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CONTEÚDO - CURSO DE NIVELAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - ETAPA 1

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ETAPA 1 – VERBOS: PALAVRAS QUE DIZEM MUITO 
 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
 
Apresentamos a você o Curso de Nivelamento em 
Língua Portuguesa. Pronto para mais este desafio? 
 
O objetivo deste curso é aprimorar alguns conceitos 
sobre o uso das regras básicas da Língua Portuguesa 
através de um estudo simplificado, e fixar o conteúdo 
através de atividades interativas. 
 
Pensando em facilitar a compreensão e o estudo da 
Língua Portuguesa, o curso foi dividido em quatro 
etapas. Vamos conhecer cada uma delas para que 
você possa estar por dentro do que aprenderá 
durante esse curso? 
 
A primeira etapa, intitulada “Verbos: palavras que 
dizem muito” inicia com o uso dos verbos em si, 
explicando de forma clara e simplificada os seus 
principais usos e dicas de como utilizá-los de forma 
prática. 
 
Ortografia, tonicidade da sílaba, acentuação e uso da 
crase é o assunto que será abordado na segunda 
etapa. Você verá, de forma prática, como trabalhar 
com estes temas, que muitas vezes causam 
dificuldades. 
 
Pontuação e parágrafo serão apresentados na terceira 
etapa. Algumas dicas importantes sobre estes temas 
serão abordados de forma simplificada. 
 
O estudo do texto é o tema abordado na quarta 
etapa. Você conhecerá as regras para escrever bem 
um texto. Coesão e coerência, concordância e 
regência são temas que serão discutidos e praticados 
nesta etapa, para que você, acadêmico(a), possa 
praticar melhor a sua habilidade em desenvolver 
textos. 
 
As autoras. 
VERBOS: PALAVRAS QUE DIZEM MUITO. 
 
 
Caro (a) leitor(a)! 
Estamos prestes a iniciar os estudos que abordarão o 
uso dos verbos. Você já se perguntou qual a origem 
da palavra verbo? 
 Verbo deriva do latim verbum, que tem origem indo-europeia werdHom. 
Possui a mesma raiz wer (falar), do germânico wordam (palavra). 
 
 
 
Afinal, para que usamos o verbo? Verbo é toda 
palavra que exprime um processo que se passa no 
tempo. Pode significar ação, estado, fenômeno da 
natureza. Muitas informações importantes estão 
contidas no verbo, tais como tempo, modo, pessoa, 
voz e número, que estudaremos com detalhes 
adiante. Também são classificadas como palavras que 
podem ser conjugadas. 
 
De acordo com Cunha (2001), o verbo é uma palavra 
variável que exprime o que se passa, isto é, um 
acontecimento representado no tempo. O verbo, 
segundo Cunha, não tem uma função que lhe seja 
privativa, pois também o substantivo e o adjetivo 
podem ser núcleos do predicado. Porém, 
individualiza-se pela função obrigatória de predicado. 
Observe o exemplo: Paula convidou os 
amigos. Também podem estabelecer ligação entre um 
nome e uma característica, como em Ana está feliz. 
 
Agora que já sabemos qual a função dos verbos, 
vamos conhecer um pouco mais sobre eles. 
 
Para descontrair... 
 
 
Na aula de português, a professora pergunta para 
Joãozinho: 
- Joãozinho, qual é o futuro do verbo roubar? 
Ele, sem pestanejar, responde: 
- Ir preso, professora. 
A professora mandou Joãozinho recitar uma poesia. 
Ele, todo cheio de compostura, começou a declamar: 
 
- Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós 
cavais, eles cavam. 
A professora, intrigada, pede ao Joãozinho: 
- Joãozinho, mas o que há de poético nestes verbos? 
Joãozinho, com muita convicção, responde: 
- Professora, isso pode não ser poético, mas é 
bastante profundo. 
 
FONTE: Adaptado de: . Acesso em: 18 jan. 2011. 
 
 
Conjugações verbais 
Conjugar um verbo significa dizê-lo em todos os seus 
modos, pessoas, tempos, vozes e números. Quando 
agrupamos todas essas flexões, de acordo com uma 
ordem, temos uma conjugação. Os verbos da Língua 
Portuguesa são classificados em três diferentes 
grupos, caracterizados pela vogal temática. 
 
 
NOTA 
 
Vogal temática é a parte que indica a conjugação à 
qual os verbos pertencem. É formada pela vogal que 
vem depois do radical. EX: Cant - a - r. (a - vogal 
temática); Sofr - e - r (e - vogal temática); Part - i - r 
(i - vogal temática). 
 
Veja quais são os três grupos de conjugações da 
Língua Portuguesa: 
 
1ª conjugação Verbos terminados em 
AR 
EX: cantar, sonhar, 
falar. 
2ª conjugação Verbos terminados em 
ER 
EX: comer, sofrer, 
mexer. 
3ª conjugação Verbos terminados em 
IR 
EX: partir, sentir, 
emitir. 
 
