Pois é, nem sempre as organizações tiveram uma presença tão importante na vida das pessoas. 
Em tempos passados, certas atividades produtivas, como a fabricação de pães, ou serviços como a educação infantil, eram atendidas informalmente, em casa, pois não havia instituições para suprir essas demandas. 
Com o passar do tempo essas atividades e serviços foram aos poucos se tonando responsabilidade de organizações, as mais diversas, de maneira que atendiam grande variedade de necessidades. 
Nesse sentido, o acúmulo de organizações é maior que o número de grupos, diferente das sociedades comunitárias do passado, em que eram identificadas pela formação de grupos de pessoas. 
Em sociedades com esse caráter, ou seja, organizacional, os serviços e produtos essenciais para a sobrevivência só estarão disponíveis se essas empresas se empenharem em realizá-los. 
Em boa parte, fatores como qualidade de vida dependem dessas empresas: serviços de saúde, fornecimento de energia, segurança pública, controle de poluição - tudo depende de alguma empresa ou organização pública. 
Por esse motivo o desempenho de tais instituições deve ser do interesse de qualquer coletividade. 
É importante compreendermos essa pequena introdução a respeito das organizações para termos visão do conjunto. 
Adotaremos a seguinte ordem para estudo das organizações: 
O que é uma organização 
“Ingredientes” das organizações 
Organizações como burocracias 
Tecnologia 
Organizações como grupos de pessoas
O que é uma organização? 
Uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Além de pessoas, as organizações utilizam outros recursos, como máquinas e equipamentos, dinheiro, tempo, espaço e conhecimentos. 
Entende-se dessa forma que é possível prosseguir e concretizar objetivos que não seriam alcançados por uma pessoa sem a presença das organizações. 
Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório de análises ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de organizações.
Quando as pessoas adquirem consciência de que sozinhas sua capacidade para realizar atividades é bastante limitada, nasce junto com essa conscientização a oportunidade de realizar obras maiores do que as feitas isoladamente. 
Por exemplo, se em um condomínio os moradores do bloco A decidirem discutir juntos sobre possíveis melhorias nos apartamentos, as chances de concretizar esses objetivos serão muito maiores do que se um morador as propusesse sozinho. 
Temos um exemplo verídico dessa situação. 
Veja: 
Os moradores de um conjunto habitacional localizado na Grande São Paulo tiveram a iniciativa de implantar melhorias como interfone, portão automático, porteiro na recepção do prédio, entre outras. 
O trabalho foi tão bem realizado que o conjunto habitacional, geralmente alvo de piada ou preconceito, ficou parecido com um condomínio fechado de regiões mais favorecidas economicamente.
Podemos chamar o resultado dessas ações de Organização. 
Ingredientes das organizações 
As principais diferenças entre as organizações e demais grupos sociais, como a família, as multidões, os passageiros de um veículo coletivo e a massa de consumidores de um determinado produto, são: 
Propósito; 
Divisão do trabalho; 
Coordenação.
Propósito 
As organizações são definitivamente orientadas para a realização de objetivos que podem ser classificados em duas categorias principais: produtos e serviços. 
As organizações podem oferecer uma variedade de produtos ao mesmo tempo em que prestam diferentes serviços, ou ainda, direcionar seu empenho a apenas uma missão. 
Uma empresa montadora de ônibus e caminhões produz e comercializa ônibus, caminhões, peças e componentes, e presta serviços como assistência técnica e treinamento do pessoal de seus concessionários. 
Em troca dos serviços prestados, essas organizações podem ser remuneradas da seguinte forma: 
O preço que o consumidor ou usuário paga por seus produtos e serviços; 
Os impostos e as taxas que o cidadão paga ao governo para que este os transforme em serviços destinados a seu próprio beneficio; 
As contribuições ou taxas que os associados de certas instituições, como clubes e associações, pagam para sua manutenção.
Em função disso, ou seja, das formas de remuneração que as organizações aceitam receber em troca de seus produtos ou serviços, elas podem ser classificadas em lucrativas e não lucrativas. 
Seguindo essa linha de pensamento, as organizações diferenciam-se de outros agrupamentos de pessoas, como a família, os grupos de amizade e a vizinhança, os chamados grupos primários. 
Esse grupo de pessoas não tem objetivos explícitos, ou os manifestam ocasionalmente para finalidades específicas, como um mutirão para construir um centro comunitário, um projeto familiar de construção de uma casa ou uma excursão que um grupo de amigos resolve fazer. 
As organizações por sua vez são grupos de pessoas que perseguem propósitos coletivos, sejam impostos ou aceitos voluntariamente.
Divisãodo trabalho 
A divisão do trabalho existe desde a época das manufaturas na idade média. 
Surgiu como uma necessidade de atender grandes demandas, de modo que o prazo estipulado pelo cliente pudesse ser cumprido. 
Essa forma de trabalho mostrou-se eficiente ao mesmo tempo em que proporcionou a especialização do trabalho. 
Vamos refletir. 
O sapato usado por nós atualmente foi confeccionado em uma indústria, diferente da idade média, por exemplo, em que era feito manualmente, por isso chamava-se manufatura. 
