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Apostila de contabilidade gerencial

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CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2010 
Profº. Elias Lopes 
 2
CURSO: Ciências Contábeis 
SÉRIE: 7º Semestre 
TURNO: Noturno 
DISCIPLINA: Contabilidade Gerencial 
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 02 horas/aula 
 
I – EMENTA 
 
Noções preliminares. Lucro Empresarial e Variações de Preço. Fundamentos de 
Contabilidade de Custos. Relação Custo/Volume/Lucro. Análise de Custos e Decisões 
Táticas 
 
II – OBJETIVOS GERAIS 
 
Desenvolver com os alunos conhecimentos necessários para as seguintes 
competências: 
 Avaliar os fundamentos teóricos da contabilidade gerencial unindo-os à prática 
empresarial, evidenciando o conjunto mínimo de ferramentas necessárias ao 
controle e gerenciamento das organizações; 
 Desenvolver o entendimento estratégico da contabilidade nas decisões gerenciais; 
 Atuar gerencialmente a partir de demonstrações contábeis, facilitando o 
desenvolvimento da aptidão de tomada de decisões. 
 
III – OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Oferecer ao estudante o conhecimento técnico acerca do tratamento da lucratividade 
das organizações, as influências mercadológicas e inflacionárias que as atinge, para 
que, comparando os resultados com os anseios sociais, seja capaz de elaborar juízos 
de valores e ensaios de superações, onde for necessários. 
 
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
4.1. Noções Preliminares 
4.1.1. Caracterização da contabilidade gerencial 
4.1.2. Atitudes e características do contador gerencial 
4.2. Fundamento de Contabilidade de Custos 
4.2.1. Revisão da Terminologia 
4.2.2. Elementos formadores do custo 
4.2.3. Classificação e comportamento dos custos 
4.2.4. Sistemas de acumulação 
4.2.5. Métodos de custeio 
4.3. Relações Custo/Volume/Lucro 
4.3.1. Margem de Contribuição 
4.3.2. Ponto de Equilíbrio 
4.3.3. Alavancagem Operacional 
4.4. Análise de Custos e Decisões Táticas 
 3
4.4.1. Contribuição Marginal e Fatores Escassos 
4.4.1.1. Margem de contribuição sem fatores limitantes 
4.4.1.2. Limitação da capacidade de produção 
4.4.2. Decisões Táticas 
4.4.2.1. Comprar x produzir 
4.4.2.2. Investir x Alugar 
4.4.2.3. Decisão sobre substituição de equipamentos 
4.5. Lucro Empresarial e Variações de Preço 
4.5.1. Variações de preços em operações simples 
4.5.2. Variações de preços nas Demonstrações Contábeis 
4.5.2.1. A correção dos balanços 
4.5.2.2. Custos Históricos 
4.5.2.3. Custos Históricos Corrigidos 
4.5.2.4. Custos de Reposição 
 
V – ESTRATÉGIA DE TRABALHO 
 Aulas expositivas 
 Exercícios de fixação individuais e em grupo 
 Exercícios em classe e extra classe 
 Pesquisas 
 
VI – AVALIAÇÃO 
 Provas escritas 
 Trabalhos e exercícios desenvolvidos em classe e extra classe 
 Presença e participação 
 
VII – BIBLIOGRAFIA 
 
Bibliografia básica: 
ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade Gerencial., 2º Ed., São Paulo, Atlas, 
2008. 
PADOVESE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de 
informação contábil. 5º ed. São Paulo, Atlas, 2007. 
PINHEIRO, Paulo Roberto, SCHMIDH, Paulo e SANTOS, José Luiz dos. Introdução a 
contabilidade gerencial, 1º Ed., São Paulo: Atlas, 2007. 
Bibliografia complementar: 
CORONADO, Osmar. Contabilidade Gerencial básica, 1º Ed., São Paulo: Saraiva, 
2006. 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3a ed., 3º 
tiragem, São Paulo: Atlas, 2004 
 
Prof.: Izilda Lorenzo 
 4
 
CALENDÁRIO 2010 - 1º Semestre
S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 2 1 2 3 4 5 6
8 9 10 11 12 13 14 8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13
15 16 17 18 19 20 21 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20
22 23 24 25 26 27 28 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 25 25 17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27
29 30 31 26 27 28 29 30 24 25 26 27 28 29 30 28 29 30
31
3 Apresentação da Disciplina, ementa e conteúdo programático - Noções Preliminares 
10 Fundamento de Contabilidade de Custos - Gastos / Desembolsos - Centro de Custos
17 Carnaval
24 Elementos Formadores de Custos - Exemplos - Classificação e Comportamento dos Custos
3 Sistemas de Acumulação - Ordem Interna, Produção Contínua e Produção Conjunta
10 Exemplos e Exercício 1 - Correção do Exercício 1 - Exercício 2
17 Correção do Exercício 2 - Métodos de Custeio - Exemplo de Método de Custeio - Por Absorção e Variável
24 Relação Custo / Volume / Lucro - Margem de Contribuição
31 Ponto de Equilíbrio - Exemplo e Exercício 3 - Correção do Exercício 3
7 Semana de Provas
14 Semana de Provas
21 Feriado
28 Alavancagem Operacional - Exemplo e Exercício 4 - Correção do Exercício 4
5 Análise de Custos e Decisões Táticas - Contribuição Marginal e Fatores Escassos (análise econômica) - Limitação da Capacidade de Produção
12 Exemplos e Exercício 5 - Decisões Táticas - Exemplos e Exercício 6
19 Correção dos Exercícios 5 e 6
26 Semana de Provas
2 Semana de Provas
9 PII
16 PII Substitutivas
23 Exame
30
A
BR
IL
M
AI
O
JU
N
H
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JUNHO
FE
V
E
R
E
IR
O
M
A
R
Ç
O
FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO
 
 
 5
4.1. Noções Preliminares 
 
4.1.1. Caracterização da contabilidade gerencial 
 
A contabilidade gerencial está voltada única e exclusivamente à administração da 
empresa, objetivando levantar informações úteis para a tomada de decisão. 
Num sentido mais amplo, a contabilidade gerencial atua na administração da produção, 
administração financeira, estrutura organizacional, enfim, em tudo que houver 
necessidade de tomada de decisão. 
 
4.1.2. Atitudes e características do contador gerencial 
 
4.1.2.1 Conforme o “Controllers Institute of América, são funções básicas do contador 
gerencial: 
 
1. Implantação e supervisão do plano contábil da companhia; 
2. Preparação e interpretação dos relatórios financeiros; 
3. Verificação continua das contas e registros nos setores da empresa; 
4. Compilação dos custos de produção; 
5. Compilação das despesas com distribuição; 
6. Realização e custeio das contagens físicas do estoque; 
7. Preparação, apresentação e supervisão dos assuntos referente a impostos; 
8. Preparação e interpretação das estatísticas e relatórios para tomada de decisão; 
9. Preparação do orçamento global da companhia; 
10. Fixação de normas padrão relativas à contabilidade e aos processos e sistemas de 
trabalho da companhia; 
11. Supervisão do seguro de todos os bens da companhia; 
12. Supervisão dos planos de aquisição de ativo fixo; 
13. Aplicação de todas as decisões financeiras tomadas pela direção, uma vez de 
acordo com as normas vigentes; 
14. Manutenção de todos os contratos da empresa celebrados com terceiros; 
15. Aprovação do pagamento e assinatura dos cheques, notas promissórias, etc, de 
comum acordo com o tesoureiro; 
16. Aplicação dos regulamentos da companhia no tocante a assuntos relativos a 
cauções e ações emitidas; 
17. Preparação e/ou aprovação dos regulamentos internos que visem ao cumprimento 
dos regulamentos governamentais. 
 
 6
4.2.1.2 Responsabilidades do Controller: 
 
1. Manter a direção da companhia informada sobre as principais atividades e planos 
da empresa; 
2. Apoiar a direção da companhia na revisão de programas importantes; 
3. Cooperar com o tesoureiro para assegurar a existência de controles contábeis e 
extra-contábeis adequados; 
4. Manter relações com representantes de outras companhias, associações e órgãos 
governamentais. 
 
Como membro da administração, o controller não tem autoridade direta sobre as 
operações e outros departamentos da companhia. Tem autoridade apenas sobre 
atividades inerentes à controladoria. 
 
4.2.1.3 Qualificações do Controller: 
 
1. Conhecimento genérico da área de atividade em que a companhiaatua; 
2. Conhecimento dos aspectos econômicos, sociais e políticos que possam afetar os 
negócios da companhia; 
3. Profundo conhecimento da companhia, incluindo sua história, objetivos, política, 
programas, organização e aspectos técnicos das operações; 
4. Conhecimento básico das demais funções da empresa, como produção, vendas, 
distribuição, finanças e administração pessoal; 
5. Conhecimento profundo dos princípios e técnicas de organização, planejamento, 
controle, análises e pesquisas econômico-financeiras, contabilidade financeira, 
custos e auditoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7
4.2. Fundamento da Contabilidade de Custos 
 
4.2.1. Revisão da Terminologia 
 
Gasto ou desembolso 
Aquisição ou pagamento resultante da aquisição de bem ou serviço. 
 
Tipos: 
 Despesa: Bem ou serviço consumidos direta, ou indiretamente para obtenção 
de receitas. 
 Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil, ou de benefícios 
atribuíveis a futuro(s) período(s). 
 Perda: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. 
 Custos: Gasto relativo à bem, ou serviço utilizado na produção de outros 
bens ou serviços. 
 Custos diretos: São aqueles que podem ser alocados diretamente na 
produção de um bem ou serviço. 
 Custos indiretos: São aqueles que dependem de rateio para serem alocados 
a produção de um bem ou serviço. 
 Custos fixos: São aqueles que independem da quantidade produzida de um 
bem ou serviço. 
 Custos variáveis: Estão diretamente relacionados à quantidade produzida de 
um bem ou serviço. 
 
Centro de Custos: 
Estrutura intermediária de um sistema de custeio para acumulação de custos. 
Normalmente utiliza-se o conceito de áreas. 
 
