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HISTÓRIA DO DIREITO E OS GRANDES SISTEMAS DO DIREITO CONTEMPORÂNEO
Carla Cristina Campos Ribeiro de Moura
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INTRODUÇÃO
Por que estudar História do Direito?
O objeto da História é o ser humano e a sucessão temporal dos seus atos, em diversas partes do mundo.
“Primeiramente, o fato de pertencermos a um grupo nacional, familiar... pode fazer com que o passado desse grupo tenha um atrativo particular para nós; a segunda razão é a curiosidade, seja anedótica ou acompanhada de uma exigência de inteligibilidade” (Paul Veyne, 1998)
A História do Direito é condição sine qua non para que os futuros advogados possam conhecer melhor as estruturas, as conjunturas e o contexto que levaram os legisladores a elaborarem as normas do Direito, nas diversas famílias, culturas e nações.
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INTRODUÇÃO
DIREITO => A palavra “Direito” bem como ele próprio no sentido amplo da Ciência do Direito vem dos Romanos Antigos, e é a soma da palavra DIS (muito) + RECTUM (reto, justo, certo), ou seja, o que é muito justo, que tem justiça.
Em sentido comum, seria um “Conjunto de normas para a aplicação da justiça e a minimização de conflitos de dada sociedade”
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INTRODUÇÃO
O Jurisconsulto Ulpiniano, mestre da Antiguidade, nos dá uma lição do que é Direito e definindo-o:
“Os que vão se dedicar ao estudo do direito devem começar por saber donde vem a palavra ‘ius’. Na verdade, provem de ‘Iusticia’: pois (retomando a elegante definição de Celso) o direito é a arte do bom e eqüitativo...”
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INTRODUÇÃO
Portanto, sendo o Direito uma produção humana, ele também é cultura e é produto do tempo histórico no qual a sociedade que o produziu ou produz está inserida.
A História do Direito é primordial para auxiliar a compreensão das conexões que existem entre a sociedade, suas características, e o direito que produziu, objetivando uma melhor visualização e entendimento do próprio direito (auto-conhecimento).
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QUESTÕES DE MÉTODO NA HISTÓRIA DO DIREITO 
Lopes(2002) nos ensina que como o direito, a história pode cumprir papel legitimador do status quo, reacionário ou restaurador, pode ainda, exercer um papel legitimador de um novo regime. 
A partir do séc.XIX o principal personagem da história foi o ESTADO, seus vencedores e vencidos 
Atualmente, a tendência é termos uma nova história que rompe o enfoque sobre o Estado e suas políticas e volta-se para a vida material, voltada para a história social. 
Um exemplo trazido por Lopes(2002): Houve uma Revolução na França em 1789, mas os padeiros fizeram os pães no dia seguinte da mesma maneira que no dia anterior. 
É indubitável que a história exerce também um papel crítico, para tanto deve adquirir uma atitude de permanente suspeita com seus próprios descobrimentos.
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QUESTÕES DE MÉTODO NA HISTÓRIA DO DIREITO
Temos em História dois métodos (não são os únicos): a história das estruturas e a história dos episódios ou factual. Lopes(2002) destaca que para se construir uma história total devemos observar os dois métodos, sempre levantando questionamentos voltados para:
SUSPEITA DO PODER:
Exercício da autoridade formalizada pelo direito.
SUSPEITA DO ROMANTISMO:
A história do direito que se fez antes foi uma história romântica.
Por exemplo: A escola histórica, preconizada por Savigny. Essa escola via o direito como fenômeno histórico, espontâneo, defendendo o princípio de que o Direito deve estar em consonância com a realidade social para promover a paz social. Rejeitava a elevação da lei como fonte primária do direito e ressaltava que deveria sobressair-se o espírito do povo.
Segundo Lopes(2002) a pretensão de Savigny era combater as pretensões dos legisladores alemães que se inspiravam no Código Civil Francês, portanto era uma visão nacionalista e tradicional. Savigny também pugnava que o povo não pode falar por si, tendo em vista os inúmeros pontos de vista, então caberia aos professores falarem em nome do povo. Verifica-se que o que parecia primeiramente romântico está ligado a uma situação de poder, poder das idéias e da cultura.
SUSPEITA DAS CONTINUIDADES:
Lopes(2002) assevera que para escaparmos de uma história legitimadora do status quo é indispensável pensar que fomos precedidos por gerações diferentes de nós e que seremos sucedidos por gerações também diferentes de nós. Temos que ser críticos sempre, pois os valores mudam.
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QUESTÕES DE MÉTODO NA HISTÓRIA DO DIREITO
EXEMPLOS
A escravidão. Pensemos a escravidão no Brasil e do mundo antigo. A primeira diferença está no fato de na escravidão do mundo antigo não havia preocupação com a produção do excedente colonial, em segundo lugar a escravidão no mundo antigo não era exclusivamente étnica. Destaca-se, ainda, que quando se começou a fazer a escravidão americana, tal regime servil já havia praticamente desaparecido na Europa ocidental. Portanto a legitimação da escravidão fez-se com elementos jurídicos diferentes dos tradicionais, movido pelo interesse vigente. 
