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Marketing Empreendedor - e-Book

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MARKETING	
  
EMPREENDEDOR	
  
Uma	
  nova	
  visão	
  do	
  marke;ng	
  nas	
  
pequenas	
  empresas	
  
Aluno:	
  Cris;ano	
  Tossulino	
  Machado	
  
Professor	
  Orientador:	
  Valmor	
  RosseHo	
  
FAE 
CENTRO UNIVERSITÁRIO 
TEMA	
  E	
  PROBLEMA	
  DE	
  PESQUISA	
  
O	
  Marke(ng	
  Tradicional	
  surgiu	
  para	
  guiar	
  as	
  
grandes	
  empresas	
  e	
  corporações.	
  As	
  ferramentas	
  
tradicionais	
  precisam	
  se	
  adaptadas	
  para	
  a	
  
u(lização	
  nas	
  Pequenas	
  Empresas	
  
Obje;vo	
  Geral	
  
Determinar	
  o	
  que	
  é	
  o	
  Marke(ng	
  
Empreendedor,	
  porque	
  ele	
  é	
  diferente	
  do	
  
Marke(ng	
  tradicional	
  e	
  como	
  ele	
  pode	
  
auxiliar	
  na	
  gestão	
  de	
  Pequenas	
  Empresas	
  
Obje;vos	
  Específicos	
  
  	
   Caracterizar	
   o	
   Marke(ng	
   Empreendedor,	
   iden(ficando	
   as	
  
principais	
   ferramentas	
   e	
   como	
   estas	
   podem	
   auxiliar	
   na	
   gestão	
   de	
  
micro	
  e	
  pequenas	
  empresas;	
  
  	
   Descrever	
   como	
   é	
   feito	
   no	
   Marke(ng	
   Empreendedor	
   o	
  
desenvolvimento	
   de	
   produtos	
   e	
   serviços,	
   inovação	
   em	
   produtos	
   e	
  
serviços,	
  obtenção	
  de	
  novos	
  clientes/mercados	
  e	
  comunicação	
  boca	
  
a	
  boca;	
  
 	
  Explicar	
  a	
   importância	
  das	
  redes	
  de	
  relações	
  de	
  empreendedores	
  
para	
   a	
   realização	
   do	
   Marke(ng	
   Empreendedor	
   em	
   Pequenas	
  
Empresas.	
  
Jus;fica;va	
  
  	
   Os	
   estudos	
   sobre	
   o	
   tema	
   Marke(ng	
  
Empreendedor	
   são	
   rela(vamente	
   novos	
   no	
  
mundo	
   e	
   escassos	
   no	
   Brasil,	
   o	
   que	
   jus(fica	
   este	
  
estudo.	
  	
  
 	
   Os	
   estudos	
   sobre	
   Marke(ng	
   Empreendedor	
  
podem	
   gerar	
   novos	
   conhecimentos	
   e	
   auxiliar	
  
futuros	
   empresários	
   e	
   as	
   MPEs	
   já	
   existentes	
   a	
  
profissionalizarem	
  a	
  gestão	
  de	
  suas	
  empresas.	
  
METODOLOGIA	
  
  	
   O	
   (po	
   de	
   pesquisa	
   escolhida	
   para	
   a	
  
realização	
  deste	
  trabalho	
  foi	
  a	
  exploratória.	
  
 	
  Dentro	
  da	
  pesquisa	
  exploratória,	
  u(lizou-­‐se	
  
o	
  método	
  da	
  pesquisa	
  bibliográfica.	
  
	
  	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
  A	
  pesquisa	
  bibliográfica	
  é	
  definida	
  Mar(ns	
  (2000,	
  p.	
  29)	
  “[...]	
  
como	
  o	
  estudo	
  para	
  conhecer	
  contribuições	
  cienYficas	
  sobre	
  determinado	
  
assunto”.	
  	
