O ENSINO DO VOLEIBOL

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O ENSINO DO VOLEIBOL 
 
Prof. Domingos Sávio Pimentel Mendes 
 
 
 
 
 
 
2016.2 
 
 
 
VOLEIBOL 
Definição: Jogo praticado entre duas equipes de número igual de jogadores 
(oficialmente 6 por equipe). Considerado esporte coletivo não invasivo já que 
as equipes não têm contato físico. As mesmas são separadas por uma rede 
horizontal. O objetivo do jogo é fazer com que a bola ou caia na quadra do 
adversário ou toque no adversário e caia ou toque fora dos limites do campo 
de jogo mais vezes. 
Histórico: O Prof. de Educação Física Willian G. Morgan, Diretor do 
Departamento de Educação Física Da ACM (Associação Cristã de Moços) de 
Holyote – Massachusetts – EUA, em 1895, resolveu criar um esporte suave, 
de grande motivação, sem contato físico, que pudesse ser praticado por 
alunos de idade avançada, mas que trouxesse benefícios à saúde e 
proporcionasse uma boa forma atlética. 
 
# Características do Jogo: 
- Jogado por 2 equipes de igual número de jogadores; 
- Em jogos oficiais 6 jogadores em quadra para cada equipe; 
- A bola quando em jogo está sempre no ar e em movimento, nunca presa ou 
parada; 
- Não pode haver contato físico; 
- 1 rede horizontal separa as 2 equipes; 
- O jogo acontece com a passagem da bola por cima da rede. 
- SET: conjunto de pontos de uma parte da partida. 
- Para ganhar a partida a equipe tem que ganhar 3 SET's. 
- Tie-break: é o SET de desempate caso o jogo fique empate em 2x2. 
- RALLY: disputa de um ponto. 
 
# Fundamentos Técnicos: 
 SAQUE: Ato de colocar a bola em jogo enviando-a para a quadra 
adversária. 
 
 
TIPOS: 
* POR BAIXO 
* TIPO TÊNIS 
* EM SUSPENSÃO (VIAGEM) 
 
 
 
 MANCHETE: Fundamento que representa uma das formas de 
recepção. Em posição básica, braços estendidos à frente do corpo, 
dedos unidos de uma mão sobrepostos ao da outra, de forma que os 
polegares fiquem paralelos. Na chegada na bola as pernas se 
estenderão o peso do corpo é transferido para a perna da frente, a 
bola deverá tocar o antebraço. 
 
TOQUE: ato de tocar a bola com as duas mãos simultaneamente com o 
intuito de passar a bola para o companheiro ou enviar para a 
quadraadversária. 
 
 
 ATAQUE OU CORTADA: ato de arrematar a bola com uma das mãos 
em direção à quadra adversária com o intuito de marcar o ponto. 
 
 
 BLOQUEIO: Ato de tentar bloquear a passagem da bola atacada pelo 
adversário. Consiste no primeiro ato de defesa durante um rally. 
Utilizado tanto para contra-atacar, quanto para amortecer a potência 
do ataque, facilitando a ação da defesa. 
 
 
 
 
 
 
 DEFESAS: As defesas podem ser em pé, rolamentos, e 
mergulho.Defesas em pé: com utilização da manchete, manchete 
inversa, mão fechadas abertas, com os pés. 
 
 
 COBERTURAS: Podem ser defensivas ou ofensivas. É o ato de 
impedir que uma bola atacada ou rebatida caia na quadra ou fora, 
ocasionando assim o ponto para o adversário. 
# Fundamentos Táticos: 
 Posições 
1. Defesa Direita 
2. Ataque direito (saída de rede) 
3. Ataque Central (meio de rede) 
4. Ataque esquerdo (entrada de rede) 
5. Defesa Esquerda 
6. Defesa Central (oposto, se o lev. for o 3) 
 
 Rodízio: Os jogadores da equipe que não sacou, se vencerem o rally 
(disputa do ponto) devem mudar de posição no sentido horário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistemas de Jogo: Quantidade de atacantes (A) e de 
levantadores(L). (6x0; 4x2; 5x1; 3x3; 6x1; 6x2; 6x6). (AxL). 
 
