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DISCIPLINA: Imunologia & Microbiologia Profa. Me. Akemi Suzuki Cruzio REAÇÕES ANTIGENO-ANTICORPO E TESTES SELECIONADOS Natureza das reações antígeno-anticorpo a) Conceito de Chave e Fechadura - sítio de combinação de um ac localizado na porção Fab - é construído a partir de regiões hipervariáveis de cadeias pesadas e leves - estudos de cristalografia por raios X das interações antígeno-anticorpo mostram que o determinante antigênico se aninha em uma fenda formada pelo sítio de combinação do anticorpo REAÇÕES ANTIGENO-ANTICORPO E TESTES SELECIONADOS Natureza das reações antígeno-anticorpo b) Ligações não-covalentes - ligações que unem o ag ao sítio de ligação do ac todas não- covalentes pontes de hidrogênio, ligações eletrostáticas, forças de Van der Waals e hidrofóbicas. - ligações múltiplas entre ag-ac garantem que o antígeno será ligado fortemente ao anticorpo c) Reversibilidade - as reações antígeno-anticorpo ocorrem via ligações não-covalentes são por natureza reversíveis LIGAÇÕES NÃO-COVALENTES Ligações eletrostáticas - atração entre grupamentos iônicos de carga opostas situadas nas duas cadeias laterais das proteínas: Ex.: 1 grupo amino ionizado (NH3+) numa lisina de 1 proteína e 1 grupo carboxila ionizado (-COO-) de aspartato. à medida que as cargas se aproximam mais, a força de atração aumenta consideravelmente LIGAÇÕES NÃO-COVALENTES Pontes de hidrogênio - distâncias menores podem ser formadas pontes de hidrogênio - ligação química caracterizada por uma ligação covalente entre o hidrogênio e uma ligação covalente com o oxigênio (O), nitrogênio (N) ou flúor (F), e uma interação do tipo dipolo-dipolo entre o átomo de hidrogênio e um átomo de oxigênio (O), nitrogênio (N) ou flúor (F). ex.: - embora muito fracas podem interferir por seu grande nº - pontes relativamente fracas e reversívieis LIGAÇÕES NÃO-COVALENTES Forças de Van der Waals - após maior aproximação das proteínas reagentes ação das mais fracas das forças - caracterizadas por existirem entre moléculas eletricamente neutras Dividem-se em: a) forças de van der Waals do tipo dipolo-dipolo responsáveis pela interação entre duas moléculas que possuem momento de dipolo elétrico permanente moléculas polares LIGAÇÕES NÃO-COVALENTES b) forças de van der Waals do tipo polarizabilidade-polarizabilidade responsáveis pela interação entre duas moléculas que apresentam momento de dipolo elétrico instantaneamente induzido moléculas polarizáveis c) forças de van der Waals do tipo dipolo-polarizabilidade responsáveis pela interação entre uma molécula que apresenta momento de dipolo elétrico permanente e outra que apresenta momento de dipolo induzido - resultantes da interação entre as “núvens de elétrons” externas LIGAÇÕES NÃO-COVALENTES Forças hidrofóbicas - da mesma forma que as gotas de óleo na água se fundem para formar uma só gota de tamanho grande, os grupos hidrofóbicos não-polares tendem a associar-se em meio aquoso ex.: cadeias laterais da valina, leucina e fenilalanina - calculou-se que as forças hidrofóbicas podem contribuir com até 50% da força total da ligação Ag-Ac. AFINIDADE E AVIDEZ Afinidade - é a força da reação entre 1 único determinante antigênico e 1 único sítio de combinação no anticorpo - é a soma das forças de atração e repulsão que operam entre o determinante antigênico e o sítio de combinação do anticorpo - depende do grau de complementariedade entre as duas moléculas - a maioria dos anticorpos têm uma elevada afinidade por seus antígenos AFINIDADE E AVIDEZ Afinidade - Ac de baixa afinidade ligam-se de modo fraco e tendem a se dissociar com facilidade - Ac de alta afinidade estabelecem ligações fortes e mais duradouras. Avidez Avidez é uma medida da força total de ligação de um antígeno contendo muitos determinantes antigênicos e anticorpos multivalentes. A avidez é influenciada tanto pela valência do anticorpo como pela valência do antígeno. Avidez é mais que a soma de afinidades individuais. Isto é ilustrado na Figura 4. Repetindo, afinidade se refere à força de ligação entre um único determinante