Imagine todas as partes do sapato separadas. 
Pois bem, é assim que era feito pela indústria manufatureira. Cada trabalhador era responsável por uma parte do processo. Um cuidava da sola, outro da parte interna, outro do material ou tecido usado na confecção, e assim por diante. 
O processo se assemelha a uma linha de produção de qualquer montadora de veículos, claro que bem diferente dos padrões atuais. 
O que precisamos entender é que essa forma de divisão do trabalho especializou o trabalhador em uma parte da tecnologia, de maneira que deixou de conhecer o processo como um todo.
Isso quer dizer que a liberdade de quem possui conhecimentos suficientes para produzir sozinho, sendo por isso valorizado e remunerado proporcionalmente, deixou de existir. 
As fábricas são responsáveis por essa separação do trabalhador dos meios de produção, porque além do profissional não conhecer o processo como um todo, não possui os meios para produzir, porque as máquinas e ferramentas pertencem ao proprietário da organização. 
Veja a China como exemplo: 
Os chineses são grandes fornecedores de sapatos para o Brasil e para outros países da economia mundial. O que acontece é que a partir do desenvolvimento capitalista chinês, a mão de obra barata, aliada à tecnologia das fábricas, produz em larga escala, barateando o custo do produto final.
A partir da realidade dos trabalhadores pare e pense: 
Como você entende as condições de vida na China, no que diz respeito às condições de trabalho? 
Qual o significado de baratear a mão de obra e, por conseguinte o preço do produto final? 
Qual a importância da divisão do trabalho para as fábricas chinesas? 
Reflita! 
Podemos dizer também, que olhando a partir da realidade das organizações a divisão do trabalho se faz indispensável. 
A soma do desempenho de cada trabalhador possibilita a realização da missão traçada pela direção da empresa. 
Assim como as empresas, as pessoas também são especializadas em determinadas tarefas. 
Nesse sentido a divisão do trabalho permite superar as limitações individuais. 
“Quando se juntam as pequenas contribuições de cada um, realizam-se produtos e serviços que ninguém conseguiria fazer sozinho”.
Coordenação 
Pessoas com um mesmo objetivo não podem ser consideradas uma organização. 
E por quê? 
Porque o fato de estarem reunidas em torno do mesmo interesse, como por exemplo, ir ao cinema ou ao clube, não constitui qualquer divisão do trabalho ou coordenação de diferentes esforços especializados para tentar atingir um objetivo único. 
“Numa organização, ao contrário, as diversas tarefas especializadas precisam combinar-se e integrar-se porque elas são interdependentes - para realizar uma, é preciso realizar outra, ou nada acontece”. 
Interdependência e convergência são palavras indispensáveis no processo de coordenação; essas atividades montam o quebra cabeça com as peças especializadas e cumprem com as finalidades administrativas da organização.
Coordenação por meio de hierarquia 
Nas diversas organizações, existe uma pessoa ou grupo de pessoas responsáveis por desempenhar a tarefa da administração. 
Nós os conhecemos como dirigentes. 
Através de autoridade formal ou da liderança, essas pessoas ou grupos influenciam o comportamento das demais pessoas para que as tarefas sejam realizadas de forma coordenada. 
Desse modo, os dirigentes são considerados “pinos de ligação” entre as diferentes partes da organização. Sua função consiste em reunir diferentes partes especializadas da empresa com o objetivo de concretizar as metas traçadas pela diretoria.
Logo abaixo, uma ilustração a respeito das hierarquias e da figura do dirigente.
Observe como diferentes hierarquias se inter-relacionam, de maneira que o grupo fica ligado. Apesar da forma mais distante do dirigente, ainda sim fazem parte do mesmo processo de trabalho. 
Isso quer dizer que da mesma maneira que o menor na hierarquia depende de todos os outros, o dirigente por sua vez necessita que todas as partes, inclusive as menores, cumpram com seu objetivo, de outro modo, a “pirâmide” se desfaz. 
É fato que a coordenação por meio de hierarquias se faz necessária para as empresas. No entanto, pode-se questionar a qualidade com que essas hierarquias são executadas. 
O que se espera de um dirigente é que seja o mais compreensível possível, sobretudo no que diz respeito às limitações dos profissionais. 
A forma adequada de tratar os profissionais, independente da posição que ocupam na hierarquia da organização, deve ser a mais humana possível. 
E por quê? 
Porque não parece razoável que o dirigente trate com indiferença os profissionais que fazem andar a empresa, ou seja, aqueles que colocam a mão na massa, os chamados hands on, que significa aqueles que arregaçam as mangas e trabalham para o bom funcionamento da empresa e para que metas sejam cumpridas. 
Sendo assim, dirigentes com postura hostil às pessoas abaixo dele na hierarquia, demonstram falta de preparo para exercerem a função de gestor. 
O que se tem observado em companhias mais modernas, é o diálogo aberto entre profissionais de um determinado departamento com seus respectivos dirigentes/gestores. 
E essa mudança na mentalidade das empresas reflete-se em primeiro lugar no ambiente proporcionado aos funcionários.
Isso é fruto da era Google
Quem ainda não conhece pode pesquisar a respeito da dinâmica de trabalho nessas empresas, como o Google, por exemplo. 
