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DISCIPLINA: Imunologia & Microbiologia Profa. Me. Akemi Suzuki Cruzio RECIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS Linfócitos T e B diferenciação antígeno ausente linfócitos virgens ou em repouso - circulam continuamente, sangue tecidos linfoides periféricos - penetram por interações adesivas especiais com os capilares - retornam para o sangue através dos vasos linfáticos ou diretamente ao sangue (baço) Infecção, - os linfócitos que reconhecem o agente infeccioso são retidos no tecido linfoide proliferação e diferenciação em células efetoras capazes de controlar a infecção RECIRCULAÇÃO DE LINFÓCITOS Infecção tecidual, - antígenos capturados por células dendríticas se deslocam do sítio da infecção pelos vasos linfáticos aferentes para os nódulos linfáticos Nódulos linfáticos, - processam e apresentam o antígeno aos linfócitos T(circulantes) ativação - células B migração através do nódulo antígeno detidas e ativadas por células T ativadas Após período de proliferação e diferenciação células efetoras deixam os nódulos linfáticos vasos linfáticos eferentes. CÉLULAS T: DESENVOLVIMENTO, DIVERSIDADE E ATIVAÇÃO Linfócitos, - únicas células que expressam receptores altamente diversificados para o antígeno permite o reconhecimento de grande variedade de substâncias estranhas a diversidade é gerada durante o processo de desenvolvimento dos linfócitos T e B (células precursoras) Desenvolvimento dos linfócitos T αβ (alfa/beta) e T γδ (gamma/delta) - segue estágios sequenciais: recombinação somática e expressão dos genes do TCR proliferação celular CÉLULAS T: DESENVOLVIMENTO, DIVERSIDADE E ATIVAÇÃO Recombinação Somática - para se formar um gene funcional de cadeia leve ou pesada de imunoglobulina é necessário que ocorra um processo de recombinação entre as diversas regiões que podem decodificar partes da cadeia. - 1 cadeia pesada é formada de 3 a 4 domínios constantes sua porção variável é formada de 3 domínios chamados variável (V), de diversidade (D) e de junção (J) a recombinação para formar essa região é conhecida por recombinação VDJ. CÉLULAS T: DESENVOLVIMENTO, DIVERSIDADE E ATIVAÇÃO Desenvolvimento dos linfócitos T αβ (alfa/beta) e T γδ (gamma/delta) - segue estágios sequenciais: 3) seleção induzida pelo antígeno 4) aquisição de fenótipos de capacidade funcional Origem: - precursores do fígado fetal ou da medula óssea de adultos completam seu desenvolvimento no timo Timócitos - células T em desenvolvimento no timo - maioria dos t. imaturos não expressa o TCR ou os correceptores CD4 e CD8 migram através do córtex iniciam a maturação em células CD4 ou CD8 CÉLULAS T: DESENVOLVIMENTO, DIVERSIDADE E ATIVAÇÃO Timócitos - células T em desenvolvimento no timo - maioria dos t. imaturos não expressa o TCR ou os correceptores CD4 e CD8 migram através do córtex expressam pela primeira vez o TCR Proliferação e apoptose - níveis extremamente altos nos timócitos corticais - cerca de 95% morrem antes de chegar à região medular do Processo seletivo, resultado - restrição ao MHC próprio - tolerância a muitos autoantígenos CÉLULAS T: DESENVOLVIMENTO, DIVERSIDADE E ATIVAÇÃO Diferenciação funcional e fenotípica em células T CD4/CD8 - ocorre na medula tímica células T maduras são liberadas para a circulação Células Apresentadoras De Antígenos (APCs) antígenos peptídicos linfócitos T resposta à exposição - O início da resposta requer o reconhecimento específico do antígeno pelas células T; cada um mediado por - a adesão estável das células T às APCs; moléculas distintas, - transdução dos sinais ativadores. expressas pelas células T RECEPTORES DE ANTÍGENOS E MOLÉCULAS ACESSÓRIAS DOS LINFÓCITOS T Moléculas de MHC + peptídeos formam um complexo na membrana plasmática das APCs Receptor TCR - reconhece o complexo peptídeo-MHC - é distribuído clonalmente os clones de linfócitos que apresentam diferentes especificidades expressam distintos TCRs RECEPTORES DE ANTÍGENOS