Premissas básicas: 
 Contabilidade de Custos, nada mais é do que um Sistema de Informações. 
 O sucesso de um Sistema de Informações depende do pessoal que o 
alimenta e o faz funcionar. 
 Não há em hipótese alguma nenhuma forma de a qualidade dos relatórios 
produzidos serem superior a qualidade dos dados inseridos. 
 Quem não vê utilidade em um dado, não lhe dá importância. 
 
 
 
 
 8
Custos Industriais: 
Sob o ponto de vista “custos”, a operação industrial pode ser descrita de várias formas, 
dependendo do tipo de produto e processo. A maneira de descrever operações 
industriais de forma mais abrangente é: 
Fabricar um produto significa adquirir matéria-prima para manipulá-la, combiná-la, 
transformá-la e acondicioná-la com outros produtos, além de controlar sua qualidade, 
seus custos, despesas, perdas e desperdícios, até chegar ao produto final que 
atendam às especificações pré-determinadas. 
Desta forma, chama-se “custo”, o valor adicionado às matérias-primas, ou seja, o valor 
dos componentes adicionados e pré-montados, os vários materiais auxiliares e de 
consumo, a mão-de-obra direta e indireta alocadas no processo de fabricação. 
 
4.2.2. Elementos formadores do custo 
 
1. Matéria-prima (MP) 
2. Mão-de-obra direta (MOD) 
3. Custos gerais de fabricação (CGF) ou custos indiretos de fabricação (CIF) 
 
Gastos Gerais de Fabricação (GGF). 
a) Custo de produção do período (CPP): Σ MP + MOD + CIF 
b) Custo da produção acabada (CPA): 
Estoque inicial de produtos em elaboração + custo de produção do período (CPP) – 
estoque final de produtos em elaboração = custo da produção acabada (CPA) 
c) Custos dos produtos vendidos (CPV); 
Estoque inicial de produtos acabados + custo da produção acabada (CPA) – 
estoque final de produtos acabados = custo dos produtos vendidos (CPV); 
d) Custo Primário (CP): MP + MOD 
e) Custo de Transformação (CT): MOD + CIF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9
 
4.2.2.1 Exemplos: 
 
Compras do período: 15.000 
MOD: 30.000 
CIF: 19.000 
 
Calcular os seguintes valores: 
 
1 - Custo de produção do período (CPP) 
2 - Custos da produção acabada (CPA) 
3 - Custos dos produtos vendidos (CPV) 
 
 
1ª Situação: Inicial Final 
Estoque de matéria-prima (MP) 3.500 5.500 
Estoque de Produtos em elaboração 3.750 5.800 
Estoque de produtos acabados 3.250 4.250 
 
Resolução 
 
1 – CPP → ∑ MP utilizada + MOD + CIF = 62.000 
 
Estoque Inicial 3.500 
(+) compras 15.000 
(-) estoque final 5.500 
(=) consumo de MP 13.000 
 
2 - CPA → EI Prod. Elab.+ CPP - EF Prod. Elab.= 59.950 
 
3 - CPV → EI Prod. Acab. + CPA - EF Prod. Acab.= 58.950 
 
 
2ª Situação: Inicial Final 
Estoque de matéria-prima (MP) 0 0 
Estoque de Produtos em elaboração 9.000 15.000 
Estoque de produtos acabados 22.000 0 
 
Resolução 
 
1 - CPP → ∑ MP utilizada + MOD + CIF = 64.000 
 
Estoque Inicial 0 
(+) compras 15.000 
(-) estoque final 0 
(=) consumo de MP 15.000 
 10
 
2 - CPA → EI Prod. Elab.+ CPP - EF Prod. Elab.= 58.000 
 
3 - CPV → EI Prod. Acab. + CPA - EF Prod. Acab.= 80.000 
 
 
3ª Situação: Inicial Final 
Estoque de matéria-prima (MP) 13.000 15.000 
Estoque de Produtos em elaboração 18.000 12.000 
Estoque de produtos acabados 1.000 2.350 
MP utilizada 25.000 
CPV 32.000 
 
Pede-se: 
 
1 – Compra de MP do período 
2 - Custo da produção acabada (CPA) 
3 - Custo da produção do período (CPP) 
4 - Custo de Transformação (CT) 
 
Resolução 
 
1 - Compras do período 
 
Estoque Inicial 13.000 Consumo 25.000 
(+) compras ? (+) EF MP 15.000 
(-) estoque final 15.000 (-) EI MP 13.000 
(=) consumo de MP 25.000 (=) compras 27.000 
 
2 - CPA → EI Prod. Elab.+ CPP - EF Prod. Elab. 
Ou 
CPV 32.000 
(+) EF Prod. Acab 2.350 
(-) EI Prod. Acab. 1.000 
(=) CPA 33.350 
 
3 - CPP → ∑ MP utilizada + MOD + CIF 
Ou 
CPA 33.350 
(+) EF Prod. Elab 12.000 
(-) EI Prod. Elab. 18.000 
(=) CPP 27.350 
 
3 – CT → MOD + CIF 
CPP = MP + MOD + CIF 
CPP - MP = MOD + CIF 
CT = 2.350 
 11
4.2.3. Classificação e comportamento dos custos 
 
Comportamento de Custos 
 
 Análise do Comportamento de Custos é o estudo de como custos específicos 
respondem nas trocas de atividades. 
 O ponto inicial na Análise do Comportamento de Custos é mensurar atividade 
chaves. 
 Níveis de atividades poderão ser expressas em termos de 
o Vendas em reais ou unidades (empresa varejista), 
o Quilômetros percorridos (empresa de transporte), 
o Ocupação de quartos (hotel) 
 
Análise do Comportamento de Custos 
 
 Para um nível de atividade poderá ser útil a Análise do Comportamento de 
Custos, observando a correlação entre mudanças no nível ou volume de 
atividade e mudanças nos custos. 
 O nível de atividade selecionado é definido como sendo o índice de atividade (ou 
volume). 
O índice de atividade identifica a atividade que causa mudanças no comportamento 
dos custos. 
 
Custos Variáveis 
Custos Variáveis são custos que variam no total diretamente e proporcionalmente com 
mudanças no nível de atividade. 
Um custo variável também poderá ser definido como um custo que permanece o 
mesmo por unidade em todo nível de atividade. 
 
Custos Fixos 
Custos Fixos são custos que permanecem o mesmo no total não havendo mudanças 
no nível de atividade. 
Desde que os Custos Fixos permaneçam constantes no total e que não haja mudanças 
no nível de atividade, Custos Fixos por unidade variam inversamente com a atividade. 
Quando o volume aumenta, o custo unitário decresce e vice versa. 
 
Custos Mistos 
Custos Mistos contém ambos: um elemento de custo variável e um elemento de custo 
fixo. 
 12
Também são chamados de Custos Semi-Variáveis, custos mistos trocam no 
total;p~]]]], mas não proporcionalmentecom mudanças no nível de atividade. 
 
4.2.4. Sistemas de acumulação 
 
4.2.4.1 Sistemas de acumulação de custos por ordem ou encomenda 
 
Características: 
a) Os custos são acumulados na ordem de produção por elementos de custos 
durante determinado período (semana, quinzena, mês), levando em conta o 
departamento ou processo de fabricação, cujo este, vem de encontro ao 
caminho transitado pelo produto no processo de fabricação. 
b) No caso onde os produtos são processados em mais de um determinado 
departamento, os custos correspondentes são lançados a cada fase de 
fabricação, de forma que o custo total vai sendo acumulado até que a ordem de 
produção esteja concluída. 
c) Somente quando a ordem de produção é terminada pode-se saber o custo real 
de fabricação do produto. 
d) Os custos apropriados nas ordens de produção, enquanto estas não estão 
completadas, passam a compor o inventário de produtos em processos 
(andamento ou em fase de fabricação). 
e) O custeamento por ordem de produção é usado em empresas, cujos produtos 
ou lotes de produtos podem ser perfeitamente identificados no processo de 
fabricação, isso ocorre principalmente, em relação à produção não padronizada 
ou produção não repetitiva. 
 
Este sistema apresenta algumas desvantagens: 
a) Gasto administrativo: o sistema exige considerável trabalho para o registro das 
informações requeridas no adequado preenchimento das ordens de produção; 
b) Os controles permanentes são necessários para assegurar a correlação dos 
dados de material e de mão-de-obra direta apropriado a cada ordem de 
produção. 
 
Fluxo de documentos: 
1. Pedido de vendas: Um pedido de venda é preparado com base na emissão da 
venda; 
2. Ordem de produção: Uma ordem de produção dá início aos trabalhos da ordem, 
a qual são debitados os elementos de custos; 
3. Formulário de requisição de materiais: 
Cartão de controle de tempo de mão-de-obra; 
Taxas predeterminadas de custo indireto; 
 13
Estes custos de fabricação são acumulados em formulários, elaborados pela 
contabilidade, conhecidos como: Folha de registro de custo.* 
 
* O registro de custo constitui a base de cálculo dos custos do produto unitário 
utilizados na determinação dos cutos dos produtos vendidos. 
 
4.2.4.1.1 Exemplo 
 
Durante o mês de janeiro, a CIA Itajubá trabalhou em duas ordens de produção. 
Os dados relativos a essas duas ordens são os seguintes: 
 
Ordem 68 e 69 
 68 69 
Unidades de cada ordem 120 200 
Unidades vendidas 120 0 
Materiais requisitados R$ 744 640 
Horas de MDO direta 360 400 
Custo da MDO direta R$ 1.980 2.480 
 
Os CIF`s são atribuídos na base de horas de MDO direta a uma taxa de R$ 3,75/hora 
Durante o mês de janeiro, a ordem 68 foi completada e transferida para produtos 
acabados. 
A ordem 69 não foi completada no final do mês. 
 
Pede-se: 
 
1 - Calcule o custo unitário da ordem 68. 
2 - Calcule o saldo final da conta de produtos em processo. 
3 - A ordem 68 foi vendida e o preço de venda é 140% do custo. 
 
