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* Os Sofistas (Sec. V - IV a.C): “Discurso e relativismo da justiça.” Obs.:O sufixo ismo modifica o radical da palavra. Significa exagero. * Sofistas: Conjunto de pensadores, não formam uma escola. O que há de comum entre os sofistas é o fato de ensinarem a retórica e de apontarem para uma unidade entre os conceitos de justiça e legalidade. * 1.1 - Os sofistas foram radicais opositores da tradição. Questionavam as definições absolutas, conceitos fixos e eternos e as tradições inabaláveis. 1.2 - Defendiam: o relativo, o provável, o instável, o convencional. Relativo (ou acidental) X Absoluto (Ou necessário) 1– Ensinamento dos Sofistas: * 1.3 - Relatividade aplicada à lei: a) Uma lei que existe , poderia não ter existido. b) Uma lei que é adotada em um país, não é adotado em outro. 1.4- Nada do que se pode dizer absoluto é aceito pelos sofistas. * 2.1- Protágoras –491- a.C (os mestres): Foi o fundador do “relativismo” ocidental, que ele expressou na célebre fórmula: “O homem é a medida de todas as coisas.” Não há critério absoluto para julgar o bem e o mal, o verdadeiro e o falso. “Cada homem julga conforme o próprio modo de ver as coisas”. Homem = indivíduo Por que não há critério absoluto? 2– Relatividade da justiça: * A posição de Protágoras desencadeou uma reflexão acerca do justo e do injusto, a relativização da justiça. * 2.2 – Segundo os Sofistas, deliberar sobre qual será o conteúdo das leis é atividade preponderantemente humana, e nisso não há nenhuma intervenção da natureza, como admitido pela tradição literária e filosófica grega. - Tradição literária grega: A Lei natural é fundamento da lei positiva. Ou a Lei positiva é derivada da lei natural - Sofistas: A lei é artifício humano * 2.3 -Justificativa sofística para a relatividade da lei: A natureza (physis) faria com que as leis fossem iguais em todas as partes. Ao contrário, o que se vê é que os homens de culturas diferentes vivem legislações e valores jurídicos diferentes, na medida em que encontra em seu poder definir o que é justo e o que é injusto. * 2.4 – Lógica da relatividade dos sofistas: a) O que é bom para “A” pode ser não se bom para “B”. o que é bom para “A” em certas circunstâncias, pode ser mau para ele em outras. b) Está nas mãos dos homens definirem o que é justo e o que é injusto. * 3.1 - A noção de justiça é relativizada na medida em que seu conceito é igualado ao conceito de lei. 3 – A noção de justiça * 3.2 - O que é justo senão o que está na lei? A lei é relativa. Se ela desaparece com o tempo, se é modificada ou substituída por outra superior. Então, com ela, se encaminha também a justiça. Em outras palavras, a mesma inconstância da legalidade (o que é lei hoje, poderá não ser amanhã) passa a ser aplicada à justiça (o que é justo hoje poderá não ser amanhã). * 4.1 -Trasímaco (sofista político) – últimas décadas do séc. V a.C - Sustentou que as leis eram apenas expressões dos mais fortes. A justiça é decidida por aquele tiver força suficiente para impingi-la (impor). A justiça é vantagem para aquele que domina e não para quem é dominado. 4- Outras correntes Sofistas: * 4.2- Cálices - últimas décadas do séc. V a.C - (Sofista Político): As leis eram mera habilidade dos fracos para embaraçarem o melhor direito dos fortes, único legítimo. * Conclusão: Nem as deusas da justiça (Thémis e Diké), nem a natureza dão origem às leis humanas, mas somente os homens podem fazer regras para o convívio social; as leis são atos humanos e racionais que se forjam no seio das necessidades sociais.
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