Entretanto, não há consenso em relação à maneira não ortodoxa de administrar empresas grandes. 
Alguns entendem que o fato de funcionários se desligarem dessas empresas com certa frequência, significa que a forma não tradicional de administrar não garante fidelidade por parte dos talentos. 
Para ilustrar, segue entrevista na íntegra sobre a empresa Google
Eleita a melhor empresa, Google também é abandonada por funcionários. 
Companhia é considerada pela Fortune a melhor para trabalhar nos EUA. Ainda assim, são muitos os ex-Googlers em busca de novos desafios. 
O ambiente é descontraído e os funcionários podem dedicar 20% da carga de trabalho, ou um dia por semana, a projetos pessoais. Há um refeitório com comida oferecida gratuitamente o tempo todo. 
Existe a possibilidade de trabalhar com pessoas de diversas partes do mundo. 
Flexibilidade e oportunidades de crescimento estão no cardápio. E tem também espaços de lazer, pintados com paredes coloridas, onde é permitido tirar uma partida de pebolim ou cochilar antes das reuniões.
Com esses e outros benefícios oferecidos pelo Google, é difícil imaginar motivos que levem seus funcionários a abandonar a empresa e todas as suas aparentes mordomias, raras no universo corporativo. 
Escritórios do Google têm espaços de lazer, geralmente pintados com paredes coloridas, onde é permitido tirar uma partida de pebolim ou cochilar antes das reuniões. (Foto: Divulgação Portal G1).
Ainda assim, a legião dos chamados ex-Googlers existe e mostra que nem o título de “melhor empresa para se trabalhar” pode ser suficiente para prender colaboradores a uma organização. 
“Encaramos a saída dos funcionários com muita tranquilidade, ela é parte de um movimento natural. Temos um ambiente excelente de trabalho, mas ele pode não ser perfeito. E pelo fato de o Google sempre contratar pessoas muito talentosas, é esperado que elas sejam inquietas e queiram novos desafios sempre”, afirmou aoG1 Félix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil. “Também temos de considerar que todos os dias chegam novos talentos à empresa, criando uma renovação considerada saudável.” 
Uma olhada no currículo de muitos ex-Googlers mostra que se tratam realmente de mentes inquietas. 
Anna Patterson e Russell Power, por exemplo, deixaram a companhia para criar o concorrente Cuil, “uma ferramenta de buscas mais abrangente” do que o atual líder de mercado. 
Da mesma forma, dos nove integrantes da equipe do FriendFeed, site que agrega conteúdo de redes sociais, oito têm passagem pelo Google.
Eles também estão nos escritórios do Facebook, MySpace, Twitter, Bebo e Friendster, para citar algumas empresas de internet.
Funcionários podem dedicar 20% da carga de trabalho, ou um dia por semana, a projetos pessoais.
“Se eles saíssem do Google para se aposentar aos 30 anos seria frustrante, mas não é isso o que acontece. Geralmente, vão em busca de outros grandes desafios”, acredita Ximenes. 
Além de partirem para novas oportunidades, é possível que algumas pessoas não se adaptem à maneira diferente de trabalhar no Google. 
“Eles oferecem muitos benefícios e um ambiente diferenciado, que deve realmente ser fantástico. Mas muitos podem entrar, por exemplo, esperando menos cobrança por produtividade ou achando que se adaptariam com mais facilidade a um local de trabalho tão informal”, explicou Renato Waberski, consultor de carreiras da Tomas Case, do grupo Catho. 
Essa confusão pode se tornar cada vez mais comum entre aqueles que compram sem ressalvas a imagem da empresa: um ambiente descontraído, flexível, aberto a inovações e sugestões. 
“O modelo de gestão nada ortodoxo é um traço marcante do Google, que sem dúvida contribuiu para o sucesso. Mas será possível mantê-lo com o grande crescimento do grupo e possível interferência de acionistas?”, questiona Fernando Meirelles, professor titular de informática da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Agora você já pode responder: 
Em sua opinião, qual a maneira mais adequada para se administrar uma organização: da forma tradicional ou à maneira Google? 
Coordenação por meio de Comunicação 
A coordenação por meio de comunicação acontece de maneira formal e informal. 
No ambiente das empresas são muitos os momentos em que há necessidade de se comunicar com outras pessoas, seja para explicar uma ideia, ou para solicitar informações de departamentos que se inter-relacionam. 
É natural imaginarmos que a boa comunicação de cada indivíduo deve ser um pré-requisito para se trabalhar em organizações do mundo corporativo. 
O profissional precisa aprender a transmitir de forma clara as informações relacionadas à dinâmica de trabalho, de modo que possa ser compreendido por todos. 
Dentro desse contexto, verifica-se também a informalidade contida na comunicação, como as conversas nos corredores, por exemplo. 
Todas as conversas no ambiente de trabalho, reuniões entre diretores, pequenos bilhetes deixado na mesa ou em quadro de avisos fazem parte da comunicação. 
Sem uma comunicação eficaz, nenhuma organização consegue funcionar de maneira adequada, de modo que se faz extremamente importante para que as empresas caminhem em direção dos objetivos.
Coordenação por meio de Planejamento 
Tomar decisões antecipadamente ou preparar-se para a tomada de decisões, faz parte da atividade de planejamento. 
