Buscar

Aula 16

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Plano de Aula: Aula 16 - Unidade 5 - Auditoria Atuarial 
LEGISLAÇÃO E GESTÃO ATUARIAL - GST1220 
Título 
Aula 16 - Unidade 5 - Auditoria Atuarial 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
16 
Tema 
Auditoria Atuarial: Auditoria Atuarial Independente e Auditoria Contábil Independente 
Objetivos 
 Entender o que é auditoria atuarial; 
 Diferenciar Auditoria Atuarial Independente e Auditoria Contábil Independente; 
 Conhecer os requisitos legais da Auditoria Atuarial Independente e da Auditoria Contábil 
Independente. 
Estrutura do Conteúdo 
Auditoria Atuarial 
A Auditoria Atuarial tem como foco principal analisar as hipóteses biométricas, demográficas e 
financeiras, do regime financeiro e do método de financiamento das provisões matemáticas de uma 
empresa, visando a preservação do nível de solvência do plano. Desta forma, a auditoria atuarial visa 
avaliar a capacidade da empresa em cumprir os compromissos atuariais assumidos, com ênfase sobre o 
cálculo e constituição de reservas técnicas. A auditoria ampla incluindo a avaliação de solvência 
complementa o trabalho do auditor atuarial. 
 
Principais Aspectos da Auditoria Atuarial 
 Verificar se o total de provisões está devidamente refletido no balanço da companhia 
 Validar a base de dados usada no cálculo das provisões; 
 Validar se a metodologia divulgada ao órgão regulador está sendo devidamente aplicada; 
 Validar se a metodologia aplicada está coerente com o perfil da companhia; 
Base de Dados 
 As bases de dados utilizadas para o cálculo das provisões matemáticas devem ser confrontadas 
e validadas com os registros oficiais da companhia; 
 Incluindo, dados cadastrais de segurados, prêmios, sinistros, valores cedidos e recebidos a título 
de cosseguro e resseguro; 
 Não podemos apenas extraí-los de uma fonte confiável; 
 Documentar tratamentos realizados nas bases de dados para o cálculo das provisões 
 
Metodologia Utilizada pela auditoria Atuarial 
Revisar se a memória de cálculo utilizada pelo atuário responsável técnico segue a metodologia 
protocolada no órgão regulador; 
Verificar se a base de dados ?validada? está integralmente contemplada na memória de cálculo; 
Realizar Teste de Consistência; 
Se o atuário independente julgar necessário aplicar nova metodologia para verificar o valor da provisão; 
Diferença de resultados devem ser avaliados conforme a materialidade da auditoria das Demonstrações 
Financeiras. 
 
Auditoria Atuarial 
 
A Auditoria Atuarial independente constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a 
emissão de parecer autônomo e imparcial sobre a adequação e a consistência das provisões técnicas e 
demais aspectos atuariais, consoante à legislação específica. 
O foco principal da Auditoria Atuarial é a análise quanto à coerência e consistência das h ipóteses 
biométricas, demográficas e financeiras do regime financeiro e do método de financiamento das provisões 
matemáticas. Além disso, contempla ainda o recálculo das reservas matemáticas, resumidamente, 
podemos dizer que se trata de um exame analítico que desenvolve as operações no período de 
referência. Desta forma, a Auditoria Atuarial é vista como um instrumento de proteção empresarial, pois é 
através dela que se analisa os cálculos e constituições das reservas técnicas para as entidades de 
previdência complementar, as seguradoras, os fundos de pensão, dentre outros, sendo possível avaliar a 
capacidade financeira para o cumprimento dos compromissos atuariais assumidos, posto isto, é 
importante que o auditor atuarial seja crítico, construtivo e capaz de indicar como conclusão as possíveis 
divergências encontradas bem como as alterações de modo de trabalho. 
 
A quem se aplica 
O serviço de Auditoria Atuarial deve ser contratado, principalmente, por entidades supervisionadas pela 
PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) e pela SUSEP (Superintendência de 
Seguros Privados). 
Entidades supervisionadas pela PREVIC: Entidades Fechadas de Previdência Complementar. 
Entidades supervisionadas pela SUSEP: Sociedades Seguradoras, Entidades Abertas de Previdência 
Complementar, Sociedades de Capitalização e Resseguradores. 
Além destas, a Auditoria Atuarial aplica-se a outras organizações que possuam obrigações calculadas 
atuarialmente, tais como Operadoras de Saúde e Regimes Próprios de Previdência. 
A quem compete 
A Auditoria Atuarial é uma profissão que exige nível superior e é atribuição exclusiva de bacharel em 
Ciências Atuariais ou empresa do ramo atuarial. Ambos devem estar registrados junto ao Instituto 
Brasileiro de Atuária ? IBA. 