E MOLÉCULAS ACESSÓRIAS DOS LINFÓCITOS T V: domínio variável C: domínio conservado MHC - conjunto de genes denominado MHC presentes em todas as espécies - seus produtos são de importância para o reconhecimento intercelular e a discriminação do que é próprio e não-próprio - Um anticorpo pode reconhecer um antígeno na sua forma livre células T só reconhecem quando associado a moléculas MHC MHC influencia o repertório de resposta celular T auxiliar e T citotóxico COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE MHC Classe I - Os genes das moléculas MHC I codificam para glicoproteínas expressa na superfície de quase todas as células nucleadas; Função: - apresentação de peptídeos antigénicos à linfócitos TCD8+ (citotóxico) MHC Classe II - Os genes das moléculas MHC II codificam para glicoproteínas expressas em APCs; Função: - apresentação de peptídeos antigénicos à linfócitos TCD4+ (auxiliar) MHC Classe III - Estes genes codificam para várias proteínas com funções diferentes no SI, incluindo componentes do sistema de complemento e moléculas envolvidas na inflamação Sinais bioquímicos, - são acionados na célula T pelo reconhecimento do antígeno - não são transduzidos pelo TCR - transduzidos por proteínas não variáveis chamadas CD3 e ζ (dzeta) que estão ligadas de forma não covalente ao receptor do antígeno para formar o complexo TCR Nas células T, - o reconhecimento do antígeno é realizado por dois grupos de moléculas: um receptor para o antígeno altamente variável TCR proteínas sinalizadoras não variáveis CD3 e cadeia ζ RECEPTORES DE ANTÍGENOS E MOLÉCULAS ACESSÓRIAS DOS LINFÓCITOS T Moléculas de adesão - moléculas acessórias que estabilizam a ligação das células T às APCs - permite que o TCR mantenha íntimo contato com o antígeno durante a transdução dos sinais para a ativação das células T Células T que expressam o TCR γδ - pertencem a uma linhagem distinta das células T - a percentagem das células T γδ é variável nos diferentes tecidos das diferentes espécies geralmente ≤ 5% - não reconhecem os antígenos peptídeos associados às moléculas MHC - não são restritas ao MHC reconhecem moléculas diversas não reconhecidas pelas células T αβ RECEPTORES DE ANTÍGENOS E MOLÉCULAS ACESSÓRIAS DOS LINFÓCITOS T Células T que expressam o TCR γδ - alguns clones dessas células reconhecem uma pequena molécula que pode ser apresentada por moléculas similares às da classe I do MHC 1 apresentação não clássica de moléculas normalmente encontradas nas microbactérias e em outros microrganismos - a diversidade limitada das células γδ sugere que os ligantes desses receptores são bem conservados - podem iniciar a resposta imune contra um pequeno número de microrganismos antes mesmo do recrutamento das células T antígeno-específicas αβ. RECEPTORES DE ANTÍGENOS E MOLÉCULAS ACESSÓRIAS DOS LINFÓCITOS T Células T - além dos componentes do complexo TCR - apresentam várias proteínas de membrana exercem papel crucial no reconhecimento do antígeno essas moléculas presentes na membrana ligam-se especificamente a outras moléculas da membrana de outras células ex.: APCs, células do endotélio de vasos e da matriz extracelular ₒ essas moléculas não apresentam regiões variáveis ₒ não são polimórficas idênticas em todas as células T de todos os indivíduos de uma mesma espécie RECEPTORES DE ANTÍGENOS E MOLÉCULAS ACESSÓRIAS DOS LINFÓCITOS T Células T - apresentam várias proteínas de membrana ₒ são responsáveis pela transdução de sinais bioquímicos para o interior das células T assegura que as células T e as APCs permaneçam ligadas o tempo suficiente para permitir aos TCRs a oportunidade de localizar, reconhecer e responder ao complexo peptídeo-MHC na APC RECEPTORES DE ANTÍGENOS E MOLÉCULAS ACESSÓRIAS DOS LINFÓCITOS T Moléculas CD4 e CD8 - são proteínas das células T - se ligam às regiões não polimórficas das moléculas de MHC e transduzem os sinais que (juntamente com os sinais liberados pelo complexo TCR) iniciam a ativação das células