Citemos agora como exemplo a história da família. Podemos pensar que a união entre homem e mulher é algo natural, logo se perpetuou no tempo, mas se pensarmos em matrimônio ou casamento não podemos fazer tal afirmação. Na Roma antiga, o casamento não criava família, porque a família romana era uma unidade produtiva, existia a figura do paterfamilias, ou patriarca, (Pessoas sujeitas ao poder de um paterfamilias, possuíam direitos públicos, tais como capacidade de votar e ser votado para a magistratura ou participar do exército. No tocante aos direitos privados poderiam casar-se, desde que obtivessem o consetimento do paterfamilias. Tudo que adquiriam no campo patrimonial era destinado ao paterfamilias ) que gerenciava o fundo patrimonial e tinha sob sua égide os filhos, a esposa, os escravos e os chamados alien iuris. Portanto, ao pensarmos na palavra família precisamos estar atentos para a continuidade do uso da palavra e não do sentido. 
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QUESTÕES DE MÉTODO NA HISTÓRIA DO DIREITO
SUSPEITA DA IDÉIA DE PROGRESSO E EVOLUÇÃO:
Sempre pensamos no futuro como uma simples continuação de nosso tempo, e que nosso presente é o desenvolvimento evolutivo e natural do passado. Mas na história surgem inovações, e o direito como invenção humana e cultural é muito particular, ora achamos que os nossos antepassados já pensavam as coisas que nós pensamos e só não conseguiam realizar por falta de meios, ora que eram primitivos e o progresso nos trouxe onde estamos e que nós fazemos o uso adequado da razão.
Ao suspeitarmos do progresso podemos observar:
Aquilo que pensamos ser evolução constitui tão somente acumulação de algo que nos pareceu útil no passado (material, cultural, espiritual, etc.)
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AS TAREFAS DA HISTÓRIA DO DIREITO 
O DIREITO VISTO COMO ORDENAMENTO;
Estudar direito como ordenamento seria estudar leis e princípios.
O DIREITO COMO CULTURA
O direito pode ser visto como um espaço onde se produz um pensamento, um discurso e um saber construído pelo ser humano.
O DIREITO COMO UM CONJUNTO DE INSTITUIÇÕES
O direito pode ser visto como práticas sociais reiteradas, as organizações que produzem e aplicam o próprio direito.
Segundo Lopes(2002) a história do direito cruza todos os recursos da nova história com estes três elementos do universo jurídico.
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FINALMENTE...
Contudo, no Brasil, pelas peculiaridades da formação do nosso povo e de como era contada a nossa história,importamos muitos conceitos de fora.
Lopes(2002) destaca que por sermos um povo novo e de cultura jurídica recente não nos damos conta da nossa própria história, mas ela sobrevive inconscientemente como tradição, apesar de em primeiro plano queremos importar a moda recente do hemisfério Norte.
Dessa forma não somos capazes de explicar a originalidade de nossas instituições, porque não percebemos que elas tratam-se de uma mistura de tradições.
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*PORTANTO...
É importante para o futuro advogado conhecer a história do direito, observando o seu objeto, métodos e fontes, e perceber sua importância.
Ademais, perceber os fatores de origem e desenvolvimento do direito brasileiro.
Saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos.
Entretanto...
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O DIREITO COMPARADO
Independentemente de qualquer preocupação acadêmica, as necessidades práticas exigem também o conhecimento dos direitos estrangeiros.
A comparação dos direitos, considerados na sua diversidade geográfica, é tão antiga como a própria ciência do Direito.
Aristóteles escreveu seu Tratado sobre Política se baseando em 153 constituições que regeram cidades gregas ou bárbaras na Idade Antiga.
Na Idade Média comparou-se o Direito Romano e o Direito Canônico, e o mesmo aconteceu na Inglaterra, no século XVI, sobre os méritos comparados do Direito Canônico e a Commom Law.
A comparação dos costumes serviu mais tarde para Montesquieu, por penetrar no Espírito das Leis e redigir sobre um bom sistema de governo.
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CONCLUINDO
Não é mais possível isolarmo-nos dos homens que vivem em outros Estados e em outras partes do globo. O mundo atual impõe sempre uma nova visão dos problemas que lhe dizem respeito em época globalizada.
Tentaremos, pois, compreender o desenvolvimento do direito e seus estudos, a partir do remonte da trajetória histórica desta ciência em diferentes épocas e culturas.
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REFERÊNCIAS
CASTRO, Flávia Lages de. História do direito geral e Brasil.Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003.
LOPES, José Reinaldo de Lima. O direito na história: lições introdutórias. 2ed. São Paulo: Max Limonad, 2002.
DAVID, René. Os Grandes Sistemas Do Direito Contemporâneo. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002

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