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- 1 - PROCESSOS DE USINAGEM – 2º BIMESTRE - 2013 TEMPERATURA NA ZONA DE CORTE A temperatura na zona de corte é determinada experimentalmente pelo calor gerado: Dos trabalhos provenientes da deformação da raiz do cavaco; Do atrito entre cavaco e a ferramenta; Do atrito entre a peça e a ferramenta. As temperaturas nestas regiões são função direta do: Calor específico; Condutibilidade térmica dos materiais em contato; Das áreas por onde ocorre o fluxo de calor. O estudo dos efeitos de geração e transmissão de calor no processo de corte é bastante complexo e o aumento de temperatura: Muda as características físicas e mecânicas do material da peça. Influi no desgaste da ferramenta, limitando os regimes de trabalho. Impõe condições máximas de produtividade e vida das ferramentas. Balanço Energético Fontes de Calor: As principais fontes de calor no processo de formação do cavaco são devidas: (1º) À deformação plástica do cavaco na região de cisalhamento; (Deforma na raiz do cavaco Q raiz – cavaco) (2º) Ao atrito do cavaco com a superfície de saída da ferramenta; (Atrito peça- ferramenta Q atrito P-F) (3º) Ao atrito da peça com a superfície incidência da ferramenta. (Atrito cavaco- ferramenta Q atrito C-F) O calor gerado nestas três regiões é dissipado através: Do cavaco; Qc Da peça; Qp - 2 - Da ferramenta; Qr Do meio ambiente (fluido de corte + meios auxiliares). Qma O balanço energético no processo de corte pode ser expresso: Q=Qz+Qa1+Qa2=Qc+Qp+Qf+Qma Qz=quantidade de calor produzido pela deformação e pelo cisalhamento do cavaco; Qa1=quantidade de calor produzido pelo atrito entre o cavaco e a ferramenta; Qa2= quantidade de calor produzido pelo atrito entre a peça e a ferramenta; Qc=quantidade de calor dissipada pelo cavaco; Qp=quantidade de calor dissipada pela peça; Qf=quantidade de calor dissipada pela ferramenta; Qma=quantidade de calor dissipada pelo meio ambiente. Os valores numéricos das grandezas acima e as suas % entre si, variam: Com tipo de usinagem (torneamento, fresamento); Com material da peça e da ferramenta; Com as condições de usinagem; Com a forma da ferramenta. Verifica-se experimentalmente que quase todo o trabalho de usinagem (aproximadamente 90%), se transforma em calor. Quantidade de calor é aproximadamente equivalente ao trabalho de usinagem. Logo se pode determinar, a quantidade de calor produzido na zona de corte através da equação: E vP Q CC . (kcal/min) PC=força de corte (kgf) vC=velocidade de corte (m/min) E=equivalente mecânico do calor (427kgf.m/kcal) Aproximadamente 75% do calor saem com o cavaco, 7% vai para a peça e 18% vão para a ferramenta. Maior parcela de calor é proveniente da deformação do material. - Torneamento: maior parte do calor cavaco - Furação: maior parte do calor peça ASPECTOS IMPORTANTES: O calor gerado na usinagem depende da Vc e das forças de corte, o aumento da temperatura acelera o desgaste da ferramenta, o qual aumenta o coeficiente de atrito e consequentemente a força de corte eleva a temperatura. Apesar da parcela de calor que fica para a ferramenta ser menor, devido as pequenas áreas de fluxo a temperatura desenvolvida atinge valores significativos. A maior parte do calor é recebido pelo cavaco e menores parcelas para peça e ferramenta - 3 - As forças de atrito e as deformações se distribuem de forma irregular na ferramenta, fazendo com que o calor também seja distribuído irregularmente na cunha de corte. Solicitações Térmicas Maior produção – Maior velocidade de corte. Conseqüência do aumento da temperatura: - Transformação da estrutura do material; - As ferramentas perdem a sua dureza, desgastam-se rapidamente e tornam-se improdutivas. Porém para aumentar a produtividade da ferramenta deve-se aumentar: a velocidade de corte, o avanço e a profundidade de corte. Solução: usar meios para diminuir a temperatura; empregar materiais de corte mais resistentes a altas temperaturas e ao desgaste; empregar um meio auxiliar que refrigere a zona de corte e lubrifique as regiões de atrito. DESGASTE NAS FERRAMENTAS DE GEOMETRIA DEFINIDA Desgaste: são alterações geométricas e estruturais