  
FUNDAMENTAÇÃO	
  TEÓRICA	
  
MICRO	
  E	
  PEQUENAS	
  EMPRESAS	
  
 	
  Microempresas	
  –	
  Faturamento	
  bruto	
  anual	
  até	
  R$	
  240.000,00	
  
 	
  Pequenas	
  empresas	
  –	
  Faturamento	
  bruto	
  anual	
  até	
  R$	
  2.400.000,00	
  
	
  	
  	
   	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Lei	
  Federal	
  n.	
  9.841/99	
  –	
  Estatuto	
  da	
  Micro	
  e	
  Pequena	
  Empresa	
  	
  
modificada	
  pelo	
  Decreto	
  n.	
  5.028/04	
  
 	
  Empreendedor	
  Individual	
  –	
  Faturamento	
  bruto	
  	
  anual	
  até	
  R$	
  36.000,00	
  
	
   	
   	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Lei	
  Complementar	
  n.	
  128	
  de	
  19/12/2008	
  	
  
 As	
   micro	
   e	
   pequenas	
   empresas	
   vêm	
   ganhando	
   cada	
  
vez	
   mais	
   destaque	
   no	
   cenário	
   econômico	
   nacional	
   e	
  
internacional,	
   devido	
   a	
   importante	
   contribuição	
   para	
   a	
  
economia	
  dos	
  países.	
  No	
  Brasil,	
  segundo	
  o	
  SEBRAE,	
  elas	
  
correspondem	
  a	
  mais	
  de	
  99%	
  das	
  empresas.	
  
 	
   As	
  MPEs	
   são	
   empresas	
   com	
   destacada	
   importância	
  
para	
   as	
   economias	
   por	
   serem	
   grandes	
   geradoras	
   de	
  
empregos,	
   de	
   distribuição	
   de	
   renda,	
   de	
   inovações	
  
tecnológicas,	
   além	
   de	
   absorverem	
   e	
   qualificarem	
   mão	
  
de	
   obra	
   menos	
   experiente	
   e	
   proporcionarem	
  
desenvolvimento	
   econômico	
   especialmente	
   para	
   as	
  
regiões	
  onde	
  estão	
  inseridas	
  (DRUCKER,	
  1993).	
  
 	
   É	
   inegável	
   a	
   importância	
   das	
   MPEs	
   para	
   o	
  
crescimento	
   econômico,	
   muitas	
   delas	
   enfrentam	
  
problemas	
   para	
   se	
   manter	
   compe((vas	
   e	
  
sobreviver	
  nos	
  mercados	
  onde	
  atuam	
  em	
   função	
  
de	
  caracterís(cas	
   	
  comuns	
  a	
  este	
  (po	
  de	
  negócio.	
  
Dentre	
   tais	
   caracterís(cas,	
   podemos	
   citar	
   a	
  
restrição	
   a	
   acesso	
   ao	
   crédito,	
   de	
   pessoal	
  
especializado,	
   de	
   infra-­‐estrutura,	
   além	
   da	
  
administração	
  personalizada	
  e	
  pouco	
  profissional.	
  
(STOKES,	
  2000).	
  
CONCEITOS	
  DE	
  MARKETING	
  
 	
  De	
  modo	
  geral,	
  o	
  marke(ng	
  surgiu	
  para	
  incen(var	
  a	
  
economia	
  de	
  consumo,	
  a	
  qual	
   foi	
  desencadeada	
  pela	
  
Revolução	
   Industrial,	
   quando	
   a	
   associação	
   entre	
   a	
  
produção	
  em	
  massa	
  e	
  a	
  economia	
  de	
  escala	
  reduziu	
  os	
  
custos	
   de	
   fabricação,	
   tornando	
   o	
   produto	
   final	
  
acessível	
  à	
  população	
  em	
  geral.	
  
 	
   Segundo	
  Richers	
   (2003),	
   o	
   conceito	
   de	
  marke(ng,	
  
de	
   maneira	
   formal,	
   começou	
   a	
   ser	
   trabalhado	
   no	
  
Brasil	
  a	
  par(r	
  de	
  1954,	
  na	
  mesma	
  escola	
  que	
  iniciou	
  o	
  
empreendedorismo,	
  enquanto	
  curso	
  de	
  capacitação.	
  
