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Resumo sobre Carteiras Rafael Azevedo 1 De nições De nition 1 Podemos de nir a Fronteira de Markowitz como o conjunto de pontos no grá co do Desvio Padrão vs Retornos Esperados, que fornece o menor desvio padrão possível com os ativos disponíveis dado o retorno esperado que se quer obter. De modo matemático, podemos de nir m(kE) = min � � � rC � s:a: E � rC � = kE onde rC é o retorno de alguma carteira construido com os ativos existentes. O grá co de m(kE) vs kE nos fornece a fronteira de Markowitz. Note que a carteira que mínimiza o desvio padrão dado um retorno esperado é a mesma que min- imiza a variância dado um retorno esperado. Deste modo, podemos de nir a fronteira de Markowitz de modo equivalente no grá co do Variância vs Retornos Esperados. Matemáticamente, podemos fazer M(kE) = min � V ar � rC � s:a: E � rC � = kE : Remark 2 Vamos considerar a fronteira de Markowitz para um conjunto de ativos arriscados. O ativo livre de risco não estará incluido no conjunto de ativos exceto quando dissermos explici- tamente. Quando ele está incluido, o que fazemos é retira-lo do conjunto, trabalhar normalmente, e depois o incluir. Quando pensamos em retornos, é mais fácil de interpretar o seu desvio padrão do sua Variância. No entanto, o problema de otimização é mais facilmente expresso usando a variância. Lembre-se que uma carteira pode ser expressa como o peso que se dá para cada ativo e o valor total da carteira. O papel do valor da carteira é pequeno no contexto atual, e podemos não mencioná-la por um tempo. Seja o vetor de pesos: �!! = 0BBB@ !1 !2 ... !n 1CCCA : 1 Lembre-se que admitimos a possibilidade de car vendido (ou seja, !i pode ser menor que zero) e que !1 + !2 + :::+ !n = 1. O retorno de uma carteira de nida com estes pesos é rC = !1r 1 + !2r 2 + :::+ !nr n; onde r1; r2; :::; rn são variáveis aleatórias que representam o retorno de dos ativos. Assim, é fácil ver que E � rC � = !1E � r1 � + !2E � r2 � + :::+ !nE [r n] = !T�!ex onde �!ex = 0BBB@ E [X1] E [X2] ... E [Xn] 1CCCA e �!! = 0BBB@ !1 !2 ... !n 1CCCA : Além disto, sabemos que (vide notas de aula anteriores) V ar � rC � = !T !: Lembrando dos vetores de zeros e uns: �!� = 0BBB@ 1 1 ... 1 1CCCA e �!0 = 0BBB@ 0 0 ... 0 1CCCA ; podemos escrever o problema da fronteira de Markowitz como min ��!! T �!! a:s: !T i = 1 !T�!ex = kE : 1.1 Exemplo Em construção. (Usar as notas de aulas dos alunos e fazer o grá co). 1.2 Solução do Problema da Fronteira de Markowitz O Lagrangeano é do problema anterior é: L = �!! T �!! � �1 � !T i� 1�� �2 �!T�!ex � kE� e a CPO é rL = 2 ! � �1�� �2�!ex = �!0 2 onde �! 0 é o vetor de zeros. Quando o conjuntos de ativos não inclui o ativo livre de risco, podemos mostrar que conseguimos inverter . Neste caso, a solução é: !� = �1 � ��1 2 �+ ��2 2 �!ex � onde ��1 = 2 A�BkE AC �B2 ��2 = 2 CkE �B AC �B2 ; onde temos que A;B e C são constantes. Note que ��1 e � � 2 dependem do retorno xado kE e das constantes: A = (�!ex)T �1�!ex B = (�!ex)T �1� = � �T �1�!ex � C = � �T �1� � : 2 Fatos Importantes Os fatos abaixo consideram que o ativo livre de risco não existe. Esta condição é necessário para que o inverso de exista. Quando incluimos o retorno livre de risco, algumas mudanças são necessárias. � A primeira coisa importante a enfatizar é que a fronteira só depende de e de E (das variâncias, esperanças e covariâncias dos retornos). � Considerem (kE) como de nido acima (ou seja, o menor desvio padrão dado a o retorno esper- ado). Se existirem 3 ativos ou mais, é possível obter uma carteira com qualquer combinação de retorno esperado E � rC � = " e desvio padrão � � rC � , desde que � � rC � � m ("). � Um fato interessante é que a carteira de menor variância dado a esperança é única. Ou seja, existe apenas uma solução !� do problema acima. Além disto, analisando da seção anterio, podemos escrever !� como: !� = �!u +�!v kE ; onde �!u e �!v são vetores colunas xos. Esta expressão ajuda a obter alguns resultados. Por exemplo, por meio dele pode-se mostrar os próximos 2 fatos. � No grá co Desvio Padrão vs Retornos Esperados, temos que a Fronteira é uma hipérbole. � No grá co Variância vs Retornos Esperados, temos que a Fronteira é uma parábola. � A menor variância possível é igual a �2min = 1 C 3 e a carteira com a menor variância tem o retorno esperado igual a B C ; onde A;B e C são as constantes que de nimos no m da seção acima. � Talvez o fato mais importantes é o seguinte: Seja uma carteira p na fronteira e uma carteira q qualquer (ou seja, q pode ou não pertencer a fronteira). O retorno esperado da carteira q depende linearmente de �pq E [rq] = a+ b�pq �pq = cov(rp; rq) �2p : Para quem estudou regressão linear, lembre-se que �pq é a fórmula para o estimador quando fazemos a regressão de rq em relação a rp, ou seja, se zermos a regressão rq = a+ brp + " o estimador de MQO para b é bb = ccov(rp; rq)b�2p : � Pode não parecer no momento, mas o fato acima é um dos mais importantes da Teoria de Finanças! A fórmula usada pelo CAPM (o beta das ações, o alfa dos fundos de investimentos) segue deste fato. O procedimento de trazer o uxo de caixa descontado para saber o preço da ação segue deste fato. Implícito nesta fórmula está um dos fatos mais fundamentais sobre apreça- mento de ativos! Ou seja, repito, implícito nesta fórmula está um dos fatos mais fundamentais sobre apreçamento de ativos! Dado a descrição probabilística de um ativo, conseguimos saber o preço dele se conhecer- mos alguma carteira que está na fronteira de Markowitz! 3 Combinações de Carteiras Em construção. A esperança. A covariância entre carteiras. A variância de combinação de carteiras. cov(rC1; rC2) = � !C1 �T !C2: 4 A Fronteira e o Ativo Livre de Risco Em construção. 4 5 Investidores com Objetivos de Média-Variância Em construção. 5.1 Quando o Objetivo de Média-Variância é Adequado? 5
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