“A coordenação por meio do planejamento é uma arte que se apoia em técnicas altamente desenvolvidas. Não usar essas técnicas é deixar de levar em conta a coordenação que muitas tarefas interdependentes exigem”.
Quando se planeja decisões relativas às tarefas, as possibilidades de atingir os objetivos desejados são bem maiores, porque reúne em torno de si os responsáveis por diferentes partes especializadas, de modo que conseguirão trabalhar coordenadamente para chegar aonde devem.
Unidade 2 – Finanças pessoais
Olá, 
Como se faz planejamento financeiro? O que preciso saber e fazer para cuidar de minhas finanças pessoais? 
Perguntas como essas entre tantas outras sempre aparecem quando o assunto é o nosso dinheiro. 
Essa unidade foi elaborada a partir dos questionamentos mais simples no que diz respeito à forma como administrar seu dinheiro. 
Nela, você verá alguns elementos básicos para estruturar um planejamento financeiro familiar, além de aprender a investir em variados fundos de investimento. 
Bom estudo
2.1 – O Planejamento Financeiro
Quando se fala em planejamento financeiro, uma das primeiras coisas que veem à cabeça são os problemas que surgem quando ele não foi realizado. Sendo assim, planejar as finanças é algo muito importante para enfrentar eventuais adversidades, sem perder a tranquilidade. 
Você Planeja? 
O que você sabe sobre administrar o dinheiro de sua família? 
Alguma vez você já desenvolveu algum planejamento financeiro? 
Por que nos preocuparmos com orçamento familiar se ainda somos jovens? 
Se não tenho dinheiro para comprar um imóvel, pra que perder tempo com planos que nunca se realizarão? 
Mesmo sendo jovem já preciso me preocupar com aposentadoria? 
Talvez você não tenha todas as respostas às perguntas acima. Entretanto, seria interessante começar a refletir sobre elas. 
Boa parte das pessoas não tem facilidade em lidar com questões relacionadas à administração de seu dinheiro. Ora somos impulsivos, ora gastamos com coisas supérfluas ou gastamos além do que ganhamos.
Desse modo, nossos sonhos e objetivos por vezes não são alcançados, porque nos falta capacidade de controlar gastos, e o que é mais difícil, de nos controlarmos. 
É claro que às vezes o problema não é a falta de autocontrole, mas a de perspectiva em relação á vida, ou seja, as pessoas são induzidas a comprar o que não precisam em detrimento a coisas mais importantes e essenciais, como um imóvel, por exemplo. 
De um jeito ou de outro, todos precisamos aprender a planejar nossas finanças. 
É através do planejamento que se conhece em detalhe seus ganhos, além de aprender a poupar, gastar adequadamente e controlar as finanças com a intenção de alcançar seus objetivos. 
O equilíbrio familiar está ligado ao planejamento financeiro, de maneira que se faz fundamental para uma vida agradável. 
O fato das pessoas não permanecerem mais por longos períodos em uma mesma empresa também influencia a estabilidade financeira das famílias. 
Há quarenta anos, a perspectiva de permanecer empregado por bastante tempo era muito maior que em nossos dias. Naquele período era possível fazer planos para a família, a médio e longo prazo, pois a permanência no emprego assim o permitia. 
Na atualidade, as relações entre empregado / empregador são muito mais fluídas, ou seja, hoje se está empregado, amanhã não se sabe mais, de modo que os planos a médio e longo prazo, pra não dizer a própria subsistência, são extremamente afetados. 
Outra informação importante diz respeito à lentidão do crescimento dos salários desde 1994. 
Como exemplo, temos os dados medidos pelo IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas, que registrou o aumento da inflação de mais de 230% entre o início do Plano Real e fevereiro de 2005, enquanto ninguém teve seu salário duplicado nesse período.
Em que investir? 
Há diversas opções de investimento, todas elas com atrativos e riscos. 
Fundos de ações, fundos de renda fixa, fundos DI, fundos derivativos, PGBL, VGBL, Fapi, entre outros. 
Estes são alguns exemplos de investimentos à sua disposição. 
Se você desejar investir, deve conhecer as características de cada fundo ou plano de investimento. 
Consulte o site www.anbid.com.br para saber detalhes dos fundos de investimento.
Consumo e crédito 
O sistema econômico capitalista, em primeiro momento não exige que as pessoas tenham dinheiro à vista para poder consumir ou comprar, o importante nesse sistema é ter crédito, pois é a partir do crédito que toda a lógica de consumo passa a existir. 
Dessa maneira consumo e créditoestão intimamente ligados, sem o crédito o consumo não acontece. 
Não é a toa que as grandes lojas oferecem seus produtos a prazo seja através da compra feita com cartão de crédito, seja boleto bancário ou o próprio carnê da loja. 
O que se espera do cliente é que seu nome não tenha nenhuma restrição, ou seja, nenhum impedimento legal que o impossibilite de realizar a compra. 
Podemos dizer então, que os bancos, que são os financiadores de crédito por excelência, atuam em conjunto com as grandes lojas, porque oferecem o crédito necessário para o consumo. 
Sendo assim, se tudo correr bem, isto é, se os clientes não estiverem com o nome restrito, e se as lojas continuarem parcelando seus produtos, e por sua vez os bancos continuarem a oferecer crédito, nossa sociedade será de fato uma sociedade de consumo. 
Cartões de crédito, cheque especial, crédito direto ao consumidor e cheques pré-datados são alguns exemplos de crédito disponíveis ao consumidor.