São	
  muitas	
  as	
  definições	
  de	
  
marke(ng	
  descritas	
  por	
  vários	
  
autores.	
  Selecionaram-­‐se	
  algumas	
  
para	
  análise	
  e	
  conhecimento.	
  
Segundo	
  Kotler	
  (2000,	
  p.	
  30),	
  marke(ng	
  pode	
  ser	
  
definido	
  como:	
  “Marke(ng	
  é	
  um	
  processo	
  social	
  
por	
  meio	
  do	
  qual	
  pessoas	
  e	
  grupos	
  de	
  pessoas	
  
obtêm	
  aquilo	
  que	
  necessitam	
  e	
  o	
  que	
  desejam	
  
com	
  a	
  criação,	
  oferta	
  e	
  livre	
  negociação	
  de	
  
produtos	
  e	
  serviços	
  de	
  valor	
  com	
  outros”.	
  
Segundo	
  o	
  SEBRAE	
  (2008	
  p.	
  14),	
  “De	
  forma	
  geral,	
  
o	
  marke(ng	
  é	
  o	
  processo	
  de	
  planejar,	
  executar	
  a	
  
concepção,	
  o	
  estabelecimento	
  de	
  preços,	
  a	
  
promoção	
  e	
  a	
  distribuição	
  de	
  produtos	
  e	
  serviços,	
  
com	
  o	
  obje(vo	
  de	
  “criar	
  trocas”,	
  ou	
  seja,	
  
processos	
  de	
  compra	
  e	
  venda,	
  que	
  sa(sfaçam	
  os	
  
obje(vos	
  do	
  negócio	
  e	
  de	
  quem	
  compra”.	
  
Levir	
  (1990),	
  um	
  clássico	
  da	
  literatura	
  de	
  
marke(ng,	
  não	
  chega	
  a	
  dar	
  uma	
  definição	
  
pontual	
  de	
  marke(ng,	
  mas	
  sinte(za	
  que	
  o	
  
obje(vo	
  dele	
  é	
  o	
  de	
  simplesmente	
  atrair	
  e	
  
manter	
  clientes;	
  fazer	
  com	
  que	
  eles	
  comprem	
  
de	
  sua	
  empresa	
  e	
  não	
  dos	
  concorrentes.Segundo	
  a	
  Associação	
  Americana	
  de	
  Marke(ng	
  
(2007),	
  marke(ng	
  pode	
  ser	
  definido	
  como	
  	
  	
  	
  
“[...]	
  é	
  a	
  a(vidade,	
  conjunto	
  de	
  ins(tuições,	
  e	
  
processos	
  para	
  a	
  criação,	
  comunicação,	
  entrega	
  
e	
  trocas	
  que	
  têm	
  valor	
  para	
  o	
  consumidor,	
  
clientes,	
  parceiros	
  e	
  sociedade	
  em	
  geral.”	
  
Para	
  Kotler	
  (2000),	
  as	
  empresas	
  passam	
  por	
  três	
  
estágios	
  baseados	
  nas	
  prá(cas	
  de	
  marke(ng:	
  
 	
  O	
  primeiro	
  é	
  denominado	
  marke(ng	
  empreendedor	
  	
  
 	
  O	
  segundo	
  estágio	
  trata	
  do	
  marke(ng	
  profissionalizado	
  	
  
 	
   O	
   terceiro	
   e	
   úl(mo	
   estágio	
   é	
   denominado	
   de	
   marke(ng	
  
burocrá(co	
  	
  
Como	
  nem	
  todas	
  as	
  MPEs	
  crescem	
  e	
  se	
  
profissionalizam,	
  muitas	
  dessas	
  não	
  saem	
  do	
  
primeiro	
  estágio	
  que,	
  segundo	
  Kotler	
  (2000),	
  
caracteriza-­‐se	
  pelo	
  marke(ng	
  informal.	
  