Resultados 
A Auditoria Atuarial deve expressar opinião, de forma clara e objetiva, através de Parecer, o qual pode ser 
classificado em função da natureza da manifestação nele contida, conforme disposto a seguir: 
 Parecer sem Ressalva: é emitido quando o Auditor Atuarial está convencido sobre a adequação 
de todos os itens auditados. 
 Parecer com Ressalva: é emitido quando o Auditor Atuarial conclui que o efeito de qualquer 
discordância ou restrição na extensão do trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer 
adverso ou abstenção da opinião. 
 Parecer Adverso: é emitido quando o Auditor Atuarial verifica que os pontos atuariais das 
demonstrações estão incorretos ou incompletos em tal magnitude que estejam incorrendo em 
graves consequências para o aspecto de solvência da organização, impossibilitando a emissão 
do parecer com ressalva. 
 Parecer com Abstenção de Opinião: é emitido quando há uma limitação significativa na extensão 
dos exames do Auditor Atuarial, de modo que o impossibilite de expressar opinião sobre os 
pontos auditados por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá -la. 
Com a revogação da Resolução CNSP nº 311/2014 seus dispositivos foram transferidos para a 
Resolução CNSP nº 321/2015. Esta Resolução define os procedimentos que serão adotados na auditoria 
atuarial realizada em sociedades seguradoras, entidades abertas de previdência complementar, 
sociedades de capitalização e resseguradores locais. 
As supervisionadas deverão designar: 
 O atuário responsável técnico: pessoa física ou jurídica responsável pelo cálculo das provisões 
técnicas, pelas notas técnicas atuariais elaboradas em cumprimento ao disposto nesta norma e 
pelas informações atuariais apresentadas pelas supervisionadas à Susep, além de outras 
atribuições previstas em normas específicas; 
 O diretor responsável técnico: pessoa física responsável por responder junto à Susep pelo 
acompanhamento, supervisão e cumprimento dos procedimentos atuariais previstos nas normas 
em vigor, além de outras atribuições previstas em normas específicas; e 
 O diretor responsável pela contabilidade: pessoa física responsável pela contabilidade para 
responder, junto à Susep, pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das normas e 
procedimentos de contabilidade previstos na regulamentação em vigor, além de outras 
atribuições previstas em normas específicas. 
BOX INTERATIVO: 
Ainda sobre os responsáveis a Resolução CNSP nº 321/2015 exige que: 
 O diretor responsável técnico será responsabilizado pelas informações prestadas e pela ocorrência de situações que indiquem 
fraude, negligência, imprudência ou imperícia no exercício de suas funções, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas 
na legislação em vigor. 
 O diretor responsável pela contabilidade será responsabilizado pelas informações prestadas e pela ocorrência de situações que 
indiquem fraude, negligência, imprudência ou imperícia no exercício de suas funções, sem prejuízo da aplicação das penalidades 
previstas na legislação em vigor. 
 As supervisionadas que não possuem Comitê de Auditoria deverão designar um diretor estatutárioque não contrarie as regras de 
acúmulo de funções estabelecidas nas normas vigentes para responder pelo acompanhamento, supervisão e cumprimento das 
normas e procedimentos de auditoria contábil independente previstos na regulamentação em vigor. (Exigido pela Resolução 
CNSP nº 343/2016) 
Resolução CNSP nº 321/2015 dispõe sobre normas contábeis, auditoria contábil e auditoria atuarial 
independentes e Comitê de Auditoria referentes a seguradoras, entidades abertas de previdência 
complementar, sociedades de capitalização e resseguradores. 
As entidades supervisionadas, anteriormente listadas, deverão observar as Normas Contábeis, segundo 
regulamentação específica editada pela Susep. 
BOX INTERATIVO: 
Conceitos relevantes apresentados pela Resolução CNSP nº 321/2015: 
 Atuário independente: pessoa física ou jurídica responsável pela elaboração da auditoria atuarial independente; 
 Membro responsável pela auditoria atuarial independente : responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou qualquer 
outro integrante com função de gerência que seja membro da equipe responsável pelos trabalhos de auditoria atuarial 
independente; 
 Irregularidade de natureza grave: irregularidade que resulte em incorreção relevante no cálculo das provisões técnicas ou nas 
informações atuariais apresentadas à Susep; 
 Teste de consistência: a comparação entre valores constituídos e efetivamente observados, para fins de avaliação da 
suficiência de montantes estimados em datas-bases anteriores; 
 Recálculo atuarial: recálculo dos valores estimados ou determinados em datas-bases anteriores, considerando bases de dados 
atualizadas ou metodologias e premissas distintas das utilizadas originalmente. 
Um dos aspectos relevantes são os requisitos que o atuário responsável pe la auditoria deverá dispor. No 
art. 100 são relacionadas as seguintes condições: 
 I - Possuir registro ativo e certificação específica válida no Instituto Brasileiro de Atuária ? IBA; 
II - Ter mais de 3 (três) anos de experiência na prestação de serviços atuariais; 
III - cumprir os requisitos de independência fixados pela Resolução CNSP nº 321/2015; e 
IV - Atender aos demais requisitos fixados nesta Resolução e nas normas a serem editadas pela Susep. 