Folha de custo OP 68 
 
Material MDO CIF Total 
requisição valor nº de horas valor Taxa CIF valor 
1 744 360 1.980 3,75 1350 4.074 
 
 
Folha de custo OP 69 
 
Material MDO CIF Total 
requisição valor nº de horas valor Taxa CIF valor 
2 640 400 2.480 3,75 1500 4.620 
 
 
 
 
 14
1 - Custo unitário OP 68 R$ 33,95 
 
2 - Saldo produtos em processo R$ 4.620 
 
3 - Valor venda OP 68 R$ 5.703,6 
 
4.2.4.2 Produção contínua: 
 
O sistema de acumulação de custos por processo tem como característica a fabricação 
em série de produtos padronizados, ou seja, produz para estoque e posterior venda e 
não sobre encomenda de clientes. No custeio do processo contínuo, os produtos são 
movimentados no processo de produção continuamente, e todos os procedimentos da 
fábrica são predominantemente padronizados. 
Inventários de produtos em processo (andamento, em fase de fabricação) no fim do 
período, é necessário calcular a equivalência de produção para distribuir os custos pela 
produção completada e pela produção qua ainda permanece no processo de 
fabricação. 
Equivalência: Significa o número de unidade que seriam totalmente iniciadas e 
acabadas se todo o custo fosse aplicado só a elas, ao invés de ter sido usado para 
começar e terminar umas e apenas elaborar parcialmente outras. As unidades 
equivalentes medem o valor do trabalho efetivo realizado durante certo período em 
análise. 
 
4.2.4.2.1 Fórmula de cálculo da equivalência de produção: 
 
Unidades completadas ou transferidas para outro processo de fabricação 
(+) Inventário Final (no final do período em análise) 
(-) Inventário Inicial (no início do período em análise) 
(=) Produção equivalente 
 
Obs. 
No caso dos estoques iniciais e finais, deve-se levar em conta o estágio que se 
encontra o produto do processo analisado com relação ao produto acabado do mesmo 
processo de fabricação. 
O sistema contínuo é normalmente indicado para indústrias de aparelhos domésticos, 
alimentos enlatados, refinarias de petróleo, indústrias de cimento, cal, papel, açúcar, 
produtos alimentícios, etc. 
No tratamento contábil, os custos são acumulados em contas diversas das diversas 
linhas de produção e são encerrados sempre no fim de cada período. (dia, semana 
mês, trimestre, semestre, ano). A avaliação do custo por unidade produzida é feita com 
base no custo médio do período. 
 15
 
Características: 
Características Ordem de produção Produção contínua 
A produção se destina à: Pedidos específicos ou 
estoques 
Estoque 
Produção: Por ordem de produção Por departamento 
Custo acumulado: Por ordem de produção Por departamento 
Custo total calculado: Por ordem de produção Fim do período de custo 
Cálculo dos custos 
unitários: 
Custo da ordem / unidades 
produzidas 
Custo do departamento / 
produção do departamento 
 
4.2.4.2.1 Exemplo 
 
A Cia Moçambique produz defensivo para madeira em dois departamentos: 
Mistura e Embalagens. Após a mistura dos materiais químicos no departamento 
de mistura, o defensivo líquido é transferido para o departamento de embalagens, 
onde é colocado em contêineres pláticos. Os materiais são adicionados no início 
do processo. A mão-de-obra e os custos indiretos de fabricação são agrupados 
e denominados custos de conversão. A mistura registrou os seguintes gastos no 
período em análise: 
 
Matéria prima: 160.000 
MDO direta: 70.000 
CIF: 210.000 
 
Durante o período foram transferidos para o departamento de embalagens 60.000 
unidades e ficou um saldo de 20.000 unidades com estágio de 100% em relação 
Ao material e 50 % de custo de conversão. 
 
Unidades transferidas: 60.000 
A transferir 20.000 
 
Com base nos dados acima, calcular: 
 
1 - Produção equivalente; 
2 - Custo unitário por elemento; 
3 - Valor transferido para o processo seguinte (embalagem); 
4 - Inventário final dos produtos em elaboração do departamento de mistura 
5 - Conciliação do departamento de mistura. 
 
 
 
 
 16
1 - Produção equivalente; MP cust conv 
Quantidade transferida para o processo seguinte 60.000 60.000 
(+) Estoque final em elaboração 20.000 10.000 
(-) Estoque inicial em elaboração 0 0 
(=) Produção equivalente 80.000 70.000 
 
2 - Custo unitário por elemento; 
 
 
Elementos Custo de conversão 
Itens MP MOD CIF 
Estoque inicial (R$) 0 0 0 
(+) produção 160.000 70.000 210.000 
(=) disponível160.000 70.000 210.000 
Volume (unidades) 
Estoque inicial 0 0 
(+) produção 80.000 70.000 
(=) disponível 80.000 70.000 
Custo médio unitário 2 4 
 
3 - Valor transferido para o processo seguinte (embalagem); 
 
Quantidade de transferência x custo da mistura (MP + MOD + CIF) 
 
Unidades 60.000 
(x) Custo da mistura 6 
(=) Valor transferido 360.000 
 
 
4 - Inventário final dos produtos em elaboração do departamento de mistura 
 
Departamento de mistura 
MP 20.000: un x 2 40.000 
Custo de conversão: 10.000 un x 4 40.000 
 80.000 
5 - Conciliação do departamento de mistura. 
 
Departamento de mistura 
Estoque inicial 0 
(+) custo de produção do período 440.000 
(=) Total 440000 
 
Saídas para o processo seguinte 360.000 
(+) Estoque final elaboração 80.000 
(=) Total 440.000 
 
 17
4.2.4.3 Produção conjunta: 
 
Na produção por processo, normalmente acontecem fenômenos do co-produto e do 
sub-produto. Determinar o custo para este tipo de produto é o problema enfrentado 
pelo contador gerencial, ou seja, os custos conjuntos. 
Os custos conjuntos são definidos como custos comuns de bens ou serviços 
empregados na produção simultânea de dois ou mais produtos. Os co-produtos são 
também conhecidos como produtos conjuntos. Produtos conjuntos são dois ou mais 
produtos provenientes da mesma matéria-prima. 
As refinarias, as indústrias de carnes enlatadas, de laticínios e de produtos químicos 
são exemplos de indústrias que empregam produtos conjuntos. Os produtos de menor 
valor comercial são denominados de sub-produtos, sendo que estes nascem 
naturalmente durante o processo de produção, possuem mercado relativamente 
estável, tanto no que diz respeito à existência de compradores como quanto ao preço. 
São itens que tem comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas 
que representam porção ínfima do faturamento total. Os produtos de maior valor, 
consequentemente são chamados de co-produtos. 
 
Exemplo: 
 O boi, depois de morto, é cortado e seus pedaços são comercializados. 
 Refinação de petróleo resulta em óleo combustível, gasolina, querosene, óleo 
lubrificante e asfalto. 
 
Sendo assim, a distinção entre co-produto e sub-produto baseada no valor comercial é 
mais representativa na realidade, porém essa distinção pode variar no tempo e no 
espaço, dependendo do gosto dos consumidores. Um produto que hoje é considerado 
co-produto em função do mercado, amanhã poderá passar para a classificação de sub-
produto, ou seja, a classificação final vai depender do mercado consumidor. 
 
Critério de distribuição de custos conjuntos: 
 
O problema para a montagem do custo dos co-produtos está exatamente na primeira 
fase do processo de fabricação. Adota-se então, um método para distribuir esses 
custos. Os custos da fase seguinte serão debitados diretamente a cada um dos 
produtos, o porquê do ponto de separação, daí para frente, aparecerá dois processos 
distintos que irão receber os seus custos próprios. 
 
Métodos de distribuição dos custos anteriores ao ponto de separação: 
 
 Método dos volumes produzidos; 
 Método do valor de mercado; 
 Método das ponderações com base no volume e peso, e 
 18
 Método da igualdade do lucro bruto. 
 
Conceituando, a produção conjunta ocorre quando mais de um produto derivam da 
mesma matéria-prima e processo de fabricação (BRUNI; FAMA, 2004; VANDERBECK; 
NAGY, 1999; SOUZA; CLEMENTE, 2006). 
Diversos propósitos podem justificar a necessidade de alocação de custos conjuntos: 
 Relatórios financeiros; 
 Avaliar estoques mantidos no balanço, ou determinar o resultado; 
 Avaliar contratos com clientes que adquirem apenas parte da produção conjunta; 
 Negociação referente à indenização de seguros; 
 Políticas de precificação. 
(HORNGREN; FOSTER; DATAR, 2000). 
Para os gerentes é necessário saber o custo do produto para tomadas de decisão e 
controle de custos. Porém, conforme advertem alguns autores (SOUZA; CLEMENTE, 
2006; HANSEN; MOWEN, 2000) as avaliações baseadas nas alocações de custos 
conjuntos para fins gerencias podem ser enganosas, portanto é necessário distinguir a 
necessidade de alocação para cada um dos propósitos. 
Enquanto alguns dos critérios de rateio sugeridos possam ser usados para avaliar 
estoques, não satisfazem para a tomada de decisão, pois o custo total do processo até 
o ponto de separação é pré-Produção conjunta e decisões gerenciais: 
Assim como o custo total de centro produtivo é apropriado aos produtos conforme 
algum critério de rateio, no caso da produção conjunta, os custos realizados até o 
ponto de separação também teriam de ser apropriados aos produtos segundo alguma 
base de rateio. Na necessidade de encontrar um método de alocação apropriado pode 
utilizar abordagens dos benefícios recebidos e as abordagens do valor relativos de 
mercado, conforme especificam Hansen e Mowen (2000), a saber: 
• Abordagem de Benefícios Recebidos parte do pressuposto que é possível atribuir o 
custo ao produto em base da sua unidade física, como volume ou peso ou medindo os 
benefícios recebidos. Seus dois métodos são: 
- Método de Unidades Físicas - sob este método os custos conjuntos são atribuídos 
para produtos com base em alguma medida física. Cada produto recebe a parcela de 
custos proporcional a quantidade produzida. A sua lógica se encontra na justificativa de 
que todos os produtos resultantes passam pelo mesmo processamento e seria 
impossível de dizer qual custa mais. A restrição de aplicação se encontra na 
necessidade de conversão dos produtos para mesma unidade de medida. Segundo 
Maher (2001 apud Faria et. alli. 2006) a atribuição direcionada pela quantidade é 
recomendada quando os preços dos co-produtos são muito voláteis, ou ainda quando 
os preços de venda são estabelecidos por entidades reguladoras; 
- Método da Média Ponderada – atribuição de fatores ponderados pode incluir diversos 
elementos como tempo de manufatura consumido, grau de dificuldade, diferenças no 
tipo de matéria-prima e mão-de-obra. A aplicação correta do método consistirá na 
escolha apropriada do fator de ponderação. 
• Alocações Baseadas no Valor Relativo de Mercado - esta abordagem é defendida 
pelos contadores, pois se acredita que alocação deve acontecer de acordo com 
 19
habilidade de produtos a absorver os custos conjuntos. No resultado da sua aplicação 
não existem produtos rentáveis ou não-rentaveis, pois na sua totalidade eles estariam 
cobrindo ou não as despesas. Esta abordagem encontra variações de métodos, 
conforme explicado a seguir: 
- Método do Valor de Venda no Ponto de Separação - este método aloca custos 
conjuntos com base em valor de venda do respectivo produto em ponto de Produção 
conjunta e decisões gerenciais. Quanto mais alto for o valor de mercado, maior será a 
carga de custo alocada neste produto; 
- Método do Valor Líquido Realizável – quando não existe o preço de venda no ponto 
de separação, como sugerido no método anterior, pode-se partir do preço de venda 
após o processamento adicional; 
- Método da Porcentagem Constante da Margem Bruta – este método reconhece que 
os custos incorridos após o ponto de separação são parte do custo total sobre o que se 
espera obter o lucro bruto geral. As receitas para os produtos individuais são ajustadas 
para o lucro bruto, custos separáveis são deduzidos e a o resultado é o custo conjunto 
alocado. 
 