antigênico e um sítio de combinação de um anticorpo particular, enquanto que avidez se refere à força total de ligação entre antígenos e anticorpos. AFINIDADE E AVIDEZ Avidez - é uma medida da força total de ligação de um antígeno contendo muitos determinantes antigênicos e anticorpos multivalentes - é influenciada tanto pela valência do anticorpo como pela valência do antígeno - quanto maior a avidez, melhor seu efeito biológico final - a baixa afinidade de um Ac pode ser compensada por sua elevada avidez ESPECIFICIDADE E REATIVIDADE CRUZADA Especificidade - se refere à habilidade de um sítio de combinação de anticorpo em particular de reagir com apenas um antígeno - em geral, há um elevado grau de especificidade nas reações antígeno-anticorpo Anticorpos podem distinguir diferenças em: estrutura primária de um antígeno formas isoméricas de um antígeno estrutura secundária e terciária de um antígeno. Reatividade cruzada Reatividade cruzada se refere à habilidade de um sítio de combinação de anticorpo em particular de reagir com mais de um determinante antigênico ou a habilidade de uma população de moléculas de anticorpos de reagir com mais de um antígeno. A Figura 5 ilustra como reações cruzadas podem ocorrer. Reações cruzadas aparecem porque o antígeno envolvido na reação cruzada compartilha um mesmo epitopo com o antígeno imunizador ou porque ele tem um epitopo que é estruturalmente semelhante ao epitopo no antígeno imunizante (multi-especificidade). ESPECIFICIDADE E REATIVIDADE CRUZADA Reatividade cruzada - habilidade de um sítio de combinação de anticorpo em particular de reagir com mais de um determinante antigênico ou - habilidade de uma população de moléculas de anticorpos de reagir com mais de um antígeno Podem ocorrer: a) o antígeno compartilha 1 mesmo epítopo com o antígeno imunizador b) o antígeno tem um epítopo estruturalmente semelhante ao do antígeno imunizante (multi-especificidade) ESPECIFICIDADE E REATIVIDADE CRUZADA Reatividade cruzada Ex.: A) Tipagem sanguínea: glicoproteínas das hemácias Bactérias intestinais possuem substancias quimicamente semelhantes possuem reatividade antigênica cruzada com A e/ou B Acs dirigidos contra os antígenos A ou B, ou ambos, são detectados pela primeira vez em crianças com 3-6 meses e atingem um pico com 5-10 anos, declinando posteriormente com a idade e em alguns estados de imunodeficiência ESPECIFICIDADE E REATIVIDADE CRUZADA Reatividade cruzada Ex.: B) Vários vírus e bactérias possuem determinantes antigênicos idênticos ou similares a componentes normais da célula hospedeira - Antígenos microbianos estimulam anticorpos que reagem de maneira cruzada com os componentes da célula hospedeira e resultam em uma reaçãoautoimune que lesiona o tecido • Streptococcus pyogenes – expressam proteínas na parede celular chamados de antígenos M anticorpos produzidoscontra antígenos M reagem de forma cruzada com várias proteínas do miocárdio e do músculo esquelético lesões cardíacas e renais FATORES QUE AFETAM A RELAÇÃO AG-AC Afinidade: - quanto maior a afinidade do ac pelo ag, mais estável será a interação Avidez: - reações entre antígenos multivalentes e anticorpos multivalentes são mais estáveis e portanto mais fáceis de detectar Razão entre antígeno e anticorpo: - influencia a detecção dos complexos ag-ac porque o tamanho dos complexos está relacionado com a concentração do antígeno e do anticorpo FATORES QUE AFETAM A RELAÇÃO AG-AC Forma física do Ag (solúvel ou particulado): - se o antígeno é particulado geralmente, se observa a aglutinação do antígeno pelo anticorpo - se o antígeno é solúvel geralmente, se pesquisa a precipitação de um antígeno após a produção de grandes complexos antígeno-anticorpo insolúveis Concentração dos anticorpos equilíbrio entre concentração de Ag e Ac) pH do meio de reação Temperatura de reação Tempo de reação FATORES QUE AFETAM A RELAÇÃO AG-AC Forma física do Ag (solúvel ou particulado): - se o antígeno é particulado geralmente, se observa a aglutinação do antígeno pelo anticorpo - se o antígeno é solúvel geralmente, se pesquisa a precipitação de um antígeno após