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* Apropriação Indébita Bem Jurídico: Propriedade Posse: excepcionalmente: a ratio da incriminação reside na necessidade de proteger o proprietário contra o abuso do possuidor * Sujeitos do Crime Sujeito ativo: quem está na posse ou detenção não vigiada de coisa alheia móvel Proprietário não pode ser sujeito ativo. Se o nu proprietário vende coisa que o usufrutuário lhe tenha emprestado: o primeiro responderá por estelionato; usufrutuário que aliena: apropriação indébita Condômino de coisa infungível: pode haver o crime * Sujeitos do Crime (cont.) Sujeito passivo: proprietário É o que sofre o prejuízo Pode ser pessoa física ou jurídica Excepcionalmente o possuidor * Tipo Objetivo Apropriar-se: tomar para si/ fazer sua coisa alheia. Deve consumir, alienar ou reter. O uso não caracteriza o crime Pressuposto da apropriação: anterior posse lícita da coisa alheia (inclui a detenção não vigiada) Objeto material: coisa móvel alheia, corpórea: suscetível de apreensão. Imóveis (desde que mobilizados) e semoventes * Tipo Objetivo (cont.) Coisa fungível: pode ser restituída na mesma espécie, quantidade e qualidade; pode ser confiada em empréstimo ou guarda: não é objeto do crime de apropriação Coisas fungíveis que podem ser objeto do crime: Entregues para armazenagem, beneficiamento ou a terceiro Dinheiro: não o mútuo, mas para entrega a alguém: cobradores, caixeiro-viajante Coisas imateriais (direito e ações): só são objeto do crime se representadas por coisas: título de crédito, documentos * Tipo Objetivo (cont.) Coisas fora do comércio, desde que tenham valor pecuniário ou sentimental: pode ser objeto do crime Posse do objeto deve ser direta e em nome alheio Posse do continente não abrange a do conteúdo: ex. cofre (continente) com dinheiro (conteúdo) Posse de origem criminosa: se desconhece, não há apropriação, se não houver a intenção de ficar com o bem como se fosse seu; se há a intenção de ficar com o bem como se fosse seu: há apropriação. Se conhece a origem ilícita: receptação * Tipo Objetivo (cont.) Posse ilícita pela natureza do objeto: entorpecentes, petrechos para falsificação de moedas – não há apropriação mas outros crimes Deve haver tradição livre e consciente: origem legítima e disponibilidade Não-restituição do objeto: com o vencimento do prazo. Se não houver prazo: com interpelação Não é pressuposto do crime que o devedor seja constituído em mora Inadimplemento contratual ou descaso: não caracteriza o crime Se a coisa é fungível e o agente estava disposto a pagar, tendo idoneidade econômica: afasta o crime. Não basta a esperança, mas a fundada certeza * Tipo Objetivo (cont.) Não há necessidade de prestação de contas Se houver reciprocidade de crédito/débito, complexidade de contas, gestão de contas, mandato: há necessidade de prestação de contas * Tipo Subjetivo Dolo Elemento subjetivo do tipo: há Não há o crime quando o agente: Pode reter o objeto: compensação Simples mora em restituir, não o tendo feito por qualquer circunstância Recebimento adiantado, não realizando o serviço * Consumação/Tentativa Consuma-se: inversão da posse em domínio. Competência: local onde houve a inversão da posse Prejuízo: necessário Tentativa: possível, por ser crime material (Hungria, Cezar) Contra (Prado): tentativa é inadmissível * Apropriação Qualificada Coisa recebida em depósito necessário Código Civil: artigo 647, I (depósito legal);II (miserável: calamidade); bagagem (artigo 649) (equiparado aos anteriores) Cezar/Damásio/Prado: aplica-se o legal e o miserável Bagagem (Cezar e Hungria): aplicável a causa de aumento prevista no inciso III (em razão de ofício, emprego ou profissão) * Apropriação Qualificada (cont.) 2. Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro, depositário judicial: violação dos deveres inerentes aos cargos ocupados pelos agentes 3. Ofício: arte mecânica ou manual; emprego: relação de subordinação; profissão: atividade que exige habilitação técnica
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