4.2.4.3.1 Exemplo 
 
Uma fábrica de fios tem o processo inicial de fabricação o departamento de fiação 
que produz os co-produtos fios nº 1, nº 2, nº 3 e nº 4. No último mês produziu um 
total de 120.000 unidades por um custo de fabricação de R$ 360.000Produção: 
 
 unidades valor unit total 
Fio nº 1: 20.000 3 60.000 
Fio nº 2: 60.000 3 180.000 
Fio nº 3: 30.000 3 90.000 
Fio nº 4: 10.000 3 30.000 
 120.000 
 
 360.000 
 
1 - Método dos volumes produzidos: 
 
Custo total: 360.000 3 por unidade 
 120.000 Um 
 
2 - Método do valor de mercado, considerando o preço unitário de venda: 
 
 
Preço 
unit volume Fat. Total % 
Custo 
p/prod cust unit 
Fio nº 1: 12,5 20.000 250.000 20,33 73.171 3,66 
Fio nº 2: 9,5 60.000 570.000 46,34 166.829 2,78 
Fio nº 3: 10,0 30.000 300.000 24,39 87.805 2,93 
Fio nº 4: 11,0 10.000 110.000 8,94 32.195 3,22 
 120.000 1.230.000 100,00 360.000 
 20
 
3 - Método das ponderações, considerando o peso: 
 
 Peso unit volume Peso total % 
Custo 
p/prod cust unit 
Fio nº 1: 5 20.000 100.000 17,24 62.069 3,10 
Fio nº 2: 3 60.000 180.000 31,03 111.724 1,86 
Fio nº 3: 8 30.000 240.000 41,38 148.966 4,97 
Fio nº 4: 6 10.000 60.000 10,34 37.241 3,72 
 120.000 580.000 100,00 360.000 
 
 
4 - Método da igualdade do lucro bruto: 
 
Receita Total 1.230.000 
(-) Custos conjuntos 360.000 
(=) Lucro Bruto 870.000 ÷ 120.000 7,25 
 
 Volume Preço unit Lucro unit 
custo 
unit 
custo 
total 
Fio nº 1: 20.000 12,5 7,25 5,3 105.000 
Fio nº 2: 60.000 9,5 7,25 2,3 135.000 
Fio nº 3: 30.000 10,0 7,25 2,8 82.500 
Fio nº 4: 10.000 11,0 7,25 3,8 37.500 
 120.000 360.000 
 
4.2.5. Métodos de custeio 
 
O objetivo dos métodos de custeio é identificar os gastos inerentes ao processo 
produtivo, acumulando-os de forma organizada aos produtos. 
Estes custos podem ser aplicados a diferentes objetos tais como: produtos, 
departamentos, atividades, processos, ordem de produção, ou outras formas que o 
gestor possa demonstrar interesse. 
 
4.2.5.1 Custeio Real por Absorção: 
 
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços todos os custos reais 
incorridos sejam eles fixos ou variáveis obtidos pela contabilidade geral; Não são 
computados as despesas; Deve ser observado os Princípios Contábeis, principalmente 
o de Competência. 
 
 
 
 
 21
4.2.5.2 Custeio Direto ou Custeio Variável: 
 
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos variáveis reais 
incorridos, obtidos pela contabilidade geral; Não são computados os Custos Fixos e 
nem as despesas; Devem ser observados os Princípios Contábeis, principalmente o de 
Competência. 
 
4.2.5.3 Custo Padrão: 
 
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos padrões 
incorridos; Estes devem ser apurados da forma mais científica possível, objetivando o 
ponto ideal de qualidade e eficiência dos recursos, com o mínimo de desperdício; Este 
método tem por objetivo a análise de eficiência dos Custos reais incorridos. Pode ser 
considerado uma meta de longo prazo. 
 
4.2.5.4 Custeio Baseado em Atividades (ABC): 
 
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços os custos diretos 
incorridos; Os custos indiretos devem ser agrupados por atividades para dessa maneira 
ser imputado da forma mais lógica possível; Não são computados as despesas; Deve 
ser observado os Princípios Contábeis, principalmente o de Competência. 
 
4.2.5.5 RWK: 
 
Método pelo qual devem ser imputados aos bens ou serviços todos os custos e todas 
as despesas reais incorridas, obtidos pela contabilidade geral; Devem ser observados 
os Princípios Contábeis, principalmente o de Competência; Processo composto de 
duas fases: 
 
1a. Alocação aos Centros de Custo, e 
2a. Alocação dos valores acumulados nos Centros de Custo aos bens ou serviços. 
 
Além desses métodos, são utilizados os custos de transferências e os valores 
praticados no mercado para formação de preço de venda. Os custos de transferências 
são aqueles utilizados nos relacionamentos entre as áreas de responsabilidade 
existentes nas empresas. Já os valores de mercado são aqueles praticados por outras 
empresas do mesmo ramo. 
 
 
 
 
 22
4.2.5.5.1 Exemplo 
Método de custeio – Absorção e Variável 
 
A empresa Coxipó S.A., apresenta os dados abaixo mencionados referentes às 
operações projetadas para o primeiro quadrimestre de 2009: 
 
 Jan fev mar Abr total 
Volume de produção 1.000 1.100 1.300 2.000 5.400 
Volume de venda 570 840 1.000 2.000 4.410 
Preço de venda/unit 11,1 12 12 12 
Custo variável/unit 7,5 7,5 8 8,5 MP+MOD 
Despesa variável/unit 1,3 1,5 1,5 1,5 
Custo fixo mensal 1.400 1.500 1.400 1.550 5.850 
Desp. Fixa mensal 270 285 270 290 1.115 
 
Preparar os seguintes relatórios: 
 
1. Movimentação do estoque físico 
2. Movimentação do estoque em $ pelos métodos de custeio por absorção e 
variável 
3. Demonstração do resultado por ambos os métodos 
4. Comprovação da diferença constatada nos estoques e resultados apurados 
 
1. Movimentação do estoque físico 
 
 Jan fev mar Abr 
Estoque Inicial 0 430 690 990 
(+) produção 1.000 1.100 1.300 2.000 
(=) subtotal 1.000 1.530 1.990 2.990 
(-) CPV 570 840 1.000 2.000 
(=) Estoque final 430 690 990 990 
 
2. Movimentação do estoque em $ pelos métodos de custeio por absorção 
 
 Jan fev mar Abr 
Estoque Inicial 0 3.827 6.123 8.916 
(+) produção 8.900 9.750 11.800 18.550 
(=) subtotal 8.900 13.577 17.923 27.466 
(-) CPV 5.073 7.454 9.007 18.372 
(=) Estoque final 3.827 6.123 8.916 9.094 
 
CPV = (Subtotal estoque $ / subtotal estoque físico) x volume de vendas 
 
 
 
 
 
 23
2. Movimentação do estoque em $ pelos métodos de custeio variável 
 
 Jan fev mar Abr 
Estoque Inicial 0 3.225 5.175 7.748 
(+) produção 7.500 8.250 10.400 17.000 
(=) subtotal 7.500 11.475 15.575 24.748 
(-) CvRv 4.275 6.300 7.827 16.554 
(=) Estoque final 3.225 5.175 7.748 8.194 
 
CvPv = (Subtotal estoque $ / subtotal estoque físico) x volume de vendas 
 
3. Demonstração do resultado método por absorção 
 
 Jan fev mar Abr 
Vendas 6.327 10.080 12.000 24.000 
(-) CPV 5.073 7.454 9.007 18.372 
(=) Lucro bruto 1.254 2.626 2.993 5.628 
(-) Despesa variável 741 1.260 1.500 3.000 
(-) Despesa fixa 270 285 270 290 
(=) Lucro ou prejuízo 243 1.081 1.223 2.338 
(=) Lucro ou prejuízo acum. 243 1.324 2.547 4.885 
 
3. Demonstração do resultado método variável 
 
 Jan fev mar Abr 
Vendas 6.327 10.080 12.000 24.000 
(-) CvPv 4.275 6.300 7.827 16.554 
(-) Despesa variável 741 1.260 1.500 3.000 
(=) Margem de contribuição 1.311 2.520 2.673 4.446 
(-) Custo fixo 1.400 1.500 1.400 1.550 
(-) Despesa fixa 270 285 270 290 
(=) Lucro ou prejuízo -359 735 1.003 2.606 
(=) Lucro ou prejuízo acum. -359 376 1.379 3.985 
 
4. Comprovaçào da diferença constatada nos estoques e resultados apurados 
 
 Jan fev mar Abr 
Estoque por absorção 3.827 6.123 8.916 9.094 
(-) Estoque variável 3.225 5.175 7.748 8.194 
(=) Variação 602 948 1.168 900 
Lucro por absorção 243 1.324 2.547 4.885 
(-) Lucro variável -359 376 1.379 3.985 
(=) Variação 602 948 1.168 900 
 
 
 
 24
4.3. Relações Custo/Volume/Lucro 
 
É uma ferramenta de planejamento de curto prazo ao correlacionar as variáveis: custo, 
receita, volume de saída e lucro. Além do que pode facilitar o processo gerencial nabusca da capacidade de pagamento da empresa. 
A análise da relação Custo x Volume de vendas envolve os processos de fixação de 
preço, estratégia de vendas, e melhor definição do mix de vendas quer por níveis e 
regiões na busca de maior lucratividade dos produtos. 
Se o mix de vendas for estruturado considerando também a interação dos diferentes 
nichos e ambientes, poderá trazer um maior lucro, porém muitas vezes a empresa 
pode optar por um mix menos lucrativos buscando maior penetração no mercado, ou 
solidificar a sua presença no mercado. 
 