a produção de grandes complexos antígeno-anticorpo insolúveis Concentração dos anticorpos equilíbrio entre concentração de Ag e Ac) pH do meio de reação Temperatura de reação Tempo de reação TESTES DE AGLUTINAÇÃO Aglutinação/Hemaglutinação Antígeno particulado - a reação de 1 anticorpo com o antígeno pode ser detectada pela aglutinação (agrupamento) do antígeno Aglutinina - termo geral usado para descrever acs que aglutinam antígenos particulados Hemaglutinação - termo usado quando o antígeno é um eritrócito TESTES DE AGLUTINAÇÃO Todos os anticorpos podem teoricamente aglutinar antígenos particulados mas IgM (elevada valência) boa aglutinina pode-se inferir que um anticorpo deve ser da clase IgM se este for um bom anticorpo Teste de aglutinação qualitativo - testes de aglutinação podem ser usados de maneira qualitativa para investigar a presença de um antígeno ou um anticorpo o anticorpo é misturado com o antígeno particulado e um teste positivo é indicado pela aglutinação do antígeno particulado TESTES DE AGLUTINAÇÃO Ex.: células vermelhas do sangue de um paciente podem ser misturadas com um anticorpo dirigido a um antígeno de grupo sanguíneo para determinar o tipo sanguíneo da pessoa. Ex2.: soro de um paciente é misturado com células vermelhas do sangue de um tipo sanguíneo conhecido para pesquisar pela presença de anticorpos para aquele tipo sanguíneo no soro do paciente. TESTES DE AGLUTINAÇÃO Teste de aglutinação quantitativo - testes de aglutinação podem também ser usados para medir o nível de anticorpos para antígenos particulados ٥ é realizada 1 diluição seriada de 1 amostra a ser testada para acs; ٥ a seguir é adicionado 1 nº fixo de células vermelhas sanguíneas, bactérias ou outro antígeno particulado; ٥ em seguida, é determinada a diluição máxima que ainda permite aglutinação visível chamada de título; resultados são descritos como a recíproca entra a diluição máxima que ainda permite aglutinação visível. TESTES DE AGLUTINAÇÃO Teste de aglutinação quantitativo teste quantitativo de hemaglutinação Efeito prozona - ocasionalmente, é observado que quando a concentração do ac é elevada não há aglutinação, mas quando a amostra é posteriormente diluída ocorre a aglutinação (Paciente 6) - ausência de aglutinação no efeito prozona excesso de acs complexos muito pequenos que não se aglomeram para produzir aglutinação visível. TESTES DE AGLUTINAÇÃO Aplicações dos testes de aglutinação - determinação dos tipos sanguíneos ou - de anticorpos para antígenos de grupos sanguíneos - avaliar infecções bacterianas ex.: O aumento em título de um anticorpo dirigido a uma bactéria em particular indica uma infecção por aquele tipo bacteriano. - 1 quadruplo em aumento do título é geralmente considerado como um aumento significante de título de anticorpos. AGLUTINAÇÃO DIRETA 1) Adicionar a amostra de sangue na placa teste: 2) Adicionar o reagente (anticorpo anti A, B ou Rh): Exemplo: tipagem sanguínea em lâminas. COMO FAZER: 3) Adicionar o controle negativo: 4) Misturar: 5) Movimentar levemente a placa teste por dois minutos: 6) Fazer a leitura do resultado: Um resultado positivo é indicado por uma aglutinação visível (aglomeração dos eritrócitos na placa teste), como ilustrado acima. negativo positivo TESTES DE AGLUTINAÇÃO Hemaglutinação passiva - os testes de aglutinação só funcionam com antígenos particulados - entretanto, é possível se cobrir eritrócitos com um ag solúvel (ex. antígeno viral, um polissacarídeo ou hapteno) e usar as céls vermelhas cobertas em um teste de aglutinação com acs para o ag solúvel hemaglutinação passiva - o teste é realizado tal como o teste de aglutinação ٥ aplicações: detecção de anticorpos para antígenos solúveis e detecção de acs para antígenos virais TESTES DE AGLUTINAÇÃO Teste de Coombs (Teste de Antiglobulina) Teste de Cooms Direto - quando acs se ligam a eritrócitos, eles nem sempre resultam em aglutinação pode se dever à relação ag/ac: ٥ o antígeno em excesso prejudicam a eficiência da ٥ o anticorpo em excesso ligação cruzada entra as ٥ cargas elétricas nas céls céls vermelhas - esses acs que ligam mas