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Estrutura do Mercado Segurador e Previdenciário Brasileiro

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Plano de Aula: Aula 5 - Unidade 2 - Estrutura do Mercado Segurador e 
Sistema Previdenciário Brasileiro 
LEGISLAÇÃO E GESTÃO ATUARIAL - GST1220 
Título 
Aula 5 - Unidade 2 - Estrutura do Mercado Segurador e Sistema Previdenciário Brasileiro 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
5 
Tema 
Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP): Perspectivas Históricas e Estrutura 
 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
 Conhecer a estrutura do Sistema Nacional de Seguros Privados e o papel que cada entidade 
desta estrutura desempenha para o funcionamento das operações de seguro no Brasil. 
Estrutura do Conteúdo 
Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP): Perspectivas Históricas e Estrutura 
O seguro e a previdência estão entre as mais antigas atividades econômicas regulamentadas no Brasil, 
tiveram início ainda no Século XVI. Tão antiga quanto à operação de seguros no Brasil, é sua 
fiscalização. Normas e instituições sucederam -se ao longo do tempo até termos as estruturas 
institucionais atuais do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Previdenciário Brasileiro. 
A intervenção do Estado normatizador e fiscalizador surge apenas quando o mercado, já em 
funcionamento, adquire complexidade e diversidade nos negócios, passando a requerer um mecanismo 
de modulação de interesses. Normas que atendendo aos superiores interesses do País, ditados pela 
conjuntura histórica, preservem o funcionamento das instituições do mercado e assegurem o 
cumprimento das coberturas contratadas pelos segurados. 
Com o passar do tempo, entretanto, seu modelo monopolista e centralizador começaram a dar mostras 
de esgotamento, e de já não atender plenamente às novas exigências do mercado aberto e globalizado. 
Neste sentido, esta aula apresentará a estrutura do Sistema Nacional de Seguros Privados e ressalta o 
papel que cada entidade desta estrutura desempenha para o funcionamento das operações de seguro no 
Brasil. 
O conceito de previdência surgiu inicialmente com o intuito de proteção, defesa, visto que o homem 
necessita diminuir e até parar o ritmo de trabalho na velhice, necessitando, contudo, manter seu padrão 
de vida. Essas entidades exercem um papel importante na economia brasileira, sendo hoje um dos 
grandes investidores institucionais. Seus ativos fortalecem as atividades produtivas e contribuem para e 
geração de emprego e distribuição de renda, visto promoverem investimentos nos mercados de renda fixa 
e variável. 
Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP): Perspectivas Históricas e Estrutura 
O seguro e a previdência, segundo a SUSEP (2016), alinhando-se entre as mais antigas atividades 
econômicas regulamentadas no Brasil, tiveram início ainda no Século XVI, com os jesuítas, e em especial 
o Padre José de Anchieta, criador de formas de mutualismo ligadas à assistência. Sua mais remota 
regulamentação data do Século XVIII, quando foram promulgadas as "Regulações da Casa de Seguros 
de Lisboa", postas em vigor por alvará de 11 de agosto de 1791, e mantidas até a proclamação da 
independência em 1822. Com a abertura dos portos brasileiros em 1808, tem início a exploração de 
seguros marítimos, através da Companhia de Seguros Boa Fé, sediada na Bahia, primeira sociedade 
seguradora a funcionar no país. 
Quase tão antiga quanto à operação de seguros no Brasil, é sua fiscalização, iniciada em 1831, com a 
instituição da Procuradoria de Seguros das Províncias Imperiais, que atuava com fundamento nas leis 
portuguesas. Embora o Código Comercial de 1850 só defin isse normas para o setor de seguros 
marítimos, em meados do Século XIX inúmeras seguradoras conseguiram aprovar seus estatutos, dando 
início à operação de outros ramos de seguros elementares, inclusive o de Vida (PINTO, 2006). 
Finalmente, em 1860, surgem as primeiras regulamentações relativas à obrigatoriedade de apresentação 
de balanço e outros documentos, além da exigência de autorização para funcionamento das seguradoras. 
Em 1895 as empresas estrangeiras também passam a ser efetivamente supervisionadas, com base em 
legislação nacional. 