O que caracteriza a sociedade de consumo? 
A propaganda induz ao consumo; 
Os Shoppings Center agregam diversificadas lojas no mesmo espaço físico, possibilitando o acesso coletivo das massas; 
Sites de compra coletiva representam nesse sentido o ápice da compra por impulso, pois as enormes ofertas seduzem os olhos do consumidor que acaba comprando desnecessariamente. 
Os dados acima representam uma equação da sociedade de consumo. 
Uma coisa leva a outra, tornando todas interdependentes. 
E como fica o bolso do consumidor? 
Na maioria dos casos, vazio. 
Portanto, antes de sair comprando tudo o que se vê por aí, deve-se antes verificar se tal coisa é necessária e faz parte do planejamento financeiro. 
Como fazer o plano financeiro familiar 
Como já vimos anteriormente, as empresas precisam de um planejamento financeiro para continuar funcionando bem. As famílias, de igual modo, também necessitam de planejamento para organizar suas contas. 
Mas como estruturar um planejamento familiar? 
Você sabe? 
A seguir nós veremos alguns elementos importantes para estruturar as finanças da família. 
Conhecimento 
Para começar desenvolver um plano financeiro adequado, o conhecimento dos valores, objetivos e prioridades de sua família deve ser o ponto de partida. 
“Os objetivos devem refletir honestamente seus desejos e necessidades ao longo da vida, juntamente com as reais necessidades de atingi-los”. 
É necessário dividir seus objetivos em monetários e não monetários. 
Comprar uma casa é a realização de um objetivo monetário; cursar uma pós-graduação por sua vez, pode ser considerado como objetivo não monetário. 
Investimentos e carreira 
É importante que você conheça o mundo dos investimentos. 
O dinheiro pode ser aplicado de várias maneiras, e por isso é necessário conhecer a mais adequada aos seus objetivos. 
Geralmente são as oscilações do mercado que ditam as regras para os investidores. Se o mercado imobiliário estiver valorizado e por isso oferecer rendimentos, é para lá que eles vão. Do mesmo modo, se o dinheiro aplicado em determinado setor da economia não der resultados satisfatórios, haverá uma migração para um setor mais aquecido. 
Para aqueles que desejam aplicar seu dinheiro em ações, se faz indispensável conhecimentos um pouco mais técnicos a respeito do mercado e das bolsas de valores. 
É bom lembrar que no mundo corporativo, as especulações financeiras podem enganar aos desavisados, de modo que bons conhecimentos e orientação de especialistas evitam maiores transtornos. 
Mas não tenha medo, se prepare, adquira conhecimento e invista!
Impostos e matemática financeira: 
Dentro do contexto dos investimentos, é preciso entrar em contato com a matemática financeira e os impostos. 
Aqueles que não têm domínio sobre os cálculos ou não compreendem a dinâmica dos impostos, precisam aprender a avaliar as informações relacionadas a esses conhecimentos, de outro modo não é possível se arriscar em investimentos maiores. 
Perspectivas profissionais: 
Entre os pontos tratados até agora esse talvez seja o mais importante. 
Como vimos no começo dessa unidade, hoje em dia as pessoas não permanecem no mesmo trabalho ou empresa durante a vida toda, como era no passado. 
A partir da globalização, ou seja, do relacionamento entre diferentes economias do mundo num mercado global, as relações entre empregado e empregador tornaram-se muito mais efêmeras. 
Você se lembra da matéria a respeito da empresa Google estudada na unidade 1? 
Pois bem, a matéria dizia que embora a empresa tenha um ambiente muito agradável, alguns funcionários, por serem bastante talentosos, escolhiam trabalhar em outras organizações, alterando constantemente a dinâmica de contratações. 
Esse aspecto demonstra que tanto do lado do empregado como da empresa, a reserva de mão de obra contribui para a fluidez do mercado. 
Do mesmo modo que profissionais talentosos têm mais chances de escolher onde trabalhar, as empresas por sua vez contam com um número elevado de profissionais querendo fazer parte de seus quadros de colaboradores.
Por todos esses motivos, o dinheiro deve ser aplicado se as perspectivas profissionais disserem que está tudo bem, isto é, que o emprego está garantido pelo menos por enquanto. 
O que pode ocorrer também é a perspectiva de crescimento profissional. Nesse caso, os investimentos podem ser mais ousados, visando maiores rendimentos. 
O investimento está associado, portanto, às condições da vida profissional, porque é daí que provém o dinheiro a ser aplicado, sendo necessário adequar à realidade particular de cada indivíduo. 
Procure saber como progredir na carreira, esse fator pode ser determinante para as finanças da família. 
Se tudo der certo, não deixe de ajudar quem precisa; será nobre da sua parte! 
O Modelo de Planejamento 
Um bom modelo de planejamento financeiro familiar considera todos os acontecimentos que podem impactar sua vida de alguma maneira. 
O ideal é começar o plano financeiro com a definição dos objetivos para diferentes períodos da vida, e logo depois definir o comportamento para as diferentes áreas do planejamento, como escolha da carreira, gestão de crédito e seguros. 
Os fatores externos fazem parte da análise e são inseridos no plano. 
O conjunto dessas atividades nos leva ao plano financeiro propriamente dito. 
A seguir, um esquema do planejamento: 
A definição dos objetivos 