não causam aglutinação das células vermelhas sanguíneas são referidos como anticorpos incompletos não significa que os acs sejam diferentes em sua estrutura TESTES DE AGLUTINAÇÃO Teste de Coombs (Teste de Antiglobulina) Teste de Cooms Direto - para detectar a presença de acs não-aglutinadores nas céls vermelhas adiciona-se um segundo ac diretamente contra o ac que cobre as céls vermelhas - esta anti-imunoglobulina pode agora fazer reação cruzada com as céls vermelhas e levar à aglutinação TESTES DE AGLUTINAÇÃO Teste de Coombs (Teste de Antiglobulina) Teste de Cooms Indireto - realizado caso seja necessário saber se 1 amostra de soro tem acs dirigidos contra uma cél vermelha em particular e você quer se assegurar de que também vai detectar acs não-aglutinadores potenciais na amostra - é feito incubando as céls vermelhas com a amostra de soro, lavando-se para retirar quaisquer anticorpos não ligados e depois adicionando um segundo reagente anti-imunoglobulina para fazer ligação cruzada com as células TESTES DE AGLUTINAÇÃO Teste de Coombs (Teste de Antiglobulina) Teste de Cooms Indireto - realizado caso seja necessário saber se 1 amostra de soro tem acs dirigidos contra uma cél vermelha em particular e você quer se assegurar de que também vai detectar acs não-aglutinadores potenciais na amostra - é feito incubando as céls vermelhas com a amostra de soro, lavando-se para retirar quaisquer anticorpos não ligados e depois adicionando um segundo reagente anti-imunoglobulina para fazer ligação cruzada com as células Teste de Cooms Indireto Aplicações - detecção de anticorpos (Rh) anti-fator rhesus acs contra o fator Rh geralmente não aglutinam céls vermelhas ٥ portanto, céls verm. de crianças Rh+ nascidas de mães Rh- , que têm acs anti-Rh, devem estar cobertas por esses acs Coombs direto ٥ para verificar se a mãe têm anticorpos anti-Rh no seu soro teste de Coombs Indireto TESTES DE AGLUTINAÇÃO Inibição de Hemaglutinação - o teste de aglutinação pode ser modificado para ser usado na medição de antígenos solúveis inibição de hemaglutinação - é medida a habilidade de 1 ag solúvel de inibir a aglutinação por acs de céls vermelhas cobertas por ags - neste teste, 1 quantidade fixa de acs dirigidos ao ag em questão é misturada com uma quantidade fixa de céls vermelhas cobertas com o antígeno - também estão incluídas na mistura diferentes quantidades da amostra a ser analisada para a presença do ag Inibição de Hemaglutinação - se a amostra contém o ag o ag solúvel irá competir com o ag que cobre as céls vermelhas pela ligação com os acs inibindo aglutinação das céls vermelhas - pela diluição seriada da amostra você pode quantificar o antígeno na sua amostra desconhecida pelo seu título - é geralmente usado para quantificar antígenos solúveis e é sujeito às mesmas considerações práticas do teste de aglutinação. TESTES DE PRECIPITAÇÃO Imunodifusão Radial (Mancini) - o ac é incorporado no gel de ágar quando este for derramado e diluições diferentes do ag são aplicadas nos poços perfurados no ágar - à medida que o ag se difunde no gel ele reage com o ac - quando o ponto de equivalência é atingido é formado um anel de precipitação - o diâmetro do anel é proporcional ao log da concentração do antígeno, uma vez que a quantidade de anticorpo é constante ao correr diferentes concentrações de um antígeno padrão pode-se gerar uma curva padrão a partir da qual se pode quantificar a quantidade de um antígeno em uma amostra desconhecida teste quantitativo TESTES DE PRECIPITAÇÃO Imunodifusão Radial (Mancini) - se aparecerem no teste mais de um anel ocorreram mais de uma reação ag/ac pode ser devido à mistura de ag ou de ac - é comumente usado em laboratório clínico para a determinação dos níveis de imunoglobulina em amostras de pacientes TESTES DE PRECIPITAÇÃO Imunoeletroforese - 1 mistura complexa de ags é aplicada em um poço perfurado em um gel de ágar - os ags são submetidos à eletroforese ags são separados de acordo com suas cargas - após a eletroforese, um sulco é feito no gel e os acs são adicionados - à medida que os acs se difundem no ágar são produzidas