4.3.1. Margem de Contribuição 
 
É a diferença entre o preço de venda de uma unidade e os custos e despesas variáveis 
da respectiva unidade: 
MC = Pv un – CDv un. 
 
É a fatia em $ do preço de venda destinado a cobertura/pagamento: 
 Dos custos fixos, das despesas fixas, tributação, 
 Retorno para os proprietários/amortização de empréstimos. 
 
Sempre que calculamos o PE utilizando o conceito de MC, deve-se elaborar uma DRE 
o que permite verificar se os resultados estão corretos. 
A estrutura dessa DRE é um pouco diferente da convencional, a saber: 
(+) Receita Total (Pv x quantidades) 
 (-) Custos Variáveis (Cv x quantidades) 
 (-) Despesas Variáveis (Dv x quantidades) 
 (=) Margem de Contribuição 
 (-) Custos Fixos 
 (-) Despesas Fixas 
 (=) Lucro líquido/Superavit 
 
 25
Em outras palavras, margem de contribuição pode ser entendida como o excesso de 
receitas de uma atividade sobre os custos relevantes que estão disponíveis para cobrir 
os custos fixos, contribuindo dessa maneira, para a formação do lucro empresarial. O 
lucro somente aparecerá quando os custos fixos forem totalmente cobertos. 
 
4.3.2. Ponto de Equilíbrio (breakeven point) 
 
Uma das finalidades da análise da relação custo-volume-lucro é calcular o ponto de 
equilíbrio, isto é, o ponto no qual as receitas das vendas são iguais aos custos e 
despesas e o lucro é zero (nulo). 
 
Premissas iniciais: 
 
a. Ausência de estoques de produtos acabados ou de mercadorias, tudo é vendido; 
b. Tanto custos quanto às despesas: fixas e variáveis são considerados no 
processo de cálculo 
c. As fórmulas utilizadas trarão como resultado o número de unidades a serem 
vendas para atender a proposta do PE. 
 
Legenda: 
PE = ponto de equilíbrio c - contábil e - econômico f - financeiro 
RT - receita total Pv – preço de venda U = Unitário 
CF – custo fixo Cv – custo variável Q = Quantidade 
DF – despesa fixa Dv – despesa variável 
CDF – custo fixo + despesa fixa 
CDv – custo variável + despesa variável 
 
Lembrete: 
Os custos e despesas fixas não se alteram em função de um volume determinado de 
produção. 
Favor verificar o gráfico no texto fornecido 
Linearidade e Intervalo de Relevância: ponto de vista dos economistas. 
 
 
 
 
 
 
 26
$ Receita Total (RT) 
 Custo e Despesa Total 
 (CDVunit. x Qtde +CDFT) 
 
 
 Ponto de Equilíbrio (PE) 
 
 Custo e Despesa Fixa Total (CDFT) 
 
 Qtde 
 
Ponto de Equilíbrio Contábil (PEc) 
 
 PEc corresponde a versão clássica de PE, isto é, o RESULTADO encontrado 
pela aplicação da fórmula indica quantas unidades a empresa precisa vender 
para que suas receitas sejam iguais os seus custos e despesas gerando um 
resultado nulo. 
 
PEc = CDF  MCunit (MC = Pvunit – Cdvunit) 
 
 
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEe) 
 
 Sabe-se que a empresa dentre as suas finalidades é a de ter lucro. 
 PEe é calculado considerando o retorno que os proprietários querem obter sobre 
o patrimônio líquido da empresa. 
 
PEe = (CDF + Lucro)  MCunit 
 
 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEf) 
 
 A gestão financeira preocupa-se com a liquidez da empresa, isto é, ela quer 
saber quanto precisa vender para gerar caixa e ter dinheiro para pagar os 
compromissos. 
 27
 Nesse sentido, existem duas situações distintas dentro da empresa quanto aos 
compromissos: 
a. Os operacionais (mínimo) – PEf 1, e 
b. Os operacionais + empréstimos/financiamentos – PEf 2. 
 
PEf1 = (CDF – Depreciação *)  MCunit 
 
 
PEf2 = (CDF – depreciação* + empréstimos**)  MCunit 
 
 (*) existem outras contas econômicas na DRE que não representam saída de 
recurso. 
 (**) outros valores podem ser incorporados à fórmula se representarem saídas 
de recursos da empresa. 
 
 
Ponto de Equilíbrio Empresarial (PEE) 
 
 PEE – considera os aspectos econômicos e financeiros relativos aos 
empréstimos e financiamentos. Pretende mostrar a ponto de equilíbrio real nas 
empresas. 
 
PEE = (CDF + lucro + empréstimos**)  MCunit 
 
4.3.2.1 Exemplo 
 
Uma indústria de televisores tem a seguinte estrutura de custos e despesas: 
 
Custos fixos: 1.600.000 
Custos variáveis: 300 unid 
Despesas Fixas: 400.000 
Despesas variáveis: 55,5 unid 
Preço de venda unitário: 555,5 unid 
 
Sabendo-se que a empresa deseja um retorno mínimo de 10% ao ano sobre o PL de 
$ 24 milhões e que 20% dos seus fixos são depreciações, pede-se: 
 
a. Calcule o ponto de equilíbrio contábil 
b. Calcule o ponto de equilíbrio econômico 
c. Calcule o ponto de equilíbrio financeiro 
 
 
 
 
 
 
 28
Resolução: 
 
a. Ponto de equilíbrio contábil: 
 
PEc = CDF ÷ MC → PEc = (1.600.000 + 400.000) ÷ (555,5 - (300+55,5)) 
PEc = 10.000 Unid 
 
b. Ponto de equilíbrio econômico 
 
PL = 24.000.000 
Lucro 
= PL x 10% = 2.400.000 
 
PEe = (CDF + Lucro) ÷ MC → (1.600.000 + 400.000 + 2.400.000) ÷ (555,5 - (300+55,5)) 
 
PEe = 22.000 unid. 
 
PEe valor: Pee qtde x Pvu = 12.221.000 
 
c. Ponto de equilíbrio financeiro 
 
Depreciação: 20% custos fixos = 320.000 
 
PEf = (CDF - depreciação) ÷ MC → (1.600.000 + 400.000 - 320.000) ÷ (555,5 - (300+55,5)) 
 
PEf = 8.400 unid. 
 
PEf valor = Pef qtde x Pvu = 4.666.200 
 
 
4.3.3. Alavancagem Operacional 
 
Pode ser definida como o uso potencial de custos operacionais fixos para aumentar os 
efeitos das mudanças nas vendas sobre os lucros da empresa antes dos juros e do 
imposto de renda. 
 
4.3.3.1 Exemplo 
 
A Empresa Piracicabana S.A., ao aumentar sua produção e vendas em 20%, 
Passando para 6.000 unidades mensais, teve seus custos aumentado de $ 350 
mil para $ 400 mil. Considerando que o preço de venda unitário é de $ 100. 
 
Qual foi o grau de alavancagem operacional (GAO)? 
Qual a margem de contribuição unitária do produto (MCunit)? 
 
 29
Resolução 
 ANTES ATUAL TT 
Δ % volume 20% 
QTDE 5.000 6.000 1.000 
PV 100 100 
RECEITA 500.000,00 600.000,00 100.000,00 
(-) CUSTO TT 350.000,00 400.000,00 50.000,00 
(=) LUCRO 150.000,00 200.000,00 50.000,00 
 
Δ % Receita = 500 E 600 Δ % (HP) 
Δ % Lucro = 150 E 200 Δ % (HP) 
 
GAO = Δ%Lucro 33,33 % = 1,67 vezes 
 Δ%Receita 20,00 % 
 
MCunit = Δ do custo fixo = 50.000,00 = 50 
 1.00030
4.4. Análise de Custos e Decisões Táticas 
 
4.4.1. Contribuição Marginal e Fatores Escassos (análise econômica). 
 
Fatores de Produção (escassos) 
 
De forma geral, os fatores de produção compreendem, basicamente, o capital, os 
recursos naturais (ou simplesmente terra) e a força de trabalho (ou simplesmente 
trabalho). 
Acrescentam-se, nos dias de hoje, a tecnologia e a capacidade empresarial como 
recursos necessários à produção. 
� Capital; 
� Recursos Naturais; 
� Força do Trabalho; 
� Tecnologia; 
� Capacidade Empresarial; 
 
Capital 
Todo bem destinado à produção de outro bem se classifica como recurso de capital. 
Por capital entende-se, portanto, a infra-estrutura produtiva (edifícios, por exemplo), as 
máquinas, as ferramentas, etc. 
Para alguns economistas, o conceito de capital compreende o próprio fluxo de 
remuneração (salário) e pagamentos (de bens e serviços adquiridos das empresas). 
Para outros, compreende toda a renda que é empregada para gerar lucro. 
Nos dias de hoje, o conceito prevalecente é aquele que define o capital como um 
conjunto de recursos da natureza econômica, distintos e passíveis de reprodução, que 
possibilita a obtenção de um rendimento em períodos determinados. Encontramos 
presentemente classificação do capital em capital técnico, capital jurídico e capital 
contábil. O primeiro refere-se ao conjunto de bens materiais utilizados no processo da 
produção, sendo, assim, uma noção de caráter geral; o capital jurídico tem a ver com a 
sua relação com os titulares de direito (capital privado e capital público, por exemplo), 
tanto quanto o capital contábil (capital de giro, capital de empréstimo, capital de 
participação, capital nacional, capital estrangeiro etc). 
A formação de capital decorre da acumulação de riqueza destinada à obtenção de 
novas riquezas. É esta capacidade de geração de riqueza, consubstanciada nos 
investimentos, isto é, na capacidade de aumentar os meios de produção, que irá 
determinar o ritmo de desenvolvimento econômico de uma nação. Isto porque o 
emprego eficiente de bens de capital possibilita elevação do rendimento do trabalho 
humano e da produtividade real do sistema econômico. 
Os recursos necessários à formação de capital podem ser de origem interna ou 
externa, isto é, procedente de outros países. Os recursos internos compreendem a 
 31
poupança, que nada mais é do que a parcela da renda que não é destinada ao 
consumo imediato. Esta poupança nem sempre é espontânea. 
Cogitou-se, recentemente, a formação de uma poupança compulsória – ou forçada – 
para fazer à necessidade tanto de investimento como de redução da demanda e, 
conseqüentemente, combate à inflação. A poupança pode ser proveniente de 
indivíduos, das empresas e do setor público. Os recursos externos vêm suprir uma 
carência de recursos internos, sob a forma de empréstimos, de investimentos 
estrangeiros, ajudas governamentais e outras. 
 