Normas e instituições sucederam-se ao longo das décadas, até que, em 1901, é editado o Regulamento 
Murtinho (Decreto 4.270), pelo qual é criado a Superintendência Geral de Seguros, subordinada ao 
Ministério da Fazenda, com a missão de estender a fiscalização a todas as seguradoras que operavam no 
País. 
Conforme Pinto (2006), nessa trajetória multissecular da história do seguro no Brasil, é relevante destacar 
que a moldura institucional das empresas, o tipo de produtos e o perfil dos profissionais que têm atuado 
no setor ao longo do tempo, foram definidos pela sociedade. A intervenção do Estado normatizador e 
fiscalizador, surgem apenas quando o mercado, já em funcionamento, adquire complexidade e 
diversidade nos negócios, passando a requerer um mecanismo de modulação de interesses. Normas que 
atendendo aos superiores interesses do País, ditados pela conjuntura histórica, preservem o 
funcionamento das instituições do mercado e assegurem o cumprimento das coberturas contratadas 
pelos segurados. 
Assim foi em 1940, com a efetiva instalação do IRB2 - Instituto de Resseguros do Brasil, entidade criada 
em 1932 num contexto cerradamente estimulado por aspirações nacionalistas, e destinada a ser 
instrumento estatal de ordenação econômica. Tinha como proposta política a proteção do mercado 
brasileiro contra a presença então dominadora das companhias estrangeiras, e como desafios 
operacionais a regulação do resseguro e o fomento às operações de seguros em geral. Objetivos 
atingidos, graças acima de tudo à qualidade e competência dos quadros técnicos formados pelo próprio 
IRB, que se tornaria um celeiro de talentos para o mercado. (PINTO, 2006). 
Com o passar do tempo, entretanto, seu modelo monopolista e centralizador começaram a dar mostras 
de esgotamento, e de já não atender plenamente às novas exigências do mercado. Idealizado para ser 
fundamentalmente uma instituição ocupada com o resseguro, o IRB vinha ultrapassando os limites de 
suas funções originárias. 
Paulatinamente ia assumindo um caráter órgão fiscalizador, exorbitando de suas funções, numa anomalia 
institucional que feria sua verdadeira missão de resseguradora. E paradoxalmente, idealizado para 
estimular o fortalecimento das seguradoras brasileiras, o IRB acabaria por afrontar os o bjetivos que 
haviam orientado sua criação, chegando a inibir a criatividade e a livre concorrência entre as empresas do 
setor. 
Em 1966, com a edição do Decreto-lei 73, o governo instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, 
criando a SUSEP- Superintendência de Seguros Privados, órgão controlador e fiscalizador da constituição 
e funcionamento das sociedades seguradoras entidades abertas de previdência privada. Dotada de 
poderes para apurar a responsabilidade e apenar corretores de seguros que atuem culpo sa ou 
dolosamente em prejuízo das seguradoras ou do mercado, a SUSEP assume, pela primeira vez no Brasil, 
a tutela direta dos interesses dos consumidores de seguros. 
O IRB, que até então praticamente exercera funções hegemônicas na definição dos modos de o peração 
de seguros no Brasil, passa a dividir com a SUSEP algumas atribuições que, embora distintas nos termos 
da legislação, por quase duas décadas acabaram se superpondo em importantes aspectos. Mas a partir 
de 1985 a SUSEP dá início a uma fase de profundas transformações, que começavam por sua 
reorganização interna, pondo fim à cultura burocratizante e paternalista que até então marcara sua 
atuação, e culminavam na definitiva conformação e público reconhecimento de sua identidade 
institucional. (PINTO, 2006). 
Assumindo na plenitude suas funções de reguladora do mercado segurador, a SUSEP implanta o sistema 
de audiência pública e aberta a todos os segmentos, paraa formulação de medidas gerais e tomada de 
decisões. Promove a desregulamentação gradual da atividade seguradora, e atendendo a expresso 
desejo das empresas, que pediam mais liberdade para suas operações, dá autonomia à criação de 
produtos. Estimula a formação de empresas regionais. Modifica os critérios e requisitos para aplicação de 
reservas técnicas em ativos mobiliários. Acaba com a exigência de carta-patente para o funcionamento 
das seguradoras. E para enfrentar a realidade da inflação que corroía valores segurados, promove a 
indexação dos contratos, que passam a ser atualizados com base na correção monetária. (PINTO, 2006). 