CONCEITOS	
  DE	
  
EMPREENDEDORISMO	
  
Os	
  estudos	
  de	
  empreendedorismo	
  
também	
  servem	
  de	
  base	
  para	
  
estudarmos	
  o	
  marke(ng	
  empreendedor.	
  
Em	
  virtude	
  disso,	
  faz-­‐se	
  necessário	
  
conhecer	
  os	
  principais	
  aspectos	
  do	
  
empreendedorismo	
  e	
  sua	
  significação.	
  
Por	
  volta	
  do	
  ano	
  de	
  1725,	
  Richard	
  
Can(lion	
  dis(ngui	
  o	
  empreendedor	
  
daquele	
  que	
  fornece	
  capital,	
  definindo-­‐o	
  
como	
  sujeito	
  que	
  assume	
  riscos,	
  
aventurando-­‐se	
  em	
  novos	
  negócios	
  
(HIRISCH;	
  PETERS,	
  2004)	
  
Em	
  1934,	
  Shumpeter	
  (1988)	
  definiu	
  o	
  
empreendedor	
  como	
  	
  um	
  sujeito	
  
inovador,	
  que	
  desenvolve	
  e	
  testa	
  novas	
  
tecnologias	
  capazes	
  de	
  destruir	
  a	
  ordem	
  
econômica	
  existente	
  e	
  de	
  mover	
  a	
  
economia	
  capitalista.	
  
Peter	
  Drucker,	
  afirmou	
  que	
  
empreendedor	
  não	
  é	
  o	
  sujeito	
  que	
  abre	
  
uma	
  empresa,	
  mas	
  aquele	
  que	
  cria	
  um	
  
negócio	
  capaz	
  de	
  proporcionar	
  novas	
  
formas	
  de	
  sa(sfação	
  ao	
  consumidor	
  
(DRUCKER,	
  1998).	
  
Depois	
  de	
  quase	
  três	
  séculos	
  de	
  estudos	
  
sobre	
  o	
  empreendedorismo	
  no	
  mundo,	
  
no	
  Brasil	
  o	
  tema	
  só	
  começou	
  a	
  propagar-­‐
se	
  a	
  par(r	
  de	
  workshops	
  realizados	
  por	
  
Louis	
  Jacques	
  Filion,	
  entre	
  1992	
  e	
  1994	
  
(DOLABELA,	
  1999a).	
  
MARKETING	
  E	
  EMPREENDEDORISMO	
  
Os	
  Estados	
  Unidos	
  foram	
  os	
  pioneiros	
  na	
  publicação	
  
de	
  trabalhos	
  cienYficos	
  que	
  tratam	
  da	
  conexão	
  
marke(ng-­‐empreendedorismo.	
  Isso	
  ocorreu	
  na	
  
década	
  de	
  noventa,	
  quando	
  diferentes	
  autores	
  
(veram	
  por	
  obje(vo	
  demonstrar	
  que	
  os	
  preceitos	
  
do	
  marke(ng	
  tradicional,	
  ob(dos	
  pelo	
  estudo	
  e	
  pela	
  
consideração	
  da	
  realidade	
  das	
  grandes	
  empresas,	
  
não	
  se	
  aplicavam	
  adequadamente	
  às	
  pequenas	
  
empresas	
  (COLLINSON;	
  SHAW,	
  2001).	
  
Principais	
  autores:	
  
 Carson	
   (1990)	
   enfa(za	
   em	
   suas	
   pesquisas	
   o	
  
marke(ng	
  em	
  pequenos	
  negócios	
   como	
   função	
  
administra(va.	
  
  	
   Stokes	
   (2000a;	
   2000b)	
   se	
   interessa	
   pelo	
  
marke(ng	
   pra(cado	
   por	
   dirigentes	
   de	
   perfil	
  
empreendedor.	
  