 
E os verbos terminados em OR, como em compor, 
supor, dispor? Por que foram classificados na segunda 
conjugação, terminados em ER? Vamos à explicação: 
esses verbos, por terem origem no antigo verbo poer, 
são encaixados na segunda conjugação. 
 
Muito bem. Agora que já conhecemos as conjugações 
verbais, vamos praticar? 
Classifique os verbos abaixo em 1ª, 2ª ou 3ª 
conjugação: 
a. Explicar: ____________________ d. 
Rever:________________________ 
b. Dividir: ______________________ e. Bater: 
________________________ 
c. Mentir: ______________________ f. Caprichar: 
_______________________ 
 
(Gabarito: a - 1ª, b – 3ª, c – 3ª, d – 2ª, e – 2ª, f – 
1ª) 
 
Vamos seguir em frente, pois ainda há muito o que 
aprender. 
Flexão verbal 
O verbo é uma palavra variável, ou seja, ele se 
flexiona em número: singular e plural, pessoa: 1ª, 2ª 
e 3ª; modo: indicativo, subjuntivo e imperativo; 
tempo: presente, passado e futuro; e voz: ativa, 
passiva e reflexiva. Quanto a estas flexões, 
estudaremos uma a uma de forma detalhada para 
facilitar a sua compreensão. 
 
 NOTA 
 
Mas afinal, o que é flexionar um verbo? Flexionar 
quer dizer adaptar o verbo ao número, ao modo, ao 
tempo e à voz, fazendo com que ele concorde com o 
pronome anterior a ele. 
 
 
Vejamos: 
Número e pessoa: a flexão de número é quando a 
forma indica se o verbo está no singular ou no plural. 
Singular quando se refere a apenas uma pessoa (eu 
ando, tu andas, ele anda). Plural quando se refere a 
mais de uma pessoa (nós andamos, vós andais, eles 
andam). 
Assim, os verbos se flexionam em número (singular 
ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª). 
 
Veja a tabela: 
 
Número Pessoa Pronome que o 
representa 
Exemplo utilizando o 
verbo cantar 
 
Singular 
1ª 
2ª 
3ª 
Eu 
Tu 
Ele/Ela 
Eu canto. 
Tu cantas. 
Ele canta. 
 
Plural 
1ª 
2ª 
3ª 
Nós 
Vós 
Eles/Elas 
Nós cantamos. 
Vós cantais. 
Eles cantam. 
 
 
Agora que já estudamos o número e a pessoa dos 
verbos, vamos conhecer o modo e o tempo verbal. 
 
- Modo verbal: é a flexão que nos mostra qual é a intenção 
do falante ao expor suas ideias. Através desta flexão, 
podemos perceber se o que é expresso por ele indica uma 
dúvida ou possibilidade, uma certeza ou uma ordem. Os 
verbos são classificados em três modos: Veja abaixo: 
 
a. Modo indicativo: indica um fato que ocorre, ocorreu ou 
ocorrerá com certeza. Um fato real. Por exemplo: Carlos 
partiu ontem. Nesta oração, temos certeza de que Carlos 
realmente partiu. O fato está concretizado. 
 
b. Modo subjuntivo: indica um fato hipotético, ou seja, não é 
certo que acontecerá. Pode exprimir dúvida, probabilidade ou 
suposição. Por exemplo: Quem sabe eu vá ao baile se não 
chover. Nesta oração, não se sabe ao certo se a ação 
ocorrerá. O fato não está concretizado. 
 
 
c. Modo imperativo: indica ordem, pedido, súplica, sugestão, 
convite. Observando o exemplo Feche a porta, por 
favor, percebemosque a oração exprime uma ordem ao seu 
receptor. 
 
- Tempo verbal: o estudo do tempo verbal é um pouco mais 
complexo do que os demais, mas muito interessante, pois, a 
partir da observação deste, podemos saberquando a ação ou 
o fato foram realizados. Desta forma, observe a tabela a 
seguir e perceba que o tempo verbal divide-se em três 
grandes grupos: presente, pretérito (que é o mesmo que 
passado) e futuro. O passado, por sua vez, subdivide-se em 
pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-
perfeito e o futuro subdivide-se em futuro do presente e 
futuro do pretérito. 
Tempo 
verbal 
Conceito Tempo 
verbal 
Conceito Exemplo 
 
 
 
Presente 
 
Indica ações 
ou fatos que 
ocorrem no 
momento no 
momento em 
que o emissor 
fala. 
 
 
 
Ele dança. 
 
 
 
 
 
 
Pretérito 
perfeito 
Indica fatos que 
foram 
observados após 
terem sido 
completamente 
terminados. 
 
 
Ele dançou. 
 
 
 
Pretérito 
 
 
Indica ações 
ou fatos que 
já 
aconteceram. 
Divide-se em: 
 
 
Pretérito 
imperfeito 
 
Indica fatos que 
foram 
observados 
antes de terem 
sido 
terminados. 
 
 
Ele 
dançava. 
 
 
 
Pretérito 
mais-que-
perfeito 
Indica fatos que 
já foram 
terminados, mas 
que 
aconteceram 
antes de outro 
fato que 
também já foi 
terminado. 
 
 
 
 
Ele dançara. 
 