Estavam criadas as condições de liberdade e realismo contratual, que possibilitariam o crescimento do 
mercado num ambiente de justa e desejável concorrência. 
No processo de discussão da proposta de texto constitucional de 1988, as empresas seguradoras 
acabaram por conseguir alguns avanços discretos. Tinham atuado, na constituinte, de modo pouco 
articulado e excessivamente cauteloso, limitando-se quase que ao papel de observadoras, divididas 
quanto às questões que lhes eram es senciais, mas assim mesmo o seguro, a capitalização e a 
previdência privada haviam adquirido novo status. Nos termos do Art. 21, item VIII da Constituição 
Federal tinha ultrapassado os limites estritos da seguridade e evoluído para o de investidores 
institucionais, passando a integrar o sistema financeiro nacional, ao lado das demais instituições que, 
desde então, aguardam a regulamentação de suas atividades, previstas no art.192 da Constituição. 
Quatro anos depois, em cerimônia de posse de sua Presidência, a Fenaseg dá publicidade a uma 
declaração de princípios norteadores da atividade seguradora, a Carta de Brasília. Primeira manifestação 
conjunta e consensual das empresas de seguro, publicamente apresentada como plataforma de 
demandas e propostas ao Governo, a Carta se construía em torno de três princípios: compromisso com a 
economia de mercado e a livre competição, responsabilidade econômica e social do setor de seguros 
diante dos agentes produtivos e da população brasileira, e opção pela modernidade que se baseia na 
experiência do próprio mercado, cuja voz deve ser mais ouvida. Como propostas de mudanças, a Carta 
enfatizava a necessidade da ampliação da imagem pública do seguro, a desregulamentação do setor, a 
colaboração com o Governo em assuntos e operacionalização da previdência no Brasil, a desestatização 
do seguro de acidente de trabalho, e maior liberdade na operação do seguro -saúde. 
Dois meses após a Carta de Brasília, numa ação conjunta do IRB, SUSEP e Secretaria de Política 
Econômica, é lançado um Plano Diretor do Sistema de Seguros, Capitalização e Previdência 
Complementar. Esse documento reafirmava a importância da desregulamentação do setor, e apresentava 
propostas de modernização da atividade seguradora: política de liberação de tarifas, contro le de solvência 
das empresas, abertura do setor ao capital estrangeiro, redefinição do papel do corretor, reestruturação 
do IRB com a gradual redução do monopólio do resseguro até sua final extinção, retorno do seguro de 
acidente de trabalho ao setor privado, e regulamentação de novas modalidades de seguros, como o de 
crédito agrícola e crédito à exportação. (PINTO, 2006). 
Repercutindo as propostas constantes da Carta de Brasília e do Plano Diretor do Sistema de Seguros, 
Capitalização e Previdência Complementar, duas importantes medidas, de natureza legal e 
administrativa, marcam a história do seguro no Brasil no ano de 1996: a liberação da entrada de 
empresas estrangeiras no mercado, e a quebra do monopólio ressegurador do IRB. A primeira 
consubstanciada num parecer da Advocacia Geral da União, em resposta à consulta do Ministro da 
Fazenda sobre a possibilidade de autorização para o funcionamento de empresa seguradora estrangeira 
nos ramos vida/previdência. Decidindo pela inconstitucionalidade da Resolução C NSP nº 14/86, que 
impedia que o capital estrangeiro participasse com mais de 50% do capital ou um terço das ações de 
seguradora brasileira, o Parecer GO-104 foi o respaldo legal para que, imediatamente, mais de 20 
empresas estrangeiras entrassem no Brasil a partir de junho de 1996. A segunda medida consta da 
Emenda nº 13 feita à Constituição federal, e recebeu declarado acolhimento pelo Governo e apoio da 
Fenaseg, ao pôr fim ao monopólio do resseguro pelo IRB, e ao dar nova redação ao Art. 192, item II do 
texto constitucional. (PINTO, 2006). 