na cunha de corte provocadas pelas diferentes solicitações impostas na ferramenta. As alterações da cunha de corte influenciam nos tempos de fabricação, tempos de troca, custos da máquina e ferramenta, qualidade no trabalho, etc. Desgastes nas ferramentas: Dependem da forma de solicitação e do tempo de utilização da ferramenta durante a usinagem. Principais causas do desgaste: Danos térmicos e mecânicos: solicitações mecânicas elevadas; mudança de propriedade (altera estrutura interna do material; altera tamanho de grão). Pode causar - 4 - trinca por causa de gradiente térmico elevado (grande variação de temperatura em um curto espaço de tempo). Adesão (cisalhamento dos pontos de adesão): cisalhamento das porções caldeadas de cavaco na superfície de saída. Próprio cavaco leva essas porções, que podem levar junto partículas da ferramenta (cunha de corte), desgastando-a. Difusão. Abrasão mecânica: Causado pelo atrito, movimento relativo entre ferramenta e peça. Oxidação: reações químicas. Temperatura age como catalisador para formar pares galvânicos e acelera oxidação. Perde elemento de liga gradativamente. Aço Rápido: rapidamente oxidável. OBS: durante o trabalho da ferramenta estas causas agem simultaneamente sendo difícil a distinção. O desgaste que aparece nas ferramentas depende da forma de solicitação e do tempo de utilização em usinagem. O desgaste é cumulativo. Formas de Avaliação do Desgaste: Medição Direta: Inspeção visual, comparando com padrões; Medição mecânica (paquímetros, micrometros, etc.) Medição óptica (microscópio); Medição ótica/eletrônica (com processamento de imagem). Medição Indireta: Através do aumento das vibrações; Aumento do ruído; Piora da qualidade da peça; Rejeição visual (dimensional); Aumento das forças. MEDIÇÃO DO DESGASTE TECNICAMENTE RECOMENDADO(FORMAS DE DESGASTE) Marca de desgaste VB: VBmax (mais usado, dá o comportamento da ferramenta em relação ao trabalho; VBmed. É medido na superfície de incidência (flanco). Monitorando só VB monitora o desgaste da ferramenta (aprofundamento). - 5 - Desgaste de Cratera KT: cavaco passando na superfície de saída, pressão, adesão, difusão e outras formas de desgaste tendem a provocar uma grande depressão na superfície de saída. (zona de máxima temperatura). É medido na superfície de saída. Desgaste máximo VB na broca se localiza no ponto de VC máxima. Características da fresa, da broca, da serra: mais de um gume cortante. Então, são N ferramentas trabalhando, porém quando quantificar o desgaste é para um gume de corte. Definir um critério para avaliar o desgaste geral da ferramenta, por exemplo, eleger um gume que possa ser o mais utilizado, pois se espera que o desgaste em todos os gumes cortantes seja o mesmo. FORMAS DE DESGASTE - 6 - Lascamentos: causados por forças de corte elevadas,ângulos de ponta ou cunha pequenos ou materiais de ferramenta muito frágeis. (corte interrompido, usinagem de materiais tenazes). Fissuras Transversais (paralela ao gume de corte): Ocorrem em cortes interrompidos (fresamento), quando ocorrem solicitações alternadas. Fissuras Longitudinais (perpendicular ao gume de corte): decorrentes de solicitações térmicas alternadas. Deformações plásticas: ocorrem quando a ferramenta tem baixa resistência mecânica. Isto é, tem baixa resistência a deformação e tem tenacidade suficiente ao carregamento imposto pelo corte. (ex. ferramentas não totalmente temperadas). Remoção Mecânica. Desgaste decorrente de caldeamentos. Gume Postiço. CRITÉRIOS DE SUBSTITUIÇÃO DA FERRAMENTA (FIM DE VIDA)(DESGASTE CRITICO) São critérios utilizados para determinar a troca da ferramenta: Desvios nas tolerâncias dimensionais; (alterações dimensionais na peça) Desvios nas tolerâncias geométricas; Perda da qualidade superficial da peça; Aumento do nível de vibração (ruído); (vibrações) Aumento nos esforços no processo; Aumento da temperatura; Aumento das rebarbas; (alterações nos tipos e formas do cavaco) Certo nível de desgaste de flanco (VB) e cratera (Kt); Falha preliminar da ferramenta; Falha completa da ferramenta; Alterações nas forças de usinagem. VIDA DA FERRAMENTA DE CORTE Definição: Intervalo de tempo