 
Futuro 
Indica ações 
ou fatos que 
irão 
acontecer. 
Divide-se em: 
 
 
Futuro do 
presente 
Indica fatos que 
acontecerão 
depois do 
momento em 
que se fala. 
 
 
Ele dançará. 
 
Futuro do 
pretérito 
 
Indica um fato 
futuro, mas que 
se relaciona a 
um fato já 
ocorrido. 
 
 
Ele 
dançaria. 
 
Distinções entre o pretérito perfeito e imperfeito 
 
Para compreender melhor o uso dos pretéritos, 
convém saber algumas distinções entre eles. Veja: 
 
• O pretérito imperfeito exprime fatos que acontecem 
habitualmente (Quando eu o encontrava, conversava 
com ele). Já o pretérito perfeito exprime fatos que 
não acontecem habitualmente (Quando eu o 
encontrei, conversei com ele). 
 
• O pretérito imperfeito exprime uma ação duradoura, 
sem limite de tempo. (A garota dançava durante o 
show). Já o pretérito perfeito indica uma ação que 
aconteceu num determinado momento, limitando-o 
no tempo. (A garota dançou durante o show). 
 
 
Observações: A forma sintética do pretérito mais-
que-perfeito, ou seja, esta que estamos acostumados 
a ver conjugado, está sendo cada vez menos utilizada 
nos textos escritos e praticamente extinta da língua 
falada. Na língua portuguesa predomina o uso da 
forma analítica ou composta, ou seja, usamos o verbo 
TER ou HAVER + o verbo no particípio, que 
estudaremos mais adiante. Vale salientar que uma 
forma não é mais importante que a outra. Cada uma 
é utilizada de acordo com o tipo de texto que se está 
escrevendo. Para compreender melhor, observe os 
exemplos: 
 
Forma sintética: O médico internara o paciente 
às pressas. 
Forma analítica ou composta: O médico tinha 
internado o paciente às pressas. 
Forma sintética: Quando você me acordou, o ônibus 
já passara. 
Forma analítica ou composta: Quando você me 
acordou, o ônibus já tinha passado. 
 
 
Agora, vamos adiante. Para descontrair, vamos 
exercitar o que aprendemos até agora? Classifique o 
verbo destacado nas sentenças a seguir em modo, 
tempo, pessoa e número, conforme o exemplo dado: 
 
 
EXEMPLO: A menina caiu do cavalo. 
Resposta: Modo: indicativo; tempo pretérito perfeito; 
pessoa e número: terceira pessoa do singular. 
 
 
a. Eu viajaria se tivesse dinheiro. 
Resposta: 
_________________________________________________
____ 
 
b. Carla estudara muito para a prova. 
Resposta: 
_________________________________________________
____ 
 
c. As coisas acontecerão dentro do tempo proposto. 
Resposta: 
_________________________________________________
____ 
 
 
(Gabarito: a. modo: indicativo; tempo: futuro do 
pretérito; pessoa e número: primeira pessoa do 
singular. / b. modo: indicativo; tempo: pretérito 
mais-queperfeito; pessoa e número: terceira pessoa 
do singular. / c. modo: indicativo; tempo: futuro do 
presente; pessoa e número: terceira pessoa do 
plural.) 
P�gina 
 
- Vozes verbais: as vozes verbais indicam se o sujeito da 
oração pratica, recebe, ou pratica e recebe a ação que é 
expressa pelo verbo. As vozes verbais classificam-se em 
ativa, passiva e reflexiva. Vejamos alguns exemplos: 
 
Voz ativa: ocorre quando o sujeito é quem pratica a ação, ou 
seja, é ele que faz a ação expressa pelo verbo. Vamos 
analisar o seguinte exemplo: 
 
O público aplaudiu a cantora. 
O público: sujeito que pratica a ação. 
Aplaudiu: ação praticada pelo sujeito. 
A cantora: recebe a ação. 
 
Voz passiva: ocorre quando o sujeito é quem recebe a ação 
praticada. A pessoa que pratica a ação, nestes casos, é o 
agente da passiva. A voz passiva é dividida em: voz passiva 
analítica e voz passiva sintética. Vamos aos exemplos: 
 
 
- Voz passiva analítica: apresenta em sua estrutura um verbo 
auxiliar mais o verbo indicador da ação no particípio. 
A cantora foi aplaudida pelo público. 
A cantora: sujeito paciente, ou seja, ele recebe a ação. 
Foi: verbo auxiliar. 
Aplaudida: verbo principal (ação) no particípio. 
Pelo público: agente da passiva, ou seja, aquele que pratica 
a ação. 
 
 
- Voz passiva sintética: apresenta em sua estrutura o verbo 
que indica a ação que foi praticada mais o pronome 
apassivador se. 
Compram-se carros usados. 
Compram: verbo que indica a ação. 
Se: pronome apassivador. 
Carros usados: sujeito paciente, ou seja, aquele que recebe 
a ação. 
 
