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DISCIPLINA: Imunologia & Microbiologia Profa. Me. Akemi Suzuki Cruzio GERAÇÃO DA DIVERSIDADE NA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E MATURAÇÃO DA AFINIDADE A resposta a um Ag simples é diversa - muitas moléculas de Igs afinidades únicas e especificidade acuradas Durante a organização dos diferentes segmentos genéticos necessários para produzir uma molécula de Ig, combinações ao acaso dos diferentes componentes gênicos produzem uma enorme diversidade potencial. Desenvolvimento do linfócito B - fases iniciais IgM de membrana é produzida como receptor A mudança de isotipo em células B estimulo pelo antígeno assegura a manutenção da mesma região variável garante a especificidade ao Ag correspondente diferentes funções efetoras GERAÇÃO DA DIVERSIDADE NA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E MATURAÇÃO DA AFINIDADE Afinidade - descreve a intensidade da interação antígeno-anticorpo em sítios antigênicos individuais; - dentro de cada local antigênico, a região variável do anticorpo "braço" interage através de forças não-covalentes fracas com o antígeno em vários locais; - quanto mais interações, mais forte a afinidade. Avidez - é controlada por três fatores principais: a) afinidade entre anticorpo e epítopo b) valência de antígeno e anticorpo c) arranjo estrutural da interação GERAÇÃO DA DIVERSIDADE NA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E MATURAÇÃO DA AFINIDADE Avidez - é controlada por três fatores principais definem a especificidade do anticorpo a probabilidade de que o anticorpo seja precisamente específico para um epítopo Reatividade cruzada - refere-se a um anticorpo ou à uma população de anticorpos que se ligam aos epítopos de outros antígenos - baixa avidez - pode ser causada por - baixa especificidade do anticorpo - semelhança de epítopos pertencentes a antígenos distintos GERAÇÃO DA DIVERSIDADE NA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E MATURAÇÃO DA AFINIDADE Afinidade - diferença básica entre o Ac produzido na resposta primária e na resposta secundária O Ac da classe IgM a) Resposta primária - tende a ser de afinidade relativamente baixa - pode contar com uma avidez adicional estrutura pentamérica ligar-se eficientemente ao Ag b) Resposta secundária - IgG e outras classes afinidade maior . GERAÇÃO DA DIVERSIDADE NA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E MATURAÇÃO DA AFINIDADE Afinidade - o aumento gradual da afinidade do Ac pelo Ag indutor acontece no nódulo linfático Maturação da afinidade - consequência da hipermutação somática dos genes de Ig acoplada com a seleção das células B com Ig de superfície de alta afinidade Hipermutação somática - ocorre em centros germinativos, após o rearranjo de genes gerar anticorpos com maior especificidade para um antigeno - ocorre após a ativação da célula B durante a maturação de afinidade - consiste na mutação pontual nos genes da região variável de uma cadeia GERAÇÃO DA DIVERSIDADE NA RESPOSTA IMUNE HUMORAL E MATURAÇÃO DA AFINIDADE Maturação da afinidade ٥ resposta imune - encarada como um processo darwiniano - requerer primeiro a geração de variabilidade nos receptores de células B seleção daqueles com maior afinidade pelo Ag - células B se ligam ao Ag de modo bem-sucedido sobrevivem à seleção saem do centro germinativo do nódulo linfático células B de memória células plasmáticas secretoras de Ac DISTRIBUIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ISOTIPOS Os agentes infectoparasitários para a maior parte dos locais do organismo hospedeiro anticorpos amplamente distribuídos distribuídos por difusão ex..: os pulmões e o intestino Anticorpos de diferentes isotipos - operam em locais diferentes Resposta imune humoral - primeiros anticorpos produzidos IgMs DISTRIBUIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ISOTIPOS IgMs - produzidos antes que a célula B tenha sofrido hipermutação somática tendem a ser de baixa afinidade - formam pentâmeros 10 sítios de ligação com o Ag podem se unir simultaneamente a antígenos multivalentes ex.: polissacarídeos de parede celular bacteriana torna a IgM capaz de ativar o complemento de maneira mais eficaz controle mais eficiente de uma infecção DISTRIBUIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ISOTIPOS IgD - função pouco conhecida - parece exercer um papel na diferenciação dos linfócitos B induzida pelo Ag - principal isotipo de imunoglobulina no sangue e nos fluidos extracelulares IgG subclasses: IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4 propriedades diversas - confere proteção ao feto única classe de Ig transportada, através da placenta, para a corrente circulatória do feto DISTRIBUIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ISOTIPOS IgG propriedades