MARKETING	
  EMPREENDEDOR	
  
 	
  Campo	
  de	
  estudo	
  amplo;	
  
  	
   Associa	
   conceitos	
   até	
   então	
   estudados	
  
separadamente;	
  
  	
   Grande	
   importância	
   para	
   as	
   MPEs	
   que	
  
possuem	
  recursos	
  escassos;	
  
O	
  modelo	
  econômico	
  	
  Americano	
  é	
  enraizado	
  nas	
  
forças	
  associadas	
  com	
  a	
  filosofia	
  da	
  exploração	
  da	
  
produção	
  de	
  massa	
  e	
  no	
  gerenciamento	
  de	
  
marke(ng	
  de	
  massa,	
  demonstrado	
  por	
  
corporações	
  como	
  Ford,	
  General	
  Motors,	
  Procter	
  
&	
  Gamble,	
  Coca	
  Cola	
  e	
  McDonald’s.	
  As	
  operações	
  
destas	
  organizações	
  forneceram	
  as	
  fundações	
  em	
  
que	
  as	
  escolas	
  americanas	
  de	
  negócios	
  constroem	
  
a	
  sua	
  abordagem	
  para	
  ensinar	
  (CHASTON	
  2000).	
  
Nas	
  palavras	
  de	
  Burskirk	
  e	
  Lavik	
  (2004),	
  	
  	
  	
  	
  
“o	
  estudo	
  do	
  marke(ng	
  empreendedor	
  
passa	
  por	
  uma	
  encruzilhada	
  entre	
  a	
  
disciplina	
  do	
  empreendedorismo	
  e	
  a	
  
disciplina	
  do	
  marke(ng.	
  A	
  intersecção	
  
destas	
  duas	
  disciplinas	
  é	
  conhecido	
  como	
  o	
  
domínio	
  do	
  marke(ng	
  empreendedor”.	
  	
  
Duas	
  correntes	
  principais	
  
 Para	
   Carson	
   (1990),	
   o	
   marke(ng	
   empreendedor	
   é	
  
f ru to	
   do	
   mode lo	
   de	
   gestão,	
   uma	
   função	
  
administra(va,	
   ou	
   seja,	
   os	
   resultados	
   ob(dos	
   pela	
  
empresa	
   são	
   proporcionais	
   às	
   ferramentas	
   de	
  
marke(ng	
  que	
  ele	
  agrega	
  e	
  aplica	
  em	
  seu	
  co(diano.	
  
  	
   Para	
   Stokes	
   (2000a,	
   2000b),	
   o	
   marke(ng	
  
empreendedor	
  está	
  ligado	
  ao	
  perfil	
  empreendedor	
  do	
  
gestor,	
  que,	
  com	
  sua	
  cria(vidade,	
   intuição	
  e	
  redes	
  de	
  
relações,	
  promove	
  o	
  sucesso	
  do	
  negócio.	
  
Carson	
  (1990),	
  dividiu	
  as	
  estratégias	
  de	
  
Marke(ng	
  das	
  MPEs	
  em	
  quatro	
  estágios:	
  
 	
  marke(ng	
  rea(vo,	
  	
  
 	
  marke(ng	
  de	
  ajustes,	
  	
  
 	
  marke(ng	
  empreendedor	
  	
  
 	
  marke(ng	
  pró-­‐a(vo	
  
Nas	
  palavras	
  de	
  Carson	
  (1990),	
  os	
  teóricos	
  
deveriam	
  ter	
  cuidado	
  para	
  não	
  cri(car	
  
marke(ng	
  de	
  pequenas	
  empresas,	
  afirmando	
  
não	
  ser	
  estruturado	
  corretamente,	
  através	
  de	
  
aproximações	
  feitas	
  com	
  o	
  marke(ng	
  clássico.	
  	