A certificação específica determinada na Resolução CNSP nº 321/2015 se refere ao certificado de Atuário 
Independente para atuação no segmento de Previdência Aberta, Seguros, Resseguros, Jogos e 
Capitalização. 
É importante ressaltar que a SUSEP exigirá da Sociedade Supervisionada que apresente o certificado do 
auditor atuarial, caso o auditor não possua a devida certificação pelo IBA a Sociedade estará passível de 
sansões por parte da SUSEP. 
Caracterizam descumprimento dos requisitos de independência da auditoria atuarial, quaisquer das 
seguintes situações: 
I - Ocorrência de quaisquer hipóteses de impedimento ou incompatibilidade para a prestação do serviço 
de auditoria atuarial independente, previstas nas normas e regulamentos do IBA recepcionados pela 
Susep; 
II - Existência de vínculo conjugal ou de parentesco consanguíneo em linha reta sem limites de grau, em 
linha colateral até o 3º grau ou por afinidade até o 2º grau, entre membro responsável pela auditoria 
atuarial independente efetuada na supervisionada ou em alguma de suas controladas, coligadas ou 
equiparadas à coligada; e o administrador, acionista controlador, sócio ou funcionário que tenha 
ingerência na administração dos negócios ou que seja responsável pelos serviços atuariais da 
supervisionada; 
III - participação acionária, direta ou indireta, de membro responsável pela auditoria atuarial independente 
na supervisionada ou em alguma de suas controladas, coligadas ou equiparadas à coligada; 
IV - Existência, por parte de membro responsável pela auditoria atuarial independente, de interesse 
financeiro direto, imediato ou mediato, ou substancial interesse financeiro indireto na supervisionada, 
compreendida a intermediação de negócios de qualquer tipo e a realização de empreendimentos 
conjuntos; 
V - participação, na prestação de serviços de auditoria atuarial independente, de membro responsável 
pela auditoria atuarial independente efetuada, no exercício anterior à substituição periódica estabelecida; 
VI - Existência de membro responsável pela auditoria atuarial independente que tenha feito ou ainda faça 
parte de consultoria que tenha prestado serviços atuariais para a supervisionada nos últimos 3 (três) 
anos; e 
VII - existência de membro responsável pela auditoria atuarial independente que possua ou que tenha 
mantido, nos últimos 2 (dois) anos, relação de trabalho, direta ou indireta, como empregado, 
administrador ou colaborador assalariado da supervisionada. 
No momento da sua contratação, o atuário independente deverá fornecer declaração formal, informando 
que seus serviços não conflitarão com as situações constantes nos incisos de I a VII, seja no momento da 
contratação ou durante todo o tempo de prestação de seus serviços. 
A configuração das situações descritas, relativamente às controladas, coligadas ou equiparadas à 
coligada do atuário independente, também im plica vedação à contratação e à manutenção deste. 
No contrato de prestação de serviços de auditoria atuarial independente, a supervisionada deverá incluir 
cláusula na qual o atuário independente se comprometa a entregar-lhe documento contendo sua política 
de independência, o qual deverá ficar à disposição da Susep. 
Responsabilidade das Supervisionadas 
Constatada a inobservância dos requisitos estabelecidos Resolução CNSP n.º 321, de 2015 as 
supervisionadas serão responsabilizadas e os serviços atuariais serão considerados nulos para fins de 
atendimento às normas emanadas do CNSP e da Susep. 
As supervisionadas deverão fornecer ao atuário independente todos os dados, informações e condições 
necessárias para o efetivo desempenho na prestação de seus serviços. 
As supervisionadas deverão promover a imediata substituição do atuário independente quando detectada 
qualquer irregularidade de natureza grave cometida no exercício de suas funções. 
Substituição Periódica do Atuário Independente 
As supervisionadas deverão, a cada 5 (cinco) exercícios sociais completos, promover a substituição do 
atuário independente e dos membros responsáveis pela auditoria atuarial independente. 
O retorno do atuário independente ou de membro responsável pela audi toria atuarial independente 
somente pode ocorrer após decorridos 3 (três) anos de sua substituição. 
As supervisionadas deverão comunicar à Susep, no prazo de 15 (quinze) dias, as razões para a 
substituição do atuário independente ou dos membros responsáveis pela auditoria atuarial independente 
antes do prazo estabelecido no caput, de forma justificada e com a ciência do atuário independente das 
justificativas apresentadas. 
Se o atuário independente discordar das justificativas expostas pela supervisionada p ara a sua 
substituição, deverá encaminhar à Susep as razões de sua discordância, no prazo de 15 (quinze) dias, 
contados da data de ciência das mesmas. 