diversas - atua na neutralização de toxinas - imobilização de bactérias - sensibilização para NK - ativação do complemento e opsonização IgA - principal imunoglobulina presente em secreções externas ex.: saliva, muco, suor, suco gástrico e lágrimas DISTRIBUIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ISOTIPOS IgA - principal Ig no colostro e no leite neonato, principal fonte de proteção contra patógenos no intestino Subclasses - IgA1 e IgA2 Forma monomérica - encontrada no plasma e em pequenas concentrações Forma dimérica - encontrada em grandes concentrações nas regiões mucosas do organismo DISTRIBUIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ISOTIPOS IgA Formas monomérica e dimérica - previnem a invasão de bactérias - previnem a penetração de toxinas nas células epiteliais IgE - difundida de maneira moderada nos espaços extravasculares - principal propriedade: sensibilização de mastócitos e basófilos reação inflamatória liberação de mediadores químicos ex.: histamina vasodilatação passagem de Acs do vaso para a área lesada DISTRIBUIÇÃO E PROPRIEDADES DOS ISOTIPOS IgE - principal propriedade: sensibilização de mastócitos e basófilos reação inflamatória fatores quimioatraentes recrutam fagócitos para o local de infecção - podem estar envolvidas em processos alérgicos - podem estar envolvidos na ajuda para eliminação de helmintos sensibilizam eosinófilos POLIMORFISMO DAS IMUNOGLOBULINAS Quando uma Ig é usada como Ag - é tratada como qualquer outra proteína estranha - faz desencadear uma resposta de Ac - é produzido Ac anti-Ig reconhece aminoácidos característicos do isotipo do Ac injetado - é possível gerar Acs que reconhecem diferenças no Ac de membros da mesma espécie variação genética ou polimorfismo Alotipos - são variantes alélicas - representam pequenas diferenças polimórficas nos loci codificam as regiões constantes das cadeias leves e pesadas POLIMORFISMO DAS IMUNOGLOBULINAS Acs anti-alotipos - reconhecem Ig de um dado isotipo em alguns representantes de uma dada espécie Idiotipos - variações na sequência dos epitopos de uma Ig Para a produção de Produção de Acs altamente específicos - a clivagem pela papaína é essencial enzima que corta a molécula antes das pontes de sulfeto mantém a porção Fc inteira, - a produção dos Ac serão altamente específicas contra a região Fc daquele isotipo POLIMORFISMO DAS IMUNOGLOBULINAS Clivagem com pepsina - quando se deseja uma molécula de Ac que não reaja com o sistema complemento - e não se fixe em receptores para Fc de superfície celular - corta depois das pontes de sulfeto mantém a fração (Fab’)2 íntegra permite a ligação específica com o alvo desejado impossibilita as ações efetoras características do isotipo SISTEMA COMPLEMENTO Complemento - nome originado a partir da atividade complementar de proteínas na ação bactericida de alguns Acs. Sistema complemento - é um complexo proteico existente no plasma, sob a forma inativa Constituição: - substâncias termolábeis e/ou termoestáveis Função: - eliminação de um agente estranho pela ativação de mecanismos inespecíficos: SISTEMA COMPLEMENTO ٥ Fagocitose - quando algumas proteínas ativadas do complemento unem-se a bactérias, opsonizando-as para ingestão pelos fagócitos portadores de receptores do complemento; ٥ Reação inflamatória - quando os pequenos fragmentos de proteínas promovem eventos vasculares e recrutam fagócitos ao local da atividade inflamatória; ٥ Lise - quando uma vez desencadeada a cascata, os componentes terminais do complemento lesam certas bactérias, vírus e células com a formação de poros na membrana celular. SISTEMA COMPLEMENTO Sistema complemento - também é responsável pela depuração imune consiste na remoção de complexos imunes da circulação no baço e no fígado. - possui cerca de 30 proteínas ou mais - interage por ativação enzimática - pode agir sozinho ou com Ac clássica - ativada por complexos imunes Vias alternativa ativadas por microrganismos lectinas SISTEMA COMPLEMENTO Vias - todas as vias de ativação convergem para uma etapa final de reação em cadeia denominada sequência comum. ٥ Processo de ativação - envolve uma série de etapas proteolíticas - 1 proteína precursora inativa é clivada para fornecer um grande fragmento ativo esta se une à superfície celular contribui para a próxima clivagem liberação de um pequeno fragmento peptídico serve como mediador de resposta inflamatória - cada uma das 3 vias de ativação gera uma convertase de C3 caminhos diferentes determina que as principais moléculas efetoras e os eventos tardios sejam os mesmos para as três vias. SISTEMA COMPLEMENTO Processo de ativação - a ativação inadequada potencialmente - a persistência dos efeitos inflamatórios prejudiciais ao organismo regulação precisa ser rigorosa Ex.: componentes-chaves permanecem