Essa abertura do mercado brasileiro às seguradoras estrangeiras mantém estrita sintonia com a 
tendência de globalização dos mercados, que nos últimos anos vem ocorrendo em escala planetária. 
Trata-se de um processo que, abrangendo o mundo inteiro, induz à quebra das barreiras e dos 
isolamentos geográficos, e ao surgimento de um novo quadro de relações produtivas, em que o capital a 
cada dia torna-se menos político e mais financeiro que nunca. E o Brasil, pelo porte de sua economia, 
desponta com irresistível apelo aos capitais globalizados, e tem sabido aproveitar essa vantagem 
conjuntural: somente em 1998 o país recebeu mais de U$ 28,7 bilhões em investimentos estrangeiros 
diretos. É relevante destacar que os efeitos da abertura do mercado segurador ao capital externo foram 
percebidos já em 1996 e 1997, anos marcos por acentuada movimentação institucionais e inúmeros 
processos de fusões de seguradoras brasileiras e estrangeiras (PINTO, 2006). 
Como consequência, a participação dessas empresas no total de prêmios arrecadados no Brasil, que em 
1994 representava apenas 4,16%, sobe para 6,33% em 1996, 17,94% em 1997, e 21,12% no primeiro 
semestre de 1998. (PINTO, 2006). 
De acordo com Souza (2007), o Sistema Nacional de Seguros Privados é composto por cinco grupos, 
conforme figura 1: 
 
Figura 1 - A estrutura do mercado segurador brasileiro. 
 
 
 Fonte: Souza (2007) 
De acordo com a figura 1, os 5 grupos que formam o Sistema Nacional de Seguros privados são: 
 Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); 
 Superintendência de Seguros Privados (Susep); 
 IRB Brasil Resseguros S.A.; 
 Sociedades seguradoras autorizadas e 
 Os corretores habilitados. 
Através da Figura 1 pode-se observar como funciona o esquema de subordinação do sistema, a função 
de cada um destes participantes serão conhecidas neste capítulo. 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
O CNSP é o órgão máximo do setor de seguros, responsável pela fixação de diretrizes e normas da 
política de seguros e resseguros, regulando e fiscalizando a orientação básica e o funcionamento dos 
componentes do sistema. (SOUZA, 2007) 
Figura 2 - A estrutura do mercado segurador brasileiro. 
 
Conforme apresenta a figura 2, o CNSP é formado pelo ministro da Fazenda (como presidente) e 
representantes advindos de ministérios públicos, outros órgãos do setor (por exemplo, da presidência da 
Susep) e do sistema privado (nomeados pelo presidente da República. 
Conforme a SUSEP (2016), ao fixar as diretrizes e normas das políticas de seguros, o CNSP tem por 
objetivos: 
a) promover a expansão do mercado em conformidade com o crescimento do país; 
b) buscar reciprocidade nas operações , condicionamento a autorização para o funcionamento das 
empresas estrangeiras à igualdade de condições no país de origem; 
c) coordenar a política de seguros com a política de investimento do Governo Federal; e 
d) preservar a liquidez e a solvência das sociedades seguradoras. 
Outras atribuições do CNSP também incluem: 
A regulamentação da constituição, organização, funcionamento, fiscalização e aplicação das 
penalidades previstas das empresas, organizações e pessoas envolvidas no sistema nacional de 
seguros privados; 
A fixação das características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, 
capitalização e resseguro;a fiscalização da corretagem do mercado e da profissão de corretor 
(Susep). 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 
A Susep é o órgão governamental de atuação colegiada e competência normativa responsável pelo 
controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguros. 
(SOUZA, 2007) 
A Susep tem por missão " atuar na regulação, supervisão, fiscalização e incentivo das atividades de 
seguros, previdência complementar aberta e capitalização, de forma ágil, eficiente, ética e transparente, 
protegendo os direitos dos consumidores e os interesses da sociedade em geral. " 
As atribuições da SUSEP são: 
 Fiscalizar o mercado segurador, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; 
 Autorizar as empresas a atuar no mercado; 
 Se uma empresa aproximar-se dos limites máximos estabelecidos, a SUSEP propõe uma 
reformulação da política, a ser executada em 90 dias; 
 Aplicar penalidades; 
 Administrar a massa liquidante; 
 Proteger a captação de poupança popular; 
 Promover o aperfeiçoamento das instituições; 
 Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado. (SUSEP, 2016, 
ONLINE) 
É a SUSEP quem: 
 Zela pela defesa dos interesses dos consumidores. 