“A definição de metas é um passo fundamental no seu planejamento. Você só vai conseguir uma vida financeira organizada se tiver objetivos muito claros”. 
Planejar para melhorar a vida 
Grande parte das pessoas imagina que melhorar a vida através de planejamento financeiro só é possível se nos tornarmos avarentos. 
Isso não é verdade. 
O que muda de fato é que, a partir do planejamento, a família passa a ter objetivos claros que necessitam serem alcançados. 
Controlar gastos não significa contar quantos pães são comidos por cada pessoa na hora do café da manhã; tudo está relacionado, mas a família não deve ficar escrava do planejamento financeiro. 
O que se busca é a felicidade de conviver com equilíbrio diante das intempéries da vida. 
Por esse motivo, não faz sentido aumentar a tensão por causa do planejamento, ao contrário, a tensão deve ser aliviada em razão dele.
Conversando com a família 
O planejamento familiar inclui a participação de todos os membros da família. 
Questões relacionadas ao consumo de energia, água, gás, despesas com alimentos, entre outras, fazem parte do diálogo familiar. 
Para citar um exemplo, observou-se que diversas famílias discutiram incessantemente sobre o racionamento de água. 
Todas atingiram a meta de consumo. 
Em sua opinião, o que possibilitou sucesso dessa operação? 
A resposta é o diálogo. 
A mesma atitude pode ser tomada para os objetivos mais gerais.
Curto, médio e longo prazo 
Você e sua família podem definir diferentes objetivosno que diz respeito ao prazo e ao caráter dos mesmos. 
Pode ser para os próximos 12 a 24 meses, dois a cinco anos e mais do que cinco anos: curto, médio e longo prazo. 
A quitação de uma dívida é a realização de um objetivo a curto prazo. Comprar um carro mais novo é concretizar objetivos a médio prazo. A longo prazo, aposentar-se. 
É importante lembrar que objetivos com prazos mais longos estabelecem outras atividades em prazos mais curtos.
Veja. 
Se você deseja abrir uma casa de panquecas quando estiver aposentado, será necessário, em curto prazo, fazer cursos de capacitação, tanto os relacionados à culinária, quanto os de caráter administrativo. 
Isso quer dizer que embora o objetivo seja para prazos maiores é preciso agir desde o momento em que a ideia foi concebida. 
Objetivos flexíveis 
Por mais nobre que seja um objetivo ele pode ser adiado! 
Vamos refletir. 
Você e sua família definiram através do planejamento financeiro comprar uma casa melhor dentro de cinco anos. Todavia, antes do prazo estipulado, ou seja, antes de completarem cinco anos, já havia dinheiro suficiente na poupança para a realização do sonho. 
Fruto da dedicação, trabalho e esforço de cada um, a nova casa finalmente seria adquirida. 
Ao mesmo tempo em que isso aconteceu, surgiu a oportunidade para um dos filhos estudar no exterior, de maneira que o dinheiro sairia da poupança e a aquisição da nova casa seria adiada. 
Esse é o momento em que a família deve se perguntar: O que é mais importante: trocar de casa ou investir na formação do filho? Vale a pena adiar a realização de um objetivo e mexer na poupança?
Pense e responda: 
Em sua opinião, o que poderia ser feito? O que você faria se fosse o responsável pelo dinheiro poupado? 
Lembre-se que estamos falando sobre objetivos flexíveis. 
Objetivos realistas 
Objetivo realista, como o nome sugere, é aquele possível de ser realizado. 
O desejo deve ter conexão com a realidade financeira, não pode ser descolado demais. 
Geralmente, nos casos em que os objetivos não condizem com a realidade, o desânimo toma conta da família, que por sua vez tende a abandonar os objetivos previamente estruturados. 
Veja o exemplo. 
Se você ganha R$ 3.000,00 por mês não adianta sonhar com uma poupança de R$ 10 milhões, mesmo que você tenha 50 anos para acumulá-la. 
Digamos que você possa poupar 10% do que ganha. Depois de três anos terá aproximadamente R$ 13 mil, R$ 24 mil após cinco anos e R$ 70 mil após dez anos e R$ 1 milhão após 30 anos. 
Esqueça aquela mansão de R$ 3 milhões.
Objetivos e metas 
Você sabe qual a diferença entre objetivo e meta? 
Objetivo é um ponto futuro a ser atingido – por exemplo, comprar uma casa maior em local privilegiado. 
Meta é um ponto intermediário a ser alcançado na direção de seu objetivo. 
Normalmente essas palavras aparecem como sinônimas em alguns dicionários, mas, para efeito deste curso é importante distingui-las. 
A meta é o caminho percorrido antes de chegar ao objetivo. 
É como se fosse todas as estações antes daquela que vou descer, portanto, o objetivo é o ponto final, a última parada. 
Sendo assim, dentro de cada planejamento financeiro, as metas e os objetivos devem ser identificados e separados para que não haja confusão na hora de colocar o plano em prática.
Fundos DI: são fundos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Têm o objetivo de acompanhar os juros de mercado. É um bom investimento, de baixo risco, especialmente quando há uma expectativa de que os juros subam.
2.2 – Estabeleça um Orçamento
Para obter sucesso através do planejamento financeiro é indispensável viver com os próprios meios. 
Fazer um orçamento detalhado das despesas e ganhos é um bom começo. 
As Receitas 
É importante fazer distinção entre quanto você ganha e qual é o seu salário de fato. 
Veja. 
Se você tem um salário de R$ 3.000,00 por mês e dois dependentes, deverá receber R$ 2.271,02: 
	CÁLCULO DO GANHO MENSAL
	 