ativos por pouquíssimo tempo (milésimos de segundos) a menos que se liguem a uma superfície celular Ex2.: existem vários pontos na via de ativação, nos quais podem atuar proteínas reguladoras previne a ativação inadvertida do complemento sobre células do hospedeiro e evita a lesão de células do organismo SISTEMA COMPLEMENTO Nomenclatura via clássica - todos os componentes da via clássica são designados pela letra C, seguida por designação numérica simples: ٥ C1 ٥ C2 ٥ C5 ٥ C7 ٥ C9 ٥ C4 ٥ C3 ٥ C6 ٥ C8 foram numerados pela ordem de descoberta e não segundo a sequência de reações Produtos de clivagem - são designados por letras minúsculas maior fragmento recebe a letra b (exceto o fragmento C2 letra a) menor letra a SISTEMA COMPLEMENTO Componentes iniciais VIA ALTERNATIVA - não são numerados - são indicados pelas letras maiúsculas B e D - seus produtos de clivagem também são designados pelas letras b e a maior fragmento Bb menor Ba Componentes ativados - recebem uma linha horizontal superior ex.: Bb SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via clássica Componente C1 C1q - complexo formado por 3 proteínas C1r C1s ٥ Complexo Ag-Ac, formado - componente C1q se liga na região Fc do Ac início a uma reação em cascata C1q ativa 2 moléculas de C1r capazes de se ligar a 2 de C1s complexo C1q-C1s-C1r-C1r-C1s é uma serina protease - C1s atua em C4 e C2 dissociando-as em C4a e C4b, C2a e C2b - a união de C4b a C2b/C2a forma a C3 convertase SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via clássica C3 convertase cliva C3 em C3a e C3b C3 - fração mais abundante no plasma - mais importante dos componentes do complemento inúmeras moléculas de C3b podem se ligar à superfície de um patógeno - alguns fragmentos C3b se ligam a receptores da membrana atuam como opsoninas facilita a fagocitose - outros C3b se ligam a C3 convertase originando a C5 convertase (C4bC2bC3b) SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via clássica C5 convertase - atua em C5 C5a e C5b Etapa comum - inicia após dissociação de C5 - a fração C5b interage com C6 abre um sítio de ligação para C7 - o complexo C5bC6C7 deposita-se na superfície da membrana abre o sítio de ligação para C8 penetra na membrana da célula - C8 abre um sítio para C9 ligação de vários C9 SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via clássica Etapa comum - ligação de vários C9 formação um canal transmembrânico ou poro hidrofílico Complexo de ataque à membrana (MAC) - ocasiona lise celular e desequilíbrio osmótico Obs.: os fragmentos menores C4a, C2a, C3a e C5a liberados no interstício, são potentes mediadores inflamatórios. SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via das Lectinas - é semelhante à via clássica Lectinas - são proteínas (ou glicoproteínas) que se ligam a carboidratos podem ativar a via clássica do complemento na ausência do complexo antígeno-anticorpo Principal lectina - proteína ligadora de manose (MBL) faz o papel de C1q se liga à resíduos de carboidratos da superfície de uma bactéria ativadora ou outras substâncias SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via das Lectinas MBL - associada a duas pró-enzimas: MASP-1 (Serina Protease MASP-2 Associada a MBL) - se liga aos grupamentos manose terminais nos carboidratos bacterianos MASP-1 e MASP-2 são ativadas e continuam a ativar a via clássica. SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via Alternativa - com exceção da etapa inicial, os eventos da via alternativa são homólogos aos da via clássica e das lectinas. - é constantemente ativada, em taxa muito reduzida aumenta drasticamente na presença de superfícies ativadoras adequadas ex.: membranas celulares de microrganismos - pode ser ativada pela ligação do C3b ou de uma forma hidrolizada espontaneamente (iC3b) à superfície do patógeno este se liga ao fator B C3bB - componente suscestível ao fator D SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via Alternativa - fator D cliva o componente B em Ba e Bb Bb permanece ligado ao C3b molécula C3bBb - molécula C3bBb = C3 convertase - C3 convertase da via alternativa produzirá mais C3b sistema mais ativo muitos fagócitos possuem receptores para este componente C3 convertase da via alternativa - é extremamente instável costuma sofrer rápida dissociação SISTEMA COMPLEMENTO Ativação da via Alternativa C3 convertase da via alternativa - 1 proteína plasmática denominada properdina se liga a C3 convertase e a estabiliza diminui sua degradação e permite a continuação da cascata C5 convertase - alguns C3b se ligam ao C3bBb C5 convertase da via alternada C3b2Bb ou C3bBbC3b - cliva C5 em C5a e C5b início a sequência comum C5b inicia o complexo de ataque à membrana ligando-se a C6, C7, C8 e C9.
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