Documentos da Auditoria Atuarial Independente 
As supervisionadas deverão solicitar ao atuário independente que produza os seguintes documentos: 
 Relatório da auditoria atuarial independente; 
 Parecer atuarial; e 
 Outros documentos solicitados pela Susep. 
Para o seguro DPVAT, a contratação da auditoria atuarial independente é de exclusiva responsabilidade 
da seguradora administradora dos consórcios. 
As supervisionadas deverão manter arquivados os documentos citados neste artigo, em meio digital ou 
eletrônico, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos. 
O relatório de auditoria atuarial independente deverá conter a análi se conclusiva sobre: 
 As provisões técnicas, os valores redutores da necessidade de cobertura das provisõestécnicas, 
as bases de dados, os limites de retenção e as operações de resseguro; 
 As carteiras ou planos deficitários; 
 A conformidade dos dados, premissas e procedimentos utilizados no cálculo do capital mínimo 
requerido, definido pelas fórmulas padrão estabelecidas pela Susep; 
 A conformidade dos dados, premissas e procedimentos utilizados na aplicação das metodologias 
próprias aprovadas pela Susep e desenvolvidas para determinação da necessidade de capital, 
quando cabível; 
 A solvência da supervisionada; 
 O impacto das ressalvas feitas pela auditoria interna ou auditoria independente anterior e das 
manifestações do atuário responsável técnico, que tenham relação com questões técnico-
atuariais ou com fatores que possam afetar a solvência da supervisionada; e 
 Outros estudos que o atuário independente julgar necessários. 
A Susep poderá exigir outras análises além das especificadas acima. As supervisionadas de verão 
encaminhar à Susep o relatório da auditoria atuarial independente e o parecer atuarial, acompanhado de 
plano de ação definido pela supervisionada para a correção de eventuais problemas verificados pelo 
atuário independente. 
O relatório de auditoria atuarial independente deverá: 
I - Conter descrição clara e objetiva da metodologia utilizada para sua elaboração; 
II - Ser disponibilizado à supervisionada até 31 de março; e 
III - Ser entregue à Susep até 30 de abril, em conjunto com o relatório do atuário responsável técnico. 
 
BOX INTERATIVO: 
Conforme a Resolução CNSP nº 321/2015 o parecer atuarial deverá conter: 
I - Manifestação sobre a qualidade dos dados que serviram de base para elaboração da auditoria atuarial independente, bem como sobre a 
correspondência desses dados com os encaminhados à Susep; 
II - Avaliação conclusiva a respeito da adequação das provisões técnicas e dos ativos de resseguro ou retrocessão; 
III - demais situações relevantes verificadas nas análises e estudos realizados; e 
IV - Assinatura do responsável técnico pela elaboração da auditoria atuarial independente, com indicação de seu respectivo número de 
registro MIBA, o CNPJ e o CIBA da empresa responsável pela elaboração da auditoria atuarial independente, conforme o caso. 
O parecer atuarial deverá ser publicado em conjunto com as demonstrações financeiras anuais. 
 
BOX INTERATIVO: 
Conforme a Resolução CNSP nº 321/2015 o parecer atuarial deverá conter: 
I - Manifestação sobre a qualidade dos dados que serviram de base para elaboração da auditoria atuarial independente, bem como 
sobre a correspondência desses dados com os encaminhados à Susep; 
II - Avaliação conclusiva a respeito da adequação das provisões técnicas e dos ativos de resseguro ou retrocessão; 
III - demais situações relevantes verificadas nas análises e estudos realizados; e 
IV - Assinatura do responsável técnico pela elaboração da auditoria atuarial independente, com indicação de seu respectivo número de 
registro MIBA, o CNPJ e o CIBA da empresa responsável pela elaboração da auditoria atuarial independente, conforme o caso. 
O parecer atuarial deverá ser publicado em conjunto com as demonstrações financeiras anuais. 
Relatório do Atuário Responsável Técnico 
O atuário responsável técnico deverá elaborar relatório contendo manifestação sobre os documentos 
produzidos pela auditoria atuarial. 
Na hipótese do atuário independente verificar insuficiência das provisões técnicas ou inadequação dos 
valores oferecidos como redutores da necessidade de cobertura das provisões técnicas, o atuário 
responsável técnico deverá apresentar as justi ficativas ou a nova metodologia de cálculo da mesma em 
conjunto com o seu recálculo atuarial. 
O Relatório do Atuário Responsável Técnico citado no caput deverá permanecer arquivado, em meio 
digital ou eletrônico, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos. 
Auditoria Contábil Independente 
A auditoria independente das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos 
que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a adequação com que estas representam a posição 
patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e 
aplicações de recursos da entidade auditada, consoante as Normas Brasileiras de Contabilidade e a 
legislação específica no que for pertinente. 
A auditoria independente é uma profissão que exige nível superior e é atribuição exclusiva de bacharel 
em Ciências Contábeis com registro no Conselho Regional de Contabilidade - CRC de sua região. 