linhas de precipitina na zona de equivalência quando ocorre uma reação ag/ac TESTES DE PRECIPITAÇÃO Imunoeletroforese - é usado para a análise qualitativa de misturas complexas de antígenos, embora uma medida grosseira da quantidade (espessura da linha) pode ser obtida - é comumente usado para a análise de componentes no soro de um paciente soro é colocado no poço e acs para soro total é colocado no sulco através da comparação com o soro normal, é possível determinar se há deficiências em um ou mais componentes do soro ou se há uma super-abundância de algum dos componentes do soro (espessura) - pode também ser usado para avaliar a pureza das proteínas de soro isoladas TESTES DE PRECIPITAÇÃO Eletroforese contracorrente Neste teste o antígeno e o anticorpo são colocados em poços perfurados no gel de ágar e o antígeno e o anticorpo são submetidos à eletroforese um contra o outro, onde eles formam uma linha de precipitação como ilustrado na Figura 15. Este teste somente funciona se forem conseguidas as condições em que em que o antígeno e o anticorpo tenham cargas opostas. Este teste é primariamente qualitativo, embora a partir da espessura da banda você possa obter alguma medida da quantidade. Sua maior vantagem é a rapidez. RADIOIMUNOENSAIO (RIA)/ENSAIO ENZIMÁTICO DE IMUNOABSORÇÃO (ELISA) Radioimunoensaios (RIA) - ensaios baseados na medição da radioatividade associada com complexos imunes - em 1 teste particular, o marcador pode ser tanto o ag como ac Ensaios Enzimáticos de Imunoabsorção (ELISA) - ensaios baseados na medição de uma reação enzimática associada com complexos imunes - em 1 teste em particular, a enzima deve estar ligada ao ag ou ao ac RADIOIMUNOENSAIO (RIA)/ENSAIO ENZIMÁTICO DE IMUNOABSORÇÃO (ELISA) RIA/ELISA Competitivo para Detecção de Ac - o método e o princípio do RIA e ELISA para a medição de ag é marcado por: ٥ uso de quantidades conhecidas de um ag padrão não marcado pode-se gerar uma curva padrão relacionando a radioatividade da enzima ligada versus quantidade do ag ٥ curva padrão pode-se determinar a quantidade de um ag em uma amostra desconhecida - ponto crucial: ٥ separação dos complexos imunes do restante dos componentes pode ser conseguido maneiras diferentes que servem como base para o nome atribuído ao ensaio: RADIOIMUNOENSAIO (RIA)/ENSAIO ENZIMÁTICO DE IMUNOABSORÇÃO (ELISA) Precipitação por sulfato de amônia - Sulfato de amônia (concentração final 33 - 50%) irá precipitar imunoglobulinas mas não muitos ags - conhecida como técnica de Farr. Anticorpo anti-imunoglobulina - a adição de um segundo ac dirigido contra o primeiro ac pode resultar na precipitação de complexos imunes separação dos complexos e ags livres. RADIOIMUNOENSAIO (RIA)/ENSAIO ENZIMÁTICO DE IMUNOABSORÇÃO (ELISA) Imobilização do Anticorpo - o ac pode ser imobilizado na superfície de uma pérola de plástico ou cobrindo a superfície de uma placa de plástico os complexos imunes podem facilmente ser separados dos outros componentes pela simples lavagem das pérolas ou da placa - comumente usado hoje em dia e é referido como RIA ou ELISA de fase Sólida - RIA e ELISA competitivo são comumente usados para quantificar proteínas séricas, hormônios e metabólitos de drogas RADIOIMUNOENSAIO (RIA)/ENSAIO ENZIMÁTICO DE IMUNOABSORÇÃO (ELISA) RIA/ELISA não-competitivo para Ag ou Ac - são também usados para a medição de antígenos e anticorpos - a pérola é coberta pelo ag e é usada para a detecção de ac na amostra desconhecida - a quantidade do segundo ac marcado ligado está relacionada com a quantidade de ac na amostra desconhecida RADIOIMUNOENSAIO (RIA)/ENSAIO ENZIMÁTICO DE IMUNOABSORÇÃO (ELISA) RIA/ELISA não-competitivo para Ag ou Ac - é comumente empregado para a medição de acs da classe IgE dirigidos contra um alergeno em particular, pelo uso de um ag e acs anti-IgE como reagente marcador teste RAST (teste radio-alergo- absorvente) - a pérola está coberta com ac e é usada para medir um ag desconhecido - a quantidade do segundo ac marcado que liga é proporcional à quantidade do ag que se liga ao primeiro ac TESTES PARA ANTÍGENOS ASSOCIADOS A CÉLULAS