T Células T αβ maduras - geralmente expressam CD4 ou CD8 - existem referências da expressão de ambos os marcadores Esses correceptores interagem com as moléculas de MHC quando o TCR reconhece de forma específica o complexo peptídeo-MHC na APC CORRECEPTORES CD4 E CD8: RECEPTORES ENVOLVIDOS NA ATIVAÇÃO Moléculas CD4 e CD8 - cerca de 65% das células T αβ maduras do sangue e dos tecidos expressam o correceptor CD4 e 35% do CD8 NATUREZA DOS ANTÍGENOS Antígeno - do grego anti (contra) e gen (gerar) - qualquer substância solúvel, celular ou particulada que pode ser especificamente ligada por 1 anticorpo ou por 1 receptor de antígeno de célula T imunogenicidade Propriedades: antigenicidade CORRECEPTORES CD4 E CD8: RECEPTORES ENVOLVIDOS NA ATIVAÇÃO Propriedades: Imunogenicidade - capacidade de induzir uma resposta imune específica Antigenicidade - capacidade de interagir com os linfócitos T ou linfócitos B já sensibilizados Todas as substâncias imunogênicas são também antigênicas As moléculas que desencadeiam a resposta imune são chamadas de imunógenos NATUREZA DOS ANTÍGENOS Propriedades: Pequenas substâncias químicas não são capazes de estimular uma resposta recebem o nome de hapteno Hapteno - Para induzir uma resposta imune deve ser ligado a uma macromolécula (proteínas imunogênicas) carreadora Complexo hapteno-carreador - pode atuar como um imunógeno - hapteno livre não pode atuar como imunógeno - comporta-se como um epítopo de célula NATUREZA DOS ANTÍGENOS O composto que elícita a resposta é chamado de "antígeno" ou "imunógeno“ Antígeno - é qualquer agente capaz de se ligar especificamente a componentes da resposta imune - estruturas que se ligam às moléculas imunologicamente ativas, os anticorpos - nem sempre provocam uma resposta do sistema imune. Imunógeno - é qualquer agente capaz de induzir uma resposta imune imunológica específica contra eles IMUNÓGENOS, ANTÍGENOS E HAPTENOS Imunógeno - induzem a produção de anticorpos e de linfócitos T auxiliadores, citotóxicos e supressores - todos estes agentes produzidos pelo estímulo do imunógeno possuem ação específica para ele Todos os imunógenos são antígenos, mas nem todos os antígenos são necessariamente imunógenos. Quando um antígeno promove uma ativação no sistema imune imunógeno IMUNÓGENOS, ANTÍGENOS E HAPTENOS Exigências para a imunogenicidade, características: - ser estranha - alto peso molecular - complexidade química - capacidade de ser degradada Haptenos - são substâncias, normalmente monovalente e de peso molecular baixo - por si só, não induzem uma resposta imune conjugados a carreadores de peso molecular alto resposta IMUNÓGENOS, ANTÍGENOS E HAPTENOS Epítopo - conhecidos como determinantes antigênicos - menor porção das macromoléculas antigênicas capaz de ligar-se a anticorpos ou linfócitos - porções do antígeno que reúnem aspectos físicos e químicos que favorecem o reconhecimento a regiões específicas dos anticorpos ou TCRs - superfícies celulares (incluindo os microrganismos) possuem uma grande quantidade de determinantes antigênicos. - a presença de vários determinantes iguais é chamada de polivalência ou multivalência - cada um pode ser ligado por uma molécula com região variável DETERMINANTE ANTIGÊNICO Estimulação de linfócitos de galinhas com proteína de pato resposta imune muito baixa Galinhas inoculo de proteínas de coelho resposta imune bastante elevada Por que isso ocorre? - porque quanto mais próxima for a relação filogenética, menor será o estímulo e vice-versa - existe pouca diferença entre as proteínas de galinhas e patos e muita diferença entre as proteínas de aves e mamíferos RELAÇÃO FILOGENÉTICA DOS ANTÍGENOS O conceito da relação filogenética não pode ser tomado como regra a indução de uma resposta imune muito específica é função direta da semelhança biológica entre a fonte do antígeno e o animal receptor, ainda que menos intensa Lebres e coelhos - pertencem à mesma família e são bastante semelhantes morfológica e fisiologicamente - ao se injetar proteínas de coelho em lebre poderá se obter anticorpos muito específicos anticorpos que só reagem contra proteína de coelho RELAÇÃO FILOGENÉTICA DOS ANTÍGENOS Maioria dos antígenos, - quanto maior a molécula, maior o número de epítopos - quanto maior a complexidade, maior a imunogenicidade 1 antígeno complexo vários determinantes antigênicos - alguns são mais eficientes na indução da resposta chamados imunodominantes PESO MOLECULAR E COMPLEXIDADE MOLECULAR A imunogenicidade e a antigenicidade de uma proteína - não depende apenas de sua estrutura primária (sequência de aminoácido), mas também das estruturas secundárias, terciárias e quaternárias. Se tratarmos 1 proteína pelo calor/agentes químicos desnaturantes inoculação em um animal formação de anticorpos com especificidade diferente do que inóculo da proteína intacta A configuração espacial de diversos epítopos em 1 única molécula de proteína pode influenciar a ligação do anticorpo de várias formas CONFIGURAÇÃO ESPACIAL E ACESSIBILIDADE A área importante para a imunogenicidade deve ficar acessível, na superfície da molécula. Determinantes antigênicos de proteínas, glicoproteínas ou lipoproteínas - podem ser formados pela sequência de aminoácidos (determinantes sequenciais), ou por - aminoácidos adjacentes (determinantes não sequenciais), não ligados por ligações peptídicas, que se encontram próximos por causa da preservação da estrutura da molécula. CONFIGURAÇÃO ESPACIAL E ACESSIBILIDADE Estrutura, 4 níveis de organização: - Estrutura Primária; - Estrutura Terciária - Estrutura Secundária; - Estrutura Quaternária ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura Primária - sequência de aminoácidos ao longo da cadeia polipeptídica; - a ligação que une os aminoácidos é conhecida como ligação peptídica; - por convenção, a estrutura primária é escrita na direção amino terminal carboxil terminal Ligação pepitídica - tem caráter de dupla ligação - o caráter parcial de dupla ligação faz com que não haja possibilidade de rotação em torno da ligação peptídica ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura Secundária A estrutura secundária e definida como: - a conformação local do esqueleto de ligações peptídicas arranjo espacial dos átomos de uma proteína Conformação em α-hélice Arranjo tridimensional que a cadeia polipeptídica assume conformação helicoidal ao redor de um eixo imaginário ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura Secundária Conformação em α-hélice Mantida por ligações de H entre os grupos C=O e o N-H da ligação peptídica sendo que cada volta da hélice inclui 3,6 resíduos de aminoácidos ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura Secundária Conformação β-pregueada Cadeia polipeptídica estende-se em zigzag e podem estar arrumadas lado a lado formando um estrutura chamada folhas β pregueada ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura Secundária Dobras β ocorre com frequência quando uma cadeia polipeptídica faz uma volta abrupta; compreende uma estrutura que causa uma volta de 180º envolvendo 4 aminoácidos; forma ligação de Hidrogênio entre oxigênio da carboxila do primeiro resíduo com o H do grupo amina do quarto resíduo ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura Terciária A estrutura terciária descreve o arranjo tridimensional da cadeia principal da proteína; Inclui a disposição espacial das cadeias laterais dos aminoácidos; Neste nível de organização segmentos distantes podem se aproximar e interagir; O desarranjo da estrutura terciária leva à Perda de função da proteína desnaturação. (agentes desnaturantes: temperatura, pH, solventes, detergentes, etc.) Estrutura Quaternária - Descreve a estrutura tridimensional de proteínas multiméricas (com mais de uma cadeia polipeptídica ou subunidade); - As subunidades podem ser iguais ou diferentes; ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
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