É exigido que o preposto do auditor, em qualquer nível, seja também contador e esteja devidamente 
legalizado no CRC regional. Aos auxiliares, níveis iniciais, deve-se exigir que estejam cursando faculdade 
de ciências contábeis. 
Devem estar registrados na CVM, os auditores que pretenderem auditar entidades de capital aberto e 
aquelas que operam no mercado financeiro sujeitas ao controle do Banco Central do Brasil. 
Para fins de registro na CVM o auditor deverá comprovar perante aquela instituição ser probo, ter 
capacidade profissional e, já estar registrado no CRC e exercendo a profissão de auditor independ ente 
por um período não inferior a 5 anos. 
Parecer de Auditoria 
O parecer dos auditores Independentes é o documento mediante o qual o auditor expressa sua opinião de 
forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis quanto ao adequado atendimento, ou não, a 
todos os aspectos relevantes. 
Elementos básicos do parecer dos auditores independentes: 
O parecer emitido pelo auditor independente compõe-se basicamente, de três parágrafos, como se 
segue: 
a) Parágrafo referente à identificação das demonstrações contábeis e à definição das responsabilidades 
da administração e dos auditores; 
b) Parágrafo referente à extensão dos trabalhos; 
c) Parágrafo referente à opinião sobre as demonstrações contábeis. 
 
Opinião sobre as demonstrações contábeis 
O parecer deve expressar, claramente, a opinião do auditor sobre se as demonstrações contábeis da 
entidade representam, em todos os aspectos relevantes: 
a) Sua posição patrimonial e financeira; 
b) O resultado de suas operações para o período a que correspondem; 
c) As mutações de seu patrimônio líquido para o período a que correspondem; 
d) As origens e aplicações de recursos para o período a que correspondem. 
 
O auditor deve ter como base e fazer referência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade como 
definidos e aceitos em nosso país. 
Tipos de Parecer 
O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor está convencido sobre todos os aspectos relevantes 
dos assuntos tratados no âmbito de auditoria, O parecer do auditor independente deve expressar essa 
convicção de forma clara e objetiva. 
O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou 
restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção 
de opinião. 
O auditor dever emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas 
ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emiss ão do parecer com ressalva. 
O parecer com abstenção de opinião é emitido quando houver limitação significativa na extensão de seus 
exames que impossibilitem o auditor expressar opinião sobre as demonstrações contábeis por não ter 
obtido comprovação suficiente para fundamentá-la. 
BOX INTERATIVO: 
Conceitos relevantes apresentados pela Resolução CNSP nº 321/2015: 
Conglomerado financeiro: qualquer grupo de empresas, incluindo holdings financeiras, sujeitas a um controle comum ou 
influência dominante que conduzam atividades financeiras em pelo menos dois dos seguintes setores: bancário, segurador ou de 
títulos e valores mobiliários; 
Grupo segurador: qualquer grupo de empresas sujeitoa um controle comum ou influência dominante, que conduza negócios e/ou 
atividades relacionadas a seguro, resseguro, previdência complementar aberta ou capitalização; 
Instituição líder do conglomerado financeiro ou do grupo segurador: aquela que detém o controle do conglomerado financeiro 
ou do grupo segurador; 
Sociedades controladas: aquelas nas quais a investidora, direta ou indiretamente, seja titular dos direitos de sócio que lhe 
assegurem, de modo permanente, a preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger ou destituir a maioria dos 
administradores; 
 Equiparadas a sociedades controladas: 
a) a filial, agência, sucursal, dependência ou escritório de representação no exterior, sempre que os respectivos ativos e pa ssivos 
não estejam incluídos na contabilidade da investidora, por força de normatização específica; 
b) a sociedade na qual os direitos permanentes de sócio, que estejam sob controle comum ou sejam exercidos mediante a 
existência de acordo de votos, independentemente do seu percentual de participação no capital votante; 
c) a subsidiária integral, tendo a investidora como única acionista. 
Auditor contábil independente: pessoa física ou jurídica, devidamente qualificado e registrado na CVM, para a prestação de 
serviços de auditoria contábil independente; e 
Membro responsável pela auditoria contábil independente: responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou qualquer outro 
integrante com função de gerência que seja membro da equipe responsável pelos trabalhos de auditoria contábil independente. 
 
Requisitos de Independência do Auditor Contábil 
Conforme art. 122 da Resolução CNSP nº 321/2015, as supervisionadas não podem contratar ou manter 
auditor contábil independente, caso se configurem quaisquer das seguintes situações: 
I - impedimento ou incompatibilidade para a prestação do serviço de auditoria contábil independente 
previstos em normas e regulamentos da CVM, do CFC ou do Instituto dos Auditores Independentes do 
Brasil - Ibracon; e 
II - pagamento, pela supervisionada auditada, isoladamente ou em conjunto com alguma de suas 
controladas, coligadas ou equiparadas à coligada, de honorários e reembolsos de despesas do auditor 
contábil independente, relativos ao ano-base das demonstrações financeiras objeto da auditoria contábil, 
com representatividade igual ou superior a 25% (vinte e cinco por cento) do faturamento total do auditor 
contábil independente naquele ano. 