Voz reflexiva: acontece quando o sujeito da oração pratica e 
recebe ao mesmo tempo a ação expressa pelo verbo. 
Observe o exemplo: 
A atriz machucou-se durante o espetáculo. 
A atriz: Sujeito que pratica e recebe a ação. 
Machucou-se: ação expressa pelo verbo. 
 
Podemos transformar a voz ativa em voz passiva analítica. 
Essa transformação não alterará o significado da frase, mas 
algumas mudanças estruturais serão necessárias. Observe: 
 
 A mulher fez um bolo > Um bolo foi 
feito pela mulher. 
 Voz ativa Voz passiva analítica 
 
No exemplo, “a mulher”, que é o sujeito que pratica a ação, 
passa a ser, no exemplo II, o agente da passiva, ou seja, ele 
pratica a ação sobre o sujeito, que, no caso, é “o bolo”. 
 
 
- Formas nominais: os verbos, além de todas estas flexões que já foram 
estudadas, podem ser ainda apresentados de três modos: infinitivo, gerúndio e 
particípio. Vamos aprender um pouco mais? Vejamos cada um deles: 
 
- Infinitivo: exprime a própria ação verbal, porém sem 
nenhuma localização de tempo. É marcado pela terminação - 
r. Observe o exemplo: Estudar é preciso. Esta forma nominal 
indica a ação: estudar. O infinitivo pode ser pessoal ou 
impessoal, como veremos mais adiante. Caso apresente um 
sujeito, será pessoal, caso não apresente, ou seja, não se 
refira a ninguém, será impessoal. Veja mais 
alguns exemplos:É proibido fumar neste local. 
Comer muita doçura faz mal à saúde. 
 
- Gerúndio: exprime um fato que ainda está em 
desenvolvimento, ou seja, que ainda não chegou ao fim. É 
marcado pela terminação - ndo. O exemplo “Carlos 
está viajando” mostra que a ação ainda está em andamento. 
Veja alguns exemplos: 
 
Ele está estudando. 
Mariana ficou na escola treinando para a apresentação. 
 
- Particípio: ao contrário do gerúndio, indica um 
fato já terminado. O verbo é usado, em geral, com as 
terminações -ado e -ido. No exemplo “Marcos foi multado”, a 
ação já foi concluída. Exemplos: 
 
O carro está estragado. 
A casa foi vendida. 
P�gina 
Agora que terminamos uma fase importante dos nossos 
estudos sobre verbos, que foram as flexões verbais, vamos 
entrar em uma nova etapa, que é o estudo 
da CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS. Mas por que classificar 
os verbos? 
 
A conjugação dos verbos segue um determinado 
padrão, um paradigma. No caso dos verbos regulares, 
dependendo da sua terminação, ele terá uma forma a 
ser conjugada. Também há casos em que este 
paradigma não é seguido, que é o que chamamos de 
verbo irregular. Há verbos que são utilizados em 
apenas algumas pessoas, tempos ou modos. O 
motivo pelo qual isto acontece é bastante variável, 
sendo que, em muitos dos casos, a própria ideia que 
o verbo quer transmitir não se aplica a todas as 
pessoas. E há também os verbos que possuem duas 
formas equivalentes, para tanto, precisamos conhecê-
las para saber onde aplicá-las. 
 
Então, agora que já sabemos o porquê de 
precisarmos classificá-los, vamos conhecer estas 
classificações? 
 
 Verbo regular: classificamos como verbos regulares 
aqueles que são conjugados sem que sejam feitas 
alterações em seu radical. Utilizaremos, como exemplo, 
o verbo sofrer. Este verbo é formado pelo radical sofr-, 
e, quando o conjugamos, ele permanece. Observe: 
Eusofro com esta situação. 
NOTA 
Mas afinal, o que é um radical? Radical é o elemento 
irredutível da palavra, ou seja, a parte mínima. É a 
parte invariável do vocábulo. Todos os sufixos e 
prefixos adicionados ao radical geram novas 
palavras. 
 
 
Confira o exemplo: 
Pedr – a 
Pedr – eira 
Pedr – aria 
Pedr – egulho 
 
Neste caso, PEDR é o radical da palavra. Lembrando: 
sufixos e prefixos são elementos afixados (colocados) 
no final e início, respectivamente, do radical. 
 
Agora que já sabemos o que é um radical, vamos 
adiante. 
 
 Verbo irregular: classificamos como verbos irregulares 
aqueles que, quando conjugados, têm seu radical 
modificado. Para este exemplo, utilizaremos o verbo 
pedir. Este verbo é formado pelo radical ped-, e quando 
o conjugamos, o radical é modificado. Observe: Eupeço 
um presente de natal. 
 
 Verbo anômalo: classificamos como verbos anômalos 
aqueles que, quando conjugados, apresentam no seu 
radical mudanças mais evidentes e profundas do que os 
verbos irregulares. Podemos citar como exemplos de 
verbos anômalos os verbos ser e ir. Observe: sou, és, é, 
somos, sois, são. Vou vais, vai, vamos, ides, vão. 
 
