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SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS (Exatas e Homogêneas) Introdução: O objetivo desta aula é continuar aprendendo a resolver as Equações Diferenciais de primeira ordem (EDO). Na aula anterior foi aprendido os métodos das equações lineares e das separáveis. Nesta aula será estudado os métodos para resolver as Equações Diferenciais de primeira Ordem classificadas como equações exatas e equações homogêneas. Equações exatas Será considerada nesta aula uma nova classe de equações diferencias de 1ª ordem, chamada de exatas, cujo método de solução será explicado abaixo: Sabe-se que y dx + x dy = 0 é uma equação separável mas, y dx + x dy = 0 é também, a derivada do produto x.y, isto é d(x.y). Logo: Diferencial total de uma função de duas variáveis: Se z = f (x, y) é uma função de duas variáveis, com derivadas parciais primeiras contínuas numa região R no plano xy. Sua diferencial, chamada de diferencial total, é: Para o caso específico de z = C (constante), Pode-se chamar: Assim, pode-se escrever a equação diferencial original, da seguinte forma: Ou Teorema: Sejam M(x, y) e N(x, y) funções continuas com derivadas parciais continuas em uma região retangular definida por a < x < b, e c < y < d. Então, uma condição necessária e suficiente para que a equação: Seja uma equação exata é: Exemplo: Verifique se a Equação Diferencial abaixo pode ser classificada como exata: Solução: Logo Sendo assim, a equação é exata! Método de solução de uma Equação Diferencial de 1ª ordem exata Dada uma equação diferencial Seguir os seguintes passos: Mostrar que ; Se for, existirá uma função f (x, y) para a qual: Onde g(y) é a constante de integração em relação a integral a dx. Ou Onde h(x) é a constante de integração em relação a integral a dy. Calcular g(y) e h(x) No caso de g(y): No caso de h(x): Não há necessidade de calcular g(y) e h(x) simultaneamente, basta apenas uma das funções. Exemplo: Resolva a Equação Diferencial abaixo, anteriormente identificada como exata: Solução: Como a equação já foi identificada como exata, bastando agora calcular f(x, y), como abaixo: e Assim, f(x, y) é: Substituindo-se a condição inicial. Assim, a solução final é: Este mesmo problema pode ser resolvido de outra forma: Substituindo-se a condição inicial. Da mesma forma a solução final é: Equação homogênea Funções homogêneas Uma função f = f(x, y) é denominada homogênea de grau k se, para todo t € R, vale a relação Uma função f = f(x, y) é homogênea de grau 0 se, para todo t € R, vale a relação. Exemplo: Verificar se a função é homogênea e se for qual o grau. Solução: A função é homogênea de grau 2. Exemplo: Verificar se a função é homogênea e se for qual o grau. Solução: A função não é homogênea. Generalizando: A função será homogênea se cada uma de suas parcelas tiver o mesmo grau, conforme abaixo: Neste caso cada parcela tem grau 4. Formato das equações diferenciais homogêneas de 1ª ordem Diz-se que uma Equação Diferencial de 1ª ordem na forma é homogênea se ambas as funções M(x, y) e N(x, y) forem homogêneas de grau idênticos, ou seja: Solução das equações diferenciais homogêneas de 1ª ordem Este método é baseado na substituição y = u.x ou x = v.y, onde u e v são variáveis independentes, isto transformará a equação homogênea em uma equação separável. Substituindo, temos: Como as funções M e N são homogêneas, tem-se: Divide-se a equação por xn Equação separável Exemplo: Resolva a equação abaixo: As duas funções e são homogêneas de grau 1. Sendo assim, substitui-se e Como Assim.
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