Recursos naturais 
Do ponto de vista econômico, os recursos naturais – o fator terra – compreendem a 
base de um sistema sobre a qual se assentará o capital técnico. São os recursos 
naturais, tanto os renováveis (de natureza biológica, que compreendem os vegetais e 
os animais), como os irrenováveis (riquezas minerais e solo) que proporcionarão a 
obtenção dos bens destinados à satisfação das necessidades do ser humano, 
transformados e/ou in natura. 
Durante muito tempo prevaleceu a idéia, entre os precursores da análise econômica, 
de que a verdadeira riqueza seria aquela resultante da utilização indireta do fator terra, 
a produção agrícola. Os outros bens seriam derivados de uma transformação dos 
produtos primários, não acrescentando, portanto, mais riqueza. Este conceito 
modificou-se substancialmente com o avanço das tecnologias de processo e de 
produto, a serem tratadas mais à frente. 
 
Força do trabalho 
Aplicando aos instrumentos, num dado espaço físico, o trabalho humano, dele resultará 
a transformação do meio em que habita e a produção de bens segundo suas próprias 
necessidades. O sistema econômico depende fundamentalmente da qualidade do 
trabalho humano, que é eminentemente criador. O ser humano procura criar, 
desenvolver e enriquecer novos meios de produção, com vistas ao progresso e 
evolução da técnica. 
Para alguns economistas, clássicos, o trabalho é o determinante do valor econômico. 
Segundo esta linha de pensamento, todos os fatores de produção, em última análise, 
se resume num só: o trabalho, fonte única de todo o progresso humano. 
Para outros economistas clássicos, menos radicais, o valor advém da colaboração 
entre o capital e o trabalho. 
 
Tecnologia 
Significa o estudo das técnicas. Por técnica, entende-se a maneira correta de executar 
qualquer tarefa. É o “saber como”, definindo formas, instrumentos, equipamentos, 
métodos, características físicas de materiais intermediários e outros insumos para a 
obtenção de um bem econômico. 
A tecnologia pode ser definida como o conhecimento humano aplicado à produção. 
Neste sentido, alguns autores consideram a tecnologia como uma mercadoria, com 
todas as suas características: tem um preço, pode ser adquirida e também se torna 
 32
obsoleta. As nações subdesenvolvidas são potencialmente compradoras de tecnologia 
originária de nações desenvolvidas. 
Neste contexto, assumem papel preponderante na transferência de tecnologia as 
firmas estrangeiras e as licenças de produção por firmas estrangeiras e as licenças de 
produção por firmas nacionais, mediante o pagamento de royalties. 
Uma inovação técnica quer seja através de descoberta de novas matérias-primas, 
mudança nos métodos de produção, criação de novos produtos ou substituição de 
equipamentos, termina por modificar a divisão social do trabalho e as técnicas de 
produção, elevando a produtividade do trabalho. 
Estas inovações, de grande impacto na economia, se manifestam como inovação (ou 
tecnologia) de processo e inovação (ou tecnologia) de produto. Uma tecnologia de 
produto caracteriza uma inovação que leva a um produto novo, isto é, que apresentará 
certas peculiaridades que qualificarão um produto diferente daquele anteriormente 
oferecido. Já a evolução tecnológica de processo atinge tão-somente o processo de 
fabricação, sem mudanças nas características do produto. 
Refere-se, neste caso, a diminuições no tempo de obtenção do produto, reduções no 
número de operações, racionalização no uso de matérias-primas etc. 
 
Capacidade empresarial 
A função empresarial é vital para a condução da ordem capitalista. 
Nas economias onde a livre iniciativa impera, compete aos empresários explorar uma 
invenção ou introduzir uma inovação de produto ou de processo, de abrir nova frente 
de oferta de bens e serviços, novos usos para produtos conhecidos, reativação e 
reorganização de indústrias etc. 
O tipo empresarial é definido pela reunião de aptidões presentes em uma pequena 
parcela da população, que levam à descoberta de oportunidades de investimento, ao 
financiamento da operação, à obtenção e utilização adequada dos fatores de produção 
e à organização e coordenação das operações de forma eficiente. 
A capacidade empresarial se resume, portanto, em conseguir que as coisas sejam 
feitas. 
 
Necessidades humanas 
Registramos anteriormente que as necessidades do homem são ilimitadas. Vamos 
analisar este particular aspecto da natureza de forma detalhada e sistematizada, dada 
a sua importância e vinculação com o próprio equacionamento do problema 
econômico. 
Uma primeira questão a responder diz respeito ao volume de necessidades que 
possamos ter. 
Evidentemente, um ser humano que vive numa comunidade moderna tem 
necessidades diversas e em maior quantidade do que alguém que vivia na Idade 
Média. Uma volta por uma das alas comerciais de um shopping center das grandes 
metrópoles ou meia hora de televisão comprovam facilmente esta afirmação. Alémdeste aspecto temporal, há de se considerar que, somado ao volume, também a 
composição das necessidades varia entre habitantes de uma metrópole e de uma 
cidadezinha do interior do Estado. 
 33
Em que pese a diversidade entre volume e composição das necessidades humanas, é 
possível detectar várias características comuns. As necessidades podem ser coletivas 
ou individuais. No primeiro caso, estão enquadradas as necessidades que todo o grupo 
sente tais como a necessidade de segurança, educação, saneamento básico, saúde, 
etc. 
Estas necessidades coletivas são satisfeitas em parte ou totalmente por ação do 
Estado. 
As necessidades individuais compreendem dois grupos: o de necessidades absolutas 
do homem, isto é, relacionadas às exigências de natureza biológica do homem, como 
dormir, esperar, comer, habitar, procriar, vestir, etc. 
Estas necessidades absolutas – ou, como também são conhecidas, biológicas – nem 
sempre tem sua satisfação associada imediatamente a uma solução econômica. 
Tomemos a necessidade de respirar, por exemplo: em muitas comunidades modernas, 
a preservação das áreas verdes e o controle da poluição do ar podem requerer 
grandes esforços econômicos. 
O segundo grupo compreende as necessidades relativas ou sociais. São relativas 
porque não são idênticas para todos os indivíduos. Compreendem o conjunto de 
hábitos, normas, costumes e valores (uso de talheres e pratos, cama para dormir, 
leitura, audiência de uma sinfonia e outros). 
As necessidades dos indivíduos, quer sejam absolutas modificam-se a cada novo dia. 
Alguns estados a esse respeito revelam que as necessidades são hierarquizadas, isto 
é, um indivíduo procura satisfazer suas necessidades em certo momento ou período de 
sua vida por etapas consecutivas, uma após outra. O primeiro degrau é reservado para 
as necessidades biológicas ou básicas. Satisfeitas estas necessidades, o indivíduo 
precisa de segurança, em seu mais amplo sentido: segurança no emprego, na 
comunidade, no lar. A etapa seguinte refere-se à necessidade que o indivíduo sente de 
viver em comunidade, ser aceito pelo grupo, relacionar-se. Na etapa seguinte, quer 
satisfazer seu ego: busca reconhecimento, status, poder. A última etapa nesta 
hierarquização refere-se à auto-realização: o indivíduo abre-se a novos desafios, 
procura a experimentação de forma decidida (motivo que leva alguns cientistas a 
inocularem vírus no seu próprio organismo, para testarem determinada teoria ou 
vacina). 
Segundo estes estudos, uma necessidade superior não poderá ser suprida sem a 
satisfação da necessidade imediatamente anterior. Outro aspecto revela que a posição 
do indivíduo na sua hierarquia de necessidades é mutável ao longo do tempo, ou seja, 
o indivíduo terá projetadas novas hierarquias introduzidas pelas transformações do 
meio, principalmente. 
 
Bens 
A satisfação de uma necessidade no sentido aqui tratado requer a existência de um 
bem. 
Mesmo as mais elementares necessidades são satisfeitas por um certo tipo de bem. O 
ar, por exemplo, é o bem que satisfaz a necessidade de respirar. Em circunstâncias 
normais, quando se caracteriza a sua abundância, este e outros bens, como a água 
dos mares e a luz do sol, são considerados bens livres, não constituindo um problema 
cuja solução esteja no âmbito da análise econômica. A maioria das necessidades do 
indivíduo será satisfeitas por bens escassos, cuja obtenção irá requerer certa 
 34
quantidade de trabalho. Estes bens são denominados bens econômicos e 
compreendem duas categorias de bens: os bens tangíveis, isto é, que se pode apalpar, 
que são materiais, portanto, e os bens intangíveis, que não são de natureza física, 
como os serviços. 
Na tentativa de melhor compreensão do fato econômico, a classificação dos bens 
completou-se com o enquadramento dos bens econômicos tangíveis nas seguintes 
categorias: 
 
a) Bens de consumo 
Compreendem os produtos que se destinam ao consumo. Subdividem-se em bens de 
consumo não duráveis (que possuem existência muito limitada no tempo e geralmente 
desaparecem ao satisfazer a necessidade, como os alimentos, por exemplo) e bens de 
consumo duráveis (cuja utilização é substancialmente prolongada, como 
eletrodomésticos, automóveis, etc). 
 