	Salário
	R$ 3.000,00
	INSS (11%)
	R$ 330,00
	Subtotal
	R$ 2.670,00
	Abatimento (dois dependentes)
	R$ 343,94
	Valor tributável
	R$ 2.326,06
	IR devido
	R$ 174,45
	Recebimento líquido
	R$ 2.151,61
Não podemos deixar de fora o 13º salário e férias. 
O 13º é um salário a mais por anos. As férias, por sua vez, acrescentam 1/3 sobre o salário; esse valor é conhecido como abono. 
Desse modo, no fim do ano você deverá ter recebido 13,33 vezes o recebimento líquido mensal, ou R$ 30.272,69. 
Outras coisas podem ser adicionadas à sua receita. No modelo a seguir, use a tabela para saber com precisão quanto você ganha. 
	Ganhos
	Valor Mensal
	Valor anual
	Seu salário líquido
	 
	 
	Salário líquido dos demais membros
	 
	 
	Aluguéis
	 
	 
	Devolução do IR
	 
	 
	Outros ganhos
	 
	 
	Total
	 
	
As despesas 
Essa parte é considerada a mais difícil do orçamento familiar. 
Algumas despesas são mais fáceis de identificar, outras nem tanto. O mais indicado é começar pelas mais fáceis, como os valores fixos, por exemplo. 
Geralmente os valores fixos se referem à mensalidade da escola, convênio médico, contas de água, luz e telefone, condomínio, prestação do carro, entre outros. 
A partir da soma de cada um desses gastos mensais pode-se calcular o gasto anual. 
Outro cuidado com a montagem do orçamento familiar está relacionado com o controle de todos os gastos, sobretudo aqueles que podem passar despercebidos, como o 13º salário da empregada, o aumento no valor do condomínio em dezembro, taxas de matrícula e material na escola dos filhos que estão fora das mensalidades e assim por diante. 
As informações devem ser avaliadas com precisão para que você saiba de fato quanto gasta por ano.
Gastos Variáveis 
Você tem gastos que variam de acordo com o mês e necessidades que surgem a qualquer momento. Nesse sentido, os gastos não são fixos, porque as necessidades de um mês não são necessariamente as de outro.
Sendo assim, controlar gastos variáveis exige um pouco mais de atenção em relação ao controle dos gastos fixos. 
É adequado começar pelas despesas mais simples, como supermercado e gasolina. 
Os gastos com esses itens são semanais e você pode guardar as notas fiscais durante uns três meses para fazer uma boa estimativa para os gastos anuais. 
Após o levantamento dessas despesas, trate das que são menos frequentes, porque são mais difíceis de estimar. 
Lazer pode ser considerado uma dessas despesas, incluindo cinema, restaurantes, lanchonetes e passeios, além de presentes. 
O ideal é anotar durante alguns meses todas essas despesas, de maneira que se possa saber o valor anual.
Abaixo, dois modelos diferentes de orçamento familiar. 
Tabela 1. 
Tabela 2.
	ENTRADAS
	Valor R$
	RENDA FAMILIAR
	 