 
 Verbo defectivo: classificamos como verbos defectivos 
aqueles que não possuem todas as suas formas. Por 
exemplo, o verbo abolir. Não podemos dizer “eu abolo”, 
mas usamos a expressão “eu vou abolir” ou “eu estou 
abolindo”. Da mesma forma “eu coloro”. Quando 
precisamos nos expressar utilizando este verbo, 
utilizamos a expressão “eu vou colorir” ou “eu estou 
colorindo”. 
 
 
Verbo abundante: classificamos como abundantes 
aqueles verbos que possuem duas formas aceitáveis 
de particípio, uma regular e uma irregular. Segundo 
Cunha (2001), a forma regular emprega-se na 
constituição dos tempos compostos da voz ativa, isto 
é, acompanhada dos verbos auxiliares ter e haver. A 
irregular usa-se de preferência na formação da voz 
passiva, ou seja, acompanhados pelo verbo auxiliar 
ser. A seguir, segue uma lista de verbos 
abundantes. 
VERBO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO 
IRREGULAR 
Aceitar O pai tinha aceitado a 
proposta. 
O membro foi 
aceito no 
grupo. 
Acender O menino tinha acendido 
a fogueira. 
O fósforo foi 
aceso. 
Eleger O povo tinha elegido o 
deputado. 
O deputado foi 
eleito ontem. 
Entregar O carteiro havia 
entregado a carta. 
O presente foi 
entregue a 
ela. 
Enxugar A mulher havia enxugado 
o chão. 
O rosto foi 
enxuto. 
Expulsar Ele havia expulsado o 
aluno. 
Ele foi expulso 
do clube. 
Imprimir A secretária tinha 
imprimido o pedido. 
O documento 
foi impresso. 
Limpar A funcionária tinha 
limpado o local. 
O local foi 
limpo. 
Morrer Ela havia morrido há 
tempo. 
Ela foi morta há 
tempo. 
Suspender O prefeito tinha 
suspendido a reunião. 
O congresso foi 
suspenso. 
Fonte: adaptado de FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar 
gramática. São Paulo: FTD, 2008. 
 
 
 Verbo principal: O verbo principal da frase mantém seu 
sentido, sem modificá-lo. Observe o exemplo: 
 
O rato correu para baixo do balcão. 
Correu: verbo principal. 
 
 
 Verbo auxiliar: O verbo auxiliar sempre acompanha o 
verbo principal, que é, nestes casos, apresentado em 
uma de suas formas nominais (particípio, gerúndio ou 
infinitivo), que já estudamos antes, você lembra? Assim, 
eles constituem os tempos compostos e as locuções 
verbais. Os tempos compostos podem ser constituídos 
da seguinte forma: 
 
a. Verbo auxiliar ter ou haver + verbo principal no particípio. 
Ex: Os meninos haviam terminado a tarefa. 
Haviam: verbo auxiliar. 
Terminado: verbo principal no seu particípio. 
 
b. Verbo auxiliar ter ou haver + verbo auxiliar ser + verbo 
principal no particípio. 
Ex: O carro havia sido comprado na concessionária. 
Havia e sido: verbos auxiliares. 
Comprado: verbo principal no seu particípio. 
 
Já as locuções verbais podem ser formadas por verbo 
auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio do verbo principal. 
 
Ex: As pessoas estavam voltando da missa. 
Estavam: verbo auxiliar. 
Voltando: verbo principal no seu gerúndio. 
P�gina 
Infinitivo impessoal 
 
Considera-se que o verbo está no infinitivo impessoal 
quando ele não se refere a nenhuma pessoa, ou seja, 
apresenta sentido genérico. Podemos utilizar como 
exemplo a seguinte frase: “Viver é uma aventura.” 
Nela, o verbo viver não se refere a nenhuma pessoa. 
Diferente por exemplo, da frase “Ele vive uma 
aventura.” Nesta, o verbo viver se refere ao pronome 
ele. 
 
- Principais usos do infinitivo impessoal: 
 
a. Quando, na frase, o verbo estiver no imperativo. Ex: 
Crianças,deitar agora. 
 
b. Quando o verbo não se refere a um sujeito determinado, e 
este apresentar uma ideia vaga. Ex: Proibido estacionar. 
 
c. Quando o verbo é usado em locuções verbais. Ex: 
Vamos estudar bastante. 
 
d. Quando o verbo tiver, antes dele, uma preposição e 
complementar um adjetivo, verbo ou substantivo da oração 
que vier antes dele. Ex: Você não tem o direito de falar assim 
comigo. 
 
e. Quando o sujeito do verbo que está no infinitivo é o 
mesmo do verbo que está na oração anterior. Ex: O acusado 
foi condenado a pagar pena de três anos. 
 
 
f. Quando acompanhar os verbos causativos (que exprimem 
causa) deixar, mandar e fazer e seus sinônimos, e estes não 
formarem locução verbal com o infinitivo que os segue. Ex: 
Mande-ofazer o serviço direito./ Faça-o estudar mais./ Deixe-
o irembora. 
 
g. Quando acompanhar os verbos sensitivos: sentir, ver, 
ouvir e seus sinônimos, também não se deve flexionar o 
verbo. Ex: Ouvi-os sussurrar sobre o que aconteceu ontem./ 
Vi-os chegar atrasados./ Senti-as respirar perto de mim. 
 