No momento da sua contratação, o auditor contábil independente deverá fornecer declaração formal, 
informando que seus serviços não conflitarão com as situações acima, seja no momento da contratação 
ou durante todo o tempo de prestação de seus serviços. 
As supervisionadas não podem contratar membro responsável que seja integrante da equipe 
responsável pelos trabalhos de auditoria contábil das demonstrações financeiras dos exercícios 
corrente e anterior, para cargo relacionado a serviços que configurem impedimento ou 
incompatibilidade para a prestação do serviço de auditoria contábil independente ou que possam 
influenciar na sua administração. 
No momento da sua contratação, o auditor contábil independente deverá disponibilizar para a 
supervisionada, para o seu comitê de auditoria contábil, e, quando solicitado, à Susep, documento 
contendo a sua política de independência. 
Obrigatoriedade 
As demonstrações financeiras das supervisionadas deverão ser auditadas por auditor contábil 
independente. 
As supervisionadas somente podem contratar auditores contábeis independentes, pessoa física ou 
jurídica, registrados na CVM e que atendam aos requisitos mínimos fixados pela Res olução CNSP nº 
321/2015 e pela Susep. 
Responsabilidade das Supervisionadas 
As supervisionadas deverão fornecer ao auditor contábil independente todos os dados, informações e 
condições necessárias para o efetivo desempenho na prestação de seus serviços, bem como a Carta de 
Responsabilidade da Administração, de acordo com as normas do Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC). 
Substituição Periódica do Auditor Contábil Independente 
As supervisionadas deverão, a cada 5 (cinco) exercícios sociais completos, após emitidos os relatórios 
dos auditores contábeis independentes referentes às demonstrações financeiras encerradas na data -base 
de 31 de dezembro, promover a substituição do auditor contábil independente e dos membros 
responsáveis pela auditoria contábil independente. 
O retorno de auditor contábil independente ou de membro responsável pela auditoria contábil 
independente somente pode ocorrer após decorridos 3 (três) anos de sua substituição. 
Comitê de Auditoria 
Conforme Resolução CNSP nº 321/2015, as supervis ionadas que tenham apresentado no encerramento 
dos 2 (dois) últimos exercícios sociais PL superior a R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais) ou 
Provisões Técnicas em montante superior a R$ 700.000.000,00 (setecentos milhões de reais) deverão 
constituir órgão estatutário denominado Comitê de Auditoria, até 31 de março do exercício subsequente. 
(alterado pela Resolução CNSP nº 343/2016). 
O Comitê de Auditoria deverá cumprir suas atribuições a partir do exercício de sua criação. 
No caso de supervisionadas participantes de conglomerado financeiro ou grupo segurador, as condições 
previstas no caput serão aplicáveis considerando a soma dos PL ou Provisões Técnicas de cada uma das 
supervisionadas participantes do conglomerado financeiro ou grupo segurador. As supervisionadas não 
enquadradas nas condições previstas no caput, que optem pela constituição de Comitê de Auditoria, 
deverão cumprir o disposto nesta Resolução. 
O Comitê de Auditoria deverá ser composto, no mínimo, por 3 (três) integrantes, com mandato máximo de 
5 (cinco) anos. Pelo menos um dos integrantes do Comitê de Auditoria deverá possuir conhecimentos nas 
áreas de contabilidade e auditoria contábil dos mercados em que a supervisionada opera. Estes 
conhecimentos deverão ser comprovados por meio dos seguintes requisitos: 
 Formação educacional compatível com os conhecimentos necessários de contabilidade 
societária; 
 Conhecimento dos princípios contábeis geralmente aceitos e habilidade para avaliar a aplicação 
desses princípios em relação às principais estimativas contábeis; 
 Experiência em preparar, auditar, analisar ou avaliar demonstrações financeiras que possuam 
nível de abrangência e complexidade comparáveis aos da companhia; e 
 Conhecimento de controles internos. 