 Esclarece as dúvidas dos consumidores e recebe e encaminha as reclamações por eles 
realizadas. A maioria delas é relativa ao ramo de automóveis. 
 Zela pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; 
 Disciplina e acompanha os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em 
bens garantidores de provisões técnicas de cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP. 
Observe que o julgamento dos recursos contra as decisões da Susep é feito pelo CNSP. 
IRB - BRASIL Re 
Para compreender o que vem a ser um resseguro, reflita a seguinte situação: 
 Quanto vale um satélite, um complexo industrial ou uma plataforma de petróleo? 
 Que empresa poderia se responsabilizar pelo sinistro de um ou mesmo vários desses bens 
simultaneamente? 
Para responder e solucionar essas questões é que existe o resseguro. 
Para Garcia (2016), o resseguro é o seguro do seguro, ou seja, com o fito de dimin uir sua 
responsabilidade na aceitação de um risco considerado excessivo ou perigoso (ultrapasse o limite 
técnico), repassa a outro segurador a responsabilidade pelo seguro; 
O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de mitigar o ris co, preservar a 
estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidação do sinistro ao segurado. 
A origem do resseguro é ligado aos enormes prejuízos que as seguradoras vinham tendo em razão do 
crescente onda de incêndios causado pelo fato de, antigamente, o maioria dos casas e edificações serem 
de madeira. (GARCIA, 2016) 
A primeira empresa exclusiva de resseguro foi o alemã Koelner Ruckliersicherungsgesellschaft, fundada 
em 1846. 
IRB Brasil Resseguros S.A. foi criado em 1939, no governo Vargas, a m edida visava reter maior volume 
de negócios em nossa economia. (PINTO, 2006) 
Em 1996, quebra do monopólio de resseguro no Brasil, que era exclusiva do IRB. 
Em 1997, o IRB foi transformado em IRB-Brasil Re, com ações preferenciais para as 127 seguradoras 
que atuavam no Brasil. 
Quando o IRB era o operador único de resseguro no Brasil, ele acabava assumindo também funções 
normativas no mercado, em termos de obrigatoriedade de consulta das seguradoras, de resseguro, 
coosseguro ou retrocessão. 
As operações do IRB no mercado têm a garantia de seu capital e reservas e, subsidiariamente, a garantia 
do governo. 
De acordo com a SUSEP (2016), as principais atribuições do IRB são: 
 Fiscalizar o resseguro obrigatório e facultativo do país ou exterior; 
 Organizar e administrar consórcios; 
 Proceder a liquidação de sinistros e distribuir pelas seguradoras a parte dos resseguros que não 
retiver e colocar no exterior as responsabilidades excedentes da capacidade do mercado 
segurador interno. 
Hoje o IRB-Brasil Re é a maior resseguradora da América Latina. 
Sociedades seguradoras 
As seguradoras são entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios cobrados dos segurados, 
comprometem-se a indenizá-los no caso de ocorrer o evento contra o qual se seguraram. São empresas 
que administram riscos, com obrigações de pagar indenizações se ocorrerem perdas e danos nos bens 
segurados. Atuando nos ramos de vida e não-vida (bens e direitos), têm suas atividades controladas pelo 
CNSP e fiscalizada pela SUSEP. 
A autorização para funcionamento será concedida através de Portaria do Ministro da Indústria e do 
Comércio, mediante requerimento firmado pelos incorporadores, dirigido ao CNSP e apresentado por 
intermédio da SUSEP. 
As sociedades seguradoras não poderão requerer concordata e não estão sujeitas à falência, salvo, neste 
último caso, se decretada a liquidação extrajudicial, o ativo não for suficiente para o pagamento de pelo 
menos a metade dos credores quirografários, ou quando houver fundados indícios da ocorrência de crime 
falimentar. 