  
O	
  mo(vo	
  dessa	
  oposição	
  do	
  autor	
  é	
  de	
  que,	
  da	
  
mesma	
  maneira	
  que	
  uma	
  companhia	
  tem	
  de	
  se	
  
conformar	
  às	
  necessidades	
  do	
  mercado,	
  para	
  
ter	
  êxito,	
  o	
  marke(ng	
  deve	
  se	
  conformar	
  às	
  
capacidades	
  da	
  empresa	
  para	
  ser	
  efe(vo.	
  
Aprofundando	
  o	
  tema,	
  Stokes	
  (2000a,	
  2000b)	
  
direcionou	
  sua	
  atenção	
  aos	
  gestores	
  com	
  
perfil	
  empreendedor,	
  pois	
  segundo	
  o	
  autor,	
  
eles	
  empregam	
  seu	
  aprendizado,	
  sua	
  rede	
  de	
  
relações	
  e	
  seus	
  poucos	
  recursos	
  para	
  adaptar	
  
as	
  prá(cas	
  do	
  marke(ng	
  à	
  realidade	
  de	
  sua	
  
pequena	
  e	
  média	
  empresa.	
  
Para	
  Stokes	
  (2000b),	
  o	
  processo	
  de	
  marke(ng	
  
empreendedor	
  está	
  in(mamente	
  ligado	
  à	
  
intuição	
  dos	
  empreendedores	
  sobre	
  as	
  
expecta(vas	
  do	
  mercado.Conforme	
  Stokes	
  (2000b)	
  o	
  processo	
  de	
  marke(ng	
  
empreendedor	
  divide-­‐se	
  nas	
  etapas	
  descritas	
  a	
  seguir:	
  
 	
  Ações	
  voltadas	
  para	
  a	
  inovação;	
  
 	
  Iden(ficação	
  de	
  potenciais	
  consumidores	
  e	
  suas	
  
necessidades;	
  
 	
  A	
  comunicação	
  boca	
  a	
  boca;	
  
 	
  As	
  redes	
  de	
  relações	
  ou	
  networking;	
  
 Inovações	
  incrementais	
  e	
  ajustes.	
  	
  	
  	
  	
  	
  
O	
  marke(ng	
  empreendedor	
  é	
  quase	
  100%	
  
intui(vo,	
  pouco	
  analí(co,	
  em	
  constante	
  
interação	
  com	
  o	
  cliente,	
  com	
  poucos	
  
planos	
  formais	
  de	
  negócios,	
  uma	
  pequena	
  
estrutura,	
  pró-­‐a(vidade	
  e	
  oportunismo.	
  
(HILLS,	
  2004,	
  p.	
  6).	
  
	
  Figura	
  1	
  –	
  Marke;ng	
  empreendedor	
  segundo	
  Stokes	
  (2000a,	
  2000b).	
  
De	
  modo	
  geral,	
  a	
  literatura	
  considera	
  que	
  
muitos	
  aspectos	
  do	
  marke(ng	
  empreendedor	
  
emergem	
  do	
  contexto	
  e	
  das	
  necessidades	
  das	
  
organizações,	
  em	
  especial	
  das	
  micro	
  e	
  
pequenas,	
  evoluindo	
  posteriormente	
  para	
  o	
  
marke(ng	
  tradicional.	
  	
  
CONCLUSÃO	
  E	
  
RECOMENDAÇÕES	
  
O	
  obje(vo	
  geral	
  desta	
  pesquisa	
  foi	
  alcançado,	
  
pois,	
  com	
  a	
  pesquisa	
  bibliográfica	
  realizada,	
  
conseguiu-­‐se	
  determinar	
  o	
  que	
  é	
  o	
  marke(ng	
  
empreendedor,	
  porque	
  ele	
  é	
  diferente	
  do	
  
marke(ng	
  tradicional	
  e	
  como	
  ele	
  pode	
  auxiliar	
  
na	
  gestão	
  de	
  pequenas	
  empresas.	
  
Os	
  obje(vos	
  específicos	
  também	
  foram	
  alcançados.	
  