A Resolução CNSP nº 321/2015, estabelece em seu artigo 134, que são atribuições do Comitê de 
Auditoria: 
I - estabelecer as regras operacionais para seu próprio funcionamento, as quais deverão ser formalizadas 
por escrito, aprovadas pelo Conselho de Administração ou, na sua inexistência, pelo Presidente ou 
Diretor-Presidente da supervisionada ou pelo Conselho de Administração da instituição líder do 
conglomerado financeiro ou grupo segurador e colocadas à disposição dos respectivos acionistas, por 
ocasião da Assembleia Geral Ordinária; 
II - recomendar, à administração da supervisionada, a entidade a ser contratada para a prestação dos 
serviços de auditoria contábil independente, bem como a substituição do prestador desses serviços, 
quando considerar necessário; 
III - revisar, previamente à divulgação, as demonstrações financeiras referentes aos períodos findos em 
30 de junho e 31 de dezembro, inclusive as notas explicativas, os relatórios da administração e o 
Relatório dos Auditores Independentes Sobre as Demonstrações Financeiras; 
IV - avaliar a efetividade das auditorias contábeis independente e interna, inclusive quanto à verificação 
do cumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis, além de regulamentos e códigos internos; 
V - avaliar a aceitação, pela administração da supervisionada, das recomendações feitaspelos auditores 
contábeis independentes e pelos auditores contábeis internos, ou as justi ficativas para a sua não 
aceitação; 
VI - avaliar e monitorar os processos, sistemas e controles implementados pela administração para a 
recepção e tratamento de informações acerca do descumprimento, pela supervisionada, de dispositivos 
legais e normativos a ela aplicáveis, além de seus regulamentos e códigos internos, assegurando-se que 
preveem efetivos mecanismos que protejam o prestador da informação e da confidencialidade desta; 
VII - recomendar, à Presidência ou ao Diretor-Presidente da supervisionada ou à Diretoria da instituição 
líder do conglomerado financeiro ou grupo segurador, correção ou aprimoramento de políticas, práticas e 
procedimentos identificados no âmbito de suas atribuições; 
VIII - reunir-se, no mínimo semestralmente, com a Presidência ou com o Diretor Presidente da 
supervisionada ou com a Diretoria da instituição líder do conglomerado financeiro ou grupo segurador e 
com os responsáveis, tanto pela auditoria contábil independente, como pela auditoria contábil interna, 
para verificar o cumprimento de suas recomendações ou indagações, inclusive no que se refere ao 
planejamento dos respectivos trabalhos de auditoria contábil, formalizando, em atas, os conteúdos de tais 
encontros; 
IX - verificar, por ocasião das reuniões previstas no inciso VIII, o cumprimento de suas recomendações 
pela diretoria da supervisionada; 
X - reunir-se com o Conselho Fiscal e com o Conselho de Administração da supervisionada ou da 
instituição líder do conglomerado financeiro ou grupo segurador, tanto por solicitação do s mesmos como 
por iniciativa do Comitê, para discutir sobre políticas, práticas e procedimentos identificados no âmbito 
das suas respectivas competências; e 
XI - outras atribuições determinadas pela Susep. 
BOX INTERATIVO: 
Aplicabilidade das Normas Gerais de Auditoria Contábil Independente 
Na prestação de serviços de auditoria contábil independente para as supervisionadas, deverão ser observadas as normas e 
procedimentos de auditoria contábil determinados pela CVM, pelo CFC, e pelo Ibracon, subsidiariamente às normas do CNSP e da 
Susep. 
 
Documentos da Auditoria Contábil Independente 
As supervisionadas deverão solicitar ao auditor contábil independente que produza os seguintes 
documentos: 
I - Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Financeiras; 
II - Relatório circunstanciado sobre: 
a) a adequação dos procedimentos contábeis e das práticas de divulgação de informações nas 
demonstrações financeiras; 
b) a adequação dos controles internos aos riscos suportados pela supervisionada, relatando as 
deficiências identificadas no curso dos trabalhos de auditoria contábil, bem como, quando for o caso, 
recomendações destinadas a sanar essas deficiências; e 
III - outros documentos que venham a ser solicitados pela Susep. 
 Os relatórios requeridos no inciso II deverão conter os comentários e o plano de ação da 
supervisionada para solucionar as inadequações apontadas, bem como os prazos para o 
cumprimento das ações propostas. 
 As supervisionadas deverão preservar, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, o Relatório do 
Auditor Independente Sobre as Demonstrações Financeiras, juntamente com os relatórios acima 
referidos, além de outros documentos relacionados com a auditoria contábil realizada. 
 As supervisionadas deverão enviar à Susep os documentos constantes dos incisos I, II e III do 
Art. 139, até 31 de outubro do mesmo exercício e até 30 de abril do exercício subsequente, em 
decorrência do exame das demonstrações financeiras de 30 de junho e 31 de dezembro, 
respectivamente. 
 Os Questionários Trimestrais, contidos no Formulário de Informações Periódicas da Susep, 
deverão ser avaliados pelo auditor contábil independente, sendo as supervisionadas obrigadas a 
remeter à Susep o respectivo relatório de auditoria contábil. 
Certificação 
Os membros responsáveis pela auditoria contábil independente da supervisionada deverão possuir 
registro no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) e aprovação em exame específico, 
quando aplicável, elaborado pelo CFC em conjunto com o Ibracon. 
A manutenção da certificação pelo profissional fica condicionada ao atendimento a programa de 
educação continuada na forma e condições estabelecidas pelo CFC. 