Bens de capital 
Compreendem os bens destinados à produção de novos bens e por isso são também 
conhecidos por “bens de produção”. São as máquinas industriais, ferramentas, etc. 
Além destas duas categorias de bens econômicos tangíveis, que poderiam ser 
classificadas de bens finais porque satisfazem necessidades de consumo ou de 
investimento sem exigir mais nenhuma transformação, existem os bens intermediários, 
como o aço, o cimento e uma infinidade de outras mercadorias que requerem 
transformações antes de se converterem num bem de consumo ou bem de capital. 
 
Questões Centrais da Economia 
O dilema traduzido pelo confronto entre recursos humanos e materiais – escassos e 
necessidades coletivas e individuais – ilimitadas implica a existência de três questões 
fundamentais: 
� O que e quanto produzir? 
Custo de oportunidade, 
→ Máxima possibilidade de produção → Curvas de Possibilidades de Produção (CPP) 
� Como produzir? 
Possibilidades tecnológicas, responsabilidade da sociedade como um todo. 
→ Otimizar recursos Humanos e Patrimoniais → Busca da Eficiência Produtiva 
� Para quem produzir? 
Alocação e distribuição da renda. 
→ Busca da Equidade 
 
 
 
 
 35
4.4.1.1. Margem de contribuição sem fatores limitantes 
 
 
4.4.1.2. Limitação da capacidade de produção 
 
Fatores de limitação que podem afetar a capacidade de produção: 
 Mão-de-obra; 
 Matéria-prima; 
 Máquinas e equipamentos; 
 Espaço físico da fábrica, etc. 
 
4.4.1.2.1 Exemplo 
 
A empresa Ibiporã S.A. tema seguinte estrutura de preços e custos referentes a seus 
produtos: 
 
PRODUTO PVunit. CVunit Consumo de Hrs 
homem unit. 
A 190,0 110,0 4 
B 280,0 129,0 10 
C 275,0 121,5 12 
D 290,0 124,5 15 
 
Custo fixo mensal 2.500 
Despesa variável 10% sobre vendas (restrição) 
 
Devido a uma greve na empresa a quantidade de horas homens ficou reduzida a 428 
insuficiente para sua produção visto que suas vendas atingem 14 unidades de cada 
produto. 
 
Vendas: 14 unidades de cada produto 
 
Resolução: 
 
Produto PV CV/Unit DV MCunit H.H Mc HH. 
A 190,0 110,0 19 61,0 4 15,25 14X4= 56HH 
B 280,0 129,0 28 123,0 10 12,30 14X10= 140HH 
C 275,0 121,5 27,5 126,0 12 10,50 14X12=168 HH 
D 290,0 124,5 29 136,5 15 9,10 4X15= 64HH 
 428 H 
 
D: 64/15 = 4,26 
 
 
 
 36
 
 
 
 
DRE A B C D TOTAL 
QTDE 14 14 14 4 
PV 190,0 280,0 275,0 290,0 
REC 2.660,00 3.920,00 3.850,00 1.160,00 11.590,00 
(-) CV 1.540,00 1.806,00 1.709,00 498 5.553,00 
(-) DV 266 392 385 116 1.159,00 
(=) MC 854,00 1.722,00 1.756,00 546,00 4.878,00 
(-) CF 2.500,00 
(=) LUCRO 2.378,00 
 
4.4.2. Decisões Táticas 
A tomada de decisão tática consiste na escolha entre alternativas com um final 
imediato ou limitado em vista. Por exemplo, aceitar um pedido especial por menos do 
que um preço de venda para utilizar a capacidade ociosa e aumentar os lucros do ano. 
Assim, as decisões táticas tendem a ser de curto prazo, porém podem ter 
conseqüências em longo prazo. 
 
4.4.2.1. Comprar x produzir 
 
4.4.2.1.1 Exemplo 
 
A empresa Blumenau S.A. estuda a possibilidade de comprar durante os próximos 
quatro anos um componente que compõem a montagem de seu produto principal. 
Uma análise mostrou que fabricar 10 mil peças / ano, seria necessário um investi- 
mento de $ 150 mil, devendo-se incorrer em custos totais de $ 96 mil/ano. Se o 
componente for comprado, seu preço será de $ 14,4 / peça. Admitindo-se um 
custo do capital de 10% a.a.,determine se o componente deve ou não se comprado 
 
 
 momento 0 ano 1 ano 2 ano 3 ano 4 
Investimento 150.000 
Custo 96.000 96.000 96.000 96.000 
Comprar 144.000 144.000 144.000 144.000 → 14,4 x 10.000 
Fluxo -150.000 48.000 48.000 48.000 48.000 
 
 Fluxo de caixa: 
 152.154 
 48.000 48.000 
 
48.000 
 
48.000 
 
 10% a.a. 
 150.000 
 37
 
 Valor presente 
 HP12C 
 
 f FIN 
 48.000 PMT 
 4 n 
 10 i 
 
 PV 152.154 
 
 VPL = 152.154 – 150.000 = 2.154 
 
 
 
 
 
 TIR 
 HP12C 
 
 f FIN 
 150.000 
CHS g 
Cfo 
 48.000 g CFj 
 4 g Nj 
 F IRR 
 
 11% 
 
 10 i 
 F NPV 
 2.154 
 
 
4.4.2.2. Investir x Alugar 
 
4.4.2.3. Decisão sobre substituição de equipamentos 
 
4.4.2.3.1 Exemplo 
 
A empresa XYZ estuda a possibilidade de comprar uma máquina. A compra da 
Máquina está orçada em R$ 200 mil e terá uma utilização de 24 horas por dia 
(depreciação acelerada). O investimento proporcionará uma receita de R$ 180 
mil por ano e custos operacionais de R$ 108 mil, fora a depreciação. Consideran- 
do um custo de capital de 10% a.a. e usando o método do VPL e da TIR, analise a 
viabilidade econômica do investimento. 
 
 
 
 
 38
Investimento inicial: 200.000 
Taxa anual: 10% 
Depreciação= 200.000 x 20% = 40.000 
 
Receita 180.000 
(-) Custo 108.000 
(-) Depreciação 40.000 
(=) LAIR 32.000 
(-) IR / CSLL (34%) 10.880 
(=) LL 21.120 
(+) Depreciação 40.000 
(=) Fluxo de caixa 
Oper. 61.120 
 
 
Fluxo de caixa: 
 
231.693 
 
 
61.120
 
61.120
 
61.120
 
61.120
 
 
 
 10% a.a. 
200.000 
 
Valor presente 
HP12C 
 
f FIN 
61.120 PMT 
5 n 
10 i 
 
PV 231.693 
 
VPL = 231.693 - 200.000 = 31.693 
 
TIR 
HP12C 
 
f FIN 
200.000 CHS g Cfo 
61.120 G CFj 
5 g Nj 
F IRR 
 
 16% 
 39
4.5. Lucro Empresarial e Variações de Preço 
 
4.5.1. Variações de preços em operações simples 
 
O preço é um dos fatores que permitem tornar economicamente viável um produto ou 
serviço no mercado por parte da empresa. 
A política de preço é um conjunto de estratégias de curto e longo prazo e visam 
sedimentar a participação do produto ou serviço em determinado nicho de mercado. 
Os fatores considerados no processo de formação de preço: natureza do produto, 
situação de demanda e de mercado, além dos objetivos de curto e longo prazo da 
empresa, retorno sobre os investimentos feitos. 
As políticas de preços devem trazer as diretrizes que envolvam o ciclo de vida do 
produto: a introdução, crescimento, maturidade e o declínio do produto ou serviço no 
mercado (Assef): 
Estágio Investimentos Vendas Preços Retornos 
Introdução Altos baixas altos negativo 
crescimento Moderados crescentes altos crescente 
maturidade Baixos altas menores elevado 
Declínio Zero queda baixos mínimo 
 
Geralmente no estudo de viabilidade econômica foram definidas as estratégias de curto 
e longo prazo preços para o produto ou serviço conforme o ciclo de vida esperado, na 
introdução do produto ou serviço os preços são altos, exigindo a utilização de 
estratégias de penetração que permitiram o crescimento do volume de vendas o que 
permitirá economias de escala de produção. 
Esse preço do produto ou serviço a ser oferecido ao mercado, será colocado em 
discussão novamente antes do seu lançamento no mercado, devido a mutações que 
ocorrem nos ambientes externos e internos da organização, pois o produto ou serviço 
surgiu para atender uma oportunidade ou melhor atender uma necessidade do 
mercado, quer seja a sua colocação inicial quer no papel de substituir produtos ou 
serviços obsoletos próprios ou de terceiros dentro do mercado. 
Dentro da teoria de preços encontrados três correntes na teoria de preço. 
 
4.5.1.1 Teoria clássica: 
Na qual procura-se descobrir o preço ótimo ou o melhor preço, isto é, qual o preço que 
maximizará o lucro da empresa (política clássica do capitalismo). O preço ótimo será 
encontrado em relação ao nível de vendas. 
 
 
 40
4.5.1.2 Teoria baseada nos custos e/ou despesas operacionais: 
RKW 
É uma forma que utiliza os custos e despesas através do processo de 
departamentalização no todos os gastos são imputados ao produto ou serviço 
inclusive os financeiros; 
 
4.5.1.3 Com base na Margem de Contribuição 
De posse das informações: custos de produção (variáveis e fixos), das despesas 
(variáveis e fixas), do lucro desejado e da legislação de impostos, que como já vimos 
difere em sua forma de aplicação na fixação de sua base de cálculo/ramo de 
atividade/políticas governamentais específicas. 
 
4.5.1.4 Método do Mark-up 
Consiste na aplicação de um fator sobre o custo da mercadoria ou do produto a ser 
vendido. Por ser aplicado de duas formas: a primeira seria utilizando um fator sobre 
(multiplicado) o valor do CDV unitário do produto, o resultado seria o preço de venda, e 
o valor encontrado entre PV e CDV deverá cobrir os CDF, os impostos (encargos 
tributários) e retorno (lucro); a segunda consiste em aplicar o fator sobre o custo de 
produção encontrado para o produto, e a diferença entre PV e CT deverá suprir as 
necessidades de recursos para pagar os impostos e retorno sobre o investimento 
(lucro). 
 