Que tal praticarmos um pouco? Agora que você já 
sabe o que é o infinitivo impessoal, veja o vídeo a 
seguir, acompanhado da letra e destaque todos os 
verbos que aparecerem no infinitivo impessoal. 
Vamos lá? 
 
O vídeo está disponível em: 
<http://www.youtube.com/watch?v=LbfXvvc3oe0&feature=rel
ated>. 
 
Acompanhe a letra: 
 
Errar é útil 
Sofrer é chato 
Chorar é triste 
Sorrir é rápido 
Não ver é fácil 
Trair é tátil 
Olhar é móvel 
Falar é mágico 
Calar é tático 
Desfazer é árduo 
Esperar é sábio 
Refazer é ótimo 
Amar é profundo 
E nele sempre cabem de vez 
Todos os verbos do mundo 
Abraçar é quente 
Beijar é chama 
Pensar é ser humano 
Fantasiar também 
Nascer é dar partida 
Viver é ser alguém 
Saudade é despedida 
Morrer um dia vem 
Mas amar é profundo 
E nele sempre cabem de vez 
Todos os verbos do mundo. 
 
 
Infinitivo pessoal 
O verbo no infinitivo pessoal é o contrário do infinitivo 
impessoal, ou seja, quando ele se refere a uma 
pessoa dentro da oração. Portanto, ele deve ser 
flexionado. Observe o exemplo: Mariana estudou para 
a prova. 
 
- Principais usos do infinitivo pessoal: 
 
a. Quando o sujeito estiver explícito na oração. Ex: 
Se tu não perceberes isto../ 
Convémvocês irem primeiro. 
 
b. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração 
principal. Ex: O hotel preparou tudo para os 
turistas ficarem à vontade./ O guarda fez sinal para os 
motoristas pararem. 
 
c. Para tornar o sujeito indeterminado. Ex: Faço isso para 
não me acharem inútil. 
 
d. Quando o verbo expressar uma ação recíproca. Ex: Vi 
os alunos abraçarem-sealegremente./ Mandei as 
meninas olharem-se no espelho. 
Tempos primitivos e derivados 
Na língua portuguesa, os tempos verbais são 
divididos em primitivos e derivados. Dos tempos 
considerados primitivos, que são o presente do 
indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e oinfinitivo 
impessoal, derivam todos os demais tempos verbais 
existentes na língua portuguesa. Estudaremos as 
derivações dos verbos individualmente. Vejamos: 
 
- Tempos derivados do presente 
 
a. Presente do subjuntivo: 
O presente do subjuntivo expressa ações incertas, 
hipotéticas ou desejadas no presente. Ex.: Espero 
que ele trabalhe. 
 
 
 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
 
 
Presente 
do 
subjuntivo 
Sonhe 
Sonhes 
Sonhe 
Sonhemos 
Sonheis 
Sonhem 
Venda 
Vendas 
Venda 
Vendamos 
Vendais 
Vendam 
Sinta 
Sintas 
Sinta 
Sintamos 
Sintais 
Sintam 
 
b. Pretérito imperfeito do indicativo: 
Designa um fato passado, porém não concluído. É 
utilizado principalmente quando nos transportamos 
ao passado e descrevemos o que, na época, era 
presente (ex.: Em 1993 eu fumava); para indicar 
algo que estava acontecendo e sobreveio outra 
(ex.: Gritava muito, e as crianças acordaram); para 
expressar uma ação que se repetia (ex.: Ela 
cantava e os outros ouviam). Há também outros 
usos do pretérito imperfeito, mas estes são os 
principais. 
 
 
 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
 
 
Pretérito imperfeito do 
indicativo 
Sonhava 
Sonhavas 
Sonhava 
Sonhávamos 
Sonháveis 
Sonhavam 
Vendia 
Vendias 
Vendia 
Vendíamos 
Vendíeis 
Vendiam 
Sentia 
Sentias 
Sentia 
Sentíamos 
Sentíeis 
Sentiam 
 
c. Imperativo: 
O imperativo, no português, pode ser afirmativo ou 
negativo. Ele é usado para os seguintes casos: dar 
uma ordem (ex.: Cala-te agora!); dar um conselho 
(ex.: Não olhe para trás, siga adiante); fazer um 
convite (ex.: Venha à minha festa de aniversário); 
fazer uma súplica (ex.: Não me abandone!). 
Observe: 
 
Presente do indicativo Presente do 
subjuntivo 
Imperativo afirmativo 
Sonho 
Sonha s 
Sonha 
Sonhamos 
Sonhai s 
Sonham 
Sonhe 
Sonhes 
Sonhe 
Sonhemos 
Sonheis 
Sonhem 
 
Sonha (tu) 
Sonhe (você) 
Sonhemos (nós) 
Sonhai (vós) 
Sonhem (eles) 
- Tempos derivados do pretérito perfeito 
 
a. Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
 
O pretérito imperfeito do subjuntivo indica: 
 
I - uma hipótese ou uma condição numa ação passada, mas 
posterior e dependente de outra ação passada. 
 