Os	
  obje(vos	
  específicos	
  cons(tuíram-­‐se	
  em	
  
caracterizar	
  o	
  marke(ng	
  empreendedor,	
  
iden(ficando	
  as	
  principais	
  ferramentas	
  e	
  como	
  
estas,	
  podem	
  auxiliar	
  na	
  gestão	
  de	
  micro	
  e	
  
pequenas	
  empresas;	
  descrever	
  como	
  é	
  feito	
  no	
  
marke(ng	
  empreendedor	
  o	
  desenvolvimento	
  de	
  
produtos	
  e	
  serviços,	
  inovação	
  em	
  produtos	
  e	
  
serviços,	
  obtenção	
  de	
  novos	
  clientes/mercados	
  e	
  
comunicação	
  boca	
  a	
  boca	
  e	
  explicar	
  a	
  importância	
  
das	
  redes	
  de	
  relações	
  de	
  empreendedores	
  para	
  a	
  
realização	
  do	
  marke(ng	
  empreendedor	
  em	
  
pequenas	
  empresas.	
  
De	
  maneira	
  geral	
  conclui-­‐se	
  que	
  o	
  
marke(ng	
  tradicional	
  que	
  fora	
  criado	
  para	
  
aplicação	
  em	
  grandes	
  empresas,	
  deve	
  ser	
  
adaptado	
  para	
  u(lização	
  em	
  pequenas	
  
empresas,	
  as	
  MPEs	
  tem	
  caracterís(cas	
  
diferentes	
  de	
  empresas	
  e	
  organizações	
  de	
  
grande	
  porte.	
  
Deve-­‐se	
  acrescentar	
  que	
  pequenas	
  
empresas	
  têm	
  recursos	
  escassos,	
  sejam	
  eles	
  
financeiros	
  ou	
  de	
  pessoal,	
  portanto	
  não	
  tem	
  
condições	
  de	
  aplicar	
  todas	
  as	
  ferramentas	
  
do	
  marke(ng	
  tradicional.	
  
Devido	
  ao	
  aumento	
  da	
  importância	
  das	
  micro	
  e	
  pequenas	
  
empresas	
  para	
  as	
  economias,	
  especialmente	
  no	
  Brasil	
  onde	
  
estas	
  representam	
  mais	
  de	
  99%	
  dos	
  negócios	
  do	
  país,	
  são	
  
necessárias	
  novas	
  pesquisas	
  sobre	
  o	
  tema	
  marke(ng	
  
empreendedor	
  e	
  suas	
  formas	
  de	
  atuação,	
  como	
  por	
  exemplo:	
  
 	
  A	
  influência	
  das	
  redes	
  de	
  relações	
  dos	
  empreendedores	
  
sobre	
  o	
  marke(ng	
  empreendedor;	
  
 	
  o	
  campo	
  de	
  competências	
  dos	
  empreendedores	
  e	
  suas	
  
ligações	
  com	
  o	
  marke(ng	
  empreendedor	
  
Sugere-­‐se	
  também	
  a	
  ampliação	
  do	
  
estudo	
  sobre	
  o	
  tema,	
  observando-­‐se	
  a	
  
influência	
  das	
  redes	
  de	
  relações	
  dos	
  
empreendedores,	
  antes,	
  durante	
  e	
  
depois	
  da	
  criação	
  de	
  suas	
  empresas.	
  
Por	
  fim	
  sugere-­‐se	
  também	
  a	
  ampliação	
  dos	
  
estudos	
  rela(vos	
  à	
  comunicação	
  boca	
  a	
  boca,	
  
que	
  como	
  o	
  presente	
  estudo	
  mostrou,	
  é	
  uma	
  
das	
  principais	
  ferramentas	
  de	
  comunicação	
  e	
  
marke(ng	
  para	
  às	
  micro	
  e	
  pequenas	
  empresas.	
  
MUITO	
  OBRIGADO	
  !	
  
Cris(ano	
  T.	
  Machado	
  
cmachado@pr.sebrae.com.br	
  
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