	Salário Líquido
	 
	13º. Salário
	 
	Comissões
	 
	Férias
	 
	Retirada de Poupança
	 
	Retirada de Aplicações
	 
	Ajuda de Custos
	 
	Empréstimos
	 
	Aluguéis Recebidos
	 
	Outros
	 
	TOTAL ENTRADAS
	 
Observe que cada um dos modelos apresentados possui características próprias. 
O que deve ser levado em consideração na hora de escolher o modo como controlar os gastos é a necessidade de cada pessoa ou família. 
Sendo assim, se a família for grande, uma planilha com mais detalhes parece mais adequada. Já para quem mora sozinho, tabelas mais simplificadas podem dar conta do recado. 
Seja qual for a sua escolha, o importante é controlar tudo direitinho, não deixe de fazer o planejamento.
Análise do Orçamento 
Com o orçamento pronto é possível saber quanto dinheiro vai sobrar no fim do ano em sua conta. 
O total das receitas menos o total das despesas vai indicar isso. 
A análise do orçamento tem o objetivo de demonstrar em que direção o dinheiro está indo, e de onde ele vem. 
	Faça uma análise da seguinte forma: divida seu ganho anual pelonúmero de dias em que você realmente trabalha. 
Se você trabalha de segunda a sexta, serão 240 dias trabalhados em um ano. Agora você sabe quanto ganha por dia. Em seguida, divida o total de cada despesa por esse valor. O resultado será quantos dias precisa trabalhar por ano para pagá-la. 
Se você ganha R$ 30.272,69 por ano e trabalha cinco dias por semana, ganha R$ 126,13 por dia. 
Imagine que você gastou nos últimos 12 meses R$ 1.750 com juros, provenientes de cheque especial, cartão de crédito e também crediário. Então você trabalhou quase 14 dias para pagar a conta. 
Faça isso com todas as suas despesas e o susto é garantido. Dessa forma é possível perceber a real dimensão de cada uma das despesas. 
2.3 – Importância de conversar com a família
Conviver de forma agradável no ambiente familiar é essencial para viver com qualidade. 
No que diz respeito à parte financeira é desejável que todos participem da elaboração dos objetivos, de modo que haja cumplicidade. 
Para que isso aconteça o bom diálogo deve sempre estar presente. Não é possível conviver bem sem boas e produtivas conversas. 
Espera-se que os pais sejam francos com os demais membros da família, para que assim todos entendam o motivo das decisões tomadas. 
Também cabe aos pais evitar transmitir preocupação excessiva aos filhos. Geralmente, quando se tem problemas financeiros mais sérios, a tensão dos pais pode gerar insegurança nos filhos, de maneira que a tendência é reproduzir a insegurança nas relações sociais. 
A busca pelo equilíbrio emocional da família, no que se refere à parte financeira, ou a questões de outra ordem, deve ser uma constante. 
Se você recorrer às suas lembranças, familiares ou não, poderá encontrar no meio delas a imagem de famílias bem estruturadas, emocionalmente e financeiramente. A parte emocional está relacionada com a financeira.
Veja: 
Você já ouviu a expressão drama familiar? 
Quando dizemos esta expressão, estamos nos referindo às famílias com diversos conflitos; tanto os de ordem material, quanto os psicológicos e/ou sociais. 
Em boa parte dos casos, a causa dos problemas é de ordem financeira. Ora, nós vivemos em um país em que a distribuição de renda é absurdamente desigual. Sendo assim, faz parte de nossa realidade lidar com problemas sociais tão agudos. Daí a importância de dialogar a respeito do orçamento e plano financeiro familiar. 
A conta conjunta 
A conta conjunta não deve ser motivo para conflitos diários, antes é uma necessidade. 
O principal fator que leva o casal a abrir uma conta conjunta é a segurança oferecida por ela. Se um dos dois morrer o outro tem a possibilidade de movimentar o dinheiro sem problemas. 
No caso de contas individuais é necessário abrir processo de inventário e isso pode demorar algum tempo. 
Se o cônjuge estiver viajando ou em outros compromissos que o impeçam de estar junto no momento das transações financeiras, a conta conjunta permite que uma das partes apenas realize os procedimentos bancários, de modo que se torna muito prático para o casal. 
No entanto, possíveis problemas fazem parte da dinâmica das contas conjuntas, como a emissão de cheque sem fundos por exemplo. 
Segundo o Banco Central quando isso acontece o nome dos dois vai para o CCF (Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos), independente de quem o tenha emitido. 
Houve decisões judiciais excluindo o titular da conta conjunta do CCF que no caso não havia emitido o cheque. A decisão foi em primeira instância, de modo que para obter decisão parecida enfrentam-se muitas dificuldades. 
Para que a conta conjunta proporcione bons frutos para o casal, ou seja, que possibilite a melhor gestão possível do dinheiro, é necessário acertar previamente a maneira como essa gestão será realizada.
Dicas sobre como dividir as contas: 
O ideal é que despesas pessoais não façam parte do que estudamos anteriormente. Tudo que for relacionado à individualidade, como por exemplo, a compra de toda a temporada de Lost ou o presente de aniversário do amigo, deve ficar de fora. 
É necessário discutir com antecedência os detalhes a respeito da conta conjunta; quais são as despesas comuns e quais as individuais. 
Definir limites para gastos pessoais também é importante. 
O casal precisa ter disciplina para cumprir com os objetivos definidos. Utilizar dinheiro da conta conjunta para gastos pessoais está fora de cogitação. 
O casal e as finanças 
Muitas vezes o que dificulta falar sobre dinheiro é a diferença de valores entre o casal por conta da educação distinta. 
Dinheiro e Casamento 
Normalmente quando se fala em casamento pensa-se também na questão do dinheiro. Isso acontece porque em nossa tradição os casamentos são celebrados com festa, as quais podem ser extremamente luxuosas e, portanto, caras. 
É interessante observar os elementos que envolvem a festa; se a noiva for muito vaidosa, sobretudo se foi criada como uma “princesa”, a tendência é a de reproduzir seus valores pessoais na decoração, cardápio, músicas e tudo quanto os olhos conseguem perceber. 
A intenção é impressionar 
Outro fato interessante é o comentário por parte da família dos noivos a respeito do dinheiro do noivo. Geralmente especula-se muito a esse respeito, como se o êxito de conviver como marido e mulher dependesse inteiramente de condições financeiras. 
O que vale a pena considerar a esse respeito é que o dinheiro, embora importante, deve ser administrado baseado na generosidade recíproca, simples assim.
2.4 – Como investir
Antes de começar a investir você precisa conhecer primeiro o risco e a taxa de retorno, assim como as características pessoais de consumo, patrimônio e fluxo de caixa. 
Toda forma de investimento oferece certo risco. Esta informação pode levá-lo a pensar na possibilidade de guardar dinheiro no cofre de sua casa ao invés de aplicá-lo em algum fundo de investimento. 
Mas essa não é a atitude mais inteligente. 
Não podemos esquecer que existe inflação. Isto quer dizer que se o dinheiro não tiver rendimentos perde o poder de compra.
Seu dinheiro corre outros riscos além da inflação. Vejamos a seguir:
Em que investir 
Títulos 
Os ativos financeiros podem ser divididos em: 
Renda fixa – Títulos que rendem juros, como CDBs, RDBs, caderneta de poupança, fundos DI e fundos de renda fixa. Podem ser pré-fixados (você conhece o rendimento de antemão) ou pós-fixados (você só sabe o rendimento após o vencimento do título). 
Renda variável – São as ações. Você investe, mas não sabe se de fato obterá lucros; as perdas também acontecem. 
Outros exemplos: ouro, câmbio e fundo de ações. 
“Não coloque todos os ovos na mesma cesta porque, caso ela caia, todos os ovos se quebrarão. Em finanças, essa técnica chama-se diversificação.”

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