em trabalho entre duas afiações sucessivas. Atuação dos mecanismos de desgaste: impossibilita o trabalho. Tempo decorrido da entrada em trabalho da ferramenta nova (afiada) até sua substituição pelo critério de fim de vida (atingiu o desgaste limite). FORMAS USUAIS DE EXPRESSAR A VIDA DA FERRAMENTA: Tempo de máquina: tempo que a ferramenta fica na máquina; Tempo efetivo de corte: tempo de uso da ferramenta; Volume de material removido: volume usinado; Número de peças usinadas (mais usado) - 7 - Velocidades de corte equivalente: velocidade de Taylor. Ex: V30: velocidade de corte que proporciona uma vida de 30 min. para um conjunto de condições fixas de trabalho. FATORES INFLUENTES NA VIDA DAS FERRAMENTAS Variáveis de Processo: 1. Velocidade de corte: possui significativa influência sobre a vida das ferramentas. Eq. de Taylor: vC.T n=CT vC=velocidade de corte (m/min) T=vida (min) CT; n= constantes (dependem: maquina, peça e ferramenta) Ferramenta Peça n CT Aço-rápido Aço 0,125 - 0,167 116 fofo 0,14 – 0,25 116 Metal-duro Aço 0,2 618 fofo 0,25 419 2. Dimensões de corte: a seção de corte afeta diretamente a vida da ferramenta. Quanto maior a seção de corte, mais severa será a interação da ferramenta com a peça. Com isso, temos grandes cavacos, forças maiores, maiores atritos. 3. Material usinado: as características do material da peça afetam a vida da ferramenta (propriedades mecânicas do material, influencia na tensão de escoamento, estrutura cristalina, elementos de ligas...) Características estruturais: Elementos químicos constituintes; Propriedades físicas; Propriedades químicas; Propriedades elétricas; Propriedades mecânicas. Variáveis de Máquina: Rigidez da máquina ferramenta; Rigidez dos dispositivos fixadores da peça; Rigidez do conjunto peça-ferramenta-máquina. Obs.: a falta de rigidez no conjunto gera vibrações durante o processo de corte, acarretando instabilidade no processo de corte, afetando a vida da ferramenta. - 8 - Vibrações forçadas: variações nas forças de corte; Vibrações auto-excitadas: decorrentes da instabilidade dinâmica no sistema peça- ferramenta. Variáveis da ferramenta 1. Ângulos da ferramenta: a geometria da ferramenta tem influência na vida, assim como a qualidade do gume; 2. Material da ferramenta: características do material + revestimento.; 3. Forma de atuação da cunha de corte: corte contínuo ou corte interrompido. Geralmente o corte contínuo é menos severo para a ferramenta. Geometria Otimizada: melhor geometria (vida mais longa) para determinada operação. CURVA DE VIDA DE UMA FERRAMENTA Definição: curva que relaciona a velocidade de corte com a vida da ferramenta para uma determinada condição de trabalho. Curva que mostra o comportamento da vida de corte em função da velocidade de corte imposta no processo de remoção em uma determinada operação de usinagem. *Variamos a velocidade de corte e assim teremos o desgaste da ferramenta. Etapas para determinação da curva de vida: Método experimental - Definir integralmente a operação (máq. ferramenta, parâmetros de corte, peça... menos a VC, pois ela varia) - Escolha de uma faixa de velocidades de corte aplicáveis ao processo; - Definir o desgaste crítico (máx. aceitável); - Realização dos testes para levantamento do comportamento dos desgastes em cada velocidade de corte selecionada; - Plotar os resultados obtidos; - Em função do comportamento dos desgastes e do desgaste crítico, determinar os pontos da curva de vida. Extraído do Ferraresi: GENERALIDADES: Para o estudo das condições econômicas de usinagem, é necessária a execução de ábacos que fornecem a vida da ferramenta em função da velocidade de corte. Tais ábacos nos dão as chamadas curvas de vida da ferramenta ou simplesmente curvas T-v. - 9 - Para a execução das curvas de vida, deve-se geralmente construir em primeiro lugar gráficos auxiliares, que nos dão os desgastes da ferramenta para diferentes velocidades e tempos de trabalho, em determinadas condições de usinagem do par ferramenta-peça (condições de avanço, profundidade de corte, geometria da ferramenta, etc.). Os desgastes empregados para esse fim são aqueles que forem mais significativos