IMPORTANTE: dentro deste processo de fixação de preços a empresa pode utilizar a metodologia de 
custeio ABC, o poderá facilitar a leitura e análise de resultado. 
4.5.1.5 Formação de Preço com base no Mercado 
O preço é definido pelo mercado. No fundo é uma metodologia definida como “target 
cost”, isto é, meta de custo, onde o lucro é maximizado pela redução de custos e 
despesas. 
 
Lucro = PV – custo – despesa 
 
4.5.1.6 Método do Preço Corrente: 
 Produtos semelhantes/preços semelhantes; 
 Como a empresa poderá alterar os preços? 
 
4.5.1.6 Método de Imitação de Preços: 
A empresa não tem conhecimento profundo do mercado, seleciona um concorrente que 
tenha características semelhantes e determina o preço com base nele. 
 
 
 
 41
4.5.1.7 Método Preços Agressivos - DUMPIMG: 
 A empresa quer aumentar sua participação no mercado e prática preços abaixo 
do normal, as vezes de forma incentivada ou não; 
 Se a redução for drástica nos preços com a intenção de prejudicar a 
concorrência, isto é chamado de dumpimg. 
 
4.5.1.8 Método Preços Promocionais: 
 
 Utilizados pelos supermercados e lojas de departamentos; 
 Alguns itens são oferecidos a preços baixos com a expectativa de vendas outros 
produtos a preços normais. 
 
4.5.1.9 Método de Preços com base nas características de Mercado (social); 
 Esta metodologia exige um profundo conhecimento do mercado; 
 A empresa precisará ser ágil e praticar o melhor preço conforme a oferta e 
procura; 
 Um produto classe A, com pequenas adaptações poderá atender a classe B a 
partir de um custo mais baixo. 
 
4.5.1.10 Método para venda financiada (prazo): 
 Além dos fatores considerados tanto dos fatores considerados nos na 
formatação de preços por custo ou por mercado, serão considerados os 
aspectos de risco da operação: taxa de juros (prefixados – custo do dinheiro) e 
inadimplência. 
 Os juros prefixados aplicados nas vendas a prazo, podem transformar-se em 
risco para empresa, exigindo que a mesma, suporte variações de custosadicionais dependendo da fonte de captação. Exemplo. A empresa busca 
recurso no exterior e ocorre um descontrole na variação cambial. 
 Toda venda a prazo 10, 15, 30, 60 dias, requer que a empresa, para manter o 
lucro esperado, deve considerar em seus preços de venda encargos 
decorrentes do risco de inadimplência e das flutuações do fluxo de caixa. 
 
4.1.5.11 Método de Preços em situação de Capacidade Ociosa 
 no caso de ocorrer eventual capacidade ociosa em decorr6encia da redução da 
atividade econômica, a empresa poderá praticar política diferenciada de preços. 
 
 
 
 
 42
4.5.2. Variações de preços nas Demonstrações Contábeis 
4.5.2.1. A correção dos balanços 
4.5.2.2. Custos Históricos 
4.5.2.3. Custos Históricos Corrigidos 
4.5.2.4. Custos de Reposição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43
ARTIGO: 
PROPOSTA DE UM MODELO IDEAL DE ATUAÇÃO EMPRESARIAL 
COM ENFOQUE NA CONTROLADORIA 
 
 
Heloisa Helena Rocha Maia: Mestranda em Controladoria e Contabilidade 
Jorge de Souza Pinto: Mestrando em Controladoria e Contabilidade 
 
 
 
Entender a dinâmica dos fatos, planejar alternativas de ação, sinergizar resultados são 
algumas das razões para o estudo dos subsistemas empresariais. Este artigo trata de 
sete subsistemas básicos: institucional, modelo de gestão, subsistema de gestão, 
organizacional, social, físico-operacional e de informação 
A identificação dos requisitos dos subsistemas, além de justificar sua própria 
existência, conduz à compreensão do sistema empresa como um todo. Ao considerar 
as unidades de negócio (compras, produção, vendas, contabilidade, suprimentos etc.) 
como células do sistema empresa, tendo em si a composição global, os subsistemas 
passam a ser nelas evidenciados revelando, entretanto, características peculiares. 
Este trabalho vislumbra a Controladoria como unidade de negócio e caracteriza os 
subsistemas empresariais na sua área de atuação. À Controladoria, é delegada a 
busca pela sinergia dos resultados de cada unidade. O Controller deve atuar como um 
comunicador nesta estrutura sistêmica racional cujo objetivo maior é a melhor atuação 
empresarial. 
 
INTRODUÇÃO 
Os dirigentes das empresas buscam um modelo ideal de atuação para enfrentar o 
crescimento da concorrência e as constantes mudanças ambientais. Tendo em vista o 
processo de interação dinâmica entre a empresa e seu meio ambiente, a informação 
vem se tornando um recurso cada vez mais estratégico. Consequentemente, o papel 
da Controladoria vem ganhando destaque por ser o órgão dentro da empresa 
responsável pelo sistema de informações que apoia o processo de planejamento e 
controle de gestão. 
De acordo com Catelli, gestão pode ser entendida como o processo em que o gestor 
leva a empresa a uma situação objetivada a partir de uma situação atual, através do 
processo de tomada de decisões que conduz a empresa à sua missão. 
A gestão contemporânea, baseada na visão sistêmica da empresa, está voltada para o 
atendimento das necessidades dos diversos grupos da sociedade e, 
concomitantemente, à garantia de sua própria sobrevivência. O contínuo atendimento 
dessas necessidades, através da otimização de resultados, exprime o grau de 
atendimento da eficácia. Portanto, a eficácia de uma empresa resume-se no 
cumprimento de sua missão. 
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Este estudo propõe a busca de um modelo sistêmico ideal de atuação para atingir a 
eficácia empresarial tendo como enfoque a Controladoria como uma unidade de 
negócio. 
Para formatar melhor este objetivo são levantadas as seguintes questões: 
o Qual a configuração ideal do sistema empresa para a otimização do 
resultado, ou seja, quais são seus subsistemas? 
o Quais são os requisitos conceituais básicos de cada subsistema na busca 
da excelência empresarial? 
o Qual o papel e estrutura sistêmica básica da Controladoria na busca da 
eficácia da empresa? 
O objetivo do artigo e as questões acima são suportadas nas seguintes premissas: 
 a empresa é um sistema aberto; 
 a missão é a razão da existência de uma organização; 
 o cumprimento da missão confere a condição de organização eficaz; 
 o resultado econômico global é o melhor indicador da eficácia empresarial 
sendo apurado em cada unidade de negócio evidenciando a eficácia 
individual de cada gestor; 
 os gestores são competentes contribuindo para a missão da empresa; 
 o somatório dos resultados ótimos das partes, não, necessariamente, 
corresponde ao resultado ótimo da empresa; 
 a controladoria caracteriza-se como unidade de negócio, tendo a empresa 
a seguinte estrutura funcional básica: 
Segundo Porter apud Riccio (1993, p.13), "... a vantagem competitiva não pode ser 
compreendida observando-se a empresa como um todo. Ela tem sua origem nas 
inúmeras atividades distintas que uma empresa executa no projeto, na produção, no 
marketing, na entrega e no suporte de seu produto." 
Dessa forma, a Controladoria como as demais áreas da empresa (compras, produção, 
marketing, finanças etc.) é vista como uma unidade de negócio que produz resultado 
econômico através do consumo de recursos e geração de produtos e serviços. 
Dependendo das necessidades peculiares de cada empresa surgem novas áreas 
alterando a estrutura funcional. 
E quanto à estrutura conceitual sistêmica da empresa? Permanece inalterada? 
 
VISÃO SISTÊMICA DA EMPRESA 
Segundo Optner (1972, p. 3): "Um sistema é definido como algum processo em 
funcionamento de um conjunto de elementos, cada um deles funcional e 
operacionalmente unido na consecução de um objetivo." 
Tomando a idéia de "processo em funcionamento" citada na definição, tem-se que o 
sistema empresa envolve um ciclo dinâmico de inputs (entrada de recursos), 
processamento e outputs (geração de produtos e serviços) com o ambiente em que se 
insere. Apoiado nesse ciclo, o sistema empresa coleta do meio ambiente os recursos 
que lhes são necessários - financeiros, humanos, tecnológicos, materiais etc. – que 
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sofrem um processo de transformação gerando produtos e serviços. Esses outputs 
devem possuir estreita relação com as entidades usuárias e fornecedoras do meio 
ambiente, formando uma cadeia de relacionamentos. 
A harmonia do sistema empresa depende da perfeita interação de seus subsistemas. 
Para a busca de um modelo ideal de atuação são propostos os seguintes subsistemas: 
 Subsistema Institucional: define a missão, as crenças e valores da 
empresa; 
 Subsistema Modelo de Gestão: conjunto de princípios permanentes 
voltados à gestão empresarial estabelecidos pelos donos para o 
cumprimento dos gestores; 
 Subsistema de Gestão: diz respeito ao processo decisório da empresa 
para atingir seus propósitos, cumprir sua missão; 
 Subsistema Organizacional: conjunto das relações entre as pessoas 
necessárias à realização das tarefas de forma a atingir o objetivo das 
organizações através do agrupamento em departamentos e definição da 
amplitude administrativa; 
 Subsistema Social: tem como objetivo criar um clima organizacional 
favorável, estabelecer os comportamentos exigidos pela organização; 
 Subsistema Físico-Operacional: corresponde ao complexo de atividades 
de apoio, atividades fins e de corporate da organização, dimensiona as 
variáveis internas e externas dos relacionamentos da empresa; 
 Subsistema de Informação: tem como objetivo apoiar o processo de 
gestão, o processo de tomada de decisão servindo-se como um "sistema 
nervoso" da empresa. Esse subsistema é responsável pela geração, 
processamento e distribuição da informação interagindo os demais 
subsistemas. 
 
SUBSISTEMAS EMPRESARIAIS: 
REQUISITOS E PROCESSO FÍSICO-OPERACIONAL 
 
Subsistema Institucional 
Este subsistema tem como escopo dar o direcionamento da empresa frente ao 
ambiente externo a partir

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