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5 DIREITO CANÔNICO

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DIREITO CANÔNICO
CARLA CRISTINA
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DIREITO CANÔNICO
Direito da Igreja Católica, e é chamado canônico porque deriva da palavra grega “canon”, que significa regra. 
Existe até hoje, sendo atualizado de tempos em tempos.
Foi importantíssimo na Idade Média, por causa da Igreja, que detinha um poder quase absoluto nos séculos VIII a XV, bem como por ser escrito, o que lhe dava primazia em muitos lugares da Europa, visto que a oralidade imperava numa época de um grande número de analfabetos, tornando-o único.
As fontes são o ius divinum (conjunto de regras extraídas da bíblia), a própria legislação canônica (decisões dos concílios e escritos (decretais) papais) e os costumes e princípios recebidos do direito romano.
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DIREITO ROMANO NA IDADE MÉDIA
Pela sua complexidade e força, não poderia deixar de ser usado durante a Idade Média.
Sobreviveu, com a aplicação direta do Princípio de Personalidade das Leis, através do qual o direito romano continuou a ser aplicado para os romanos e o direito germânico para os invasores bárbaros.
Serviu como fonte de inspiração para novas legislações (fenômeno da recepção do direito romano).
Na Europa Oriental (Bizâncio) continuou a ser utilizado durante toda a Idade Média, mas se pode considerar que a partir do século XII na Itália e, nos séculos seguintes, em toda a Europa Ocidental, houve o chamado “Renascimento” do direito romano.
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RECEPÇÃO DO DIREITO ROMANO
Século XII, com a fundação das universidades, principalmente as de Bolonha, na Itália, onde os chamados glosadores faziam compilações de legislações escritas e organizadas, como o corpus iuris civilis de Justiniano, misturadas a ferramenta intelectual advinda da filosofia grega.
O “renascimento” do direito romano, nesta época, adveio da necessidade das monarquias nacionais absolutistas de legislações escritas e organizadas (codificação).
Código Justinianeu => ponto de partida (ratio scripta – “razão escrita”), sobre o qual se aplica a dialética, a lógica e a retórica. É a primeira tentativa de sistematizar o direito ocidental (direito organizado).
Assim, nas universidades, através das regras metodológicas do saber científico, nasce os conhecimentos integrados em um sistema que pode ser aprendido em seus princípios, que é o IUS COMMUNE => direito comum a todos, qual seria o direito romano interpretado pelos doutores das universidades européias
DIREITO ROMANO-GERMÂNICO.
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BIBLIOGRAFIA
FLAVIA LAGES – HISTÓRIA DO DIREITO GERAL E BRASIL; CAPÍTULO VII.

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