# Regras: 
1. Área de Jogo: 
 Retângulo de 18m x 9m dividido ao meio em duas partes de 9m²; 
 
 
 
2. Rede e Postes 
 Medidas da rede: 9,5m x 1m (malha - 10cm²); 
 Antenas: 1,80m, com 1m na rede e 80cm acima da rede. 
 Faixa superior da rede: 7cm 
 altura da rede do solo até o limite superior (2,43 masc. e 2,24 fem.) 
 
 
4 
6 
5 
3 2 
1 
 
 
3. A Bola 
 Circunferência: 65 a 67cm. 
 260 a 280 gramas de peso. 
4. Equipes 
 12 jogadores. 6 efetivos e 6 reservas. 
 1 técnico e até 2 assistentes técnicos. 
 Até 14 jogadores podem ser inscritos. 
 1 médico e 1 fisioterapeuta. 
5. Responsáveis pela Equipe 
 O técnico e o Capitão são responsáveis pela disciplina da equipe. 
 O Líbero não pode ser Capitão. 
6. Para marcar um ponto, vencer um set e uma partida. 
 PONTO: A bola colocada em jogo por um saque, caindo direto na 
quadra adversária ou depois de um Rally, é ponto. Também se tocar 
em qualquer jogador e cair fora da área de jogo, será assinalado 
PONTO. 
 Vence um set a equipe que marcar 25 pontos primeiro. 
 Em caso de empate de 24 a 24, o jogo será decidido por aquele que 
colocar 2 pontos consecutivos à frente. 
 Para vencer uma partida, uma equipe tem que vencer 3 set's. 
 Em caso de empate de 2 set's a 2, a partida será decidida em um set 
de desempate TIE BREAK, de 15 pontos. 
7. Estrutura do Jogo 
 SORTEIO: O 1º árbitro sorteia a saída de bola. 
 AQUECIMENTO OFICIAL: Também definido pelo 1º árbitro, pode 
variar de 6 a 10 min. 
 FORMAÇÃO INICIAL DAS EQUIPES: Cada equipe apresentará 6 
jogadores em quadra. 
 FALTA DE POSIÇÃO: A equipe é penalizada com a perda do Rally se 
algum jogador não estiver na posição correta após o saque. 
 ROTAÇÃO: A ordem de rotação é definida pela formação inicial da 
equipe em quadra e deve ser obedecida durante todo o set. 
8. Situações de Jogo 
 BOLA EM JOGO: A partir do saque. 
 BOLA FORA DE JOGO: Quando cai na quadra ou fora da quadra; 
quando toca em algo fora da quadra ou quando ocorre alguma 
irregularidade. 
 BOLA FORA: A bola cai fora das linhas da quadra. 
 BOLA DENTRO: A bola cai dentro de um dos lados da quadra no final 
de um Rally. 
 
 
 
9. Jogando a Bola 
 Cada equipe deve atuar dentro da sua área de jogo, podendo a bola 
ser recuperada fora da quadra na zona livre. 
 Cada jogador pode tocar a bola 1 vez no rally. Exceto se tocar após 
toque de bloqueio. 
 Cada equipe pode tocar até 3 vezes na bola antes de passá-la para a 
quadra adversária. 
 A bola não pode ser retida na mão ou em qualquer parte do corpo 
(CONDUÇÃO). 
 O jogador não pode efetuar o toque se apoiando em algo ou em 
alguém. 
10. Bola em relação à rede 
 A bola pode tocar a rede e cair na quadra adversária, valendo o ponto. 
 A bola pode tocar na rede e ser recuperada dentro do limite dos 3 
toques por equipe. 
11. Jogador na rede 
 O jogador não pode invadir o campo do adversário por cima ou por 
baixo da rede, se tal ato vier a prejudicar o adversário no rally. 
12. Saque 
 Bola em jogo. Não pode ser bloqueado.O jogador não pode pisar 
na linha no momento da execução. E não pode lançar a bola para 
cima e não sacar. 
13. Golpe de Ataque (Fundamento Técnico) 
14. Bloqueio (Fundamento Técnico) 
15. Interrupções 
 Tempos de descanso (2 de 30 segundos por set pra cada equipe) 
pedidos pelo técnico ou responsável pela equipe. 
 Substituições (o jogador da formação inicial pode ser substituído 1 
vez no set e retornar no lugar daquele que o substituiu, com 
excessão do líbero); 
 Tempos técnicos: 2 por set. Sempre que uma equipe marcar primeiro 
8 pontos e depois 16 pontos. 
16. Retardamentos 
 Prolongar uma interrupção regular 
 Prolongar interrupção após receber instruções para retomar o jogo; 
 Requisitar substituição ilegal; 
 Repetir uma solicitação indevida; 
 Qualquer membro da equipe retardar o andamento do jogo. Sansão pelo 1º árbitro. 
17. Interrupções Excepcionais do Jogo. 
 Lesão ou mal-súbito. 
 