na vida da ferramenta. A figura 1a apresenta a variação do desgaste VB em função do tempo de usinagem com pastilhas de metal duro, para diferentes velocidades de corte. De posse destas curvas, pode-se fixar o valor do desgaste (por exemplo, VB=0,8mm), que definirá a vida da ferramenta, nas condições de usinagem desejadas. A fixação de VB=0,8mm, por exemplo, nos informa que o desgaste chegando a esse valor, a ferramenta deve ser substituída para evitar uma possível quebra ou para manter as condições de acabamento fixadas. Obtêm-se assim na figura 1a para VB=0,8mm, os pontos m, n e o das curvas de velocidade, os quais fornecerão os tempos de trabalho, ou seja, as vidas da ferramenta para as velocidades v=180, v=144 e v= 128 m/min. Fig.1a: curva de desgaste em função do tempo de usinagem, para diferentes velocidades de corte, em determinadas condições de usinagem. Constrói-se, desta forma, a curva de vida T-v para VB=0,8mm (fig. 1b), nas condições de usinagem prefixadas. Fig.1b: Curva de vida da ferramenta para desgaste VB=0,8mm, obtida através das curvas de desgaste. Desgaste VB – Marca do desgaste na superfície de incidência produzida na ferramenta durante o processo de remoção CRITERIOS PARA MEDIÇÃO DO DESGASTE VB Torneamento – 1 Cunha de corte Furação – 2 ou mais cunhas de corte Fresamento – n cunhas de corte FORÇAS NA USINAGEM As forças desenvolvidas na usinagem são resultantes da interação entre a ferramenta e a peça. O conhecimento do comportamento e da ordem de grandeza dos esforços de corte é de fundamental importância, pois afetam a potência necessária ao corte - 10 - (dimensionamento da máquina ferramenta),a qualidade do componente produzido, a temperatura na zona de corte e o desgaste da ferramenta. FORMAS DE DETERMINAÇÃO DOS ESFORÇOS 1. Método teórico: através dos fenômenos de formação do cavaco com algumas simplificações e suposições. Ex: corte ortogonal e forças em 2 direções apenas. 2. Método empírico: os esforços de corte são equacionados utilizando-se coeficientes de procedimentos experimentais. 3. Método experimental: Medições direta das formas no processo de usinagem. TORNEAMENTO: Obs.: Considerando ação das forças sobre a ferramenta, (Eq. de Taylor), onde: PU (F): Força de usinagem; Pa (Ff): Força de avanço; Pc (Fc): Força de corte; Pp (Fp): Força passiva. PRINCIPAIS FORÇAS EM BROCAS HELICOIDAIS: As forças podem também ser determinadas através de equações empíricas; Essas dependem basicamente do diâmetro da broca, do avanço e do material da peça. Também contribuem as características do tipo de broca ou condições externas que exercem influência secundária sob a determinação destas constantes, como o ângulo de ponta, o ângulo de hélice, a qualidade da afiação da ferramenta e o fluido de corte empregado. Força de corte (Fc) - essa corresponde à parcela da força de corte ( Fci ) que atua em cada um dos gumes cortantes e é decorrente da resistência ao corte do material usinado, tendo grande influência sobre o momento torsor que atua na furação. - 11 - 4 . . df KsKF CCC onde: FC = Força de corte por gume [N] KC = pressão específica de corte [N/mm²] s = seção de corte da ferramenta [mm²] f = Avanço [mm] d = Diâmetro da broca [mm] Força de avanço (Ff)- é a resultante da soma das parcelas das reações ao avanço do gume de corte e do gume transversal. Como o gume transversal atua no sentido de extrudar material para os gumes principais, a parcela da respectiva força de avanço pode ser igual ou até mesmo maior que a força de avanço dos gumes principais de corte. É importante conhecê-la para se ter certeza que o eixo da máquina é capaz de suportar a operação. Onde: Ff = Força de avanço [N] kf = pressão específica de avanço [N/mm2] f = Avanço [mm] d = Diâmetro da broca [mm] σ = Ângulo de ponta da ferramenta [graus] Força passiva (Fp) - atua em uma parcela do gume principal. As forças passivas atuantes nos gumes tendem a se anular mutuamente. É desprezível quando comparada com as forças de corte e de avanço. - 12 - CRITÉRIO DE FIM DE VIDA EM FURAÇÃO Definição: perda do controle sobre os cavacos ou iminência de uma quebra rápida. Fatores considerados: Textura superficial; Exatidão