• “Talvez a lágrima subisse do coração à pupila…” (Coelho 
Neto, Sertão) 
 
• “Como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram em 
tomar o café na chácara.” (Aluísio Azevedo, Casa de Pensão) 
 
• “Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou 
hoje vencido, como se estivesse para morrer.” (Fernando 
Pessoa, Tabacaria - Álvaro de Campos) 
 
 
II - uma condição contrafactual, ou seja, que não se verifica 
na realidade, que teria uma certa consequência; pode se 
referir ao passado, ao presente ou ao futuro. 
 
• Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado. 
• Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar. 
• Se ele viesse amanhã, poderia ajudar. 
 
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. 
Acesso em: 20 jan. 2011. 
 
Pretérito Imperfeito do subjuntivo 
Sonha - sse 
Sonha - sses 
Sonha - sse 
Sonhá - ssemos 
Sonhá - sseis 
Sonha - ssem 
 
b. Futuro do subjuntivo: 
Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma 
possibilidade a ser concluída em relação a um fato no futuro, 
uma ação vindoura, mas condicional a outra ação também 
futura. 
 
• Quando eu voltar, saberei o que fazer. 
• Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa. 
 
Também pode indicar uma condição incerta, presente ou 
futura. 
• Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará. 
 
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. 
Acesso em: 20 jan. 2011. 
 
Futuro do subjuntivo 
Sonha - r 
Sonha - res 
Sonha - r 
Sonha - rmos 
Sonha - rdes 
Sonha - rem 
 
c. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito para assinalar 
um fato passado em relação a outro também no passado 
(o passado do passado, algo que aconteceu antes de outro 
fato também passado). O pretérito mais-que-perfeito 
aparece nas formas ‘simples’ e ‘composta’, sendo que a 
primeira costuma aparecer em discursos mais formais e a 
segunda, na fala coloquial. 
 
 
Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito simples: 
 
• Ele comprou o apartamento com o dinheiro do carro 
que vendera. 
 
• “Levava comigo um retrato de Maria Cora; alcançara-o dela 
mesma… com uma pequena dedicatória cerimoniosa.” 
(Machado de Assis, Relíquias de Casa) 
 
• Morava... no arraial de São Gonçalo da Ponte, cuja ponte o 
rio levara, deixando dela somente os pilares de alvenaria.” 
(Gustavo Barroso, O Sertão e 
o Mundo) 
 
• Te dou meu coração, quisera dar o mundo. 
 
 
Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito composto: 
 
• Quando eu cheguei, ela já tinha saído. 
 
• Tinha chovido muito naquela noite. 
 
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>.Acesso em: 20 jan. 2011. 
Pretérito mais 
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
Sonha - ra 
Sonha - ras 
Sonha - ra 
Sonhá - ramos 
Sonhá - reis 
Sonha - ram 
 
- Tempos derivados do infinitivo impessoal 
 
a. Futuro do presente do indicativo: 
O futuro emprega-se para indicar algo certo, que 
acontecerá após o momento da fala (ex.: O baile começará 
às 22 horas); para exprimir uma dúvida com relação a 
fatos atuais (ex.: Não sei onde será a festa); para 
expressar um desejo ou uma ordem (ex.: Respeitarás teus 
professores). 
 
Futuro do presente do indicativo 
Sonhar - ei 
Sonhar - ás 
Sonhar - á 
Sonhar - emos 
Sonhar - eis 
Sonhar - ão 
 
Futuro do pretérito do indicativo: usamos para indicar ações 
posteriores à época que falamos (ex.: Após terminar a 
reforma, a casa se transformaria em um lar); para expressar 
dúvidas sobre fatos no passado (ex.: Seria aquele o bandido 
que assaltou a loja?); usamos também em frases 
interrogativas, para demonstrar indignação (ex.: O casal 
separou-se. Quem diria?). Veja a tabela: 
 
Futuro do pretérito do indicativo 
Sonhar - ia 
Sonhar - ias 
Sonhar - ia 
Sonhar - íamos 
Sonhar - íeis 
Sonhar - iam 
 
a. Infinitivo pessoal: 
O infinitivo pessoal é formado a partir do infinitivo impessoal, 
adicionando-se as desinências iguais às do futuro do 
subjuntivo: -, -es, -, -mos, -des, -em. Por isso, nos verbos 
regulares esses dois tempos se confundem. 
 
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Infinitivo>. Acesso em: 20 jan. 
2011. 
 
Infinitivo pessoal 
 
Sonhar - es 
 Sonhar - mos 
 Sonhar - des 
Sonhar - em 
 
Dicas 
Quando escrevemos o infinitivo de um verbo com "j", 
esse "j" estará presente em todas as outras formas. 
 
 Exemplo: 
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, 
enferrujarão, enferrujassem, etc. (Não se esqueça que o 
substantivo ferrugem é escrito com "g".) 
Viajar: viajou, viajaria, viajem, viajarão, viajasses, etc. (Não 
se esqueça que o substantivo viagem é escrito com “g”). 
 