 
 Interferências externas. 
 Circunstâncias imprevistas. 
18. Intervalos e troca de Quadra 
 Entre os set's o intervalo é de 3 minutos, com troca de quadra. 
 No set de desempate quando uma equipe chega primeiro nos 8 pontos 
há troca de quadra. 
19. O Jogador Líbero 
 Cada equipe pode designar até 2 líberos; 
 Somente um dos 2 pode estar em quadra; 
 O uniforme deve ser diferente do resto da equipe; 
 Pode efetuar substituição com qualquer jogador que se encontre na 
zona de defesa; 
 não pode atacar se a bola estiver no nível do bordo superior da rede; 
 não pode sacar, bloquear nem tentar bloquear; 
 Suas substituições não contam para a equipe; 
 Quando substituído deverá voltar para o lugar daquele que o 
substituiu pela zona de defesa. 
 O líbero só pode efetuar um levantamento se estiver na zona de 
defesa. Caso o faça da zona de ataque o jogador que for atacar só 
pode efetuar abaixo do bordo superior da rede. 
20. Requisitos de Conduta 
# Arbitragem: 
 A função do árbitro é de medir e não de decidir quem é o melhor, 
visto que essa decisão depende dos próprios jogadores. 
 
 
 
 Qualidades do Arbitro: 
- Gostar de arbitrar 
- Conhecer a técnica 
- Honestidade 
- Concentração e atenção 
- Imparcialidade 
- Confiança e serenidade com os jogadores 
- Respeito 
- Correção 
 
 
- Boa apresentação e aparência 
 
 Composição da arbitragem no Voleibol: 
- 1º ÁRBITRO 
- 2º ÁRBITRO 
- JUÍZES DE LINHA 
- APONTADOR 
 Atribuições: 
1º ÁRBITRO: 
 Sorteio e controle do aquecimento; 
 Sanciona as condutas incorretas e as demoras do jogo; 
 Assinala as faltas de posição no saque; 
 Assinala as faltas de toque (2 toques, 4 toques, condução e 
bola dentro); 
 Assinala as faltas por cima da rede. 
 
 2º ÁRBITRO: 
 Decide sobre todas as faltas na linha central e toques na rede; 
 Bloqueios irregulares e ataques da defesa; 
 Bolas fora e nas antenas; 
 Substituições e tempo de repouso; 
 Verifica as posições das equipes no início do set; 
 Controla a conduta dos jogadores no banco; 
 Auxilia o 1º árbitro em faltas não vistas. 
 Está sempre posicionado do lado da equipe que recebe o saque. 
 
 JUÍZES DE LINHA: 
 Assinalam o contato da bola com o terreno; 
 Toque de bola em qualquer jogador; 
 Bola por fora das antenas; 
 Assinala as faltas no saque. 
 
 APONTADOR (Responsabilidades): 
 Os nomes dos jogadores; 
 A formação inicial; 
 A ordem de rotação; 
 Os pontos de cada equipe; 
 Os tempos de repouso pedidos; 
 As substituições; 
 Alertar as rotações incorretas; 
 Todos os acontecimentos do jogo; 
 
 
 Tempo de jogo. 
 