dimensional e geométrica; Estado da ferramenta; Formação do cavaco; Vida restante da ferramenta Critérios de fim de vida utilizados na prática: Tempo de máquina; Tempo efetivo de corte; Volume de metal removido; Número de peças usinadas; Velocidade de corte equivalente; Comprimento usinado equivalente; Velocidade de corte relativa. Erros geométricos; Erros dimensionais; Posicionamento; Circularidade; Forma; Presença de rebarbas; Precisão; Processo; Peça; Ferramenta; Máquina; Parâmetros; Rigidez. Fatores que influenciam a qualidade e precisão do furo: Máquinas onde são utilizadas buchas - precisão da broca em relação ao diâmetro e circularidade, não é tão crítica; Máquinas de comando numérico / máquinas de precisão – a precisão da broca é crítica; Brocas padrão podem necessitar de uma nova retificação para operações de precisão; Retificação inadequada, desbalanceamento das forças, deflexão na broca, erros nos furos. Erros comuns na geometria do furo: Erros de forma: diâmetro não uniforme; Rebarba: rebarba na entrada ou saída do furo; Erros de posicionamento: deslocamento do centro do furo; Erros de circularidade: seção circular distorcida; Erros de dimensão: diâmetro resultante diferente da broca. PRINCIPAL FORÇA NA USINAGEM É A PC DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE CORTE (MÉTODO EMPÍRICO): - 13 - Onde a.p = s = seção de corte (mm). KS ou KC: constante chamada “pressão específica de corte”, que mantém uma relação com as características do material usinado. [N/mm²] PRESSÃO ESPECÍFICA DE CORTE (KC): Força de corte para uma unidade de área da seção de corte. É uma característica especifica de cada material e possui uma correlação com diversas variáveis do processo de usinagem. KC pode ser aproximadamente relacionada com a tensão de ruptura ( R ) e o grau de recalque (RC). CRC RCK .. C =constante para ajuste de cada material R =tensão de ruptura CR =grau de recalque mc CC hbKF 11.1 .. h =espessura de corte b =largura de corte 1.1CK =pressão especifica de corte para uma seção de corte igual a 1mm² (tabelas) mc1 =constante que varia com a operação de usinagem (tabelas) PRINCIPAIS FATORES INFLUENTES NAS FORÇAS(NOS ESFORÇOS DE USINAGEM) Velocidade de corte; Dimensões de corte; Materiais envolvidos (peça-ferramenta); Modo de atuação da ferramenta (processo); Geometria da ferramenta; Nível de desgaste da ferramenta; Temperatura da zona de corte (fluído de corte). POTÊNCIA DE CORTE (NC) É a potência disponível no gume da ferramenta de corte e consumida na operação de remoção de cavacos. [Kw]; PC [N] ; v [m/min] [m/min]; d[mm]; n[rpm]. [CV] - 14 - RENDIMENTO DA OPERAÇÃO DE USINAGEM MEDIÇÃO DAS FORÇAS NO PROCESSO DE USINAGEM Importância do conhecimento das forças Seleção de suportes e fixadores; Seleção da máquina para executar a operação; Dimensionar os elementos da máquina ferramenta. Estabilidades das forças (diversos fatores contribuem para instabilidade das forças na usinagem) Rigidez aos sistemas Estabilidade dinâmica da máquina Vibrações (sistemas acionamentos, deflexões) Forças sistemas rotativas Sistemas de Medição das Forças: Os sistemas empregados para quantificar as forças de usinagem devem atender os seguintes requisitos: Possuir sensibilidade compatível com o processo avaliado Possuir precisão adequada (valor medido aproximado valor real) O sistema não pode interferir no processo de usinagem O sistema não pode sofrer influencias externas (temperatura, umidade, pressão, ondas eletromagnéticas, variações de tensão) Princípios empregados nos sistemas de medição Medição direta (piezoeléctrico, magneto estricção) Medição indireta (mecânica ,pneumática, hidráulica, elétrica) Obs: Para realizar a medição dinâmica das forças é necessário possuir um SM com baixa inércia de medição (valor no tempo) Casos típicos de medição Torneamento, furação e fresamento. Formas de registro da Fu. Leitura visual do SM exige atenção e familiarização com instrumento Aquisição/gravação dados em sistemas específicos não exige requisitos técnicos pois o sistema de aquisição faz a tarefa previamente programada - 15 - - 16 -
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