Seguradoras são entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios cobrados dos segurados, 
comprometem-se a indenizá-los no caso de ocorrer o evento contra o qual se seguraram. 
As sociedades seguradoras, que devem ter autorização para funcionamento concedida por Portaria do 
Ministro da Fazenda, não estão sujeitas à falência nem poderão impetrar concordata. 
Figura 3-Principais áreas de uma seguradora. 
 
A área comercial tem como função vender o seguro, pois somente após a venda a apólice poderá ser 
emitida. O underwriting trata-se do processo de aceitar ou rejeitar riscos, fixar taxas a serem cobradas de 
acordo com o risco e os objetivos de lucro da entidade. Já o departamento de indenizações (sinistros) 
cuida dos processos de regulação e liquidação de sinistros. 
 
O Departamento de atuária e estatística. é responsável por calcular as taxas ( seguros, níveis de 
comissões, reservas de prêmios não ganhos, e preparar relatório anuais, além de eventua is estudos de 
viabilidade econômica para grandes negócio que possam envolver altos níveis de riscos. Também auxilia 
no desenvolvimento de novos produtos. Já o departamento de Contabilidade tem como objetivo fornecer 
e controlar as informações de modo a ass egurar a otimização de resultados da empresa. Este 
departamento, muitas vezes trabalha subordinado a controladoria. 
Sociedade de Capitalização 
 
A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 1929, chamada de "Sul América 
Capitalização S.A". Entretanto, somente 3 anos mais tarde, em 10 de março de 1932, é que foi 
oficializada a autorização para funcionamento das sociedades de capitali zação através do Decreto n° 
21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto n° 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, também sob o 
controle da Inspetoria de Seguros. 
O parágrafo único do artigo 1 o do referido Decreto definia: "As únicas sociedades que pod erão usar o 
nome de "capitalização" serão as que, autorizadas pelo Governo, tiverem por objetivo oferecer ao público, 
de acordo com planos aprovados pela Inspetoria de Seguros, a constituição de um capital mínimo 
perfeitamente determinado em cada plano e pago em moeda corrente, em um prazo máximo indicado no 
dito plano, à pessoa que subscrever ou possuir um título, segundo cláusulas e regras aprovadas e 
mencionadas no mesmo título". 
Uma sociedade de capitalização é a combinação de economia programada(poup ança) e sorteios e 
apresenta basicamente as seguintes características: prêmio, cota de sorteio, cota de carregamento, 
provisão matemática, sorteios, prazo de vigência e carência para resgate. 
Exemplo: Suponha que, num título com pagamentos mensais no valor de R$100,00 cada um, apresenta 
as seguintes cotas: Cota de Capitalização: 75% 
 Cota de Sorteio: 15% 
 Cota de Carregamento: 10% 
Então, R$75,00 serão destinados para compor o capital, R$15,00 serão destinados para o custeio dos 
sorteios e R$10,00 serão destinados à Sociedade de Capitalização. 
Exemplos de alguns títulos de capitalização: 
 TC - HSBC Capitalização 
 Pé Quente Bradesco - Bradesco Capitalização 
 OuroCap - Banco do Brasil 
 Super X Cap - Caixa 
Sociedade de Previdência Privada 
Conforme Garcia (2016), existem dois tipos de entidades que operam com Previdência Privada: 
 Entidades Abertas: com fins lucrativos, mantidas através de contribuições dos participantes; 
 Entidades Fechadas: sem fins lucrativos, com forma jurídica de associação civil ou fundação 
restrita a determinado grupo de trabalhadores ou empresas. 
Estas entidades serão analisadas neste capítulo a seguir. 