Quando escrevemos um verbo com "g", por exemplo, "dirigir" 
e "agir" o "g" deverá ser substituído por um "j" somente na 
primeira pessoa do presente do indicativo. Observe. Eu dirijo. 
Eu ajo. 
 
 
 
Sites 
Uma boa dica de site que aborda a questão dos verbos com 
muita clareza é o site Só Português. Lá você encontra tudo 
sobre verbos, além de atividades muito interessantes. Basta 
fazer o cadastro com login e senha e pronto. É só entrar e se 
divertir. 
Acesse: www.soportugues.com.br 
 
Atualidades 
A Moderna Gramática Portuguesa, atualizada pelo novo 
acordo ortográfico, de Evanildo Bechara, é uma boa pedida 
para o estudo dos verbos, pois traz exemplos práticos, 
dinâmicos e contextualizados sobre os principais usos dos 
verbos. 
 
Vídeos 
SLIDESHARE. Mundo divertido. Disponível em: 
<http://www.slideshare.net/guest7174ad/o-mundo-divertido-
presentation>. Acesso em: 7 jan. 2011. 
 
PIXELS. Vamos estudar os verbos. Disponível em: 
<http://www.pixels.com.br/pixels_quadrinhos_tirinhas_carrega.php?co
nteudo=tirinhas_011>. Acesso em: 7 jan. 2011. 
 
Autoatividades 
Vamos praticar um pouco o que aprendemos? Leia o poema a 
seguir de Carlos Drummond de Andrade e responda às 
questões: 
 
 
O Amor Bate na Aorta 
 
Cantiga de amor sem eira 
nem beira, 
vira o mundo de cabeça 
para baixo, 
suspende a saia das mulheres, 
tira os óculos dos homens, 
o amor, seja como for, 
é o amor. 
 
Meu bem, não chores, 
hoje tem filme de Carlito. 
O amor bate na porta 
o amor bate na aorta, 
fui abrir e me constipei. 
Cardíaco e melancólico, 
o amor ronca na horta 
entre pés de laranjeira 
entre uvas meio verdes 
e desejos já maduros. 
 
Entre uvas meio verdes, 
meu amor, não te atormentes. 
Certos ácidos adoçam 
a boca murcha dos velhos 
e quando os dentes não mordem 
e quando os braços não prendem 
o amor faz uma cócega 
o amor desenha uma curva 
propõe uma geometria. 
Amor é bicho instruído. 
 
Olha: o amor pulou o muro 
o amor subiu na árvore 
em tempo de se estrepar. 
Pronto, o amor se estrepou. 
Daqui estou vendo o sangue 
que corre do corpo andrógino. 
Essa ferida, meu bem, 
às vezes não sara nunca 
às vezes sara amanhã. 
 
Daqui estou vendo o amor 
irritado, desapontado, 
mas também vejo outras coisas: 
vejo beijos que se beijam 
ouço mãos que se conversam 
e que viajam sem mapa. 
Vejo muitas outras coisas 
que não ouso compreender... 
 
1. Destaque, no texto: 
a. dois verbos no imperativo: 
b. um verbo que indique ação: 
c. um verbo que indique estado: 
d. uma forma verbal na primeira pessoa: 
e. uma forma verbal na segunda pessoa: 
f. uma forma verbal na terceira pessoa: 
g. um verbo no infinitivo: 
h. um verbo no gerúndio: 
i. um verbo no particípio: 
 
2. A que conjugação pertence cada um dos verbos 
destacados: 
a. “O amor bate na aorta” ________________________ 
b. “vira o mundo de cabeça para baixo” _____________ 
c. “o amor subiu na árvore”_______________________ 
d. “o amor faz uma cócega”_______________________ 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Só Português. Disponível em: . Acesso em: 28 nov. 2010. 
FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São Paulo: 
FTD, 1992. 
AMARAL, Emília F; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; 
ANTÔNIO, Severino. Português. São Paulo: FTD, 2000. 
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português 
contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. 
MAIA, João D. Português. São Paulo: Ática, 1999. 
NICOLA, José de. Gramática Essencial. São Paulo: Scipione, 
1997. 
 
 
GABARITO das AUTOATIVIDADES 
 
1. a. Olha (modo indicativo), chores, atormentes (modo 
imperativo). 
 
b. Vira, suspende, tira, batem constipei, ronca, adoçam, 
mordem, prendem, faz, 
desenha, propõe, pulou, estrepou, corre, sara, beijam, 
conversam, viajam, ouso, 
subiu, murcha. 
 
c. É. 
 
d. Estou, fui, vejo, ouço, ouso. 
 
e. Chores, atormentes (modo subjuntivo). 
 
f. Vira, suspende, tira, bate, ronca, adoçam, mordem, 
prendem, faz, desenha, 
propõe, é subiu, pulou, sara, corre, beijam, conversam, 
viajam. 
 
g. Abrir, estrepar, compreender. 
 
h. Vendo. 
 
i. Irritado, desapontado. 
 
2. a. segunda conjugação. 
b. primeira conjugação. 
c. terceira conjugação. 
d. segunda conjugação.

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