 Gestos da Arbitragem: 
 
 
 
Autorização para o saque. Único 
gesto que é simultâneo com o apito. 
Bola levantada na execução do 
saque. Uma vez levantada tem que 
ser feito o saque. 
 
 
Cortina ou falta de bloqueio. Indicação da equipe a sacar. 
 
 
Bola dentro. Bola fora. 
 
 
 
 
Bola tocada. 4 toques. 
 
 
Dois toques Condução de bola 
 
 
 
Dúvidas sobre qualquer jogada. Transposição por cima da rede- 
Invasão. 
 
 
Rede tocada por jogador. Invasão do campo adversário por 
baixo ou bola que passa por baixo da 
rede. 
 
 
 
 
Flata de ataque de um defesa. Ou 
seja, um jogador de defesa atacou 
pisando dentro da zona de ataque. 
Falta no rodízio. 
 
 
Desconto de tempo Substituição 
 
 
Advertência (por conduta imprópria) Penalidade (por conduta imprópria) 
 
Expulsão Desqualificação 
 
 
 
 
 
 
Retardo no Saque Retardamento no jogo 
 
JUÍZES DE LINHA: 
 
 
BOLA DENTRO BOLA FORA 
 
 
Bola fora, mas tocou em alguém. Bola fora das antenas; falta de 
saque (pisou na linha); bola tocou 
algo fora da quadra. 
 
 
 
 
 
 
Não foi possível 
julgar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
# Principais Valências Físicas envolvidas: 
- Força, Resistência de Força, Velocidade, Potência, Velocidade de Reação, 
Agilidade, Coordenação e Flexibilidade. 
 
# Voleibol da Escola: 
- É o ensino da modalidade esportiva voleibol quando dentro dos padrões 
curriculares da escola com o intuito de desenvolver as capacidades bio-
psico-sociais da criança, obedecendo às faixas etárias e às fases de 
desenvolvimento humano. 
# Voleibol na Escola: 
- É a aplicação do voleibol dentro da escola como forma de esporte de 
rendimento. Atropelando as fases de desenvolvimento. Forçando as crianças 
a adquirirem uma postura de mini-atletas. 
 
# Métodos de Ensino do Voleibol Escolar 
- MÉTODO PARCIAL: É o ensino do jogo por partes, através do 
desenvolvimento dos fundamentos, habilidades motoras que compõem o jogo. 
(Ex: exercício educativo para o saque). 
- MÉTODO GLOBAL: Consiste em desenvolver e proporcionar a 
aprendizagem do jogo através do próprio jogo. (Ex: Jogo de 3x3). 
- MÉTODO MISTO : Nesse método se utiliza 2 ou mais fundamentos, em 
exercícios educativos ou em jogos pré-esportivos. (Ex: Educativo para 
TOQUE E MANCHETE). 
Exercícios Educativos: São exercícios repetidos utilizados no ensino e no 
treinamento esportivo, que visam estereotipar e mecanizar os movimentos 
do praticante, para que este possa realizar os gestos dos elementos 
técnicos com maior economia de esforço, maior exatidão e maior precisão. 
 
Treinamento Técnico- Realização sistemática e repetitiva da execução dos 
gestos técnicos com vistas a aprimorar a execução dos mesmos na busca da 
melhor performance. 
Treinamento Tático: Utilização dos conhecimentos técnicos em simulações 
repetitivas de situações de jogo ensaiadas, com o objetivo de ludibriar a 
defensiva adversária no momento do jogo. 
 
 
Treinamento Físico-Técnico: Tipo de treinamento em que se explora as 
valências físicas específicas da modalidade de forma associada com um ou 
mais elementos técnicos do jogo. (Ex. saltos sobre cones com execução de 
bloqueio no final). 
Preparação Física no Voleibol: Exercício resistidos predominando 
resistência de força e potência; Circuitos cardio-respiratórios com 
variações de movimentos específicos para a modalidade; circuitos 
anaeróbios de agilidade, coordenação, velocidade e velocidade de reação. 
Pliometria. Exercícios funcionais voltados para os padrões de movimento 
exigidos pelo voleibol. E treinamento de flexionamento. Tudo isso 
intercalando corretamente os treinos para não prejudicar o rendimento.