Corretor de Seguros 
O corretor de seguros, pode ser pessoa física ou jurídica, é o intermediário legalmente autorizado a 
angariar e promover contratos de seguro entre as Sociedades Seguradoras e as pessoas físicas ou 
jurídicas de Direito Privado. É ele também quem orientará o segurado sobre o melhor tipo de contrato de 
seguro, dentro da gama de produtos oferecidos pelas empresas, esclarecendo dúvidas, por exemplo, 
sobre coberturas, carências, validade, e atendendo às necessidades de seu representado. (SOUZA, 
2007) 
O corretor de seguros é o profissional liberal sem vínculos com a seguradora que defende os interesses 
do segurado diante da seguradora, recebendo comissão de corretagem. (PINTO, 2006) 
A contratação do seguro por meio de um corretor de seguros ocorre quando o segurado, desejando 
contratar um seguro, recorre a um profissional, solicitando a ele que estude sua necessidade em termos 
de seguros e selecione os melhores planos para ele, com as coberturas mais adequadas e menor custo. 
Assim, o corretor não é um simples vendedor ou intermediário e sim um verdadeiro cons ultor. 
O corretor de seguros é como o médico da família: pode ser chamado a qualquer hora do dia ou da noite, 
no caso de uma emergência. É ele quem exigirá da seguradora os direitos do segurado e cuidará dos 
procedimentos necessários em caso de sinistro. 
Como o corretor opera com várias seguradoras, ele deve estar sempre atualizado das novidades na área 
e das vantagens e desvantagens de cada tipo de seguro e empresa. Avalia a melhor relação custo X 
benefício para o cliente (cobertura mais ampla pelo menor preço). 
No Brasil as seguradoras só podem receber propostas de seguro por intermédio de corretores legalmente 
habilitados, ou, então, diretamente dos proponentes ou dos seus legítimos representantes. (SOUZA , 
2007) 
O exercício da profissão, de corretor de seguros depende de prévia habilitação e registro (na SUSEP, 
mediante prova de capacidade técnico-profissional). 
O comissionamento de intermediação é obrigatório. O corretor deve ser remunerado toda vez que o 
resultado previsto no contrato de mediação de seguros for alcançado, a não ser em casos de comprovada 
inércia ou ociosidade do profissional. 
O corretor é legalmente autorizado a organizar e promover contratos de seguros. 
 Para Souza (2007), a corretagem de seguros é a intermediação feita por profiss ionais habilitados na 
colocação de seguros, mediante o recebimento de uma comissão percentual sobre o prêmio auferido pela 
seguradora. É vedado aos corretores: 
a) aceitar ou exercer emprego de pessoa jurídica de Direito Público; 
b) manter relação de emprego ou de direção em Sociedade Seguradora. Cada organização gerencia seu 
papel nas cadeias de suprimentos e logísticas, de forma ampla, desde a negociação com os fornecedores 
até o recebimento da fatura dos produtos entregues aos clientes, o que compreende : 
O corretor de seguros responderá civilmente perante os segurados e as Sociedades Seguradoras pelos 
prejuízos que causar, por omissão, imperícia ou negligência no exercício da profissão. 
O corretor de seguros estará sujeito às penalidades seguintes: 
a) multa; 
b) suspensão temporária do exercício da profissão; 
c) cancelamento do registro. 
Outras Entidades do Setor 
Há várias entidades que apoiam o Sistema de Seguros Privados brasileiro, dentre elas destacam -se: 
 Fenaseg 
 Anapp 
 Fenacor 
Figura 4-Principais entidades que apoiam o Sistema de Seguros Privados Brasileiro 
 
Fonte: Souza (2007) 
A Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) é uma entidade 
brasileira que congrega as empresas do setor de seguros, tendo sido fundada em 1951 e é responsável 
pela divulgação do mercado de seguros e de seus participantes, realiza a defesa dos interesses da 
categoria e dos consumidores, promove a conciliação nos dissídios coletivos de trabalho e celebração de 
contratos, acordos e convenções coletivas e oferecimento de serviços de consultoria e assessoria para 
atender e orientar suas filiadas. 
A Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp) agrega entidades de previdência privada no 
Brasil, agindo pelos seus interesses 
A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) tem a função de coordenar os interesses da 
categoria econômica de Corretores de Seguros e Capitalização.cedimentos de Ensino 
Aplicação Prática Teórica 
Assistir ao vídeo: O mercado de seguros brasileiro e seus mecanismos de sustentação - Vanderlei 
Boiça Lima disponível em https://www.youtube.com/watch?v=I1bT9chcz0E

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