Considerações Finais 
Tanto a auditoria atuarial como a auditoria contábil são trabalhos complexos, envolvendo apuração 
rigorosa de dados, escolhas de alternativas, utilização de parâmetros de aferição, entre outros, devendo 
ser realizadas, portanto, por profissionais qualificados e experientes, com definição clara na s normas 
aplicáveis. 
A ampliação dos mercados, especialmente planos de massa (saúde, previdência e outros), exige do 
atuário que elabora e acompanha esses planos, responsabilidades que transcendem o âmbito privado. 
Esta responsabilidade social decorrente do interesse coletivo muitos de brasileiros que participam dos 
citados planos tem levado o legislador a definir expressamente em lei a responsabilidade do atuário, nas 
normas referentes a seguros, previdência e capitalização. 
A auditoria atuarial independente e auditoria contábil independente encontram-se num momento em 
que o Estado tende a se valer cada vez mais nas suas funções de fiscalização de mecanismos auxiliares 
de controle como é o caso da auditoria e da avaliação atuarial. Assim, se consolida as auditorias atuarial 
e contábil, como instrumentos de proteção da sociedade, na medida em que tanto o seguro quanto a 
previdência complementar aberta já alcançam uma grande parcela da população brasileira. 
Aplicação Prática Teórica 
1. (CFC/2016). 
A Susep esclarece mediante Orientações do Mercado, os principais requisitos a serem observados na 
Auditoria Atuarial Independente. Sobre esse assunto, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou 
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
I. Uma mesma pessoa pode exercer a função de membro responsável por uma auditoria atuarial 
independente e membro responsável por uma auditoria contábil independente, desde que tenha a 
qualificação necessária para cada especialidade. 
II. Os serviços de auditoria atuarial, como de auditoria contábil, podem ser prestados por uma mesma 
companhia ainda que a supervisionada seja a mesma. 
III. Desde que realizadas por equipes diferentes, uma empresa que presta consultoria em serviços 
atuariais, o responsável técnico para uma supervisionada pode prestar serviços de auditoria atuarial 
independente para a mesma supervisionada. 
IV. Não precisa justificar quando o contrato com a auditoria atuarial independente não for renovado por 
opção da auditoria ou por legalmente depender de processo licitatório. 
V. Há previsão legal de penalidade ao auditor atuarial independente, ainda que a responsabilidade pelo 
correto provisionamento e pelo cumprimento dos demais requisitos legais aplicados ao mercado de 
seguros, previdência, resseguros e capitalizações seja efetivamente da supervisionada. 
A sequência CORRETA é: 
a) F, V, V, F, V. 
b) V, F, V, V, V. 
c) F, V, F, V, F. 
d) V, V, F, F, V. 
2. (CFC/2016) . 
As disposições legais e regulamentações têm efeito direto sobre as demonstrações contábeis, no sentido 
de que determinam os valores e divulgações a serem reportados pela entidade. A respeito desse assunto, 
assinale a opção INCORRETA. 
a) Os procedimentos normais de auditoria aplicados para a formação da opinião sobre as demonstrações 
contábeis podem levar ao conhecimento do auditor casos de não conformidade com leis e regulamentos. 
b) As representações formais fornecem evidências de auditoria necessárias a respeito do conhecimento 
pela administração de não conformidade com leis e regulamentos. 
c) As representações formaisda administração asseguram o cumprimento das leis e regulamentos, cujos 
efeitos possam ser relevantes sobre as demonstrações contábeis, fornecendo evidência de auditoria 
adequada e suficiente, portanto, não afetam a natureza e extensão de outras evidências de auditoria a 
serem obtidas. 
d) Normalmente, quanto mais distante a não conformidade estiver dos eventos e transações refletidos nas 
demonstrações contábeis, menos provável é que o auditor tome conhecimento disso ou reconheça a não 
conformidade. 
3. (CFC/2015) 
Se o auditor independente usa um trabalho específico dos auditores internos, ele deve incluir na 
documentação de auditoria as conclusões atingidas mediante avaliação do trabalho destes auditores. 
Considerando os conceitos estabelecidos pela NBC TA 610, que trata da utilização dos trabalhos da 
auditoria interna pelo auditor independente, analise as assertivas abaixo e assinale a opção CORRETA. 
a) Embora os objetivos da função de auditoria interna e os do auditor independente sejam semelhantes, 
os meios utilizados para alcançar seus objetivos são diferentes. 
b) Dependendo do grau de autonomia e objetividade da função de auditoria interna, esta é independente 
da entidade, como é exigido do auditor independente quando expressam opinião sobre as demonstrações 
contábeis. 
c) Quando o auditor independente utiliza os trabalhos da auditoria interna, o auditor interno assume 
responsabilidade solidária com o auditor independente sobre a opinião de auditoria expressa sobre as 
demonstrações contábeis. 
d) Existe a probabilidade de que a função de auditoria interna seja relevante para o auditor independente, 
se a natureza das responsabilidades e atividades da função de auditoria interna estiverem relacionadas 
com os relatórios contábeis da entidade.

Outros materiais