Imunofluorescência - técnica pela qual um ac marcado com 1 molécula fluorescente (fluoresceína, rodamina ou 1 dos vários outros corantes fluorescentes) é usado para detectar a presença de 1 ag dentro ou sobre uma célula ou tecido fluorescência emitida pelo ac ligado Imunofluorescência Direta - o ac específico para o ag é diretamente marcado com o fluorocromo Testes para Antígenos Associados a Células Imunofluorescência Indireta - o ac específico para o ag não é marcado e um segundo ac anti-imunoglobulina dirigido ao primeiro ac é marcado com o fluorocromo - é mais sensível do que a imunofluorescência direta há amplificação do sinal TESTES PARA ANTÍGENOS ASSOCIADOS A CÉLULAS Citometria de Fluxo - comumente usada em laboratório clínico para identificar e enumerar céls contendo um ag particular - a céls em suspensão são marcadas com um marcador fluorescente pela imunofluorescência direta ou indireta - as céls são então analizadas no citômetro de fluxo TESTES PARA ANTÍGENOS ASSOCIADOS A CÉLULAS Citometria de Fluxo - princípio da citometria de fluxo: ٥ em 1 citômetro de fluxo as céls saem de uma célula de fluxo e são iluminadas por um raio laser ٥ a quantidade de raios laser que é dispersa para fora das céls durante a passagem das mesmas pelo laser pode ser medida proporciona informação a respeito do tamanho das células ٥ o laser pode excitar o fluorocromo nas céls e a luz fluorescente emitida pode ser medida por um ou mais detectores TESTES PARA ANTÍGENOS ASSOCIADOS A CÉLULAS Dado obtido pela citometria de fluxo ٥ histograma mono-paramétrico - o aumento da fluorescência (ex. Fluorescência verde) é plotado no eixo dos x - o nº de céls exibindo aquela qtd de fluorescência é plotado no eixo dos y - a fração de céls que são fluorescentes pode ser determinado pela integração da área sob a curva TESTES PARA ANTÍGENOS ASSOCIADOS A CÉLULAS Dado obtido pela citometria de fluxo ٥ histograma bi-paramétrico - o eixo dos x é um parâmetro (ex. Fluorescência vermelha) - o eixo dos y é o segundo parâmetro (ex. Fluorescência verde) - o nº de céls é indicado pelo contôrno e pela intensidade da cor FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO Complexos ag/ac podem também ser medidos por suas habilidades de fixar o complemento porque um complexo ag/ac irá “consumir” o complemento se estiver presente enquanto que ags livres ou acs não irão - testes para complexos ag/ac que se baseiam no consumo do complemento são denominados testes de fixação de complemento usados para quantificar reações ag/ac - só irá funcionar com acs que fixam complementos IgG e IgM são os melhores FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO Princípio do teste de fixação do complemento - o ag é misturado com o soro teste para ser investigado para presença de acs aguardar a formação de complexos ag/ac - 1 tubo controle no qual nenhum ag é adicionado também é preparado se nenhum complexo ag/ac estiver presente no tubo nenhum complemento será fixado - entretanto, se complexos ag/ac estiverem presentes irão fixar o complemento diminuir a quantidade de complemento no tubo - após se aguardar a fixação do complemento adicionada qtd padrão de céls vermelhas, previamente cobertas com anticorpos anti-eritrócitos FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO Princípio do teste de fixação do complemento - a qtd de céls vermelhas cobertas por ac é predeterminada para ser suficiente para usar todo o complemento inicialmente adicionado se este ainda estiver lá todo o complemento ainda presente todas as células vermelhas serão lisadas se complexos ag/ac são formados, algum complemento será consumido nem todas as células vermelhas adicionadas irão lisar - pela medição da quantidade de lise de céls vermelhas pelos complexos ag/ac, pela medição da liberação de hemoglobina no meio pode-se quantificar indiretamente os complexos ag/ac no tubo FIXAÇÃO DO COMPLEMENTO Princípio do teste de fixação do complemento - são mais comumente utilizados para pesquisa de acs em uma amostra teste podem ser modificados para medição do ag
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